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segunda-feira, 17 de julho de 2017

O DESAFIO DE UMA VIDA DE ORAÇÃO


Textos: Daniel 2:17-23 ; Daniel 6:10; Daniel 9:1-4

17 Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia.
19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;
21 é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.
22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
23 A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me deste sabedoria e poder; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei.
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(Daniel 6:10) “ Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.

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(Daniel 9:1-4)
1- No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,
2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.
4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;

Introdução: Eu quero refletir hoje sobre o desafio de termos uma vida de oração. Entre tantos personagens que poderíamos usar como exemplo para falar disso, creio que o Profeta Daniel se encaixa bem.

Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele a manteve por toda a sua vida. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada.

No fim das contas, Daniel marcou a sua geração e também a história porque orava.

Trazendo um pouco do seu contexto histórico, O livro de Daniel começa no ano de 605 a.C. quando a Babilônia conquistou Jerusalém e levou para o exílio Daniel, seus três amigos e outros judeus. O livro cobre os 70 anos do cativeiro babilônico.

É importante que saibamos que Daniel não nasceu no cativeiro. Ele foi levado para a Babilônia possivelmente com quatorze ou quinze anos de idade.

Eu creio que ele cultivava uma vida de oração mesmo antes de ser levado para Babilônia e mesmo tendo sofrido todo tipo de pressões no cativeiro para forçá-lo abandonar a sua fé e assimilar a cultura ímpia da Babilônia diz a o texto em Daniel 1:8, que ele ”resolveu firmemente não se contaminar com as finas iguarias do rei”.

Daniel permaneceu firme durante os 70 anos de cativeiro. Foi provado, mas nunca sucumbiu ao pecado. Algumas vezes, preferiu a morte a pecar contra Deus, e Deus o honrou.

Deus sempre honra aqueles que têm uma postura firme diante da sociedade; pessoas que não negam o Senhor diante das ofertas deste mundo!

A Babilônia, com sua magnifica grandeza caiu, mas, Daniel permaneceu de pé. Daniel foi maior do que o próprio império babilônico.

Eu creio que o segredo de sua vitória, sua firmeza e integridade se deu ao fato de que ele era um homem de oração.

Há três momentos específicos que eu quero destacar nesta noite que nos mostram este fato:

1º MOMENTO:
POR OCASIÃO DO SONHO DE NABUCODONOSOR. (Daniel cap. 2).

1 No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho; o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono.
2 Então, o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei.
3 Disse-lhes o rei: Tive um sonho, e para sabê-lo está perturbado o meu espírito.
4 Os caldeus disseram ao rei em aramaico: Ó rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação.
5 Respondeu o rei e disse aos caldeus: Uma coisa é certa: se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas monturo;

No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu saber o que ele sonhou e nem explica-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros.

Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia.

Daniel e seus amigos seriam incluídos neste decreto porque eram tidos como sábios do reino.

Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo, mas Daniel chamou os seus amigos para orarem dentro de um mesmo propósito.

17 Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia.
19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;

A primeira lição que aprendemos com Daniel nesta ocasião é a de que precisamos ter amigos ou irmãos que orem com a gente nos momentos chaves de nossa vida!

O desafio era impossível humanamente falando, mas Daniel receberia a revelação daquele sonho porque eles oraram fervorosamente!

Existe poder na oração em concordância.

“Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”. Mt 18.18-20

A oração de concordância nos dá a dimensão de unidade, de se ter um só coração e um só propósito. Quando isso acontece, as orações são respondidas. A igreja recebe poder para ligar e desligar.

Quando oramos juntos, somos “contagiados” pela necessidade de oração; o amor pelos irmãos cresce e a unidade é intensificada; a fé é fortalecida e o poder espiritual se multiplica..

A palavra concordar, symphoneo no grego, significa soar juntos, fazer sinfonia. É como em uma orquestra, cada um toca um instrumento, todos entram no momento exato e o som é harmonioso. Quando concordamos em unidade estamos fazendo sinfonia, as nossas orações são respondidas e fazem o braço de Deus se mover.

Ao orar junto com outros irmãos, você aumenta seu “poder de fogo” contra o inimigo, pois no reino de Deus, quando dois ou três se reúnem em nome de Jesus, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É sinérgico

Nós concordamos que vivemos momentos críticos em nossa nação.
Também concordamos que precisamos de um grande mover de Deus e que ele tem liberdade para operar em nós e no nosso meio. Aleluia!

