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terça-feira, 8 de novembro de 2016

O FRUTO DA LONGANIMIDADE


TEXTO BÁSICO: Gálatas 5:22-23                                   
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.

Quebra Gelo: Você já ficou nervoso (a) ou irritado (a) com as seguintes situações?  Assinale quais.
[  ] a falta de gratidão por parte das pessoas a quem ajudamos.
[  ] a conexão na internet que nos irrita por lentidão ou por suas quedas.
[  ] a raiva de enfrentar uma fila no banco.
[  ] a perda de um ônibus ou avião por uma fração de segundos, quando já estamos atrasados.
[  ] a impontualidade de um dos cônjuges ou dos filhos (ou, quem sabe, dos nossos cultos...)
[  ] o transito parado porque alguém resolveu conversar com outro no meio da rua de dentro de seu veículo.
Se você assinalou todas estas questões, te falta longanimidade!

Introdução: Seguindo a sequência da série sobre o Fruto do Espírito, chegamos ao quarto "gomo" desse fruto, a longanimidade, palavra difícil de escrever e mais ainda, praticar. Cada um conhece as irritações que estas situações provocam. A recomendação bíblica é muito clara: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Efésios 4.26, 27). A falta de longanimidade, expressa por meio da ira continuada, é uma brecha que abrimos para a atuação do diabo em nossas vidas. Quando o apóstolo recomenda a quem não permitamos que o sol se ponha sobre a nossa ira, está recomendando que nenhum de nós vá dormir ainda irado. Antes, cada um deve resolver o problema ou, simplesmente, esquecê-lo. Do contrário, o diabo, que nos ciranda, vai nos levar à autodestruição.

1- O QUE É LONGANIMIDADE?
De acordo com o dicionário, longanimidade significa "firmeza de ânimo". Biblicamente, o sentido é parecido e pode ser interpretado como "paciência" ou "longo ânimo". A longanimidade está sempre ligada a capacidade de ter um autocontrole quando se está sob pressão, de ser tolerante com as falhas alheias e perseverante diante dos obstáculos.
No entanto, não se pode confundir a longanimidade com passividade. O indivíduo passivo é aquele que age em função do medo que sente do outro, que se acovarda para não desagradar. O paciente é aquele que dá respostas de teor amoroso, mas firmes e seguras e que refletem a vontade do pai.

2- PORQUE DEVEMOS SER LONGÂNIMOS?
Por causa longanimidade de Deus. O Senhor tem dado tempo suficiente ao homem para se arrepender de seus pecados “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”. ( II Pe 3.9) Devemos nos lembrar sempre, que Deus não deseja condenar ninguém, por isso, ele dá várias oportunidades de reconciliação para cada pecador. Paulo nos diz que a mesma atitude deveria governar nossas relações com nossos irmãos (Efésios 4:2) Vejam também: ( Ezequiel 33:8,11).

3- O QUE NÃO É LONGANIMIDADE?
Apesar de toda a paciência de Deus, não podemos confundi-la com impunidade e nem devemos abusar da sua longanimidade. “E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?”  ( Romanos 2. 3,4 ).
Em relação aos outros, precisamos desenvolver a tolerância máxima, não a tolerância zero, como é o padrão de muitos. O apóstolo Paulo deixa bem claro que a longanimidade não é ausência de correção e nem tão pouco tolerância ao pecado: “prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino”. 2 Tm 4:2.
Ainda que sejamos longânimos com as pessoas ao nosso redor, haverá em alguns momentos de correção algumas feridas inevitáveis. “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos”. Pv 27:5,6
A grandeza da misericórdia de Deus está em esperar que busquemos o seu perdão e em nos perdoar, seja qual for a dimensão de nossa culpa. Também nisso Ele é nosso modelo. Sua longanimidade, no entanto, não Lhe exclui a justiça. Ele não perdoa os que não querem ser perdoados; Ele não “alivia a barra” daqueles que preferem viver na iniquidade. Nós não temos essa prerrogativa de julgar e condenar ou absolver, pois esta pertence a Deus. Às vezes, queremos imitar a Deus no que não podemos (em seu juízo) e nos recusamos a imitá-lo no que devemos (em sua longanimidade). Ele “é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz [tremendamente] benigno” (Sl 103.8). 

CONCLUSÃO: Na mente de Jesus (Mt 5.43-45), ser longânimo é não retaliar, é não vingar a ofensa, é amar os inimigos (que são todos aqueles que nos fazem mal), é andar a segunda milha. Em Lucas 9.51-56 diante da falta de hospitalidade por parte dos samaritanos, os “santos e amáveis”  Tiago e João perguntaram a Jesus:
Senhor, quer que mandemos descer fogo do céu para os consumir?
A resposta do Discipulador (JESUS) foi rápida:
Vocês não sabem de que espírito são vocês, pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.

" Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade." (Provérbios 16:32)



Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

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