ESTUDO
1
Da Criação à queda do Homem
Da Criação à queda do Homem
Versículo Chave:
“Assim Deus Criou o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou;
macho e fêmea os criou.”
(Gênesis 1:27)
Introdução:
O primeiro livro da bíblia começa reconhecendo
que a Criação, ou seja, o céu, a terra e tudo o que nela se contém é obra de
Deus.
Na medida em que a Criação é descrita, dia após dia,
segue-se a expressão: “E viu Deus que isso era bom”. Olhamos a natureza, e
podemos concordar com o autor de Gênesis: O que Deus criou é muito bom. Mas, ao
criar o homem, a bíblia usa outra expressão: “E viu Deus que era muito bom”.
De acordo com a primeira narrativa da Criação (Gn 1:1-2.4a),
Deus ao criar o homem e a mulher, os fez à sua imagem e semelhança (Gn 1:27),
capazes de pensar, conhecer Deus, e, como prova desta distinção, Deus colocou
os seres humanos como administradores da criação (Gn 1:28).
Mas afinal, em que somos semelhantes a Deus? O que nos faz
diferentes dos animais e nos torna imagem de Deus é a capacidade de ter
comunhão com Ele. Só os seres humanos podem se relacionar com Deus face a face,
de maneira íntima e pessoal. João Wesley detectou três aspectos de imagem dos
seres humanos com seu Criador:
a) A IMAGEM MORAL - ao ser criado, o ser humano possuía a
santidade, a pureza e o amor de Deus. Sua verdadeira natureza é ser santo,
misericordioso, puro, livre, incorruptível e eterno.
b) A IMAGEM NATURAL - isto significa que Deus criou o ser
humano com perfeita liberdade de escolha não só em pequenas questões da vida,
mas também naquelas que determinam seu destino. No estado de inocência ele
poderia escolher obedecer a Deus ou não, sem qualquer interferência sobre sua
capacidade de escolha (Gn 2:15-17).
c) A IMAGEM POLÍTICA - Deus delega poderes aos seres humanos
quando ordena o domínio sobre os habitantes do mar, dos céus e da terra (Gn
1:28) e a incumbência de dar nomes às outras criaturas (Gn 2:19-20; Sl 8:6-7).
Hoje perguntamos: O que deu errado, quando foi que
estragaram o que era muito bom?
A Criação foi afetada em sua beleza e propósito, por uma
única razão: a desobediência dos seres humanos. O ser humano, usando a
liberdade dada por Deus, escolheu DESOBEDECÊ-LO, ou seja, pecou. Este pecado
acarretou terríveis consequências para toda a criação: conflito, desarmonia,
mal-estar, morte. E arruinou o relacionamento com Deus e com outras pessoas. O
ser humano perdeu sua verdadeira natureza. O pecado distorceu a imagem moral de
Deus no ser humano, quebrando a sua comunhão com o Criador. Tornando-o injusto,
desonesto, mau e violento.
O apóstolo Paulo se refere à queda do homem e a entrada do
pecado no mundo dizendo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram.” Rom 5:12 .
Usando a linguagem do apóstolo Paulo, cremos que o pecado
original contamina e estraga não apenas cada indivíduo como também a toda a
sociedade humana. “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se
tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se
tornarão justos.” Rom. 5:19.
Com o pecado, o ser humano perde a capacidade de escolher o
Bem e a Vida, por si mesmo, pois sua imagem natural é danificada (Rm 7:14b-15).
Também a imagem política, apesar de não ser destruída, fica
difícil de ser exercida, porque a natureza torna-se hostil. Mas para
sobreviver, o homem e a mulher, terão de enfrentar o desafio de dominar,
cultivar e guardar toda a Criação de Deus.
A Providência de Deus:
Nos Salmos 8:5 lemos: "Fizeste-o, no entanto, um pouco
menor do que os anjos e de glória e honra o coroaste". Esta é a descrição
do ser humano criado por Deus. Que diferença fez a entrada do pecado em sua
vida!
Se Deus não tomasse a iniciativa de providenciar um meio de
reabilitar-nos, estaríamos implacavelmente destruídos. Mas a salvação veio até
nós através de Jesus Cristo e a possibilidade de reavermos nossa verdadeira natureza
tornou-se real.
E Deus oferece também a esperança da transformação de toda a
Criação quando efetivar a vitória final sobre o pecado ( Rm 8:18-24).
Estamos caminhando para o cumprimento total da promessa
feita por Isaías (Is 11:1-9) e confirmada nos capítulos 21 e 22 de Apocalipse
(ler Ap 21:1).
Conclusão
A nossa compreensão bíblica do ser humano leva bem a sério a
situação trágica da humanidade. Mas cremos na graça de Deus. Através dela o ser
humano, e toda a sociedade, pode reaver sua verdadeira natureza e humanidade
proposta inicialmente por Deus!
Responda as seguintes questões:
1- Porque Adão e Eva se esconderam de Deus? Quais os
sentimentos que eles não tinham e passaram a ter com a queda? Gn. 3:9-14
2- Quais as consequências do pecado conforme Gn. 3:16-19
para:
A Mulher____________________________________________________
O Homem___________________________________________________
A Terra_____________________________________________________
3- Pesquise: O que é pecado original?
ESTUDO 2
O Pecado Original
Versículo Chave:
“Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”
Rm 3:23
Introdução: Que é pecado? Qual a sua origem? Será que herdamos
de Adão uma natureza pecaminosa? Será que herdamos de Adão a culpa? Podemos
definir pecado como “deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato,
seja em atitude, seja em natureza”. A Bíblia diz que “o pecado é a transgressão
da Lei” (1 Jo 3.4).
O PECADO HERDADO
1. Culpa herdada: Somos considerados culpados por causa do
pecado de Adão. Todos os membros da raça humana estavam representados por Adão
quando aconteceu o pecado no jardim do Éden. Adão pecou e Deus nos considerou
culpados tanto quanto Adão. Muitos acham isso injusto. Mas não se pode esquecer
que “Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento” (Rm 2.6), e que
“quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para
ninguém” (Cl 3.25). Mas, a resposta mais convincente é que Deus usou o mesmo procedimento
com Cristo em relação a nós. É o que lemos em Romanos 5.12-21.
2. Corrupção herdada: Temos uma natureza pecaminosa por
causa do pecado de Adão. Além da culpa legal que Deus nos imputa por causa do
pecado de Adão, também herdamos uma natureza pecaminosa como consequência do
pecado dele. Davi disse: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que
me concebeu minha mãe” (Sl 51.5; 58.3). Nossa natureza tem disposição para o
pecado (Ef 2.3). Isso não significa que todas as pessoas sejam as mais
perversas possíveis, pois Deus nos dotou com a consciência que limita nossa
tendência pecaminosa (Rm 2.14-15). Mesmo assim, nossa natureza carece
totalmente de bem espiritual perante Deus (Jr 17.9; Rm 7.18; Ef 4.18; Tt 1.15).
Nossa incapacidade de fazer o bem perante Deus não fica
apenas nas intenções. Nossa carne não quer nada com Deus (Rm 8.8). Sem Jesus,
não podemos fazer coisa alguma que agrada a Deus (Jo 15.5).
A Bíblia chega a dizer que nossa condição natural é de
mortos espirituais (Ef 2.1-2). Nossa condição sem Deus é de escravos do pecado
(Jo 8.34). Daí, tudo o que fizermos para chegar a Deus por nós mesmos, é como
trapo imundo (Is 64.6). Essas verdades bíblicas não entram naturalmente na
cabeça de uma pessoa descrente (1 Co 2.14). Ela nunca se voltará para Deus, a
não ser que o próprio Deus a atraia para junto de Jesus (Jo 6.44).
A essa altura alguém poderia concluir que não temos nenhuma
liberdade de escolha. Mas sabemos obviamente que todos têm liberdade de
escolher. Porém, não temos a liberdade (capacidade) de agir corretamente e de
fazer o que é agradável a Deus.
O sentido claro é que se Deus dá a alguma pessoa o desejo de
se arrepender e confiar em Cristo, ela não deve se demorar nem endurecer o seu
coração (Hb 3.7-8, 12-17).
O REMÉDIO PARA O PECADO
Deus providenciou um remédio para que o homem não precisasse
sofrer o castigo eterno por seus pecados. Ele mandou seu Filho ao mundo para
dar ao homem uma oportunidade de se salvar.
O Senhor Jesus Cristo nasceu da virgem Maria. O nascimento
virginal era absolutamente necessário para que Ele nascesse sem pecado. Por
causa disso, Ele não herdou o pecado de Adão em sua natureza. Ele foi o único
homem sem pecado que já existiu.
Na cruz Ele voluntariamente sofreu a penalidade do pecado e
satisfez plenamente todas as exigências de um Deus santo. Uma vez paga a pena
pelo pecado, Deus agora pode dar a vida eterna a todo pecador que confessar
essa condição e receber o Senhor Jesus Cristo como Senhor e salvador de sua
vida. “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que,
nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. II Coríntios 5:21.
Quando alguém confia em Cristo, ele é salvo da pena e do
poder do pecado. Mas isso não significa que nunca mais ele cometerá pecado.