A segunda lição que aprendemos com Daniel nesta ocasião é que devemos priorizar a oração de gratidão e louvor ao nosso Deus!

Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer.

Com Daniel era bem diferente. Antes de correr ao rei e lhe apresentar a revelação, ele primeiro agradeceu ao Senhor. Ele não deixou o louvor para mais tarde. Na vida de Daniel, Deus sempre estava em primeiro lugar e somente depois vinha o rei babilônico.

19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;


2º MOMENTO:
POR OCASIÃO DE UM DECRETO DO REI DARIO. (Daniel cap. 6).  

1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino;
2 e sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes sátrapas dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino.
4 Então, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.
5 Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
6 Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente!
7 Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei estabeleça um decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.
8 Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito e assina a escritura, para que não seja mudada, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.
9 Por esta causa, o rei Dario assinou a escritura e o interdito.

A primeira lição que aprendemos com Daniel nesta ocasião é que precisamos ter regularidade na oração.

Daniel não permitia que nada atrapalhasse a regularidade de seu tempo de oração.

Em Daniel 6 lemos que os altos funcionários inimigos dos judeus tentaram preparar uma armadilha para Daniel e impedi-lo de orar e tirar-lhe a vida (v.7).

Deus estava exaltando-o e neste momento Daniel era um dos presidentes do rei. Isso gerava inveja!

Nós também precisamos ter consciência de que o inimigo de Deus fará de tudo para nos afastar da oração. Mas Daniel reagiu a isso com mais oração:

“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (v. 10).

“Deseje ser uma pessoa de oração, na quantidade (no tempo) e na qualidade (no conteúdo: magnificação, gratidão, confissão, atenção), em função do prazer que dá conhecer mais e melhor a Deus, não em função do que Ele pode dar. Se oração é apenas um momento em que uma lista de pedidos é lida, ela jamais será parte de uma vida”. Israel Belo de Azevedo



3º MOMENTO:
POR OCASIÃO DO FINAL DO CATIVEIRO (Daniel cap. 9).
1 No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,
2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.
4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;

Daniel leu nos livros que o cativeiro do povo duraria setenta anos, mas ele se pôs na brecha da oração em favor do povo.

Essa oração de Daniel é uma das mais importantes da Bíblia. Temos aqui várias lições:

A primeira lição nesta ocasião é que Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar.

2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.

A falta de discernimento espiritual

Quando compreendeu o que eram os setenta anos de cativeiro de que Jeremias tinha falado, começou imediatamente a orar e a jejuar. Com isso, ele mesmo foi profundamente afetado.

3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.
4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei...

Daniel compreendeu que a dureza de coração do povo e o transbordamento de suas transgressões eram tão grandes que foram estes os motivos de serem levados cativos por todos aqueles anos no cativeiro.

Daniel discerniu que aquele momento era agora para interceder por um genuíno arrependimento para que a promessa do fim do cativeiro fosse finalmente cumprida!

Ele poderia simplesmente fazer o que muitos de nós fazemos; cruzar os braços. Ele poderia também dizer: “Deus cumprirá a sua promessa mesmo, porque orar?” Mas Daniel orou e recebeu a resposta! Aleluia!

23 “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão”.

CONCLUSÃO: “Deus nada faz a não ser em resposta a oração.” Com esta frase, John Wesley sintetizou a parceria de Deus com o homem.

Embora Deus seja suficiente para fazer todas as coisas, ele preferiu trabalhar com o homem na construção de seu Reino.

Quero te desafiar hoje a buscar com intensidade a ter uma vida de oração!

Para isso precisamos estabelecer alguns propósitos:

1- Se proponha a reservar todos os dias, um tempo pessoal para orar e meditar na Palavra de Deus! Não permita que nada e ninguém te roubem este tempo com Deus!

2- Tenha amigos (as) de oração para se reunir nos momentos importantes de sua vida para orar e buscar a direção e ação de Deus.

3- Ore intercedendo pelo Brasil! A solução para as nossas crises passam pelo altar da oração! Só a intervenção de Deus pode mudar a nossa sorte!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão-GO

Ministração: Último dia das sete noites de Oração

sábado, 8 de julho de 2017

CONFIANDO EM DEUS EM TODO TEMPO


 “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio”.Salmo 62:8

INTRODUÇÃO:

Entre os vários aspectos de nossa confiança em Deus, quero destacar a necessidade de termos uma firme confiança no Senhor. O Salmista diz: “Confiai nele, ó povo em todo tempo..”

