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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A QUINTA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

O PERDÃO

“..e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Mateus 6.12.

Quando recebemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, passamos a fazer parte do Reino de Deus e nesse Reino, há princípios básicos que renovam a nossa vida.  
O perdão é um dos princípios mais importantes do Reino de Deus. “Jesus o ensinou em sua oração dominical: ”...e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Mateus 6.12.
Nosso bem espiritual e emocional depende da disposição de perdoarmos aqueles que nos magoaram. Na realidade, o perdão é a única dádiva que o Senhor nos oferece, que não podemos receber a não ser que o ofereçamos.
O que significa perdoar? Perdoar significa parar de culpar alguém por alguma ofensa; é cancelar ou anular alguma dívida. Biblicamente falando o perdão traz as seguintes ideias: cobrir, levar para longe, usar da graça com alguém, cancelar, remir. "Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões" (Sl 103:12)
O Perdão é um ato de obediência; é mandamento e não sentimento. “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. Mateus 18.35
O Perdão é dar ao ofensor aquilo que ele precisa e não o que ele merece. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Rm 5:8
O Perdão é assumir o compromisso de não mais levantar o assunto depois que foi acertado. É preciso virar a página e começar a escrever uma nova história. “...esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão.” Fp.3:13.
Quando perdoamos verdadeiramente somos libertos da dor e das feridas da experiência; podemos até nos lembrar da situação, mas não a utilizamos contra a pessoa; é como a cicatriz na pele: é visível, mas não dói.
Quero destacar uma história interessante sobre perdão entre dois irmãos; trata-se dos irmãos Jacó e Esaú. Como acontece em muitas famílias, esses irmãos disputavam entre si desde o ventre de Rebeca (Gn 25:22-23). Segundo a narrativa de Gênesis, Jacó teria recebido a bênção da primogenitura no lugar de Esaú fazendo-se passar por este e se aproveitando do estado de enfermidade do pai. Por isso, o irmão mais velho tentou matá-lo e Rebeca mandou então o filho fugir para as terras do tio Labão (irmão da mãe), no norte da Mesopotâmia. Jacó viveu muitos anos temendo a Esaú que, em amargura, havia ameaçado matá-lo. Em várias ocasiões Jacó havia trapaceado a Esaú. Ele havia mentido, fraudado e roubado. Esaú prometia vingança! Finalmente Jacó teve um encontro com Deus que mudou a sua vida. Na sequência deste evento então houve a cura. O primeiro e mais importante passo num processo de cura sempre é o encontro pessoal com Deus.
Quando Jacó, pela intervenção de Deus, foi quebrantado interiormente e reagiu em humildade, ele então estava apto a reconciliar-se com Esaú.
A história de sua reconciliação (Gn 33) mostra-nos os seguintes passos:

1- O ESPÍRITO QUEBRANTADO E HUMILDE DE JACÓ PERANTE ESAÚ.
“E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão”. Gn 33.3 
 Jacó toma a iniciativa de procurar o seu irmão, não com ar de superioridade, mas com humildade que é fruto de um coração quebrantado. Quando estamos dispostos a pedir perdão ou a perdoar rompemos com a barreira de nosso orgulho pessoal. Foi justamente isso que ocorreu no coração de Jacó.

2- O CORDIAL ABRAÇO DANDO EXPRESSÃO DE UM NOVO VÍNCULO.
“Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se lhe ao pescoço e o beijou; e choraram”. Gn 33.4  
Esaú correspondeu a atitude humilde de seu irmão expressando o seu perdão com um abraço e beijo. O perdão é a expressão de um amor genuíno.

3- O ARREPENDIMENTO.
“Perguntou Esaú: Qual é o teu propósito com todos esses bandos que encontrei? Respondeu Jacó: Para lograr mercê na presença de meu senhor”. Gn 33.8.  
Jacó chama o seu irmão de “meu senhor”, mudando totalmente a sua postura arrogante. Existem que aqueles que buscam o perdão de alguém, mas não estão dispostos a mudar suas atitudes. O arrependimento sincero é o solo fértil para reconquistar a confiança perdida.

4- O PERDÃO.
 “Mas Jacó insistiu: Não recuses; se logrei mercê diante de ti, peço-te que aceites o meu presente, porquanto vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus; e te agradaste de mim. Peço-te, pois, recebe o meu presente, que eu te trouxe; porque Deus tem sido generoso para comigo, e tenho fartura. E instou com ele, até que o aceitou”. Gn 33:10,11.
Jacó insiste em seu pedido de perdão trazendo-lhe presentes. Isso nos  lembra da Graça de Deus, a qual não merecemos. Perdoar é manifestar a graça e a misericórdia; características estas do nosso Deus.


