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quinta-feira, 28 de março de 2013

EU CREIO!


"Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus." Atos 8.37  

Quem faz parte de uma igreja histórica como a nossa, sabe ou deveria saber que faz parte de nossa tradição recitar o credo apostólico. É importante lembrar que o Credo surgiu do cuidado da Igreja para com as verdades bíblicas. Ao contrário do que muitos pensam, ele não é invenção da igreja Romana. O nome Credo vem de uma palavra latina que significa Creio..., é o mais conhecido de todos os credos, sendo atribuído pela tradição aos doze apóstolos. Na realidade nele está definido os pontos fundamentais que deveriam ser aceitos por todos que desejassem filiar-se a igreja cristã. Sobre Jesus, sua vida, morte, ressurreição e ascensão, o Credo diz:
“… Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-poderoroso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos…
A ressurreição de Jesus foi, sem dúvida alguma, o maior de todos os milagres. No entanto, nem todos os argumentos do mundo convencerão o cético; será sempre uma questão de fé.
Ainda esses dias eu me lembrava da conversa que tive com o nosso irmão Ivan, outrora cético e descrente. Lembro-me de dizer a ele as palavras do Salmo 34.8 "Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia". Assim como alguém não pode dizer que não gosta de algum alimento se não prová-lo, nós não poderemos entender o amor de Deus por nós e o poder de sua ressurreição se nós não provarmos D´ele; por isso eu posso dizer: EU CREIO!!!
Eu creio que Jesus Cristo ressurgiu dentre os mortos e está vivo porque também provei desse poder que me transformou e restaurou a minha vida por completo.
Eu creio que Jesus Cristo ressurgiu dentre os mortos porque continuo vendo que o que ele fez em mim, continua fazendo na vida de outras pessoas como por exemplo, o Ivan.
Eu creio que Jesus Cristo ressurgiu dentre os mortos e está vivo porque todos os 12 apóstolos e muitos outros cristãos, daquela época e séculos posteriores foram martirizados por essa fé e pregação e alguns ainda o são em nossos dias, em certos países. Certamente estes não dariam a própria vida se não cressem  de verdade.
Sim eu creio! E porque creio em ti Jesus, minha esperança continua viva, como vivo tu és para mim.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder


quinta-feira, 21 de março de 2013

A DIETA DE JOÃO BATISTA


"Usava João vestes de pelos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre". Mateus 3.4  

Quando se é um adolescente ou jovem não pensamos muito sobre a nossa saúde e cometemos uma série de abusos alimentares. Lembro-me como se fosse ontem, das nossas incursões aos grandes rodízios de pizzas ou carnes com amigos e irmãos da Igreja Metodista em Santo Amaro-SP; ali chegávamos até disputar quem conseguia comer mais. Até hoje costumo brincar dizendo que nós metodistas somos o "povo do coração aquecido" e do "estômago dilatado". Por conta desta "dieta" cheio de carboidratos, gorduras e açucares adoecemos e adquirimos aquela barriguinha que por mais "charmosa" que possa ser, nos limita até para amarrar um sapato. À partir daí passamos a cuidar mais de nossa alimentação e seguimos uma dieta prescrita por uma nutricionista em busca da saúde e da boa forma.
Com certeza você já ouviu falar de vários tipos de dieta; a dieta da sopa,a dieta do mediterrâneo, a dieta do tipo sanguíneo, a dieta da combinação de alimentos...mas você já ouviu falar da dieta de João Batista?
A bíblia nos revela que a alimentação do profeta João Batista era de gafanhotos e mel silvestre. Podemos extrair deste texto algumas lições interessantes sobre esta estranha dieta.
A primeira é que a nossa vida é cheia de contradições. Gafanhotos nos remete a coisas ruins, tristes e amargas, enquanto o mel, a coisas doces, alegres, felizes e boas. Quando vemos na bíblia que João comia gafanhotos e mel, podemos aprender que nossa existência será de altos e baixos, alegrias e tristezas, fé e dúvidas, conquistas e derrotas, acertos e erros, vida e morte. Todos os servos de Deus experimentaram essas contradições, e nem o próprio Cristo ficou isento dessa realidade. Em um momento, Jesus estava nas águas do Jordão; em outro, no deserto; uma hora, Ele ouvia a voz do Pai; outra, era confrontado pelo diabo. Quando Jesus foi apresentado por seus pais no templo, o sacerdote Simeão previu esta contradição: "Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição". Lucas 2.34
A segunda é: quando alguém lhe oferecer "gafanhotos", aprenda a retribuir com "mel"  A Bíblia diz: " Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem". Romanos 12.21. Em nossas vidas surgirão pessoas para nos servir inveja, ódio, calúnia, difamação, perseguição, fofoca. Porém, se queremos ser parecidos com Cristo na terra, devemos oferecer “favos de mel”, e responder com amor. Esse é o nosso grande diferencial neste mundo. Quando alguém nos oferecer gafanhotos, vamos oferecer o mel da graça divina. Como disse o apóstolo Paulo:    "Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça". Rom.12.20
A terceira lição é que devemos aprender a saborear e a valorizar mais o mel que Deus nos dá. Conheço pessoas que supervalorizam tanto suas lutas e problemas que se esquecem facilmente de desfrutar das coisas boas da vida que Deus nos dá. Essas pessoas se tornam amargas, insatisfeitas e suas vidas acabam ficando sem sabor. Porque será que valorizamos mais as coisas "indigestas da vida" do que as coisas que nos fazem bem? Não deveria ser ao contrário? Isso me faz lembrar de quando Moisés enviou os doze espias para Canaã. Todos eles relataram que a terra era rica em leite e mel (Nm 13:26-32); eles até trouxeram provas da abundância daquela terra (vs 26). Mas dez deles disseram que aquela terra era uma "terra que devora os seus moradores" e desanimaram todo o povo. (veja Num 13:31-33).
Se a vida nos oferece uma dieta de gafanhotos e mel, olhemos para Jesus o autor e consumador de nossa fé sem desanimar. Em Cristo e Por Cristo!
Pr. Gilberto Oliveira Rehder

