Lc
19:29-44.
29 Ora, aconteceu que, ao aproximar-se de Betfagé e de
Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos,
30 dizendo-lhes: Ide à aldeia fronteira e ali, ao
entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai-o
e trazei-o.
31 Se alguém vos perguntar: Por que o soltais?
Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele.
32 E, indo os que foram mandados, acharam segundo lhes
dissera Jesus.
33 Quando eles estavam soltando o jumentinho, seus donos
lhes disseram: Por que o soltais?
34 Responderam: Porque o Senhor precisa dele.
35 Então, o trouxeram e, pondo as suas vestes sobre ele,
ajudaram Jesus a montar.
36 Indo ele, estendiam no caminho as suas vestes.
37 E, quando se aproximava da descida do monte das
Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em
alta voz, por todos os milagres que tinham visto,
38 dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!
Paz no céu e glória nas maiores alturas!
39 Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à
multidão: Mestre, repreende os teus discípulos!
40 Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se
calarem, as próprias pedras clamarão.
41 Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42 e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o
que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
43 Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te
cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco;
44 e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não
deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua
visitação.
INTRODUÇÃO:
Graça e Paz queridos irmãos! Hoje é um dia especial para nós, pois celebramos a
Ceia do Senhor e estamos segundo o calendário litúrgico cristão, no domingo de
ramos. No domingo de ramos que antecede a páscoa, louvamos o Senhor com os
nossos olhos voltados para a cruz, com a consciência de que nossos atos e
palavras devem geram um compromisso real com Deus.
Nestes
últimos dias ouve-se falar muito em avivamento, e muita gente entende
avivamento como um ajuntamento de multidões, muita adoração e alegria. É claro
que avivamento pode gerar multidões, mas uma multidão de pessoas não significa
em si mesmo um avivamento.
Avivamento
não é mera empolgação! Quantos dizem que o crente avivado e o crente que mais
grita e pula na hora do culto. Para mim crente avivado, é o que mais
evangeliza, que mais ora, estuda e obedece a Palavra de Deus. Crente avivado é
o crente que mais tem intimidade com Deus!
Avivamento
é muito mais do que sentir arrepios na costela, avivamento é uma volta para
Deus com arrependimento!
É
claro que quando pessoa sente presença de Deus ela até pode ficar emocionada e
pular, saltar de alegria, isto não tem nada de errado. No entanto, uma emoção
não traz avivamento, mas avivamento pode mexer com as nossas emoções.
Por
isso, precisamos nos voltar à Palavra de Deus para conhecermos este episódio da
entrada triunfal de Jesus que é registrado pelos 4 escritores dos evangelhos. Entendermos
sobre esse acontecimento irá corrigir todo desequilíbrio sobre o que seja
avivamento.
E
se Deus pelo seu Espírito Santo inspirou os 4 evangelistas a contar a mesma história
é porque na verdade há profundas lições registradas neste acontecimento.
1º LIÇÃO:
A ENTRADA TRIUNFAL NOS ENSINA QUE DEUS
É FIEL EM CUMPRIR TODAS AS SUAS PROMESSAS.
O
episódio da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém havia sido profetizado no A.
T. e era mais uma prova de Jesus de Nazaré era o messias que haveria de vir.
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a.C. O profeta Zacarias que junto ao profeta Isaias foi um dos mais messiânicos
de todos os profetas do AT, profetizou dizendo:
“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de
Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado
sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”. Zc 9-9.
O
salmista também profetizou dizendo as mesmas palavras que a multidão disse na
entrada triunfal:
“Bendito aquele que vem em nome do Senhor; nós vos
bendizemos desde a casa do Senhor”. Sl 118.26.
A
entrada triunfal de Jesus na cidade Jerusalém é o cumprimento destas profecias
bíblicas e a confirmação que tudo aquilo que, está registrado na Bíblia.
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem,
para que se arrependa: porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o
confirmaria”. Nm 23:19.
Tudo
o que Deus prometeu em sua palavra se cumpriu ou irá se cumprir, a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém nos ensina que Deus é fiel em suas promessas.