- Em tempo de paz ou em tempo de guerra
- Em tempo de fartura ou em tempo de escassez.
- Em tempo de alegria ou em tempo de tristeza.
- Em tempo de vitórias ou em tempo de fracassos.

Creio que precisamos de confiar em Deus de tal maneira, que nada venha nos abalar; como diz este Salmo 125:1,2: ““Os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que não se abala, permanece para sempre.”

O difícil não é saber que Deus opera milagres e maravilhas, difícil é encontrar pessoas que tenham uma confiança em Deus em todo o tempo, crendo que já é um vitorioso em Cristo Jesus!

a- Uma confiança que não se abala quando enfrentamos a batalha:

Salmo 27.3   “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança.

b- Uma confiança que não teme as más notícias.

Salmo 112:1,7 “Aleluia! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR e se compraz nos seus mandamentos” . (vs 7) “Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no SENHOR”.

Pergunta: O que significa confiar em Deus o tempo todo?

Resposta: Confiar em Deus o tempo todo é a disposição espiritual de entregar-se, sem reservas, aos cuidados de Deus, sabendo que Ele tudo fará para que, em nossa vida, o seu propósito seja plenamente estabelecido.

- Salmo 37.5  “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará”.

Há quatro BASES seguras que nos levam a confiar em Deus o tempo todo.

Estas bases dão a nós uma sustentação à nossa fé. Sem essas bases ficaremos vulneráveis diante das lutas e dificuldades da vida.

1ª BASE: A SOBERANIA DE DEUS.
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” – Romanos 8:28

- Nada ocorre sem a expressa permissão de Deus.  

Este é o princípio da soberania divina, que pode ser assim definida:

-Autoridade absoluta e inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os conselhos e desígnios.

Soberania de Deus é crer que Deus está no controle. Quando tudo está acontecendo conforme o planejado é fácil crer nisto.

Quando as coisas começam a acontecer de forma diferente começamos a duvidar desta verdade.

Dizer que Deus está no controle significa entender que nada acontece em nossa vida sem a permissão dEle.

Como diz a Bíblia até os cabelos de sua cabeça estão todos contados (Mt 10:30). Portanto eles só caem se Deus permitir.

Quem descansa na soberania de Deus, não se desespera: sabe que todas as coisas acontecem de acordo com o divino querer.

Quando Deus não faz o que queremos, não é fácil. Nunca foi. Nunca será.

Mas a fé é a convicção de que Deus sabe mais do que nós sobre esta vida e Ele nos conduzirá através dela.

(Ilustração) Eu gosto da história sobre o rapaz que foi à loja de animais de estimação procurando por um periquito que cantasse. Parece que ele era solteiro e sua casa era muito quieta. O dono da loja tinha o pássaro certo para ele, então o homem o comprou.

No dia seguinte o solteiro voltou para uma casa cheia de música. Ele foi à gaiola para alimentar o pássaro e percebeu pela primeira vez que o periquito tinha apenas uma perna.

Ele se sentiu enganado por terem vendido um pássaro que só tinha uma perna, então ele ligou e reclamou.

“O que você quer,” o dono da loja replicou, “um pássaro que pode cantar ou um pássaro que pode dançar?”

Boa pergunta para tempos de desapontamento. O que nós queremos em tempos de aflição?

Corrie Ten Boom costumava dizer, “Quando o trem atravessa um túnel escuro e o mundo fica escuro, você pula para fora? Claro que não. Você senta e confia que o maquinista o atravesse.”

Deus está no controle deste trem, amém?


2ª BASE: O PODER DE DEUS.
 “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.” (Efésios 3.20) 

”Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus” (Salmo 62.11).

Confiamos em Deus porque Ele pode todas as coisas; nada lhe é impossível.

Lucas 1.37   “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”.

Conforme a sua vontade, opera Ele em nossa vida, fazendo com que todos os seus planos se cumpram quer admitam os homens, quer tentem impedir-lhe os desígnios (Jó 42.2).

Herodes não pode impedir o nascimento de Cristo. O inferno todo se arvorou para que o Messias não viesse ao mundo. Todavia, o Senhor operou, desde a mais remota antiguidade, para que o seu Filho viesse ao mundo na plenitude dos tempos, a fim de executar o Plano de Salvação (Gl 4.4).

TRÊS COISAS SÃO EXCLUSIVAS DE DEUS.

1. O Reino.

2. A Glória.

3. O Poder.

Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! (Mt.6.13).

O PODER DE DEUS SE APERFEIÇOA EM NOSSA FRAQUEZA.

2 Cor.12.7-9   “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”.

No mundo há muitos poderes e muitos homens se julgam poderosos, porém todos estes poderes são limitados e temporários, o único poder real pertence a Deus. Jesus disse: É me dado todo o poder no céu e na terra (Mt.28.18). Não sobrou poder pra ninguém, há um ditado que diz: "No mundo tudo é força, só Deus tem o poder". Portanto submeta-se ao poder de Deus e Ele fará maravilhas na sua vida. Amém! 

3ª BASE: A PROVISÃO DE DEUS.
“O meu Deus segundo a sua riqueza em Glória há de suprir cada uma de suas necessidades em Cristo Jesus!” Filipenses 4.19.

Todas as pessoas, no percurso da vida, enfrentam dificuldades e passam por alguma necessidade. Há necessidades de afeto, de carinho, de reconhecimento, de amor, de coisas materiais, de pão…

Talvez o maior símbolo da provisão de Deus seja o MANÁ.

Quando Deus tirou seu povo da escravidão do Egito rumo à Terra Prometida, Ele os guiou pelo deserto onde não podiam plantar e colher. Deus queria que os israelitas dependessem totalmente da provisão divina para seu sustento. (Êxodo 16)

- Salmos 78: 24 “Fez chover maná para que o povo comesse, deu-lhe o pão dos céus”.

Durante quarenta anos o povo de Israel foi sustentado no deserto. Quarenta anos não são quarenta meses e nem quarenta dias.

Todas as manhãs com exceção dos sábados, em forma de orvalho que descia do céu, um trigo especial cobria a terra e era colhido pelas famílias. Era uma provisão diária de um Deus fiel às suas promessas.

Às sextas-feiras colhiam duas porções por pessoa, para que os cerimoniais e estatutos fossem respeitados em relação à guarda do sábado.

O maná não podia ser recolhido acima do limite permitido por Deus. O maná era só para aquele dia. Quando alguém ajuntava para o outro dia, o maná apodrecia, ajuntava bicho, cheirava mal.

"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mateus 6:34) "O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. (Mateus 6:11)

4ª BASE: O AMOR DE DEUS.
Romanos 5.6-8   “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Porque Deus me amou mesmo sendo eu um perdido pecador, posso confiar em seu amor sendo um pecador perdoado e lavado pelo sangue de Cristo.

Isaías 49:13-16 – Uma declaração de amor no Antigo Testamento.

49.13 Cantai, ó céus, alegra-te, ó terra, e vós, montes, rompei em cânticos, porque o SENHOR consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece.
49.14   Mas Sião diz: O SENHOR me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim.
49.15   Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.
49.16   Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim.

Muitas pessoas sabem em suas cabeças que Deus as ama, mas isso ainda não se tornou a uma revelação do coração para uma mudança de vida.

Quando você e eu compreendemos o quão perfeito que é esse amor para conosco, não há nada no mundo que nos faça temer.

É impossível sentir-se inseguro, rejeitado, carente ou qualquer outra coisa se você realmente sabe que Deus ama você! O Seu amor cobre qualquer coisa!

“No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.” 1 João 4:18

CONCLUSÃO: A nossa confiança em Deus deve estar acima de qualquer ser - humano. Pois uma autoridade; seja ela política ou médica é limitada diante de algumas situações.

”Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios”. Salmos 146:3,4

Pr. Gilberto Oliveira Rehder

Igreja Metodista em Catalão-GO

sexta-feira, 7 de julho de 2017

A TERAPIA DA PALAVRA PARA A TRISTEZA


Texto: João 16:16-24

16 Um pouco, e não mais me vereis; outra vez um pouco, e ver-me-eis.
17 Então, alguns dos seus discípulos disseram uns aos outros: Que vem a ser isto que nos diz: Um pouco, e não mais me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: Vou para o Pai?
18 Diziam, pois: Que vem a ser esse – um pouco? Não compreendemos o que quer dizer.
19 Percebendo Jesus que desejavam interrogá-lo, perguntou-lhes: Indagais entre vós a respeito disto que vos disse: Um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis?
20 Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
22 Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
23 Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.
24 Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.

Introdução: Hoje é o último dia de nossa série de ministrações, Curados pela Palavra. Durante estas sete semanas, cremos que o Senhor tem curado nossas almas e que o principal remédio que Ele tem usado para este fim é a Sua Palavra.

