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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O CÁRCERE DA DEPENDÊNCIA



Quebra Gelo: Existem alguns vícios que pensamos ser aceitáveis? Que o grupo faça uma lista de alguns... Uma ajuda pra começar: preguiça, fofoca...

Texto Base: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.

Introdução: A Bíblia diz que Jesus Cristo nos deu a verdadeira liberdade. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou…” (Gl 5. 1).Essa liberdade é diretamente oposta à escravidão do pecado. Foi Jesus quem disse: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”. João 8:34. E se pararmos para analisarmos, é exatamente isso o que acontece. Você se torna escravo da sua prática pecaminosa e acaba perdendo a sua liberdade. Você escolhe entrar no pecado, mas não consegue sair do pecado; não pelas suas próprias forças. 

Entenda uma verdade: quando o pecado nos domina somos levados ao cárcere das dependências.

1- O QUE É O CÁRCERE DA DEPENDÊNCIA?
São hábitos (ou pecados) que repetimos várias vezes e que se transformam num vício em nossa vida. Esses vícios nos prendem e podem nos levar à destruição.

  • Os jovens podem ser viciados em jogos, vídeo game, levando a uma vida improdutiva e alienada.
  • O cigarro ainda é a maior causa evitável de morte no mundo.
  • Comer compulsivamente ou comer demais chocolates e doces, pode tornar-se um hábito difícil de eliminar.
  • A internet é um vício que está levando crianças, jovens e adultos a se distanciarem ainda mais de relacionamentos pessoais.
  • Um comportamento agressivo também pode ser uma dependência da qual você precisa se libertar.
  • Trabalhar demais. Só sente prazer e alívio trabalhando.
  • A pornografia pode levar a compulsão por sexo totalmente fora do padrão divino.
  • Tomar medicamento a toda hora, sem controle, ou por tempo prolongado pode se tornar uma dependência.
  • Drogas (mais comum entre jovens)
  • O uso do álcool como bebida tem levado muitos ao vício por ser algo aceito socialmente. (infelizmente até por alguns crentes).

Você pode estar pensando… “Este meu hábito não é tão prejudicial assim. Ele me dá tanto prazer! Se ficar sem isso acaba a alegria da minha vida… Além do mais… Todo mundo faz… Não é possível que possamos todos estar errados”.
Muitas vezes iniciamos um hábito porque “todo mundo faz” e para não sermos diferentes, fazemos também, às vezes até sem querermos, pela pressão do grupo ou simplesmente sem pensar…

2- COMO COMEÇA UMA DEPENDÊNCIA?
Uma dependência pode começar de três formas:

2.1.-Grande parte das dependências começa por pura curiosidade. Usamos, fazemos, repetimos e logo estamos dependentes daquele hábito para nos sentirmos bem.

2.2- Pode ser também, devido a um grande vazio, uma perda, algum fator emocional que nos traz dor, e para esquecê-lo ou evitá-lo, buscamos prazer em algo que pode nos causar dependência, pois cada vez que sentimos essa mesma dor, recorremos novamente a esse hábito, formando um ciclo vicioso, do qual não conseguimos sair.

2.3- Pelo ambiente familiar. O exemplo fala mais que palavras. Segundo o escritor cristão Gary R. Collins, 40 à 60 % de filhos de pais alcoólatras tem a tendência ao vício. Sabemos que muitos hábitos que possuímos, aprendemos no ambiente familiar, tais como: gritar, brigar por qualquer coisa, falar palavrões, etc...

3- COMO SABER SE O HÁBITO QUE TENHO É DESTRUTIVO OU NÃO?
Existem cinco componentes de um hábito destrutivo, ou dependência.

3.1- Controlam nossa conduta (precisamos saciar naquele momento aquele desejo, senão parece que vamos enlouquecer)

3-2- Alteram nossa personalidade (perdemos o gosto por comidas simples, por estarmos em presença da família, etc...)

3.3- Afetam a nossa saúde. 

3.4- Destroem nossos relacionamentos (nos tornamos irritados e agressivos e parece que só nosso vício nos faz relaxar)

3.5- Absorvem os nossos recursos ( precisamos de cigarro, drogas, ou bebida, todo o dia, toda a hora, mesmo que possamos passar privações, o nosso dinheiro é usado primeiramente para sustentar o vício)

As dependências sempre terão uma consequência desastrosa. Umas são mais graves, outras trazem sérios problemas sociais, outras tem consequências físicas, outras, de ordem mental e espiritual.