Significa que todos os seus pecados, do passado, presente e futuro foram
perdoados e que nunca mais aquela pessoa será julgada por causa deles. Em
Cristo tem-se poder para viver uma vida vitoriosa sobre o pecado.
Conclusão: Essa é a razão pela qual Jesus Cristo morreu na
cruz. “Levando Ele mesmo em seu corpo os nosso pecados sobre o madeiro, para
que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça.” I Pedro 2:24.
Responda as seguintes questões:
1- A Bíblia diz que "...a alma que pecar, essa morrerá;
o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do
filho..." (Ez.18;20). O que você entende deste versículo? Explique com
suas palavras.
2- Em Gn 2:17 diz que quando o homem comesse do fruto
proibido ele iria morrer: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. (no
hebraico: morrendo morrerás) O que significa este texto?
3- Segundo Mateus 5:22 ,27 e 28 que tipos de pecados
cometemos?
4- Ainda que recebamos o remédio para o pecado (Jesus
Cristo), pecamos por causa de nossa natureza pecaminosa. O que devemos fazer
então? (Leia 1 João 1:5-10)
ESTUDO 3
O Arrependimento
Versículo Chave:
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados
os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de
refrigério,
e que envie ele o Cristo,
que já vos foi designado, Jesus.”
Atos 3:19,20
Introdução: A primeira vez que o verbo arrepender aparece na
bíblia está atribuído a Deus, quando diz: “...se arrependeu o Senhor de ter
feito o homem na terra, e isso lhe pesou o coração..” (Gn. 6:6). Isto significa
que Deus se revela aos homens como um Deus pessoal que é passível de sentir
emoção, desagrado e reação contra o pecado deliberado e a rebelião da
humanidade.
O arrependimento de Deus é diferente do arrependimento
humano.Em Números 23:19 diz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de
homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou,
tendo falado, não o cumprirá?” Deus é imutável, ou seja; Ele não muda os seus
propósitos o seu caráter e a sua Palavra. Mas ele pode alterar o seu tratamento
com os homens, dependendo da conduta destes. Deus altera sim os seus
sentimentos, atos e intenções conforme as pessoas agem diante de sua vontade.
Veja outros textos sobre o arrependimento de Deus (Êxodo 32:14;Jeremias
18:7-10; Jonas 3:8-10)
No caso do ser humano, arrepender-se é desistir de fazer o
mal para fazer o bem, desistir do caminho largo para andar no caminho estreito.
O que não é Arrependimento?
Não podemos confundir arrependimento com remorso ou
desespero. As emoções de tristeza ou remorso e as lágrimas que acompanham tais
sentimentos, não são o arrependimento e nem o tornam verdadeiro. Na bíblia
encontramos exemplos claros de tristeza pelo pecado, mas sem arrependimento.
Veja: (Mateus 27:3-5; Hb 12:17)
O que é Arrependimento?
A maneira característica do Antigo Testamento para expressar
o arrependimento do ser humano para com Deus e dizer que houve uma volta, um
retorno: o ser humano saiu do pecado e voltou-se para Deus.(Lam. 3:40; Oséias
5:15;6:1 ; Malaquias 3:7)
No Novo Testamento o arrependimento conforme o sentido
original da palavra metanóia significa em mudança de mente; consiste na radical
transformação de PENSAMENTO, ATITUDE e DIREÇÃO como frutos de uma nova
convicção.(Lc 3:1-4; Mt 4:17 e Mc 1:15: Lc 18:9-14)
Os dois Momentos do Arrependimento
O arrependimento possui dois momentos, segundo os
ensinamentos bíblicos: o autoconhecimento e a produção das obras de
arrependimento.
1- AUTOCONHECIMENTO: é a correta compreensão do estado
espiritual de cada um de nós. Deus emprega muitos meios para nos fazer enxergar
como realmente somos. O meio mais comum é a Bíblia. Ela é como um espelho onde
nos vemos tal qual somos. (Lc.15:17-20; Mc 2:17;Rom 7:24; 1 Tim.1:12-15; Apoc.
3:17)
O povo judeu por se julgar escolhido e ter assegurado
privilégios que os gentios não possuíam, não conseguia enxergar sua condição de
"raça de víboras", tal era o seu distanciamento da vontade de Deus.
Foi necessário João Batista e o próprio Jesus mostrarem como o povo seguia a
Lei, mas não tinha compaixão; como observavam as festas, os cultos e os
sacrifícios, mas não praticava a Justiça, o Amor e a Santificação.
2- FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO (Lc. 3:8-14) eram
exigidos do povo após o reconhecimento dos pecados: Estes frutos são mudanças
concretas. Eles incluíam: o repartir as túnicas e os alimentos, não cobrar
impostos injustos, não explorar o próximo, não roubar ou maltratar alguém. Por
outro lado, praticar o amor e o serviço de Deus e ao próximo, andando a segunda
milha, amando até aos inimigos e mostrando verdadeira transformação em sua
CONDUTA.
Conclusão: A importância do arrependimento não é sempre
reconhecida em nossos dias como o deveria ser. Os evangelistas apelam aos não
salvos para aceitarem a Cristo e crerem sem mostrar ao pecador que está perdido
e carece de um Salvador. Mas as
escrituras dão muito destaque a pregação do arrependimento. Arrependimento era
a mensagem dos profetas do Velho Testamento (II Rs.17:13; Jr.8:6; Ez.14:6;
18:30). Foi o ponto alto da pregação de João Batista (Mat.3:2; Mc. 1:15), de
Cristo (Mat.4:17; Luc. 13:3,5), dos doze como grupo (Mc.6:12), e de Pedro em
particular no Dia de Pentecostes (At.2:38; 3:19). Era também fundamental na
pregação de Paulo (At.20:21; 26:20).
Responda as seguintes questões:
1- Em 2 Coríntios 7:10 o Ap. Paulo diz: “Porque a tristeza
segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar;
mas a tristeza do mundo produz morte”. Explique com suas palavras a diferença
da tristeza segundo Deus, da tristeza do mundo.
2- Leia os seguintes textos e responda. Quais as três
elementos que levam uma pessoa ao arrependimento?
João 16:7,8 ______________________________________
Romanos 2:4 _____________________________________
2 Timóteo 2:24,25._________________________________
3 - Leia 2 Pedro 3:9 e responda. Porque a Promessa da volta
de Jesus ainda não se realizou?
ESTUDO 4
A Salvação pela Graça
Versículo Chave:
“Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé;
e isto não
vem de vós;
é dom de Deus;
não de obras,para que ninguém
se glorie”.
Efésios 2:8,9
Efésios 2:8,9
Introdução
Havendo chegado à conclusão de que o ser humano é pecador,
sem possibilidade alguma de, por si mesmo, libertar-se do pecado e recuperar a
comunhão com Deus que lhe seria possível em estado de pureza, somos agora
levados à pergunta mais importante para a nossa vida: Como podemos nós ser
salvos? A resposta está na própria Escritura: (Lucas 19:10; João 3:16; Efésios
2:8-10; Romanos 11:6)
1- O que é a Graça de Deus?
GRAÇA é um favor imerecido. A palavra graça vem do grego
(cáris) e significa "aquilo que em si desperta alegria, encanto, doçura,
prestígio e aceitabilidade". A palavra engloba, portanto, as seguintes
idéias básicas: Espontaneidade, Generosidade, Benevolência, Favorecimento
gratuito, bem -querer e Amor imerecido..( Rom. 6:23; Rom. 5:8)
Philip Yancey “A Graça não custa nada para os beneficiários,
mas tudo para o doador. Em um de seus últimos atos antes de morrer, Jesus
perdoou o ladrão na cruz, sabendo muito bem que o ladrão havia se convertido
por causa de puro medo. Esse ladrão nunca estudaria a Bíblia, nunca
frequentaria uma sinagoga ou igreja e nunca acertaria a sua vida com todos que
havia prejudicado. Ele simplesmente disse:“ Senhor lembra-te de mim”, e Jesus
lhe prometeu: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Foi outro lembrete chocante de
que a graça não depende do que fizemos por Deus, mas, antes, do que Deus fez
por nós.”
2- O que é Salvação pela Graça?
SALVAÇÃO é o ato através do qual Deus nos resgata do pecado
e da consequência direta do pecado, que é a morte espiritual e eterna. A Salvação
é um ato de Deus, por isso que só pode ser pela graça. Deus é quem toma a
iniciativa de buscar e salvar o perdido. “Nós amamos porque ele nos amou
primeiro”.1 João 4:19
Vamos supor que eu chegue uma noite em tua casa de surpresa
e você queira me oferecer algo. Você só tem ovos e resolve fazer uma omelete.
Você quebra na frigideira cinco ovos bons e um podre. Você serviria este
omelete? Claro que não. Porque um ovo podre foi capaz de estragar todo o
omelete!
Igualmente, não podemos elevar nossa vida a Deus, ainda que
tenhamos algumas coisas que chamamos de “boas”, pois estamos cheios de ações e
pensamentos “podres”.
A Bíblia diz que “...qualquer que guarda a lei, mas tropeça
em um só ponto, se torna culpado de todos.” (Tiago 2:10).