Hoje eu quero conversar contigo sobre a Terapia da Palavra para a Tristeza.

O que é tristeza? A tristeza é um sentimento que responde a uma resposta natural as frustrações e a situações de perda.

A tristeza é uma resposta que faz parte de nossa forma de ser e estar no mundo. Ninguém recebe somente notícias boas o tempo todo e a nossa vida neste mundo não é indolor.

Neste texto do evangelho de João, Jesus queria confortar os discípulos por sua partida decorrente de sua morte e também prepara-los para o que iriam enfrentar depois de sua partida. 

Jesus diz a eles que por pouco tempo não o veriam mais porque ele estava indo para o Pai e depois de um tempo voltaria para estar com eles.

Com estas palavras os discípulos se entristeceram e ficaram confusos. Eles então perguntavam uns aos outros, o que Jesus queria dizer com isso.

Com certeza a ideia de não ter Jesus por perto deveria deixar os discípulos muito tristes!
Mas é nesta altura do diálogo de Jesus com os seus discípulos que ele apresenta para nós algumas lições para lidarmos também com as nossas tristezas.

I – A NOSSA TRISTEZA SE CONVERTERÁ EM ALEGRIA.
20 Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.

Jesus conversando com os seus discípulos sobre a sua partida, afirmou que eles iriam ficar tristes, se lamentariam e até chorariam, mas toda essa tristeza seria transformada em alegria.

 “Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria.” Salmo 30:11

No mundo em que vivemos, são tantos os problemas, as decepções, as lutas e sempre estamos enfrentando tristeza. Gostaríamos de ter uma vida só de alegria, mas a realidade não é essa.

Na vida, não há como fugir da tristeza, mas podemos até mesmo usar as nossas tristezas de maneira positiva. Na linguagem bíblica, a tristeza pode ser convertida em alegria!

O psicólogo americano Martin Seligman diz que a “tristeza é um dos raros momentos que nos permitem reflexão”; voltar o olhar para nós mesmos e conhecer-nos melhor, saber o que queremos, do que gostamos, o que está errado.

Foi exatamente isto que ocorreu com aquele filho pródigo que no momento em que padeceu necessidade refletiu em sua vida e resolveu voltar para a casa do pai. (Lucas 15)

Assim como a dor e o medo, a tristeza nos ajuda a sobreviver. Sabe por quê?

- se não sentíssemos medo, poderíamos atravessar uma rua sem olhar o sinal;
- se não tivéssemos dor, como o organismo poderia avisar-nos de que algo não vai bem?
- Se não sentimos tristes em alguns momentos da vida, como perceberíamos que nos comportamos ou nos relacionamos mal ou fizemos escolhas erradas?

Enfim, a tristeza é saudável quando é um sentimento passageiro que leva-nos à reflexão. É por isso que Salamão declarou em Eclesiastes 7:2:

“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração”.

Porém, mesmo sabendo que ficaremos tristes, Jesus nos prometeu converter a nossa tristeza em alegria.

Então, vamos confiar nEle! E todas as vezes que estivermos tristes, vamos falar para Ele transformar a nossa tristeza em alegria, as nossas lágrimas em riso! Seja qual for o motivo da nossa tristeza, Jesus tem o poder de transformá-la em alegria. Ele pode tudo e todas as coisas! Abra o seu coração para Jesus entrar, tirar toda a tristeza e colocar a Sua alegria!

II- A NOSSA ALEGRIA NINGUÉM PODERÁ TIRAR.
21 A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
22 Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.

Durante a nossa vida, temos momentos de tristeza. São momentos tão desagradáveis que a gente não gostaria de passar.

- Porém o Senhor Jesus nos ensina algo importante sobre as tristezas que enfrentamos:

- Jesus faz uma analogia do momento de um parto normal (a hora; o momento de dor; o momento de angústia, um momento de aflição...) para falar que toda tristeza é passageira:

21 “A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem”.

- Quando a mãe vê o seu filho em seus braços não se lembra mais da aflição!! Aleluia!!!

Mas no versículo 22 ele diz que há uma alegria que ninguém, nem nada nesse mundo pode nos tirar, é a alegria que vem de Jesus, quando Ele vem morar em nosso coração!

O CRISTÃO PODE PASSAR POR TRISTEZAS- MAS ELE NÃO É UMA PESSOA TRISTE. A tristeza para nós é circunstancial (não é um estado do nosso ser), mas a alegria do Senhor em nossa vida sim é permanente.