Conclusão: O restabelecimento, a cura que experimentaram, foi um milagre da graça de Deus. Assim também a cura em nossas famílias é impossível sem a graça de Deus. Creio no poder renovador que o perdão tem sobre qualquer situação. Não importa o tamanho da ferida e da dor, o perdão sempre será o melhor remédio.

Texto: Pr. Gilberto Oliveira Rehder.

Ministração: Margarete da Silva Rehder.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A QUARTA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

RESPONSABILIDADE

“Porque cada um levará o seu próprio fardo”. Gálatas 6:5.

A quarta chave que vamos aprender a usar hoje é a chave da RESPONSABILIDADE. Uma vez que reconhecemos as nossas culpas e as confessamos diante do Senhor devemos aprender a assumir nossas responsabilidades em Deus.
Mas o que é responsabilidade? - habilidade de atender obrigações; ato de ser responsável; dever de confiança. É a habilidade de fazer e conservar comprometimentos. - John C. Maxwell.
Uma das maiores dificuldades que temos como ser humano é de assumir responsabilidades. Temos vários exemplos na bíblia de pessoas que não assumiram, fugiram ou transferiram suas responsabilidades a outros. E a lista não é pequena: Adão transferiu suas culpas a Eva e também a Deus; Jonas fugiu da missão que Deus lhe confiou; Moisés pediu ao Senhor que mandasse outro em seu lugar...
Não assumir responsabilidades é a característica principal de pessoas imaturas. Muitos filhos têm medo de amadurecer, pelo fato de terem que assumir responsabilidades. Se acomodar é fácil; o conforto é gostoso, mas chega um momento em que precisaremos aprender a nos virar, a termos iniciativas e obrigações. A maioria dos crentes querem tudo de Deus, desde que não tenham de assumir responsabilidades, pois isto implica em comprometimento. Quando Deus começa um trabalho de renovação em nossas vidas, é intenção e interesse Dele que sejamos transformados e usados em Sua obra.
Imagine você se Jesus desistisse de sua missão de salvar o mundo? O que seria de nós? A responsabilidade que ele assumiu foi radical, pois no seu propósito e chamado havia a cruz. Apesar de saber o que o aguardava era a sua própria morte, podemos ouvi-lo dizer: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora”. João 12:27
A verdadeira responsabilidade se revela diante de uma situação que coloca a vida da pessoa em jogo. Necessariamente não significa que seja um caso de morte física, mas poderá ser uma decisão determinante para sua vida. 
No momento em que nos comprometemos Deus começa a agir e toda uma série de acontecimentos começa a fluir. Assumir responsabilidade exigirá sacrifício, mas sempre haverá recompensa. Você está disposto a assumir responsabilidades em Deus?
Existem algumas áreas onde precisamos aprender a assumir responsabilidades:
1- ASSUMINDO RESPONSABILIDADE PELAS NOSSAS EMOÇÕES.
Existem duas emoções fortes que temos que aprender a lidar com elas: o medo e a raiva. Essas emoções são opostas:
- O Medo paralisa e a raiva incita.
- O Medo nos impede de fazer o que é certo e a raiva nos leva a fazer o que é errado.
As emoções são um dom de Deus. Às vezes elas nos levam à extrema felicidade, outras vezes nos atiram nas profundezas do desespero.
Por isso é importante entendermos o seguinte princípio: você não pode impedir o sentimento de medo ou de raiva, mas pode decidir o que fazer com o medo e com a raiva quando estes chegarem!
A Bíblia nos ensina que sentir raiva, ou ira não é pecado: “Irai-vos, e não pequeis” (Efésios 4:26); mas não podemos ficar apenas com a primeira parte do versículo, precisamos ver como ele termina: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo" (Efésios 4:26).
A Bíblia também tem muito a dizer sobre o medo. Na verdade, ela menciona dois tipos de medo. O primeiro tipo é benéfico e deve ser encorajado. O primeiro tipo de medo é o temor de Deus. Esse tipo de medo é um temor respeitoso de Deus; uma reverência pelo Seu poder e glória. Provérbios 1:7 diz: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução”
No entanto, o segundo tipo de medo mencionado na Bíblia não é bom e deve ser superado. Esse é o “espírito de medo” mencionado em 2 Timóteo 1:7, onde diz: “Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”. Podemos ver desde o início que esse tipo de medo não vem de Deus; através da Palavra da fé e da oração perseverante podemos ter o domínio sobre a raiva e o medo.
2- ASSUMINDO RESPONSABILIDADE POR NOSSOS PENSAMENTOS.
 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.2  
Temos que aceitar a nossa responsabilidade de renovar a nossa mente diariamente pela Palavra de Deus. O que é a Palavra de Deus?  A Palavra de Deus são os seus pensamentos.
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. Isaías 55.8,9
Martinho Lutero dizia algo interessante sobre as tentações que chegam à nossa mente: “Eu não posso impedir que os pássaros voem sobre minha cabeça, mas posso impedir que eles façam ninhos nela…”
Além de rechaçarmos os pensamentos ruins, devemos substituí-los por pensamentos construtivos. Veja a recomendação de Paulo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Filipenses 4.8.  
3- ASSUMINDO RESPONSABILIDADES PELO NOSSO CORPO.
"Não sabei vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós é santo" (1 Co 3.16, 17).
No mundo ocidental, poucas coisas são tão mal tratadas quanto o corpo humano. Ele sofre todo tipo de abuso. Fica obeso, por causa da alimentação excessiva; fica frágil, como resultado do sedentarismo e adoece por conta de vícios adquiridos.
Cuidar da saúde física é tão importante que a Bíblia nos manda glorificar a Deus com o nosso corpo. ''Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo''.(1Coríntios 6:20).