Se queremos ir para o Céu por meio de
nossas obras, teremos que ser perfeitos. Entende porque é impossível chegar ao
céu pelas boas obras? Concluímos então
que é impossível nos salvas pelas nossas próprias obras ou justiça própria. Por
isso a salvação é somente pela Graça de Deus.
3- As Características da Graça
- A Graça é Livre - Falar em “Graça Livre” é referir-se a sua
universalidade. A graça de Deus está aberta a todos os homens e mulheres.
Wesley acreditava que a Graça Salvadora (ou Preveniente, como ele a chamava)
está em atuação no coração de todos os seres humanos, ao lado de sua
consciência, a própria presença de Deus em ação, por sua misericórdia,
procurando levar o ser humano ao arrependimento. Wesley repudiava a doutrina
Calvinista de que a Graça era restrita aos “escolhidos”.
“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos
os homens,”
Tito 2:11
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
2 Coríntios 5:15
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.”
João 3:16
- A Graça é Resistível- Colocada, porém, diante dos homens e
mulheres, a graça de Deus não lhes permite uma situação de indiferença. Ela é
um desafio a que todos os homens e mulheres devem responder afirmativa ou
negativamente. Isto nos leva ao ponto de considerar se o ser humano pode ou não
resistir à graça de Deus. É a graça de Deus irresistível como muitos
acreditavam? Absolutamente, responderia Wesley. Não apenas o homem e mulher
podem resistir à graça de Deus mas até mesmo destruir aquela graça divina que
já está alojada em seu coração.
“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo
em vão.” Gálatas 2:21
“De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos
na lei; da graça decaístes”. Gálatas 5:4
“atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso,
separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando,
vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” Hebreus 12:15
Conclusão: A Graça de Deus, não pode ser imposta nem é
“irresistível”, porque é essencialmente amor. “Privar o ser humano da liberdade
não tem a natureza da graça de Deus nem a natureza de seu amor” Ainda assim, o
amor de Deus é tão grande que esta graça o auxilia em sua resposta, é um
estímulo que a torna possível.
Responda as seguintes questões:
1- Explique com as suas palavras, o que é Salvação pela
Graça?
2- O que é Graça Livre (Universal)?
3- O que é a Graça Resistível?
4- Pode um Cristão cair da Graça? Se pode, como? (Pesquise)
5- O que é para nós Metodistas a Graça Preveniente?
(Pesquise)
ESTUDO 5
A Fé que Salva e Justifica
Versículo Chave:
“Justificados, pois, mediante a fé,
temos paz com Deus
por
meio de nosso
Senhor Jesus Cristo”
Romanos 5:1
Introdução: Sabemos que o pensamento central do Novo
Testamento é o de que Deus enviou seu filho para ser o Salvador do mundo.
A atitude mediante a qual o ser humano abandona toda a
confiança em seus próprios esforços para obter a salvação (quer sejam ações de
piedade, de bondade, ética, ou seja lá o que for), chama-se fé.
Você pode ter um molho de chaves como o meu; todas as chaves
são parecidas. Porém, só uma destas chaves abrirá a porta de minha casa.
A chave correta que abre a porta para a Vida Eterna é a FÉ
SALVADORA. Normalmente as pessoas querem usar duas chaves para abrir as portas
do céu. São elas: o mero conhecimento intelectual ou a fé temporal.
1- O que não é a Fé salvadora? :
a- Não é mero conhecimento intelectual ou crença “Crês, tu
que Deus é um só? Fazes bem, até os demônios creem e tremem.” Tiago 2:19
b- Nem é fé temporal: Confiar em Deus somente para as
necessidades temporais da vida.
2- O que é a Fé salvadora?: É confiar somente em Jesus
Cristo para a Vida Eterna.“Disse Jesus: Eu sou o caminho a verdade e a vida e
ninguém vem ao Pai se não for por mim.” João 14:6
Para ilustrar esta verdade gosto de contar a história do
Equilibrista.
Conta-se que um equilibrista esticou um cabo de aço sobre as
Cataratas do Niágara, que ficam na divisa entre o Canadá e os Estados
Unidos. Em seguida, atravessou andando
sobre o cabo de aço. Foi e voltou.
A multidão, extasiada, aplaudiu.
Aproximando-se de uma senhora que estava no meio do povo,
aquele homem perguntou:
- A senhora acredita que eu consigo atravessar novamente?
- É claro! - respondeu a mulher.
- A senhora acredita que eu consigo atravessar levando um
carrinho de mão?
- Sim, eu acredito.
- A senhora acredita que eu consigo atravessar levando um
carrinho de mão com uma pessoa dentro?
- Tenho certeza que sim!
- Então, disse o homem, a senhora poderia, por favor,
ajudar-me neste número, entrando no carrinho?
- De jeito nenhum!
Ela acreditava, mas não confiava.
A FÉ SALVADORA É AQUELA EM QUE A PESSOA COLOCA A SUA
CONFIANÇA TOTALMENTE EM JESUS.(Rom 10:9,10)
João Wesley pregou e escreveu muito sobre a natureza e
conteúdo da fé, mas sua posição básica continuou até o fim: a fé é a confiança
em Cristo e só n'Ele para a salvação!
A fé não consiste em aceitar certas coisas como verídicas e
ficar por aí. É mais que isto. Consiste em CONFIAR em uma pessoa, e essa pessoa
é Jesus Cristo. (Gálatas 2:16; 1 Timóteo 2:5; Atos 4:12)
3- O que é a Justificação pela Fé
A justificação é um ato da livre graça de Deus, pela qual
ele perdoa todos os nossos pecados, somente pela justiça de Cristo, imputada a
nós e recebida pela fé somente (Rom. 10:4). Deus nos vê justos pelo sangue de
Jesus Cristo (Rom. 5:9) A base para esse perdão é que Jesus cumpriu a Lei em
lugar dos seres humanos e sofreu o castigo pelos pecados deles (Rm 5.12-21).
As
pessoas são justificadas através da fé (Rm 3.21-25,28; 5.1), que Deus lhes dá
pela ação do ESPÍRITO SANTO.
Nenhuma obra, seja qual for, pode tirar os nossos pecados,
nem suportar a retidão dos juízos de Deus. Nós, metodistas, cremos que a justificação
de nossos pecados se dá pela fé em Cristo Jesus. E não aceitamos que as boas
obras substituam esta atuação de Cristo.
Conclusão: Somos salvos e justificados por Cristo não pelas
boas obras e sim para as boas obras. (Efésios 2:8-10)
Responda as seguintes questões:
1- Leia: Rom 4:3; 1 Cor. 1:30; 2 Cor. 5:21; Rom 5:18 e
marque as alternativas corretas.
( ) Justificação é
receber o perdão dos nossos pecados.
( ) Justificação é
receber a remoção da culpa de nossos pecados
( ) Justificação é
receber a remoção da condenação de nossos pecados.
( ) Justificação é
ser absolvido das consequências dos nossos pecados nesta terra.
( ) Justificação é
ser colocado na posição de um justo aos olhos de Deus.
2- Explique com as suas palavras os diferentes tipos de fé.
E cite um exemplo para cada uma:
A Fé como conhecimento/crença:
A Fé Temporal:
A Fé Salvadora:
3- Explique a seguinte “contradição” sobre justificação,
entre o apostolo Paulo (Rm. 3:28); e o apóstolo Tiago (Tiago 2:24).
ESTUDO 6
O Novo Nascimento
Versículo Chave:
“...Em verdade,
em verdade te digo que,
se alguém não nascer
de novo,
não pode ver o reino de Deus.” João 3:3.
Introdução: Para o fundador do Metodismo, o Novo Nascimento era a segunda doutrina fundamental do
cristianismo. Uma condição indispensável para a salvação.
O novo nascimento não e algo que acontece antes da
justificação (que examinamos na lição anterior) nem posterior a ela. Ao
contrário. No mesmo momento em que uma pessoa e justificada de seus pecados por
meio da fé no sacrifício de Cristo, sinal definitivo da graça de Deus, esta
mesma graça opera em seu coração o novo nascimento, (experiência chamada também
de regeneração), sendo a pessoa mudada realmente em nova criatura.
A Bíblia relata em João cap.3, que um membro do Sinédrio
(Supremo Conselho entre os Judeus), de nome Nicodemos, encontrou-se com o
Senhor Jesus Cristo com alguns assuntos de ordem religiosa. Jesus então
disse-lhe frontalmente que precisava de nascer de novo, coisa não entendida por
esse doutor da lei. Nicodemos, piedoso mestre em Israel, precisava nascer espiritualmente (necessidade aliás
comum a todo o ser humano), a fim de entrar no reino de Deus. À luz do ensino bíblico,
quem não nascer de novo jamais desfrutará a vida eterna, jamais se salvará.
Para melhor se compreender o que é o novo nascimento, será
conveniente primeiro mostrar o que não é.
1- O QUE NÃO É O NOVO NASCIMENTO?