quinta-feira, 14 de março de 2013

VENTO IMPETUOSO



"De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados". Atos 2.2


Conta-se uma parábola que um certo agricultor sempre queixava-se da má distribuição do sol e da chuva. Finalmente, Deus lhe teria permitido governar o tempo durante um ano; e ele cuidou bem do sol, da chuva, do calor, do frio...só que a sua colheita não deu em nada, porque esqueceu-se do vento, necessário para polinizar a plantação. Eu pessoalmente gosto muito do vento, principalmente nestes dias de muito calor. Sim, o vento faz muita coisa, mas especialmente o vento de Deus, o Espírito Santo; e sem este vento divino, não podemos ter uma grande colheita de almas para Cristo.  

O vento de Deus quer realizar em nós e através de nós muito mais do que o vento físico faz na atmosfera. O vento como um manifestação da natureza pode levantar muita poeira e até se tornar em um furacão destruidor, mas o vento do Espírito de Deus te renovará e te levará em direção às pessoas que precisam de Cristo.
Foi justamento isso que ocorreu em Pentecostes, quando o Espírito Santo veio como um vento impetuoso, intenso e ardente sobre os discípulos reunidos naquela casa. Como resultado; todos ficaram cheios do Espírito Santo (Atos 2:4) e começaram a falar em outras línguas sobre as grandezas de Deus às pessoas de diversas nações ali representadas (Atos 2:11).
O vento de Deus nos levará também a busca da santificação. Creio que a melhor definição de uma vida de santidade que combina com ensinamento de João Wesley é: "Santidade é você se aproximar mais de Deus sem se afastar da humanidade e se aproximar mais da humanidade sem se afastar de Deus" Neste sentido, o nosso referencial de santidade é Jesus que viveu entre os homens pecadores sem se contaminar com o pecado.
O vento de Deus nos levará ao encontro da Palavra de Deus. É inconcebível que pessoas que se dizem cheias do Espírito Santo sejam tão ignorantes na Palavra de Deus. Aliás, ser cheio do Espírito é a mesma coisa de ser cheio da Palavra de Deus. É justamente isso o que diz em Colossenses 3.16 "Habite, ricamente (abundantemente), em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração".
O vento de Deus nos levará a vivermos com muita intensidade e paixão o Reino de Deus. Esta semana eu li no blog do Bispo Josep Rossello da Igreja Anglicana Reformada uma palavra que me chamou a atenção: "Se os cristãos brasileiros defendessem a fé Cristã com tanta firmeza, como o seu time de futebol ou partido político, e vivessem a vida Cristã com tanta paixão, como torcem no futebol ou veem a novela, tenho a plena certeza que o Reino de Deus seria feito visível em uma geração."
Minha oração neste momento é que o Senhor sopre o seu vento impetuoso,intenso e ardente sobre nós e que tenhamos a coragem de nos deixarmos levar por esse poder de Deus para impactar a nossa geração. Em Cristo e Por Cristo,

Pr. Gilberto Oliveira Rehder