4- ASSUMINDO RESPONSABILIDADE PELO NOSSO ESPÍRITO.
Assim como o nosso corpo físico precisa de cuidado para não adoecermos o nosso espírito também precisa de cuidados
Assumir a responsabilidade pelo nosso espírito é se comprometer a crescer espiritualmente.
“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. 2 Pedro 3:18
Crescer espiritualmente significa aprender constantemente a Palavra de Deus.  Romanos 10.17: "... a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo".
Crescer espiritualmente significa buscar e viver a comunhão. A fé vivida em isolamento atrofia. Muitas vezes ouço pessoas que dizem: "Pastor, eu não preciso ir à igreja, eu faço minhas orações em casa.” O salmista nos diz: "Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido..” (Sl. 133.1)
Crescer espiritualmente significa viver uma vida dedicada à oração. 1 Tss 5.17  “Orai sem cessar”.
Crescer espiritualmente significa se tornar um adorador, 24 horas por dia. João 4.23 “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”.
Conclusão: Deus está nos ensinando a usar cada chave para a nossa renovação espiritual; faça a sua parte e assuma as responsabilidades que o Senhor colocar em tuas mãos. Lembre-se: Jesus tinha seus olhos fixos em sua cruz. Ele sabia muito bem o que Deus queria que Ele fizesse naquela hora, e não era consertar erros ou castigar falhas – era ir até a cruz.
Será que há uma cruz na sua vida, na sua frente que você está evitando? “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Lucas 9:23

Em Cristo e Por Cristo,

Pr. Gilberto Oliveira Rehder.

  



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A TERCEIRA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