Ora, o novo nascimento não é o batismo, visto este ser
símbolo daquele. Não é sinônimo de justiça própria ou reforma moral. Não
significa aderência a uma igreja ou confissão cristã. Não é privilégio que se
adquire por dinheiro ou méritos pessoais. Não é prerrogativa que se alcança
pela vontade, inteligência, cultura ou por outros meios humanos. Nem tão pouco,
reencarnação.
2- O QUE É O NOVO NASCIMENTO?
O Novo Nascimento é a entrada da vida de Deus em acréscimo à
sua vida natural. Você antes tinha apenas a sua vida natural, mas agora você
recebeu uma vida espiritual, a vida do próprio Deus. Também chamamos essa
experiência de regeneração. Na terminologia bíblica, o Novo Nascimento é (1)
uma “nova criação” (2) um nascimento espiritual, de cima, de Deus 2 Cor. 5:17;
João 3:6
3- COMO ÉRAMOS ANTES
DE NASCER DE NOVO ? (Ef. 2:1-3)
3.1- O nosso espírito estava morto para Deus, como diz
Efésios 2:1. Não é o caso de dizer que
você não tinha um espírito, mas é que ele estava morto para Deus. É como um
rádio quebrado. Ele existe, mas é incapaz de sintonizar qualquer frequência. O
seu espírito era como um rádio quebrado, era incapaz de sintonizar a voz de
Deus e ouvi-Lo. É o espírito que tem a faculdade de ter contato com Deus, mas
ele estava morto e assim você não entendia nada das coisas do espírito. Na
verdade elas eram loucuras para você. (1 Coríntios 2:14)
3.2- Nós andávamos conforme o curso (direção) deste mundo.
Você achava tudo muito normal pois “todo mundo faz” (João 14:17; 1 Jo 2:15)
3.3- Nós estávamos vivendo sob o domínio e influência do
diabo “nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito
que agora atua nos filhos da desobediência;” (Efésios 2:2; 2 Coríntios 4:4)
4- QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO?
4.1- Recebemos um novo coração: Esse novo coração é
amolecido para Deus. Aquele antigo coração de pedra foi removido e agora você
possui um coração sensível, um coração de carne (Ez 36:26). É um coração que
deseja amar a Deus e ter comunhão com Ele; anseia as coisas espirituais e é
disposto a obedecer a voz de Deus. Às vezes não consegue obedecer, mas possui
uma disposição e um anseio profundo de obedecer.
4.2- O nosso espírito é vivificado por Deus. O espírito que
antes estava morto foi vivificado pelo Espírito Santo. Ele agora é capaz de ter
comunhão com Deus, de ouvir a Sua voz e perceber as coisas espirituais.
(Colossenses 3:1)
4.3- Recebemos a vida de Deus. Esta vida agora precisa
crescer em você até saturar todo o seu ser. É esta vida o centro de sua vida
agora. Ser cristão é possuir essa vida. Na medida em que você crescer você será
mais e mais sensível a ela e desejará obedecê-la cada vez mais. ( João 10:10;
Rm.6:4)
Conclusão: O novo nascimento é, portanto, a transformação
que Deus opera no ser humano, quando, pelo seu Espírito, regenera a criatura
humana, modificando o seu centro de referência, não vivendo mais a pessoa para
si mesma, mas para Deus, caminhando para sua santificação, que se inicia
realmente com este acontecimento, como veremos posteriormente nesta unidade de
estudos.
Responda as seguintes questões:
1- Porque o ser humano precisa nascer de novo? Lei os textos
e responda:
a- Jo. 3:3 ___________________________________________________
b - 1 João
3:9________________________________________________
c- 1 João
2:29________________________________________________
2- Em Jeremias 13:23 está escrito: “Pode, acaso, o etíope
mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem,
estando acostumados a fazer o mal”. O que este texto tem haver com a natureza
humana?
3- Como ocorre o Novo Nascimento no ser humano? Leia os
seguintes textos e responda:
a- João 1:12,13; 1
Jo. 5:11-13 _______________________________________
b - 1 Pedro 1:23
__________________________________________________
c- Tito 3:5; 1Cor.12:3_______________________________________________
4- Marque corretamente a letra na coluna correspondente, as
evidências de que alguém verdadeiramente nasceu de novo:
I João 2:29..........(
) a- Mudança
de caráter.
I João 4:7..........
( ) b- Vitória sobre o pecado
e o mundo.
I João 5:4; 3:9.....(
) c- Uma vida
de justiça.
Col.3:10; Ef.4:24.(
) d- Amor para
com os irmãos.
A Santificação
Versículo Chave:
“Segui a paz com todos
e a santificação,
sem a qual ninguém verá o Senhor”
Hebreus 12:14
Hebreus 12:14
O termo "santificação" tem dois sentidos
básicos: o primeiro entende a santificação como uma
posição ou estado e é traduzido por "separação", "consagração para uso
exclusivo". Era santificado tudo o que era separado do comum ou secular,
para uso sagrado.
O apóstolo
Paulo escreve a todos os crentes como a "santos" (literalmente,
"os santificados") e como já santificados (1 Cor. 1:2; 6:11). (Rm 1:7,
2 Cor.1:1; Ef.1:1; Fp.1:1;Col.1:2;) Neste sentido, a santificação é simultânea
com a justificação e novo nascimento.
O segundo
significado é a santificação como condição ou processo que
leva a uma transformação progressiva e interna, que resulta em pureza, retidão moral e
pensamentos santos expressados por meio de uma vida de piedade diante de Deus e
de misericórdia, em relação ao próximo.
Todos os
cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo; e dessa separação surge a
nossa responsabilidade de viver para ele. Essa separação deve continuar
diariamente: o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme à imagem de
Cristo.
1- O que é Santificação?
"A
santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual o homem todo é renovado
segundo a imagem de Deus, capacitando-nos a morrer para o pecado e viver para a
justiça." Isso não quer
dizer que vamos progredir até alcançar a santificação e, sim, que progredimos
na santificação da qual já participamos. Para Wesley, a Santificação e
Perfeição Cristã, "são dois nomes para definir a mesma coisa.
Há dois tipos de perfeição: absoluta e relativa. É
absolutamente perfeito aquilo que não pode ser melhorado; isso pertence
unicamente a Deus. E relativamente perfeito aquilo que cumpre o fim para o qual
foi designado; essa perfeição é possível ao homem. “O ser humano tem sempre
necessidade de crescer em graça e avançar diariamente no conhecimento e no amor
de Deus". (Sermões de Wesley, vol. 2, pg 286).
Esses dois
aspectos da santificação estão implícitos no fato de que aqueles que foram
tratados como santificados e santos (1 Ped. 1:2; 2:5), são exortados a serem
santos (1 Ped. 1:15). Aqueles que estavam mortos para o pecado (Col 3:3) são
exortados a mortificar (fazer morto) seus membros pecaminosos (Col 3:5).
Aqueles que se despiram do homem velho (Col. 3:9) são exortados a vestirem-se
ou revestirem-se do homem novo. (Efés 4:22; Col. 3:8.) Para Wesley , o Cristão
devia fazer também a sua parte na Santificação. Por isso entendemos que
participamos do processo de santificação através de uma vida de piedade
(leitura da bíblia, oração, jejum..) e de uma vida misericordiosa (amor,
caridade, obras..) “A santificação é posicionai e prática: posicional em que é
primeiramente uma mudança de posição pela qual o imundo pecador se transforma
em santo adorador; prática (condicional) porque exige uma maneira santa de
viver” Myer Pearlman
2- O que não é
Santificação?
Muitos
cristãos descobrem o fato de que seu maior impedimento em chegar à santidade é
a "carne", a qual frustra sua marcha para a perfeição. Como se
conseguirá libertação da carne? Três opiniões erradas têm sido expostas:
2.1 "Erradicação"
do pecado
inato é uma dessas idéias. Assim escreve Lewis Sperry Chafer: "se a
erradicação da natureza pecaminosa se consumasse, não haveria a morte física,
pois esta é o resultado dessa natureza. (Rom. 5:12-21.) Pais que houvessem
experimentado essa "extirpação", necessariamente gerariam filhos sem
a natureza pecaminosa.
2.2 Legalismo,
ou a
observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a lei não pode
santificar (Rom. cap. 6), assim como também não pode justificar (Rom. 3).
2.3 Ascetismo é a tentativa de subjugar a carne e
alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos — o método que seguem
os católicos romanos e os hindus ascéticos. Esse método parece estar baseado na
antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má. O corpo, por conseguinte, é uma
trava ao espírito, e quanto mais for castigado e subjugado, mais depressa se
libertará o espírito. Isso é contrário às Escrituras, que ensinam que Deus
criou tudo muito bom (1 Timóteo 4:4) É a alma e não o corpo que peca; portanto,
são os impulsos pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material.
Ascetismo é uma tentativa de matar o "eu", mas o "eu" não
pode vencer o "eu". Essa é a obra do Espírito (Rm8:13).
3- Os meios Divinos da Santificação
São três, os
meios divinamente estabelecidos para a santificação: o sangue de Cristo, o
Espírito Santo e a Palavra de Deus. O primeiro proporciona, primeiramente', a
santificação absoluta, quanto a nossa posição perante Deus. O segundo meio é
interno, efetuando a transformação da natureza do crente. O terceiro meio é
externo e prático, e diz respeito ao comportamento do crente. Dessa forma, Deus
fez provisão tanto para a santificação interna como externa.
3.1- O
sangue de Cristo,
(Eterno,
absoluto e posicional) (Heb. 13:12; 10:10,14; 1João 1:7.)
Em que sentido seria a pessoa santificada pelo sangue de Cristo? Em resultado da obra consumada de Cristo, o pecador penitente é transformado de pecador impuro em adorador santo. Há um aspecto contínuo na santificação pelo sangue, infere-se de 1 João 1:7: "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
Em que sentido seria a pessoa santificada pelo sangue de Cristo? Em resultado da obra consumada de Cristo, o pecador penitente é transformado de pecador impuro em adorador santo. Há um aspecto contínuo na santificação pelo sangue, infere-se de 1 João 1:7: "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
A consciência do pecado ofusca a comunhão com Deus;
confissão e fé no eterno sacrifício de Cristo removem essa barreira. (1 João
1:9.)
3.2 - O
Espírito Santo.
(Santificação
Interna.) (1 Cor. 6:11; 2 Tess. 2:12; 1 Ped. 1:1,2; Rom. 15:16.) Nessas
passagens a santificação pelo Espírito Santo é apresentada como o início da
obra de Deus nos corações dos homens, conduzindo-os ao inteiro conhecimento da
justificação pela fé no sangue aspergido de Cristo.
Entendemos também que quando
somos cheios do Espírito Santo (Efésios 5:18-21) a nossa santidade se
aperfeiçoa.
3.3 - A
Palavra de Deus.
(Santificação
externa e prática.) (João 17:17, Efésios 5:26; João 15:3; Sal. 119:9; Tiago.
1:23-25.)
Os cristãos são descritos como sendo "gerados pela
Palavra de Deus"(l Ped. 1:23). A Palavra de Deus desperta os homens a compreenderem a
insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à Palavra
arrependendo-se e crendo em Cristo, são santificados pela verdade (João 17:17).
Conclusão:
Ansiar pela
santificação é ter um objetivo governando todos os nossos sentimentos. É querer
dedicar a vida a Deus e devotar tudo o que somos a Ele. É querer ter a mente de Cristo que nos capacita a andar como
Ele andou; é ser livre para escolher sempre o bem e não pecar. É ter tanto amor
que amar passa a ser tão natural como respirar.
Responda
as seguintes questões:
1- O que é Santificação?
2- Explique a santificação como posição (posicional) e como condição
(condicional)
3- Quais os meios divinos da Santificação?
4- Qual é a participação que o ser - humano tem na Santificação?
5- Como João Wesley entende a santificação?
6- A Palavra santo tem os seguintes sentidos. Responda V ou F
( ) Separação.
( ) Erradicação
( ) Dedicação.
( ) Conversão
( ) Purificação.
( ) Submissão
( ) Consagração
7- Em 1 Coríntios 10:13 a bíblia diz que toda tentação que sofremos não
está além de nossas forças. Estas áreas são verdadeiros obstáculos à nossa
santificação. Procure em sua bíblia, textos que falam das seguintes áreas em
que somos tentados.
1- Orgulho:
2- Sexo:
3- Dinheiro:
8- Qual o meio mais radical de Deus trabalhar a nossa santidade? Leia
Hebreus 12:1-11 e cite alguma experiência neste sentido.
O BATISMO CRISTÃO
Versículo Chave:
“Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações,
batizando-os em
nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo.”
Mateus 28:19
Mateus 28:19
Introdução: O Batismo é um elemento de vital importância
para a Igreja Cristã. Através dele, declaramos que estamos arrependidos diante
de Deus; que aceitamos Seu projeto de vida e estamos desejosos de fazer parte
da Sua família, a Igreja.
O escritor Rick Warren faz um comentário interessante sobre
este aspecto: “Famílias saudáveis têm orgulho familiar; seus membros não se
sentem envergonhados de serem reconhecidos como parte dessa família.
Infelizmente, tenho encontrado muitos crentes que nunca revelaram publicamente
suas identidades como Jesus ordenou – através do batismo. O batismo não é um
tipo de ritual de opção, para ser deixado para depois. Significa sua inclusão
na família de Deus. O anúncio público para o mundo: “Não me sinto envergonhado
de fazer parte da família de Deus".
Você se sente? Jesus ordenou este maravilhoso
ato para todos em sua família” (Mateus
28:19)
A Igreja Metodista estabelece em seus documentos (Cânones)
que ‘o Batismo é sinal visível da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual
nos tornamos participantes da comunhão com o Espírito Santo e herdeiros da vida
eterna”.
Antes de tratarmos de seu significado é de grande
importância entendermos com base na Palavra de Deus que o batismo não salva a
ninguém. Pois é apenas um símbolo. Somente quando nos arrependemos e recebemos
a Jesus Cristo pela fé é que somos salvos. (Ef.2:8-10). O Ladrão na cruz creu,
mas não batizou; e Jesus lhe disse: “Hoje mesmo estarás comigo no
Paraíso”(Lucas 23:40 a 43).Contudo, é importante lembrarmos que se cremos,
devemos procurar dar o passo do Batismo o mais rápido possível, pois esta é uma
atitude de obediência.
I- O SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO
É muito importante que se diga que não há uma só definição
para o batismo, mas varias definições. Cada uma delas com um importante
significado para o cristão.
1.1- O BATISMO COMO SINAL (SÍMBOLO) DE ALIANÇA COM DEUS.
O batismo substituiu na Nova Aliança em Cristo, o sinal do
pacto (aliança) com Deus que a circunscisão representou no Antigo
Testamento.
“Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de
mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo,
tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente
fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os
mortos.” ( Colossenses 2:11,12)
Como uma aliança de casamento é uma forma visível de lembrar
o compromisso interno feito em seu coração. É um ato de iniciação, não algo que
você põe de lado até achar que está espiritualmente maduro. A única condição
bíblica que se requer é que você creia.
1.2- O BATISMO COMO SIMBOLO DE NOSSA MORTE PARA O PECADO E
RESSURREIÇÃO PARA UMA NOVA VIDA.
“Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no
qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o
ressuscitou dentre os mortos.” ( Colossenses 2:12)
Seu batismo declara sua fé, compartilha a morte e
ressurreição de Cristo, simboliza a morte de sua vida passada, e anuncia sua
nova vida em Cristo. O batismo marca o início de um tempo novo, no qual se
torna prático o conhecimento de que somos novas criaturas em Cristo ( 2 Cor.
5:17), e que as coisas velhas se passaram e que temos uma nova vida por diante,
com a certeza de que Deus tem primazia e controle sobre nós.
1.3- O BATISMO COMO SIMBOLO DE NOSSA INCLUSÃO NO CORPO DE
CRISTO ( A FAMÍLIA DE DEUS).
“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um
corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi
dado beber de um só Espírito.” 1 Cor.12:13
“Então, os que lhe aceitaram a
palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil
pessoas.” Atos 2:41
O batismo não faz você se tornar membro da família de Deus;
somente a fé em Cristo faz isso. O batismo mostra que você é parte da família
de Deus.
A Bíblia diz: "porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um
Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos
santos, e sois da família de Deus.” Ef. 2:18,19. Permita que essa linda verdade
se aprofunde em você! Ser incluído na família de Deus é a mais alta honra, o
maior privilégio que você e eu já recebemos. Não há nada comparável a isso!
1.4- O BATISMO COMO SIMBOLO DE NOSSA PURIFICAÇÃO.
“não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo
sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo,
nosso Salvador,” Tito 3:5,6
“Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis
purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos
purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo;
tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.” Ezequiel 25,26
O batismo não lava os nossos pecados de ninguém nem tampouco
nos regenera. Mas ele é símbolo de nossa puificação pelo sangue de Cristo e
pela ação do Espírito Santo em nós.
2- AS FORMAS DE BATISMO
Nós metodistas crêmos que o batismo é com água, em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Reconhecemos como válidos as três formas de
batismo: aspersão, derramamento e imersão.
2.1- Aspersão: a água é aspergida sobre a cabeça do
batizando; ( Ez 36:25,26; Num 8:6,7; )
2.2- Derramamento:a água é derramada sobre a cabeça do
batizando, utilizando-se as duas mãos como concha ou através de um vaso (
Isaías 32:15; Is. 44:3; Joel 2:28,29)
2.3- Imersão:o batizando é imerso nas águas.( Mt3:16;Mc.
1:9,10)
Não há nada ordenado na Bíblia referente uma única forma
correta de ser batizado. As escrituras, em parte alguma, descrevem, e muito
menos, prescrevem o modo de batizar, porque Deus queria evitar que seu povo
colocasse no batismo a salvação.
3- PORQUE NÃO ADOTAMOS A IMERSÃO COMO UMA ÚNICA FORMA DE
BATISMO?
Uma igreja que adota ou defende somente o batismo por
imersão, por exemplo, como o único e verdadeiro sinal de fé, questionando e
desacreditando das demais formas, terá de excluir da graça de Deus muitos
idosos, inválidos, enfermos, etc., pois a maior parte destas pessoas não têm
condições de ir a um rio ou entrar numa piscina ou tanque para receberem o
sinal da fé. Seria Deus tão cruel a ponto de criar um meio de graça que é
excludente?
