TEXTO
BÁSICO: Gálatas 5:22-23
“Mas
o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei”.
Quebra Gelo: Você já ficou nervoso (a) ou
irritado (a) com as seguintes situações? Assinale quais.
[ ] a falta de gratidão por parte das pessoas a
quem ajudamos.
[ ] a conexão na internet que nos irrita por
lentidão ou por suas quedas.
[ ] a
raiva de enfrentar uma fila no banco.
[ ] a perda de um ônibus ou avião por uma
fração de segundos, quando já estamos atrasados.
[ ] a impontualidade de um dos cônjuges ou dos
filhos (ou, quem sabe, dos nossos cultos...)
[ ] o transito parado porque alguém resolveu
conversar com outro no meio da rua de dentro de seu veículo.
Se você assinalou
todas estas questões, te falta longanimidade!
Introdução: Seguindo a sequência da série sobre
o Fruto do Espírito, chegamos ao quarto "gomo" desse fruto, a
longanimidade, palavra difícil de escrever e mais ainda, praticar. Cada um
conhece as irritações que estas situações provocam. A recomendação bíblica é
muito clara: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem
deis lugar ao diabo” (Efésios 4.26, 27). A
falta de longanimidade, expressa por meio da ira continuada, é uma brecha que
abrimos para a atuação do diabo em nossas vidas. Quando o apóstolo recomenda a
quem não permitamos que o sol se ponha sobre a nossa ira, está recomendando que
nenhum de nós vá dormir ainda irado. Antes, cada um deve resolver o problema
ou, simplesmente, esquecê-lo. Do contrário, o diabo, que nos ciranda, vai nos levar
à autodestruição.
1- O QUE É
LONGANIMIDADE?
De
acordo com o dicionário, longanimidade significa "firmeza de ânimo".
Biblicamente, o sentido é parecido e pode ser interpretado como
"paciência" ou "longo ânimo". A longanimidade está sempre
ligada a capacidade de ter um autocontrole quando se está sob pressão, de ser
tolerante com as falhas alheias e perseverante diante dos obstáculos.
No
entanto, não se pode confundir a longanimidade com passividade. O indivíduo
passivo é aquele que age em função do medo que sente do outro, que se acovarda
para não desagradar. O paciente é aquele que dá respostas de teor amoroso, mas
firmes e seguras e que refletem a vontade do pai.
2- PORQUE DEVEMOS SER
LONGÂNIMOS?
Por
causa longanimidade de Deus. O Senhor tem dado tempo suficiente ao homem para
se arrepender de seus pecados “O Senhor
não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é
longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos
venham a arrepender-se”. ( II Pe 3.9) Devemos nos lembrar sempre, que Deus
não deseja condenar ninguém, por isso, ele dá várias oportunidades de
reconciliação para cada pecador. Paulo nos diz que a mesma atitude deveria
governar nossas relações com nossos irmãos (Efésios 4:2) Vejam também: (
Ezequiel 33:8,11).
3- O QUE NÃO É
LONGANIMIDADE?
Apesar
de toda a paciência de Deus, não podemos confundi-la com impunidade e nem
devemos abusar da sua longanimidade. “E
tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu,
escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e
paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao
arrependimento?” ( Romanos 2. 3,4 ).
Em
relação aos outros, precisamos desenvolver a tolerância máxima, não a
tolerância zero, como é o padrão de muitos. O apóstolo Paulo deixa bem claro
que a longanimidade não é ausência de correção e nem tão pouco tolerância ao
pecado: “prega a palavra, insta a tempo e
fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino”.
2 Tm 4:2.
Ainda
que sejamos longânimos com as pessoas ao nosso redor, haverá em alguns momentos
de correção algumas feridas inevitáveis. “Melhor
é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo
que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos”. Pv 27:5,6
A
grandeza da misericórdia de Deus está em esperar que busquemos o seu perdão e
em nos perdoar, seja qual for a dimensão de nossa culpa. Também nisso Ele é
nosso modelo. Sua longanimidade, no entanto, não Lhe exclui a justiça. Ele não
perdoa os que não querem ser perdoados; Ele não “alivia a barra” daqueles que
preferem viver na iniquidade. Nós não temos essa prerrogativa de julgar e
condenar ou absolver, pois esta pertence a Deus. Às vezes, queremos imitar a
Deus no que não podemos (em seu juízo) e nos recusamos a imitá-lo no que
devemos (em sua longanimidade). Ele “é misericordioso e compassivo; longânimo e
assaz [tremendamente] benigno” (Sl 103.8).
CONCLUSÃO: Na mente de Jesus (Mt 5.43-45), ser
longânimo é não retaliar, é não vingar a ofensa, é amar os inimigos (que são
todos aqueles que nos fazem mal), é andar a segunda milha. Em Lucas 9.51-56 diante
da falta de hospitalidade por parte dos samaritanos, os “santos e amáveis” Tiago e João perguntaram a Jesus:
–
Senhor, quer que mandemos descer fogo do
céu para os consumir?
A
resposta do Discipulador (JESUS) foi rápida:
–
Vocês não sabem de que espírito são
vocês, pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas
para salvá-las.
" Melhor é o
longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que
toma uma cidade." (Provérbios 16:32)
Pr. Gilberto Oliveira
Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
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