A CONFISSÃO

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 João 1:9

Ao estudarmos sobre a importância da confissão para a nossa renovação espiritual é importante que se diga que o pecado é o principal problema do ser humano; além de nos separar de Deus, ele tem levado muitos crentes à frieza espiritual, insensibilidade, cauterização da mente, exaustão espiritual e destruição. Lembro-me certa vez em que confrontei um membro de uma das igrejas em que pastoreei que estava traindo a sua esposa; o mesmo estava endurecido e justificava o seu ato dizendo: “Tenho feito isso porque minha esposa não me trata bem, é tudo culpa dela”. Tive então que chama-lo à responsabilidade lendo para ele o texto de Provérbios 6.32 que diz: “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa”.
Infelizmente o referido irmão não se arrependeu e continuou no seu pecado sofrendo posteriormente as consequências de suas escolhas.
Além da problemática do pecado, há uma questão ainda pior que envolve aqueles que cedem às tentações; a do pecado oculto.
Pecados ocultos são aqueles pecados que nós achamos que ninguém sabe; ele é guardado a sete chaves como um segredo de estado. Pode ser um adultério, uma fornicação, um roubo, uma mentira, um uma falsidade, uma malícia e até mesmo uma simples fofoca.
Sabemos que Davi ao cair em pecado com Bate-Seba escondeu o seu pecado por um tempo. Para encobrir o seu pecado, ele cometeu outro pecado mais grave ainda: ele planejou a morte de Urias, o marido de Bate Seba, um de seus soldados mais destacado. Davi experimentou então, o sofrimento e a dor de um pecado não confessado. No Salmo 32.3,4 ele mesmo relata o seu drama dizendo: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio”.
Podemos entender deste texto que Davi chegou a adoecer de tal maneira pelo peso da culpa que chegou a sentir dor em seus ossos e exaustão extrema. A única saída para ser renovado e restaurado por Deus seria por meio da confissão e arrependimento sincero; e foi o que ele fez depois de ser confrontado pelo profeta Natã. No versículo 5 do Salmo 32 ele disse: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado”.
Se você tem pecado diante do Senhor e por conta disso tem sido atormentado pela culpa e sua vida tem se tornado seca, a CONFISSÃO é a chave para a sua renovação e restauração espiritual.
A palavra grega traduzida por “confessar” no novo testamento é “Homologeo” , que significa: “falar a mesma coisa”. Confissão significa que tudo o que Deus considera como pecado, eu também considero como pecado.
Existem dois aspectos da confissão bíblica que eu quero destacar:
O primeiro aspecto é que devemos confessar os nossos pecados para sermos perdoados. 
Neste sentido, somente Deus é quem pode nos perdoar e nos absolver da culpa do pecado. Salmo 130.3,4 “Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam”. 
Em Marcos 2:1-12, relata que um homem paralítico foi trazido a Jesus e descido até o salão por um buraco no teto. Cristo viu que sua primeira necessidade era espiritual, não física, e disse-lhe: "Filho, os teus pecados te são perdoados" (v. 5); e então o curou. Não há necessidade de outros mediadores; e a bíblia é clara em dizer: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” 1 Tm 2:5; “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”. Hb 4:15,16.
É bom lembrar que a confissão deve ser acompanhada de arrependimento. O arrependimento pode ser definido como: "Afastar-se do pecado, da desobediência ou rebelião e voltar-se para Deus. Em um sentido mais geral, o arrependimento significa uma mudança de mente e de atitudes. É justamente isso que diz o texto de  Pv 28:13: “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas aquele que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. À partir daí podemos desfrutar de uma vida de paz e comunhão com Deus.
O segundo aspecto é que podemos confessar nossos pecados para sermos curados. Neste sentido, a participação de outro crente se faz necessária. “Confessai, pois, os vossos pecados (as vossas culpas) uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Tiago 5.16
No contexto desse mandamento, no verso 4 ,Tiago diz que se houver um doente entre os membros da igreja, o mesmo deverá chamar os presbíteros, para que, em resposta à oração e unção com óleo, o enfermo seja curado.
É importante que se diga que nem toda doença resulta diretamente de um pecado específico, mas, devido ao fato que o nosso corpo, alma e espírito são intimamente interligados, muitas vezes um mal físico ou enfermidade é causada pelo sentimento de culpa ou pecado que não conseguimos nos libertar. Neste caso, diz Tiago, a pessoa doente precisa confessar o seu pecado, ou culpas, a um irmão que vai ouvi-la e também orar por ela. 
O propósito dessa confissão é que o irmão doente, que tenha cometido o pecado seja curado e restaurado. Em momento algum Tiago sugere a confissão auricular, onde o sacerdote somente ouvirá a confissão e depois irá declarar o perdão; o texto é claro quando diz: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros...
Isso não significa que devemos sair por aí e nos expor a qualquer irmão sem nenhum critério. Creio que este critério está bem definido em Gálatas 6:1 que diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado”.
Creio que os “irmãos espirituais” são aqueles cristãos amadurecidos na fé em Cristo, de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria que prezam pela discrição acima de tudo. Deus quer levantar no meio do Corpo de Cristo pessoas que estão dispostas a erguer o irmão caído. 
O irmão que não consegue se livrar do peso da culpa ou do pecado que o domina, deve procurar um irmão (ã) idôneo para confessar o suas culpas com o objetivo de receber cura e apoio em oração. Tiago chega a afirmar: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”.
Por meio da confissão e abandono do pecado podemos ser renovados e desfrutar novamente de comunhão com Deus. Abrir o coração e falar pode ser um santo remédio para nos libertarmos do pecado e da culpa.

Em Cristo e Por Cristo!


