"Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou;
arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram". (Gênesis 33:4)
Em minha caminhada ministerial tive o privilégio de servir
ao Senhor durantes vários anos tanto no Mato Grosso como no Mato Grosso do Sul.
E nesta andança por aquelas bandas me deparei com algumas pontes caídas, tendo
que desviar de minha rota pegando outro caminho bem mais longo para chegar ao
meu destino. Talvez isso já tenha ocorrido com você também! O transtorno é grande
e a viagem se torna bem mais cansativa. É interessante que em algumas situações
o Departamento de Estrada e Rodagem prefere colocar uma placa avisando que o
trecho está interrompido por esse motivo do que consertar a ponte; e isso pode
durar por anos...
É triste constatar que em nossas vidas, muitos de nós também
deixamos nossas pontes caídas ou arruinadas; preferimos mudar de rota, pegar um
caminho mais longo do que consertá-las.
Jacó trilhou esse caminho. Dominado pela ambição e
desprezando princípios divinos, este homem manipulou sua mãe, enganou seu pai e
aproveitou-se de seu irmão Esaú ficando com o seu direito de primogenitura.
Alguém pode até discordar dizendo que Jacó não fez nada de errado e sim Esaú,
porque desprezou o seu direito; mas a verdade é que Jacó de qualquer forma
seria abençoado, mas usou de subterfúgios humanos.
O resultado disso um ódio mortal por parte de Esaú, que
desembocou na cisão da família, com Jacó fugindo para a longínqua Padã-Harã,
onde tinha parentes de segundo grau.
Foram vinte anos de separação. Aquela ponte entre os irmãos
estava destruída e o caminho de volta era quase impossível. Para Jacó,
significava não só a quebra do seu próprio orgulho, mas a exposição de sua vida
e de sua nova família aos riscos da rejeição e até mesmo da morte, tal era o
ódio que suas velhas decisões provavelmente deixara no coração de seu irmão.
Mas ele voltou, foi consertar aquela ponte com o seu irmão,
foi em busca de seu perdão e o milagre aconteceu. A bíblia diz que Esaú
correu-lhe ao encontro e o abraçou e atirando-se ao pescoço e o beijou; e
choraram. Consertar a ponte é possível, principalmente para aqueles que são
discípulos de Jesus. Entendemos que Jesus se fez se tornou esta ponte de
ligação entre nós e o Pai; através de sua morte na cruz, o perdão se tornou
possível a todos nós. Se não perdoarmos aqueles que nos ofenderam estaremos
impedindo que o perdão de Deus ocorra em nós. “Porque se perdoardes aos homens
as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes
aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas
ofensas” Mateus 6.14-15. Se você tem algo contra alguém da sua família, ou
contra alguma outra pessoa, não deixe passar essa noite.
Quando chegar em casa, entre em seu quarto; ajoelhe-se, peça
perdão a Deus pelo ato cometido e coragem para acertar o relacionamento
quebrado. Depois, busque a pessoa que você teve alguma diferença imediatamente
diga apenas, perdoa-me pelo que aconteceu entre nós. Gostaria de ser seu
amigo(a) outra vez. Fazendo isso estaremos consertando a ponte onde a graça e o
perdão de Deus chega a nós.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
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