Além disso, não podemos afirmar que Paulo (Atos 9:17-19), o
Carcereiro de Filipos (Atos 16:33) foram realmente batizados por imersão, dado
o contexto em que estes batismos ocorreram.
Outros textos também são importantes para dizer que a
imersão nem sempre é a única forma de batismo a ser aplicada. (veja: 1
Cor.10:2; I Pe 3, 20-21; Joel 2:28,29; Atos 2: 17-18. ).
Conclusão:
As formas de batismo podem variar, mas o resultado tem que
ser sempre o mesmo: “Considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus
em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:11).
Por estas razões não achamos importante a forma de batismo a
ser realizada, mas sim a decisão da pessoa de assumir a fé em Cristo
publicamente e se identificando como parte da família de Deus.
Responda as seguintes questões:
1- A Bíblia diz, que João Batista batizava no Jordão o
batismo de arrependimento (Mat. 3:11; Mar. 1:4.) Ora, Cristo não tinha de que
se arrepender; portanto, tal batismo não podia ser administrado a Ele. Então,
porque foi Ele batizado?
2- Qual foi a justiça que Cristo cumpriu com o seu batismo?
3- Paulo fala em Ef. 4:5 de “um só batismo”. Do que o
apóstolo está falando? Da forma ?(imersão, aspersão ou derramamento); ou do
batismo cristão (instituído por Cristo)? (Mateus 28:19)
4- João não batizou ninguém com o batismo cristão. E nenhum
discípulo de Cristo foi batizado com o batismo cristão. Quando ocorreu o
primeiro batismo cristão?
5- Em Marcos 16:16 diz a Bíblia, “Quem crer e for batizado
será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. Como explicar este texto
para aqueles que crêem no batismo como requisito para a salvação?
6- Conforme o texto de 1 Cor. 10:2 “tendo sido todos batizados, assim na nuvem
como no mar, com respeito a Moisés.” Qual
a melhor forma que tipifica este batismo?
7- Porque não ministramos uma única forma de batismo
somente?
ESTUDO 9
CONHECENDO A DEUS (1ª Parte)
Versículo Chave:
“Diz o insensato no seu coração:
Não há Deus.
Corrompem-se e praticam iniquidade;
já não há quem faça o
bem”.
Salmos 53:1
Introdução: Estudar sobre Deus é conhecer um pouco de
Teologia. O termo “teologia” é usado hoje em sentido amplo e restrito. É
derivado de duas palavras gregas “Theos” e “Logos”, sendo que a primeira
significa “Deus” e a segunda, “Palavra” ou “Doutrina”. Em sentido mais
restrito, portanto, teologia pode ser definida como “A doutrina de Deus” ou “A
Ciência que estuda Deus” ou ainda “A Ciência que se ocupa com o que de Deus se
pode conhecer”.
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
Todo cristão aceita a verdade da existência de Deus. A
Bíblia diz:... “é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele
existe e que é galardoador dos que o buscam” (Heb. 11:6). Esta é uma crença
universal dos cristãos. Não uma crença cega, inconsequente e incoerente, mas
lógica e inteligente. A Bíblia não procura provar a existência de Deus.
O fato dessa existência é dado como inquestionável por toda
a Escritura. Entretanto, há correntes ideológicas que se opõem à fé, como:
1.1 O ATEÍSMO - O ateísmo consiste na negação absoluta da
ideia de Deus. O ateísmo é um crime contra a sociedade, pois destrói o
único fundamento da moral e da justiça — um Deus pessoal que põe sobre o
homem a responsabilidade de guardar as suas leis. Se não há Deus, então
não há lei divina, e todas as leis são do homem.
1.2 O PANTEÍSMO - O panteísmo (proveniente de duas palavras
gregas que significam "tudo é Deus") é o sistema de pensamento que
identifica Deus com o universo, árvores e pedras, pássaros, terra e água,
répteis e homens — todos são declarados partes de Deus, e Deus vive e
expressa-se a si mesmo através das substâncias e forças como a alma se expressa
através do corpo A Bíblia diz: “No
princípio criou Deus os céus e a terra” (Gên. 1:1). Deus é Deus e as coisas
animadas e inanimadas, por Ele criadas são criaturas, mas nunca são deuses.
Compare com (Rom. 1:20-23).
1.3 O MATERIALISMO - É a doutrina que nega qualquer
distinção entre a mente e a matéria; afirma que todas as manifestações da vida
e da mente e todas as forças são simplesmente propriedades da matéria. O
materialismo é um esforço para tentar dizer não para os reclamos da alma ou da
psique. A Bíblia diz: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (Sal.
42:2).
1.4 AGNOSTICISMO - Originário de duas palavras gregas que
significam: “não sabendo” ou e a capacidade da incapacidade. Dizem os
agnósticos: “a mente finita não pode conhecer o infinito”. Podemos não conhecer
Deus perfeitamente hoje, mas nem por isso deixamos de conhecê-lo em parte, até
que um dia o conheceremos face a face, como escrito está na Palavra de Deus (1
Cor. 13:12). Podemos tocar a terra, embora não possamos envolvê-las com os
braços.
1.5 O DEÍSMO - admite que haja um Deus pessoal, que criou o
mundo; mas insiste em que, depois da criação, Deus o entregou para
ser governado pelas leis naturais. Em outras palavras, ele deu corda
ao mundo como quem dá corda a um relógio e o deixou sem nenhum cuidado
da sua parte. Dessa maneira não seria possível haver nenhuma revelação e
nenhum milagre. A Bíblia diz: “Porque nele vivemos e nos movemos e existimos,
como também alguns dos vossos poetas disseram: pois somos também sua geração”
(Atos 17:28). Ademais diz o santo livro “Um só Deus e Pai de todos o qual é
sobre todos e por todos e em todos” (Ef. 4:6).
1.6 O DUALISMO - Esta teoria é assaz perigosa. Ela afirma
que existem dois princípios distintos ou dois deuses. Deus e o Diabo, o bem e o
mal. A Bíblia é clara quando diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”
(Gên. 1:1). Não há qualquer ideia bíblica de dois criadores, embora haja
distintamente o bem e o mal. O cristão não pode aceitar a co-autoria de Satanás
na criação do mundo. O cristão não pode admitir que Satanás esteja no mesmo pé
de igualdade com o Senhor. Satanás, foi um dia criado por Deus, mas está
sujeito ao Criador em qualquer tempo ou espaço.
1.7 O
POLITEÍSMO - (Crença em vários deuses) era característico das religiões antigas
e pratica-se ainda hoje em algumas nações. Baseia-se ele na ideia de que o
universo é governado, não por uma força só, mas sim por muitas, de maneira que
há um deus da água, um deus do fogo, um deus das montanhas, um deus da
guerra, etc. Foi esta a conseqüência natural do paganismo, que endeusou
os objetos finitos e as forças naturais e "adoraram e serviram
à criatura antes que o Criador" (Rom. 1:25).
2- A REVELAÇÃO DE DEUS:
Há dois conceitos a respeito da Revelação de Deus. O
primeiro é (Natural ou Geral) e o segundo é (Especial ou Sobrenatural)
2.2- A REVELAÇÃO NATURAL
A criação pode nos revelar a existência de Deus: Deus é o
Criador. O conhecimento natural de Deus é aquele que obtemos através daquilo
que nos diferencia dos animais irracionais: nossa capacidade de pensar,ou seja,
a nossa razão. (Salmo 19:1,2; Rm 1:19,20, Rm 2:14,15)
O valor da revelação natural está no fato de que os homens contemplam o poder de Deus na Natureza e na Consciência.
O valor da revelação natural está no fato de que os homens contemplam o poder de Deus na Natureza e na Consciência.
2.3- A REVELAÇÃO ESPECIAL
A revelação especial é necessária para que o homem não tenha
uma visão deturpada de Deus e entenda o Plano de Deus para a sua redenção.
Formas de Revelação Especial:
a)Teofanias: Manifestações de Deus em forma humana ou de
elementos da natureza: Ex: Nuvens e fogo (Êxodo 3:2,33:9) ventos tempestuosos
(Jó 38:1; Salmo 18:10-16); ventos suaves (1 Reis 19:2); como o Anjo do Senhor
(Gn16:13,31:11;Êx. 20:20-23).
b)Comunicações diretas (auto-revelação):Voz audível, Urim e
Tumim (Num. 12:6 ; 27:21; Isaías 6),
sonho, revelação e visão.
c) Milagres (experiência mística): poder de Deus em
situações especiais sobre a natureza: Maná, sarça ardente, abertura do Jordão;
d) Escrituras: revelando aspectos de Deus e sua obra; Deus
se revela a nós neste sentido por meio de Sua Palavra (2 Pd 1:20,21; 2 Tm 3:16)
e) Jesus Cristo: O Ponto mais sublime da revelação é a
encarnação do verbo através de Jesus Cristo.(Hebreus 1:1,2)Deus se comunicou a
nós através da encarnação do verbo; Jesus Cristo.(João 1:1-3) ” No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no
princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez.” (João 1:14) “E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai”. (João 1:18) “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus
unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.”
Responda as seguintes questões:
1- Relacione os seguintes textos com a determinada ideologia
a respeito de Deus:
a) Deus não existe:
b) Há um deus para cada situação no universo:
c) Deus está nas flores do
campo:
d) É impossível conhecer a Deus realmente:
e) Deus e o Diabo estão em uma eterna
briga:
f) Deus criou o mundo, mas o abandonou depois:
g) Só creio no que vejo:
2- Pesquise: O que é Ateísmo Prático?
3- Qual revelação é suficiente para tornar a raça humana
indesculpável. Mas, por causa da queda, não é suficiente para a salvação de
ninguém.
4- Paulo escreveu aos gálatas: “Faço-vos, porém, saber,
irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não
o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo”
(Gl 1:11-12). A que tipo de revelação se refere este texto?
5- Martinho Lutero, o reformador alemão, disse a seguinte
frase: “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem
mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão
instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto
para o que há de vir.” Como este texto está relacionado à revelação?
6- Qual a revelação mais importante para o ser humano
conhecer segundo o texto de João 5:39?
ESTUDO 10
CONHECENDO A DEUS (2ª Parte)
Versículo Chave:
“...mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer
e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia,
juízo e justiça na
terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR”. Jeremias 9.24
Introdução: Deus não pode ser definido por uma palavra ou
por uma frase. Portanto, é necessário que tentemos, mesmo que de forma
limitada, descrever as “qualidades de Deus”, ou seus “atributos”. Outra forma
de conhecê-lo é pelos diversos nomes atribuídos a Deus na bíblia. No entanto,
esta descrição é limitada, pois não podemos conhecer a Deus plenamente. Rom. 11.34
diz: ”Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?”, Deuteronômio 29.29 “As coisas encobertas
pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a
nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”. Por
isso, o descrevemos com base apenas no que ele nos revelou a seu respeito.
3- OS ATRIBUTOS DE DEUS:
Os atributos (qualidades) divinos são divididos em dois: Os
Atributos comunicáveis e os incomunicáveis.
3.1 ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS (absolutos e metafísicos)
Os Atributos incomunicáveis são aqueles em que os homens não
podem ter e que não existe correspondência na criação.
-
Onipresença :Ele está em todo lugar- Sl.139:7; Jr.23:23,24
-
Onisciência: Ele sabe tudo - Salmo 139:1-4
-
Onipotência: Ele é Todo -poderoso - Ap.19:6 ;Sl 106:8;Dn 4:35
- Auto
Existência: Não depende de ninguém..Cl1:17;João 5:26
-
Imutabilidade: Ele não muda -Ml 3:6; Tg 1:17 ; Sl102:27; Hb13:8
-
Eternidade: 1 Tm1:17; Sl 90:2b; Ap.1:8;
-
Soberania: Gn 18:14; Jer. 32:27; Zac. 8:6-7; 1 Tm 6:15
3.2 ATRIBUTOS COMUNICÁVEIS ( morais e pessoais)
Os Atributos comunicáveis são aquelas qualidades que o homem
pode possuir e cultivar, sem no entanto, atingir a perfeição de Deus.
-
Santidade: Lev 11:44,45; 1 Pedro 1:15,16
-
Justiça: ( retidão) Salmos 119:137; Dt 32:4; Is 1:16-18
- Amor:
(bondade, misericórdia) 1 João 4:8-11,16; Dt. 7:6-8;Ne 9:31
-
Verdade: Num 23:19; João 17:3; Rm 3:4
-
Fidelidade: 1 Reis 8:56; Hebreus 10:23; 2 Cor. 1:20.
4- OS NOMES DE DEUS
4.1 - El - Significa “Deus” no sentido mais abrangente do
termo. Pode ser aplicado ao Deus verdadeiro (Sl 77.14) ou a um deus falso (Is 44.17).
Na maior parte das vezes que aparece na Bíblia refere-se ao Deus verdadeiro.
Por ter um significado muito amplo raramente aparece só; vem acompanhado de
adjetivos e títulos, e forma nomes compostos. Nas línguas semitas, também é o
termo empregado para Deus. Na religião cananeia, era identificado como o
maioral dos deuses e pai de Baal (um nome próprio, portanto). O livro da Bíblia
que mais utiliza a palavra El é Jó. Este nome de Deus aparece na formação de
muitos nomes próprios: Ismael (Deus ouve), Israel (Deus luta), Miguel (quem é
como Deus), Daniel (Deus é juiz), Elimeleque (Deus é rei), Elias e Joel (Yahweh
é Deus), Ezequiel (Deus fortalece), Emanuel (Deus conosco), etc.. A raiz da
palavra El vem do termo hebraico para “forte”; logo, El significa “poderoso”
(Is 9.6).
4.2- Elohim - Forma plural de El, formada com o acréscimo do
sufixo “im”. Pode referir-se ao Deus verdadeiro (Gn 1.1) ou a deuses falsos (Sl
138.1); só o contexto estabelece a diferença. Elohim é muito mais usado do que
El ou Eloah (Êx 3.6). No Calvário, Jesus utilizou uma expressão aramaica do
termo, citando o Salmo 22.1 ( Mt 27.46). Em várias ocasiões Elohim aparece
ligado a Yahweh, outro nome de Deus (Js 22.22). O mais surpreendente a respeito
de Elohim é que, ainda que seja uma palavra plural, frequentemente é usada com
o verbo no singular. Isso ocorre porque Elohim é o nome que expressa a Trindade
divina: um Deus em três pessoas (Gn 1.26). É um nome que nos lembra que o Pai é
Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Por isso o termo é
importantíssimo para os cristãos em seus debates com espíritas, Testemunhas de
Jeová, judeus e muçulmanos. Deus é triúno.
4.3- Eloah ou Elyon (hebraico), Forma antiga e ampliada de
El. Esta palavra estava em uso desde tempos mais remotos, e foi gradativamente
caindo em desuso.
Após o cativeiro o termo voltou a ser usado, de modo
limitado, devido a uma preocupação em retornar aos fundamentos antigos. Quase
sempre usado para designar o Deus verdadeiro, e ao contrário de El, dispensa
adjetivos. Aparece quase exclusivamente no livro de Jó (Jó 11.7). Tanto El
quanto Eloah destacam o poder de Deus. São nomes que transmitem conforto e
segurança ao povo de Deus (Pv 30.5), mas temor aos seus inimigos (Sl 50.22).
Eles nos lembram que Deus merece nossa confiança e nosso respeito.
4.4- Adonai – Esta palavra significa “senhor”, referindo-se
a um patrão, proprietário ou o próprio Deus (1Re 2.26). Entra na composição de
vários nomes próprios, como Adonias (Deus é senhor). Se nos referimos a Deus
como Adonai declaramos que ele é nosso proprietário, aquele a quem servimos. Os
judeus, para não pronunciar a palavra Yahweh, substituíam-na na leitura bíblica
pela palavra Adonai.
4.5- Yahweh – (Eu Sou). Este é o nome mais usado para Deus
em toda a Bíblia (5.321 ocorrências), o que tem despertado mais polêmica
(ex:Testemunhas de Jeová), e também o de mais difícil interpretação (quanto à
pronúncia e significado corretos). É formado pelo tetragrama YHWH, e
normalmente traduzido em nossas Bíblias como Senhor (Gn 2.4), SENHOR (Gn 16.7)
ou Jeová (Is 12.2). No período pós-exílico a reverência pelo nome de Deus (Êx
20.7) fez com que deixasse de ser pronunciado, substituído pela palavra Adonai.
A partir de 1100 dC as vogais de Adonai foram incorporadas às consoantes YHWH,
formando a palavra Jeová. Embora Yahweh já fosse conhecido desde o início de
Gênesis (Gn 4.26; 22.14), seu significado só foi revelado à época de Moisés (Êx
6.2,3). Ele significa “eu sou”, ou “eu sou o que sou”, porque só o Senhor é
Deus – os outros não são (Êx 3.13,14). Jesus reivindicou esse nome de Deus para
si (Jo 8.58,59). Yahweh é um nome que aponta para a exclusividade de Deus.
Vários nomes próprios na Bíblia foram formados a partir dele: Elias (Yahweh é
Deus), Isaías (Yahweh deu salvação), Jônatas (Yahweh tem dado), Josué e Jesus
(Yahweh salva)
4.6- Theos (grego) é o equivalente ao significado de El.