Ninguém pode tirar a alegria do Senhor em nossos corações por três motivos:

1- Porque ela vem de Deus. - “Não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força” Neemias 8:10

2- Porque ela se renova a cada manhã. “Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”. Salmo 30:5

3- Porque ela é eterna. “Os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. Isaías 35;10

Quando Jesus entra em nosso coração, somos tomados por uma alegria indescritível, que só mesmo quem a experimenta sabe como ela é.

Ser triste é diferente de estar triste; ser um fracasso é diferente de ter fracassado; PARA NÓS QUE TEMOS A ALEGRIA DO SENHOR, A TRISTEZA NÃO É UM ESTADO; TRISTEZA É UMA CIRCUNSTÂNCIA.

III- A NOSSA ALEGRIA SERÁ COMPLETA.
24 Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.

Um dia disse aos seus discípulos: “Digo-vos estas coisas para que tenham a minha alegria e para que a vossa alegria seja completa”. João 15:11.

Existem dois tipos de alegria:

1-Alegria mundana- fugaz, passageira e superficial.

Essa alegria é incompleta, porque vem das circunstâncias felizes da vida, do ter dinheiro, de um copo de bebida, de um prazer momentâneo....

2-Alegria do Espírito Santo- profunda e abundante porque jorra do trono de Deus. "Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente" (Sl 16.11).

Essa alegria é completa porque não está na superfície de nossa vida, mas em nosso interior!

Disse Jesus: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:38

A alegria é a firme certeza de que Deus está no controle de todos os detalhes de minha vida, a serena confiança de que, no final, tudo vai dar certo, e a obstinada escolha de louvar a Deus em todas as coisas”. Kay Warren, em Escolha a alegria.

A alegria está ligada à mensagem central do Evangelho: a vinda de Jesus Cristo ao mundo. Em Lucas 2:10 o anjo disse aos pastores na noite em que Ele nasceu: "Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo.”

Todo aquele que recebe a Cristo como Seu Senhor e Salvador tem os seus pecados perdoados e se torna habitação do Espírito Santo. O resultado imediato é um estado de alegria interna!  

Ainda que tenhamos momentos de tristezas, mas sabemos que toda e qualquer tristeza será passageira, mas a alegria de Jesus em nós nunca vai passar, sempre estará conosco!

CONCLUSÃO: Deus quer converter toda a nossa tristeza em alegria. Ele quer nos dar uma alegria que independe das circunstâncias da vida. Ele quer nos dar uma alegria que seja completa. Mas para isso, precisamos querer. Abra o seu coração para Jesus entrar e te fazer feliz para sempre!


Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
7ª Ministração: Série- Curados pela Palavra.


quarta-feira, 5 de julho de 2017

A TERAPIA DA PALAVRA PARA O ESGOTAMENTO


Texto: I Reis 19:4
 “Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais”.

Introdução: Hoje é o sexto dia de nossa campanha, Curados pela Palavra! Deus tem nos dado palavras de vida para as diversas situações que enfrentamos e que podem gerar em nós enfermidades.

Hoje eu gostaria de refletir com vocês sobre a Terapia da Palavra para o esgotamento. Para isso eu quero te fazer algumas perguntas:

Você já se sentiu tão esgotado a ponto de não ter mais motivação de fazer nem aquilo de que gosta?

Já se sentiu tão pra baixo a ponto de não conseguir ver alegria no que faz e tudo ser motivo de irritação?

Pois eu já... Sentir-se exausto é um dos principais sintomas do esgotamento.

Não se trata apenas em sentir-se extremamente cansado uma vez ou outra. Mas, em um sentimento constante de cansaço.  A pessoa sente-se o tempo todo sobrecarregada e esgotada.  

A maioria de nós já experimentou em alguns momentos de nossa vida um nível tão grande de exaustão que achamos que não vamos aguentar em pé.

A primeira coisa em que uma pessoa cansada pensa é desistir. A última em que pensará é continuar.

Há pelo menos três tipos de esgotamento que eu gostaria de enfatizar aqui:

(1) O esgotamento físico- No esgotamento físico, há uma sobrecarga sobre o corpo, maior que o corpo pode suportar. Esta sobrecarga pode vir por excesso de trabalho, pelo esforço para se viver a velocidade imposta pelo meio (profissional ou cultural) ou por uma doença limitadora.

Para lidarmos com o cansaço físico, talvez uma boa noite de sono, uma boa alimentação e férias sejam um bom remédio! – “Lembra-te do sábado para o santificar” (Êx, 20:8)

(2) O esgotamento Emocional – A pessoa cansada emocionalmente tem uma dificuldade de lidar com as frustrações e perdas. Sonhos despedaçados, com expectativas não realizadas acabam levando a muitos no fundo do poço. Provérbios 13:12 diz: “A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida”.

Para lidarmos com o cansaço emocional precisamos aprender a lidar com as nossas emoções buscando a paz de Deus que excede todo entendimento humano.

(Filipenses 4:6-7)
4.6   Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
4.7   E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.

(3) Esgotamento espiritual: É aquele tipo de cansaço que parece inesgotável e que tem suas raízes fincadas no excesso de batalhas espirituais e nas lutas demasiadamente longas onde a vitória parece remota.

Quando se está esgotado espiritualmente você deixa de orar, de ler a Palavra, de ir a Igreja e de servir a Deus e as pessoas. Você perde o discernimento, direção de Deus e a alegria da salvação!

“É quando o crente chega a um ponto de saturação, onde a fé torna-se incrédula, as convicções cristãs esmorecem, o senso do valor da existência se desvanece, já não há mais interesse nos sólidos referenciais de outrora e a luz de Cristo que norteia a vida parece ter-se extinguido sem deixar qualquer esperança de renovação. É um quadro de total abandono ao predomínio da letargia”. Pr. Geremias Couto.

Em Provérbios 18:14 diz: “O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar?

Quando estudamos o que a bíblia diz sobre este assunto, percebemos que vários homens de Deus chegaram a este tipo de esgotamento.

De todos os exemplos descritos na bíblia, nós vamos refletir hoje sobre o profeta Elias que também chegou a ficar esgotado, mas que também recebeu a Palavra de Deus que renovou as suas esperanças!

1- QUEM ERA O PROFETA ELIAS?
Além de ser um profeta de Deus, Tiago o descreve assim: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos.” Tg. 5.17. Ele foi um homem cheio de defeitos e fraquezas como nós.

2- QUAL ERA A CAUSA DE SEU ESGOTAMENTO?
Provavelmente Elias estava sofrendo de esgotamento físico, emocional e espiritual que o levou a fugir não só da ameaça de Jezabel, mas também da própria vida e de suas responsabilidades como profeta.

O profeta estava muito cansado com a batalha que havia travado no monte Carmelo com os profetas de Baal (I Rs. 18.20-46). A idolatria em Israel chegara ao fim, mas é possível que ele não contava que a luta começaria tudo de novo!


3- OS SINTOMAS DO ESGOTAMENTO DE ELIAS.
O texto apresenta-nos cinco sintomas:

3.1- MEDO. (vs 3a) “Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi.”  Elias era um homem forte e corajoso. Não tinha medo de nada! Contudo, por causa do esgotamento, ele foi tomado pelo medo.

3.2- ISOLAMENTO. (vs 3b) “Ele mesmo, porém, se foi ao deserto..” e dispensou o seu servo. Ele mesmo optou em ficar sozinho e num lugar isolado. O esgotamento leva a pessoa a isolar-se do convívio social. O depressivo foge de contatos individuais e de reuniões coletivas. Ele deseja ficar só e de preferência em lugares escuros e isolados.

3.3- DESEJO DE MORRER. (vs. 4) Ele chega até a pedir a Deus a morte...Se o esgotamento for profundo pode levar a uma depressão gerando um desejo pela morte, como a sua única porta de escape. Nas estatísticas médicas, existe uma grande relação entre a depressão e o suicídio. Geralmente, a depressão é a causa do suicídio.

3.4-SONO PROFUNDO (OU FALTA DELE) E PERDA DE APETITE. (vs 5) A pessoa esgotada despreza a sua aparência e torna-se descuidada com a sua saúde.

3.5-AUTOCOMISERAÇÃO. (vs 10)“Eu fiquei só”, gritou Elias. Então passou a aumentar a autocomiseração e o complexo de perseguição. Pessoas esgotadas acham que são as únicas a passar pelo sofrimento e perseguição. Em vez de reagirem elas acabam sentindo dó de si mesmas.

4- A TERAPIA DA PALAVRA PARA O ESGOTAMENTO.

Elias estava no deserto e sem nenhum acesso à medicina.  Deus é o seu médico. Logo, o seu “seguro saúde” era o melhor que existia. Deus faz o diagnóstico e aplica o tratamento para o esgotamento do seu servo.