O
que Deus tem prometido através da sua Palavra, através de profecias, pode ficar
certo disso! Vai se cumprir na hora certa!
Deus
não é como o homem que promete e não cumpre; Deus não é como os políticos de
nosso país que faz promessas em época de campanha eleitoral e depois
desaparecem sem cumprir nenhuma delas.
A
promessa de que Jesus irá voltar, por exemplo pode até parecer que está
demorando, mas ela se cumprirá no tempo certo!
“Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a
julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo
que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” 2 Pedro 3:9
2º LIÇÃO:
A ENTRADA TRIUNFAL NOS ENSINA QUE
POPULARIDADE
NÃO É CONFIÁVEL.
Jesus
mesmo não buscava popularidade, mas sim a fidelidade ao Plano de Deus em sua
vida!
36 Indo ele, estendiam no caminho as suas vestes.
37 E, quando se aproximava da descida do monte das
Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em
alta voz, por todos os milagres que tinham visto,
38 dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!
Paz no céu e glória nas maiores alturas!
O ministério terreno de Jesus pode ser dividido em três
distintas etapas: o
anonimato, a popularidade e a rejeição.
O
episódio da Entrada Triunfal revela o auge da popularidade do Mestre, quando
multidões saíram ao Seu encontro.
Os
milagres realizados por Jesus fizeram sua fama se espalhar por toda parte, as
multidões viam de longe para ouvir suas palavras e ver os seus milagres.
O
texto diz que quando Jesus estava indo em caminho a Jerusalém as multidões
vieram se encontrar com ele. Elas cortavam as folhas de palmeiras e faziam um
tapete pra Jesus passar, e ainda gritavam em alta voz: - “Bendito o Rei, que
vem em nome do Senhor, paz no céu e gloria nas alturas”.
Agora,
o que nos causa admiração na pessoa de nosso Senhor Jesus é que Jesus nunca se
deixou iludir pela popularidade diante das multidões
Jesus
nunca foi iludido pelos aplausos dos homens e muito menos pelo delírio das
multidões. Jesus sabia que os mesmos que o aplaudiam no domingo, exigiram sua
crucificação e morte na sexta.
Os
mesmos que gritavam:- “Bendito o vem em nome do senhor”, no domingo iriam
gritar na sexta:- “Solte Barrabás, crucifique Jesus!”
Tem
muita gente por aí agindo diferente da atitude de Jesus, procurando os
holofotes
a popularidade em detrimento da fidelidade.
Devemos
aprender com Jesus que sendo Deus, se fez homem para morrer por nós na cruz do
calvário. Ele abriu mão da popularidade para cumprir a vontade do Pai.
João
Batista também nos dá exemplo de um servo que não andava atrás de popularidade.
Quando ele estava preso recebeu uma visita de seus discípulos.
Em
João 3:26-28 tem este relato:
“E foram ter com João e lhe disseram: Mestre, aquele que
estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, está batizando, e
todos lhe saem ao encontro. Respondeu João: O homem não pode receber coisa
alguma se do céu não lhe for dada. Vós mesmos sois testemunhas de que vos
disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor”.
E
no versículo 30 João dá uma verdadeira lição de humildade!
“Convém que ele cresça e que eu diminua.” João 3:30
Quem
tem que ser glorificado é Deus, quem tem que ser exaltado é ele, nós somente o
vaso que ele usa para fazer a sua vontade.
3º LIÇÃO:
A ENTRADA TRIUNFAL NOS REVELA A
REALEZA DE JESUS.
38 dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!
Paz no céu e glória nas maiores alturas!
39 Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à
multidão: Mestre, repreende os teus discípulos!
40 Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se
calarem, as próprias pedras clamarão.
41 Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42 e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o
que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
Dizer
que Jesus é o Rei era ofensivo aos poderosos! Ser rei significava
magnificência, autoridade e poder. Ou
seja, tudo aquilo que é relativo ao rei e diz respeito a sua pessoa.
À
medida que se aproximava de Jerusalém, Jesus era aclamado como Rei. Aquela
cerimônia de entrar montado em um jumentinho, e as pessoas gritando, “Hosanas,
Hosanas, bendito o rei que vem em nome do Senhor”, era uma cerimônia de
coroação de um rei em Israel.