PARA NÃO CAIR, MELHOR É PREVENIR!
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. 1 Coríntios 6.12

MODERAÇÃO É BOA, MAS A ABSTINÊNCIA É MELHOR!
“abstende-vos de toda forma de mal”  1 Tessalonicenses 5.22  

É incalculável o prejuízo que esses vícios representam; principalmente pela destruição de vidas especialmente de jovens na faixa de 15 a 25 anos que já se constitui na maior causa de morte em nosso país. Recomendar moderação é uma medida paliativa e insuficiente diante de um mal que afeta todas as camadas da sociedade envolvendo o poder econômico, corrupção e todas as forças do mal; por isso nós metodistas optamos pela abstinência ao uso de bebidas alcoólicas. Embora a Bíblia ensine moderação ao beber, a abstinência também era considerada e recomendada, especialmente para aqueles que tinham um voto de consagração a Deus (Números 6:2 a 4).

4- COMO SE LIBERTAR DO CÁRCERE DAS DEPENDÊNCIAS?
Creio que toda libertação deve partir do princípio da VERDADE. “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8.32.  

4.1- Conhecer a verdade sobre si mesmo. “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas”. Salmo 19:12

Davi só pôde experimentar o perdão e a restauração de Deus em sua vida quando reconheceu o seu pecado dizendo: “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar”. Salmo 51:4. O orgulho tem impedido a muitos de reconhecerem os seus próprios pecados. Transferir a responsabilidade de seus atos a outrem tem sido uma desculpa muito frequente para aqueles que justificam um hábito. Sem este reconhecimento de nossos pecados não haverá libertação. “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados”. Lamentações 3.39  

4.2- Conhecer a verdade em Jesus. “Se, pois o Filho (JESUS) vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” João 8:36.

Conheço várias pessoas que tentaram de várias formas se libertarem de seus vícios e não conseguiram, mas quando se entregaram a Jesus Cristo como o Senhor e Salvador de suas vidas passaram por um processo de libertação. A razão para isto está na ação do Espírito Santo, que habitando o crente faz dele uma nova criatura (2 Cor. 5:17; 1 Cor. 3:16).

Para experimentarmos a verdadeira liberdade que somente Cristo pode nos dar é necessário:

A -  Permanecer nos ensinos de Jesus.  “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos.” João 8.31  

Libertação é um processo. Precisamos entender o valor da nossa perseverança nas coisas que temos aprendido de Jesus para sermos libertos de verdade. A Bíblia nos mostra muitas pessoas que se encontraram com Jesus, foram libertas de suas doenças, problemas, e acharam que isso era o suficiente, não permaneceram e voltaram a serem prisioneiras. (veja: João 5:14; Lc 11:26; 2 Pd 2:20) 

Ninguém é liberto se encontrando com Jesus em um dia e o deixando de lado no outro. Precisamos permanecer nos ensinos de Jesus se quisermos vencer as prisões

Pratique sempre o que você tem aprendido sobre Jesus, a libertação começa assim.

B – Prosseguir em conhecer a Verdade – Palavra de Deus. “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8:32.

Conhecer a Palavra de Deus é outro passo para a libertação. Ao tomarmos conhecimento da Palavra de Deus, entendemos os verdadeiros valores e nos desprendemos das mentiras do mundo que nos aprisionam. Teremos que desaprender muitas coisas e nos submeter a um novo estilo de vida baseado na Palavra de Deus: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. João 17.17.
“Este livro me afastará do pecado ou o pecado me afastará deste livro” (D.L. Moody, referindo-se à Bíblia)

4.3. Buscar ajuda. “Um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte”. Isaías 41.6.  
Em algumas situações específicas Deus usará uma instituição, um profissional ou um irmão em Cristo na libertação da dependência. No caso da dependência química (drogas e álcool) creio que a internação em uma casa de recuperação evangélica séria, onde se aplica os princípios da Palavra de Deus se faz necessária. No caso de outros hábitos nocivos, a ajuda de especialistas ou de um conselheiro cristão idôneo ajuda em muito.

Pensamentos:  “O vício é como se fosse um vírus, que, quando instalado num computador, impede o bom funcionamento dos demais programas. E o pior é que com, o tempo, ele vai ocupando todo o espaço existente em seu HD”. (PRAZER DA PALAVRA, por Sérgio Diniz Rocha).

O filósofo grego Epíteto estava certo quando disse: "Nenhum homem é verdadeiramente livre até que se domine".


Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão/GO


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