Elias para ser renovado em suas forças foi tratado por Deus nas três áreas de esgotamento:

4.1- DEUS CUIDOU FISICAMENTE DE ELIAS. (vs. 5 a 8)
5 Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.
7 Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo.
8 Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.

Deus permitiu que ele dormisse e o alimentou com refeições miraculosas. O cozinheiro de Elias foi simplesmente um anjo do Senhor! Elias dormiu, comeu e caminhou. Três coisas que ajudam a recuperar-se do esgotamento: dormir bem, alimentar-se corretamente e praticar exercícios físicos.

Nós como templos do Espírito Santo precisamos cuidar melhor de nosso corpo!

4.2- DEUS CUIDOU EMOCIONALMENTE DE ELIAS. (vs 9 e 10)
9 Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10 Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.

Elias estava só em uma caverna no Monte Horebe, em primeiro lugar, Deus ouve o desabafo do profeta.

“Sempre vejo anúncios de "curso de oratória" - nunca vejo "curso de escutatória"...Todo mundo quer aprender a falar...ninguém quer aprender a ouvir”. Pr. Germano Oliveira Rehder

Só depois de ouvi-lo que o Senhor lhe pergunta: “O que fazes aqui, Elias” e depois o escuta de novo.

Quando alguém enfrenta um quadro depressivo causado pelo esgotamento, não adianta conselhos do tipo: “reaja e saia desta situação” ou “você precisa reagir”.

A situação do depressivo é como a de alguém que está num buraco, sem condição de sair do mesmo. Alguém precisa jogar uma corda e tirá-lo de lá.

Uma pessoa depressiva precisa de ajuda externa. Ela precisa ser ouvida e ajudada.

Em Mateus 11:28 Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. – Este texto não se refere apenas ao ser humano que não conhece a Jesus.

4.3- DEUS CUIDOU ESPIRITUALMENTE DE ELIAS. (vs 11-19)
O Senhor mostra ao profeta que ele é uma pessoa útil e importante para esconder-se numa caverna. Por isso, Ele o chama para sair da caverna e ir para o monte.

Ser chamado para o monte (não literalmente) é ser convidado para encontrar-se com Deus.

Fico pensando quantos Elias da vida, que deveriam estar cumprindo sua missão, e estão isolados dentro de suas casas, escondidos, vivendo suas frustrações, sua falta de vigor espiritual, curtindo sua falta de vontade de estar na presença de Deus.

E quanto mais permanecem em suas cavernas, mais desanimados ficam, e estão morrendo espiritualmente.

Elias precisava voltar a ouvir a voz de Deus.

Ninguém consegue resolver seus problemas fugindo de Deus, se trancando em sua casa.

Deus chamou Elias para fora da caverna, para se por em pé no monte do Senhor, na presença de Deus. Essa noite Deus esta chamando você.

CONCLUSÃO:

No monte, então, o Senhor faz três coisas para reanimar o profeta:

1º DEUS LHE DÁ REFRIGÉRIO
Deus se revela através de uma brisa tranquila e suave: (vs 11 e 12)
11 Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto;
12 depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranquilo e suave.

O Poder de Deus não se manifestaria na tempestade, no terremoto e no fogo; ele se manifestaria no improvável; uma brisa tranquila.

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” Sl. 46.10

DEUS LHE DÁ UMA NOVA MISSÃO:
Deus comissionou Elias para novas tarefas: “ungir Hazael rei da Síria, ungir Jeú rei de Israel e ungir Eliseu para sucedê-lo como profeta.” (vs 15 e 16).

A melhor inspiração nas horas de depressão é receber mais responsabilidades das mãos de Deus, para ter sua vocação renovada. É como se o Senhor lhe dissesse: “Elias, seu lugar não é na caverna, mas lá em Jerusalém..”


3º DEUS LHE DÁ A CERTEZA DE QUE NÃO ESTÁ SOZINHO: (vs 18)
18 Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.

Como Elias achamos que só nós estamos assim! E que todos os outros não estão na batalha como nós também estamos!

Deus diz ao profeta: Você não está sozinho, Elias! O seu trabalho tem gerado frutos. Há sete mil em Israel que não se encurvaram a Baal. Saber que não estamos sozinhos em nossa jornada deve trazer ao nosso coração a motivação para prosseguirmos.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
6ª Ministração: Série Curados pela Palavra