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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A CORRUPÇÃO E PODER DO EVANGELHO


“...quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” (Ef. 4.22-24)




No dia 28 de setembro deste ano, o Colégio Episcopal da Igreja Metodista, lançou o manifesto: “PELO ENFRENTAMENTO DA CORRUPÇÃO” Por uma gestão pública e ação parlamentar proba, democrática e transparente em todos os níveis. Todos nós brasileiros, evangélicos, católicos, pessoas de bem e de ética, estamos estarrecidos com a crescente corrupção em nossa nação. Neste manifesto, os bispos disseram: “Percebe-se, das denúncias apresentadas à opinião pública, que o crime de corrupção nas esferas de poder está freqüentemente acompanhado de outro crime: o tráfico de influência. Este binômio tem causado sérios e permanentes prejuízos à população brasileira, especialmente aos setores mais empobrecidos, pelo desvio de recursos que poderiam ser aplicados a melhorias na saúde pública, educação, saneamento básico, a previdência, etc.”  
Como povo de Deus somos comprometidos com os valores do Reino de Deus. Não podemos nos conformar com este século (Rom. 12:1,2) Temos que ser voz profética em nossa cidade e nação. Para isso, temos que começar a dar o exemplo. 
Infelizmente nem sempre isso tem acontecido. Basta observar que em tempos de eleições alguns líderes evangélicos e católicos se unem ao sistema político e econômico da nação, supostamente crendo que, fazendo uso do poder mudará a sociedade. Ao apoiarem este ou aquele candidato, sem o devido critério tornam suas denominações reduto de atividades políticas em que imperam políticos corruptos e desalmados. Tal comportamento é vexatório porque impede a Igreja de ser verdadeiramente uma voz profética. Quero propor neste artigo uma ação transformadora onde a igreja, o corpo de Cristo tem como ponto de partida um “tripé”.        
                  
A Igreja denuncia o pecado. É preciso que se denuncie o pecado e suas conseqüências, o seu poder destruidor de aniquilar as vidas, separar a família, separar o homem de Deus, trazer pestes e doenças, ódio e desavenças, inimizades e condenação. É de absoluta importância que se fale de seu salário: "Porque o salário do pecado é a morte" (Rom 6:23). Não podemos esquecer que a raiz de toda corrupção está no coração do homem pecador.                                                                                                                                              
A Igreja aponta para o amor de Deus. A mesma voz que denuncia: "o salário do pecado é a morte", é a mesma que declara "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rom 6:23). A mesma voz que denuncia: "todo o mundo está no maligno" (1º João 5:19), é a mesma que declara: "para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (1º João 3:8). Quando o ser humano recebe o amor de Cristo em seu coração ele é transformado. A Igreja não aponta soluções meramente humanas. A solução para a sociedade passa pelo impacto do amor de Deus que é derramado nos corações.   
                                       
A Igreja chama ao arrependimento. A Igreja deve imitar o profeta João: "E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei vos, porque é chegado o Reino dos céus" (Mat 3:1-2). 0 grande êxito do cristianismo reside no chamamento que a Igreja, através da sua mensagem salvadora, faz ao mundo. Pedro, no dia de pentecostes, tomado de poder e graça no Espírito, conclamou o povo ao arrependimento (Atos 2:37). Através do arrependimento o corrupto se torna uma nova pessoa, mudando de dentro para fora as suas atitudes e se tornando uma pessoa honesta. (Ef. 4:24-28)                                                                   
Só o poder do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo pode solucionar o problema crescente da corrupção no Brasil, pois assim teremos nossa mente renovada e um novo homem criado à imagem e semelhança de Deus. Um novo homem, com novas atitudes, sendo um agente de transformação na sociedade, colocando em prática os ensinamentos de Cristo; definindo metas com esperança e fé por dias melhores; e o amor a Deus e ao próximo como medida de justiça, santidade e paz.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão

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