4.7- Abba – Pai (Mc 14.36 Rm 8.15; Gl 4.6 )
4.8- Kirios- Deus, o Todo Poderoso, Senhor e com autoridade
e poder legal..Aplica-se também à Jesus Cristo. (Apoc. 4:8)
EXPRESSÕES COMPOSTAS OU COMBINADAS PARA DEUS
1. El-Shaddai
- O que satisfaz ou “Todo Poderoso”(Is. 43:13);
2. El-Elyon
- O mais alto ou sublime (Is. 57:17);
3. Jeová-Rapha
- O Senhor que sara (Ex. 15:26);
4. Jeová
Shalom - O Senhor é a minha paz (Juizes 6:24);
5. Jeová-Nissi
- O Senhor nossa Bandeira (Ex. 17:15);
6. Jeová
Raah - O Senhor é meu pastor (Sal. 23:1);
7. Jeová-Shammah
- O Senhor está aqui ou está presente (Ez. 48:35);
8. Jeová-Tsidkenu
- O Senhor nossa justiça (Jer. 23:6);
9. Jeová-Jireh
- O Senhor proverá (Gên. 22:13,14);
10. Emanuel - Deus Conosco (Mat. 1:23).
Responda as seguintes questões:
1- Transcreva pelo menos um versículo sobre os seguintes
atributos de Deus:
a) FIDELIDADE:
b) AMOR:
c) ONIPOTÊNCIA:
d) IMUTABILIDADE:
e) SOBERANIA:
f) ONIPRESENÇA:
g) AUTO-EXISTÊNCIA:
h) ONISCIÊNCIA:
2- Para nós que somos cristãos, qual o nome que mais devemos
reverenciar e adorar segundo Filipenses 2:9-12.
CONHECENDO A DEUS (3ª Parte)
Versículo Chave:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus,
e a comunhão do
Espírito Santo
sejam com todos vós”. 2 Coríntios 13.13
Introdução: O presente estudo tratará de um dos temas mais complexos e
debatidos de toda a teologia e do pensamento cristão: A Doutrina da Trindade.
Tal assunto possui a capacidade de gerar inúmeras dúvidas em nossa mente, tais
como: como Deus é único e ao mesmo tempo três? Serão três Deuses diferentes?
Será apenas um Deus, que se manifesta de três formas diferentes? Ou ainda: Um
único Deus, com três subsistências distintas?
Ao estudar este assunto, lembre-se de que a palavra
“Trindade” não é usada nas Escrituras. Este é um termo usado em uma tentativa
de descrever o Deus triúno, e o fato de haver 3 pessoas co-existentes e
co-eternas perfazendo um só Deus. Compreenda que DE JEITO ALGUM se sugere aqui
que haja 3 Deuses.
5- A TRINDADE
“Há Um Só Deus” (Efésios 4:6) Esse é um ensino claro em toda
a Bíblia. Uma das verdades mais declaradas no Antigo Testamento e na história
de Israel é que o Senhor(Jeová) é Um e que além dele não existe outro, sendo
falsos os pretensos deuses dos pagãos (Dt 6.4; Jr 5.7).
Antes de entrarmos a fundo neste tema, vamos analisar alguns
exemplos comuns ao nosso conhecimento para que nos ajudem a compreender a
doutrina da Trindade.
a) Água - A água é formada por 2 moléculas de hidrogênio e 1
de oxigênio (H2O). Apesar de ser apenas 1, a água pode se apresentar em 3
formas: líquida, sólida e vapor.
b) Ser-Humano - O homem é um só, porém é dividido em
Espírito, Alma e Corpo. É um só, mas é composto de três.( 1 Tess. 5:23)
c) Luz - Todo raio de luz é composto sob 3 formas, diferentes
mas unidas: o raio actínio, que é invisível; o raio luminoso, que é o que
ilumina (visível), e o raio calorífero, que produz o calor, que sentimos mas
não vemos. Onde estão os três há luz, e se há luz, ali estão os três.
Vamos aproveitar o exemplo acima e fazer uma analogia com a
Luz. Em 1 João 1.5 e Apocalipse 22.5 vemos que Deus é Luz. Deus o Pai é
invisível; no entanto, Ele se tornou visível em seu Filho Jesus, e hoje opera
no mundo por meio do Espírito, que é invisível, mas o podemos sentir
fortemente.
5.1 - BASE BÍBLICA PARA O ENSINO DA TRINDADE
Em Deuteronômio 4.35, Deus É Único, e além dEle não há
nenhum outro .Mas no Antigo Testamento já vemos que Deus já fala de si na forma
plural (Gênesis 1.26 e 11.7) . Em Gênesis 16.7-12 vemos a figura do “Anjo do
Senhor” como sendo o próprio Deus, assumindo, aí, forma visível.
Em Isaias 9.6 vemos a profecia do nascimento do Filho de
Deus, cujos títulos estão Deus Forte e Pai da Eternidade”, títulos que só se
aplicariam ao próprio Deus, e no capítulo 11.2 vemos que sobre Ele repousaria o
Espírito do Senhor.
Já no Novo Testamento começamos a ver que Deus, apesar de
ser apenas Um (Dt 4.39) coexiste em 3 pessoas que agem distintamente - mas em
união - com um mesmo propósito. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo (2
Coríntios 13.14).
5.2- O Pai reconhecido como Deus. Em Efésios 4.6 vemos que
“há um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos”. O
próprio Jesus, em João 6.27, fala do Pai como Deus, e na primeira carta de
Pedro, cap.1.2, vemos a presciência (conhecimento prévio) de Deus Pai.
5.3- O Filho reconhecido como Deus. O apóstolo Tomé, quando
viu as marcas dos pregos da cruz na mão de Jesus disse: “Senhor meu, e Deus meu”(João
20.28). Em Tito 2.13 o apóstolo Paulo fala do aparecimento do “grande Deus e
nosso Salvador Jesus Cristo”. Também podemos ver que Jesus possui as características
que só Deus possui. Em Mateus 28.18
Jesus diz que “tem todo poder no céu e na terra”, sendo por isso
"Onipotente". Já em Mateus 28.20 vemos que Jesus é
"Onipresente". Jesus recebe e aceita honra e adoração somente devidas
a Deus. Vejamos isto em João 5.23: “Para que todos honrem o Filho como honram o
Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai”.
Quando Jesus falou isto, chegamos a uma conclusão: ou Jesus
era realmente Deus ou foi o homem mais orgulhoso e impostor que o mundo já viu.
Mas, sendo Deus, tinha o direito de aceitar adoração. Estevão, quando estava
sendo apedrejado, clamou “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59). Quem
tinha condições disto? Somente Deus! Um dos motivos que os judeus queriam matar
Jesus era que Ele “dizia que Deus era seu próprio pai, fazendo-se igual a Deus”
(João 5.18).
Jesus, orando ao Pai, disse “para que todos sejam um, como
tu, o Pai o és em mim, e eu em ti; para que também eles sejam um em nós, para
que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21-22).
5.4- O Espírito Santo reconhecido como Deus. No relato da mentira de Ananias e Safira, em Atos 5.3 e 4, disse Pedro: “Ananias, porque
encheu Satanás o teu coração para que mentisses ao Espírito Santo, ..Não
mentiste aos homens, mas a Deus”. Vemos o Espírito Santo ter os atributos de
Deus em várias passagens da Bíblia, como em Efésios 4.30, onde está escrito
“não entristeçais o Espírito (Santo) de Deus, no qual fostes selados para o dia
da redenção”. Também vemos o Espírito Santo realizar obras atribuídas a Deus
como no caso da Criação, que podemos ver em Gênesis 1.2, no qual diz que “a
terra era sem forma e vazia ...e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas”. Em João 16.7-8 vemos Jesus dizer que viria sobre eles (e nós) o
Espírito Santo (aqui recebendo o nome de "Consolador") e que, “quando
Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”.
CONCLUSÃO: Finalizando este tópico sobre a Trindade Divina, podemos
ver, em Tito 3.4-6, que a própria Salvação é obra da Trindade: “Quando, porém,
se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com os
homens, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, Ele nos SALVOU mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo, que Ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo
nosso salvador”.
Resumindo:
1. A Trindade não é uma crença em três deuses. Há um único
Deus e nós nunca devemos desviar-nos disso.
2. Esse único Deus existe como três pessoas.
3. As três pessoas não são partes de Deus, mas cada uma
delas é total e igualmente Deus. No ser único e indiviso de Deus há um
desdobramento em três relações interpessoais, de forma tal que existam três
pessoas. As distinções na Divindade não são distinções de Sua essência, nem são
acréscimos à Sua essência, mas são o desdobramento da unidade de Deus, do ser
indiviso, em três relacionamentos interpessoais, de modo que há três pessoas
reais.
4. Deus não é uma pessoa que assume três papéis
consecutivos. Essa é a heresia do modalismo. O Pai não se tornou o Filho e,
então, o Espírito Santo. Pelo contrário, sempre houve e sempre haverá três
pessoas distintas na Divindade.
5. A Trindade não é uma contradição porque Deus não é três
no mesmo sentido em que Ele é um. Deus é um em essência e três em
personalidade.
Responda as seguintes questões:
1- Embora não encontramos o termo TRINDADE na bíblia,
podemos saber que “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, e estas três são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e
glória”. Cite pelo menos um texto em que podemos reconhecer a divindade no:
a) Pai:
b) No Filho:
c) No Espírito Santo:
2- O primeiro a usar o termo TRINDADE, foi o teólogo
Tertuliano de Cartago em seu tratado “Contra Práxeas”, na última década do 2º
século da era cristã, além de ter sido também o primeiro a formular esta
doutrina. O que podemos concluir sobre o surgimento deste termo?
3- Qual grupo religioso na atualidade que nega veementemente
a doutrina da TRINDADE?