Pr. Gilberto Oliveira Rehder

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A SEGUNDA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

A VERDADE

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8.32

Neste texto aprendemos que o plano de Deus para cada um de nós é que enxerguemos a verdade para que desfrutemos de liberdade. Precisamos tomar posse da liberdade que Jesus nos oferece.
Os fariseus ouviram esta Palavra de Jesus, mas não a aceitaram por estarem presos a uma religiosidade cega; por isso não puderam receber o novo de Deus em suas vidas.  
As Escrituras dizem em Oseias 4.6 que “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”.
E a estratégia do inimigo é exatamente roubar de nós o conhecimento da verdade que liberta; imprimir em nossa mente que precisamos continuar como prisioneiros, sendo que Jesus a dois mil anos despojou os principados e potestades, nos dando livre acesso às promessas de Deus.
Deus quer que saiamos da terra do cativeiro. A vontade dele é dissipar toda cegueira espiritual em nós, para experimentarmos este renovo espiritual.
Para que isso aconteça, precisamos enxergar a verdade sob dois aspectos diferente em Isaías 6:1-8.
Em primeiro lugar, precisamos enxergar a verdade sobre Deus. Se tivermos uma visão distorcida de Deus jamais alcançaremos uma renovação em nossas vidas.
Creio irmãos que um bom exemplo sobre o enxergar a verdade sobre Deus, encontramos na experiência do Profeta Isaías quando este viu ao Senhor.
Deus se revelou a Isaías e ele pôde vê-lo como ele realmente é. Talvez muitas visões equivocadas a respeito de Deus que estavam na cabeça de Isaías caíram por terra. 
Isaías viu um Deus assentado num alto e sublime trono. (V.1) Ele pôde ver qual é o lugar que o Senhor deve ocupar. Não somos nós que ordenamos a Ele, mas sim, é Ele que em Sua soberania que deve reinar em nós e ocupar o trono de nossa existência.
Isaías viu um Deus que através da sua presença, preenche os espaços vazios.Suas vestes enchiam o templo. Sua glória enche toda terra. Sua fumaça, seu perfume, enchia toda a casa. Você já pôde ver Deus como o único que pode preencher todos os vazios da sua existência?
Isaías viu um Deus que é digno de toda honra e adoração. Seres angelicais o reverenciavam, submetiam-se a Ele e o adoravam. Você já pôde ver Deus como o único digno da sua adoração, da sua veneração e do seu louvor?
Isaías viu um Deus que é completamente puro em santidade. (V. 3) Os Serafins louvavam na beleza da Sua santidade. Você já pôde ver um Deus que é santo e te convida à santidade?
O Renovo na vida de Isaías começou a partir do momento que pôde ver Deus como Ele realmente é, e não simplesmente como sua mente imaginava, ou que os outros lhe falavam.
Se você permitir e abrir o seu coração, Deus vai se revelar a você, e você poderá vê-lo como ele realmente é através de Jesus, e isso mudará a sua vida. (Hebreus 1:1-4)
Em segundo lugar, precisamos enxergar a verdade sobre nós mesmos.
Precisamos ver a nós mesmos como realmente somos. Isaías teve uma visão correta de quem ele realmente era.
No v.5 lemos: “Então disse eu: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos”.v.5
Somente depois que Isaías teve uma visão correta a respeito de quem era Deus, é que ele pode enxergar a si mesmo como ele realmente era.
Enquanto tivermos uma visão distorcida de Deus, da sua pessoa, propósito e vontade, também teremos uma visão distorcida a respeito de nós mesmos. Isso em todos os níveis.
Qual é a verdade sobre nós? A verdade sobre nós é que somos pecadores diante de Deus e carentes da sua graça e perdão.
Isaías viu-se desnudado, e reconheceu: “Ai de mim!” Ele não viu mérito próprio em si, mas ele pôde ver o quanto estava em condenação diante do Senhor; ele reconheceu que estava perdido, que necessitava da misericórdia do Senhor.
Isaías também reconheceu o seu pecado específico, como um homem de lábios impuros.
Precisamos aprender a nos desnudar diante de Deus ao invés de nos camuflar. E a melhor maneira de fazer isso é nos colocando debaixo da luz reveladora do Espírito Santo: Precisamos orar como o salmista: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”. Salmos 139.23,24
Somente quando confessamos nossa verdadeira natureza diante do Senhor é que poderemos alcançar o seu favor a nos purificar, transformar, renovar e nos encher com o seu Espírito.
Jesus é a brasa viva que foi oferecida no altar de Deus pelos nossos pecados. Ele, na cruz, providenciou perdão e purificação para nós pelo seu sangue. O que estamos vendo ao olharmos para dentro de nós?
Depois que Isaías foi purificado e renovado pelo Senhor, teve uma visão da obra que o Senhor queria realizar através da sua vida podendo então dizer: “Eis-me aqui, envia-me a mim.”.

Em Cristo e Por Cristo!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder.