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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

UMA IGREJA ACOLHEDORA


TEXTO BASE: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus”. Romanos 1:7


INTRODUÇÃO: Nos estudos anteriores aprendemos sobre a importância de congregarmos e também alguns motivos que levam as pessoas a saírem de suas igrejas. No estudo de hoje veremos a importância de sermos uma Igreja acolhedora. Uma pessoa decide-se por uma igreja, via de regra, por causa da acolhida que lhe é dada. Ninguém fica numa igreja, onde não consegue fazer amizade. O que seria de Paulo e João Marcos se não fossem acolhidos por Barnabé? (At 9:26-27; 11:22-26) e (At 15:36-39).

1- O QUE SIGNIFICA SER UMA IGREJA ACOLHEDORA?
À luz da Palavra de Deus, podemos fazer a seguinte definição: Uma igreja acolhedora é uma comunidade onde ninguém permanece sozinho, em sua caminhada com Cristo.  Uma Igreja Acolhedora possui as seguintes marcas:

1.1- É a Igreja que age como um corpo. (1 Cor. 12:12-36) – No verso 12 está escrito: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo”. Nessa passagem vemos que Paulo compara a igreja com o corpo. Mas, por quê? Assim como a igreja, o corpo é formado por muitos membros, todos diferentes, que fazem parte do mesmo corpo! Cada parte é de extrema importância.
Muitas vezes, vemos irmãos deixando de servir porque não se acham dignos o suficiente: eu não sou isso, não sou aquilo; fulano faz melhor, não posso fazer o mesmo que ele. Nos versos 13 a 17, Paulo descreve um medo comum dentro das igrejas, as pessoas acharem que não tem nada a oferecer. Mas isso é um grande erro, ao invés de nos compararmos uns aos outros devemos usar nossos diferentes dons e aptidões juntos, para mostrarmos ao mundo as Boas Novas! Deus leva cada crente a onde quer. Nos versículos 18 e 21 vemos que a lei do 'cada um por si' não se aplica na vida cristã. Não podemos jamais dizer que não precisamos uns dos outros.

1.2- É a Igreja que age como uma família. É no conceito de família que a igreja se identifica mais ainda como um lugar de acolhimento. “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.” Efésios 2.19. Quando colocamos nossa fé em Cristo, Deus se torna nosso Pai, nós nos tornamos seus filhos e os outros crentes se tornam nossos irmãos e irmãs; e a igreja se torna nossa família espiritual.
O amor entre os irmãos deve ser a marca principal desta família (Rom 12:10; 1 Pd 1:22). E este amor se traduz em cinco palavras chaves: convivência (Atos 2:44), perdão ( Coloss. 3:13), ajuda mútua (Gálatas 6:10, proteção (Ecl. 4:12) e aceitação (Rm 1:7).

1.3- É a Igreja que busca excelência. Nós vivemos em um mundo que valoriza a excelência. Na maioria das vezes podemos ver uma busca por excelência por parte de programas na televisão, na sala de um cinema ou em um evento como um show ou parque temático. Obviamente, isso não significa que todas essas coisas são sempre boas e edificam a Deus, mas elas pelo menos são bem feitas. Na Igreja não deve ser diferente! Ela deve buscar a excelência em tudo que faz! Quando somos desatentos, relaxados, desorganizados e medíocres damos uma péssima impressão e testemunho ao mundo. (Veja Jeremias 48:10).
Devemos sonhar com uma Igreja excelente no amor, ( Veja 1 Cor. 12:31) mas se os seus líderes e membros não trabalharem com afinco pela realização deste sonho, certamente o sonho será apenas uma boa intenção. O sucesso da igreja depende daqueles que dedicarem suas vidas como prioridade ao reino de Deus aqui nesta terra como testemunho do seu serviço de amor ao nosso bondoso Deus e ao próximo.

1.4- É a Igreja que cuida de sua saúde espiritual.
O grande problema é que assim como ocorre com o corpo humano , muitas igrejas ficam doentes. Eis algumas dessas doenças:

a- Crescimento retardado: Quantos irmãos nós temos que já estão a muitos anos na igreja mas continuam levando uma fé vazia, sem desenvolvimento?
(Leia: Hebreus 5:12-14)

b- Hidrocefalia cristã: O crente que sofre desse mal é aquele que conhece muito da palavra, mas não aplica. Tem a cabeça grandona, mas na hora de ajudar o corpo a se desenvolver não funciona. ( Leia: Tiago 1:22)

c- Sedentarismo: Toda Igreja tem o crente sedentário, muitas vezes ele esta ali disfarçado. Esse é aquele que fala, fala... mas não faz! Se liga irmão; a fé sem obras é morta. (Leia: Tiago 2:26)

d- Inanição: Esse é aquele que esta tão fraco na fé porque só se alimenta uma vez por semana na hora do culto. Durante a semana nada do alimento mais precioso do mundo, a Palavra de Deus. (Leia Atos 17:11)

e- Esterilidade: O resultado de pesquisas realizadas recentemente sobre a crise espiritual que a igreja atravessa, constata-se que apenas 5% dos crentes já ganharam alguma alma para Cristo, ou seja, já tiveram a alegria de gerar “filhos espirituais”, agora 95% permanecem estéreis, não geram filhos. Os números são alarmantes e assustadores. (Leia Mateus 28:19,20)

1.5- É uma Igreja que aprendeu a exercer a hospitalidade.
No Novo Testamento, a hospitalidade é a marca registrada da vida cristã. Está na lista das características dos líderes da igreja (1 Timóteo 3:2; Tito 1:8) e está ordenado a todos os seguidores de Jesus como uma expressão de amor (Romanos 12:13; 1 Pedro 4:9). Mas seu significado vai além de ser um bondoso anfitrião ou abrir nossos lares e igrejas para convidados.
A palavra “hospitalidade” no grego significa “amor pelos estranhos”. Quando Paulo fala sobre “praticai a hospitalidade” (Romanos 12:13), ele está nos convocando a buscar relacionamentos com pessoas que estão em necessidade, e esta não é uma tarefa fácil.  A hospitalidade cura a alma de quem se sente só e desprezado e nos cura da autossuficiência. A graça hospitaleira de Deus nos curou. Estávamos separados de Deus pelo pecado. A graça nos hospedou no amor de Deus. Pela graça nos que estávamos longe agora estamos perto. Transforme a sua vida num “hospital”: espaço de cura, de amor, de perdão, de misericórdia.
Como igreja precisamos receber bem os nossos visitantes. Eis algumas dicas:
1- Com um sorriso nos lábios, estenda as boas vindas a cada visitante e fale da alegria de recebê-lo. Se for um desconhecido, apresente-se, pergunte o seu nome, pergunte se é a primeira vez que vem a nossa igreja, se conhece alguém dali, para levá-lo junto de seu amigo. Enfim, faça-o sentir-se à vontade e muito bem vindo.

2- Explique que a igreja gostaria de enviar-lhe um convite para outras programações e para isso você precisa de algumas informações. A seguir tome nota dos dados do visitante (nome, telefone, e-mail e algumas outras informações pessoais. Lhe entregue o boletim da igreja e, se tiver, um cartão de boas vindas. Se houver algo para ser preenchido e destacado no cartão, explique-lhe que ele pode devolver à saída.

3- Se a pessoa já esteve na igreja e deu seus dados, demonstre alegria pelo retorno e pergunte se ela recebeu um e-mail ou carta com a programação da igreja. Em caso negativo, comunique o fato à liderança para que a mesma verifique o porquê da não efetivação do contato.

4- A seguir, acompanhe-o para mostrar-lhe os assentos ou ajudá-lo na procura das salas da Escola Dominical, sanitários, etc. Ele deve ser acompanhado, mas sentir-se a vontade para sentar aonde preferir. Seja gentil, sem sufocá-lo com atenção.

5- Se vierem acompanhados de crianças, adolescentes ou jovens, dê-lhes atenção e encaminhe-os para as salas apropriadas. Para tanto, é necessário conhecer bem as dependências da igreja, as classes da Escola Dominical e as idades que atendem, seus professores e os líderes dos ministérios e sociedades. É importante estar bem informado sobre as programações atuais e futuras da igreja.

6 - Ao final do culto despeça-os amavelmente, convidando-os a voltar. Se um contato posterior for feito e essa pessoa for visitada em até 24 horas a possibilidade de voltar à igreja e permanecer é bem grande.


CONCLUSÃO: Devemos trabalhar juntos por uma Igreja Acolhedora! Só assim o maior de todos os mandamentos (Marcos 12:33) será realmente levado a sério!.  

Pr. Gilberto Oliveira Rehder – I.M.Catalão
Classe da Mocidade.

8 comentários:

  1. Boa noite, gostei muito de sua postagem. constatei tb que é de 2015. Muito respeitosamente preciso esclarecer uma coisa que me incomodou. A referencia ao autismo como doença. Na verdade o autismo por si só nao é doença e sim condição de vida. Forte abraço .

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  2. Boa palavra e de muita necessidade para os dia atuais,levando em conta a consideração colocada por nosso amigo acima,o restante estar dentro das nossas nessecidades.

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  3. Muito boa msg, porém também fiquei incomodada com as comparações....
    Sou tia de autista e tenho uma cliente com hidrocefalia, minha cliente é a pessoa mais otimista , doce e meiga que já conheci a vida inteira!

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  4. Atendendo aos irmãos que fizeram ótimas observações no texto sobre o autismo, estou retirando esta comparação do texto, refazendo-so. Muito obrigado!

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  5. Parabéns Pastor Gilberto! (alegria de compartilharmos o mesmo nome haha) Gostei muitíssimo do material e o senhor está de parabéns pela seção que fala da "saúde espiritual". Eu sou da área da Medicina, mas gosto muito de pregar e palestrar. Quando vejo links como os seus que integram as áreas, fico muito feliz que pessoas tenham ideias assim fora da caixinha. Que Deus o abençoe!

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    1. Obrigado meu irmão pelas palavras motivadoras! É muito bom servir ao Reino e saber que posso contribuir para a glória de Deus! Grande abraço!!!

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