Naquela
época a nação de Israel era dominada pelo império romano, e os romanos
escolhiam procuradores que governavam a nação e receberem os impostos.
Se
Jesus atravessasse os portões de Jerusalém ele seria coroado rei, e com certeza
começaria ali uma grande revolução política, mas Jesus não veio fazer revolução
política, Jesus não veio libertar Israel de Roma, Jesus veio nos libertar dos
nossos pecados e das garras de satanás.
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou
para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos
pecados.” Colossenses
1:13,14
Existem
vários testemunhos da realeza de Jesus registrados na bíblia sagrada, e os
seguidores de Jesus jamais podem esquecer este ofício dele.
Até
os inimigos de Jesus reconheceram a sua realeza, quando Jesus foi crucificado
colocaram uma inscrição sobre a sua cabeça
dizendo: Jesus o rei dos judeus.
O salmista (Salmo 24:7-10) declarou que Jesus é o rei da
gloria:
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó
entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o
Senhor poderoso na guerra.
Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó
entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é
o Rei da Glória.
João na ilha de Patmos também declarou:
“E
no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos
senhores”. Ap 19:16.
Agora,
entenda bem! O Reino de Jesus se estabeleceu na terra com sua vinda, morte e
ressurreição. Não um reino visível, o reino visível de Jesus aparecerá em toda
a sua plenitude em sua segunda vinda!
Mas
o reinado de Jesus no presente já está no coração daqueles que o aceitam como
salvador. Esses se submetem a Jesus como seus súditos!
4º LIÇÃO:
A ENTRADA TRIUNFAL NOS MOSTRA QUE A
SUA ESCOLHA
NÃO É SEGUNDO OS CRITÉRIOS HUMANOS
Para
sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus o rei dos reis escolhe um jumentinho!
Se
fosse eu ou você, no dia da nossa entrada triunfal, talvez tivéssemos escolhido
um imponente cavalo.
Porém,
Jesus nunca foi dirigido por razões meramente humanas, mas por critérios
divinos. Além de demonstrar sua humildade, isto aconteceu para que se
cumprissem as palavras do profeta Zacarias.
Jesus
usou um jumentinho para nos ensinar que na humildade está a verdadeira
grandeza.
Aprendemos
que Jesus jamais trocou a modéstia pela ostentação. Ele renunciou aos
tradicionais ornamentos históricos usados pelos reis e se vestiu de absoluta
humildade.
A humildade não ofusca o brilho da grandeza moral nem
elimina a autoridade espiritual.
Jesus
fez questão de usar um jumentinho como montaria para mostrar que àqueles a quem
Ele escolhe não se encaixam aos critérios humanos: (1 Cor. 1:26-29)
26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não
foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos
de nobre nascimento;
27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo
para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes;
28e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as
desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
Deus
poderia usar os ricos deste mundo, os famosos deste mundo, mas ele me escolheu
e escolheu você também, para sermos usados por ele!
Para
a entrada triunfal em Jerusalém ele não escolheu uma carruagem, ele não
escolheu um belo cavalo, ele escolheu um desprezível e inútil jumentinho.
Esse
jumentinho representa bem a cada um de nós! Por favor não me entendam mal! Nem
fiquem chateados com a comparação.
Ele
escolhe quem ele quer na hora que ele quer e da maneira que ele quiser! Ele
abate os soberbos, mas exalta os humildes!
CONCLUSAO:
Já se passaram mais de Dois mil anos desde que a cidade de Jerusalém
testemunhou a entrada triunfal de Jesus. A sua entrada triunfal em Jerusalém não
foi um acontecimento político, foi um acontecimento espiritual. Jesus não usou
armas, a não ser as armas da paz e do amor.
Jesus
não tinha intenção de combater o Império Romano, mas de destruir o império de
Satanás.
Hoje
estamos aqui celebrando a Ceia do Senhor e renovando nossa esperança nas suas
promessas, de que muito em breve nós estaremos com ele na gloria participando
de um grande banquete.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja
Metodista em Catalão-GO
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