terça-feira, 19 de outubro de 2021

A CONVERSÃO DE PAIS AOS SEUS FILHOS E DE FILHOS AOS SEUS PAIS.


Texto: Malaquias 4:5,6
4 Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor;
5 ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.
 
Introdução: Graça e Paz igreja do Senhor! Eu quero compartilhar hoje com os irmãos uma palavra que nesta semana que tem ardido em meu coração e que tem me incomodado profundamente. Trata-se da: A CONVERSÃO DE PAIS AOS SEUS FILHOS E DE FILHOS AOS SEUS PAIS.
 
Todos nós estamos familiarizados quando o assunto é a nossa conversão a Deus, mas nem sempre estamos convictos de que é preciso haver uma conversão no sentido horizontal, entre pais e filhos. Por isso, quero te chamar a atenção para um detalhe importante deste texto:
 
Este texto é a última mensagem de Deus no Antigo Testamento que encerra com uma promessa que tem o seu foco no relacionamento entre pais e filhos.
 
A promessa de que o precursor do Messias viria ao mundo e converteria o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais.
 
O Senhor fechou, vamos dizer assim, o Antigo Testamento, a antiga aliança, falando desta promessa: que viria o profeta Elias, e converteria o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais.
 
Ao ler este texto me perguntei: Por quê Elias?
 
Porque Elias se levantou contra os profetas de Baal que era adorado por meio do sacrifício de crianças.
 
“e edificaram os altos de Baal, para queimarem os seus filhos no fogo em holocaustos a Baal, o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me passou pela mente.” Jeremias 19:5
 
Em nossos dias o número impressionante de jovens mortos que temos assistido nos noticiários e lido nos jornais é expressão desta maldição.
 
Essa maldição de que o texto se refere está relacionado com o pecado que nos separa de Deus, mas que também separa pais e filhos.
 
O pecado abriu um abismo na relação entre pais e filhos. Há pais que desprezam os filhos e filhos que desonram os pais. Há pais que esmagam os filhos e filhos que maltratam os pais. Há pais que abandonam os filhos e filhos que rejeitam os pais.
 
Os reflexos dessa instabilidade familiar, resultado da rebeldia contra a autoridade estabelecida, são sentidos principalmente entre os adolescentes e jovens.
 
Os índices de mortalidade revelam que os jovens estão morrendo e desperdiçado o melhor tempo de suas vidas em acidentes de trânsito, uso indiscriminado de drogas, doenças sexualmente transmissíveis, álcool, assassinatos e suicídios.
 
E como se isto não bastasse, agora o foco são as crianças. Muitas crianças têm sido abusadas sexualmente, ou até mesmo induzidas a conhecerem o sexo de maneira distorcida, criando uma verdadeira confusão em sua identidade.
 
Voltando ao texto, nós sabemos que este profeta Elias prometido veio na figura de João Batista, como nos é dito no evangelho de Lucas:
 
“E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado”. (Lc 1:17)
 
Percebam que no Novo Testamento foi ampliado o que foi dito no Antigo Testamento. João Batista, que veio no espírito e no poder de Elias, veio preparar o caminho do Senhor.
 
A forma de preparar caminho ao Senhor é que os pais fossem convertidos aos seus filhos e converter os desobedientes à prudência dos justos, com o objetivo de habilitar para o Senhor um povo preparado.
 
Nós estamos às portas da volta de Jesus, o rei está voltando. Mas é preciso se preparar para o Senhor, o povo do Senhor precisa se preparar à Ele. Dentro desse nosso “preparar para o Senhor” está relacionado à conversão dos corações: dos pais aos seus filhos e dos filhos a seus pais.
 
As maldições que tem nos atingido nos dias de hoje na família e na sociedade, são decorrentes de problemas mal resolvidos entre pais e filhos.
 
Cresce a cada dia o conflito de gerações. A parede que separa os pais dos filhos torna-se cada vez mais alta. Nesse cenário de conflito familiar é imperativo que o coração dos pais seja convertido aos filhos e o coração dos filhos a seus pais.
 
Como os pais podem ter seu coração convertido aos filhos e filhos a seus pais? Para que isso aconteça há um caminho de volta que precisa ser trilhado com algumas chaves nas mãos.
 
1- A PRIMEIRA CHAVE PARA A CONVERSÃO ENTRE PAIS E FILHOS É O ARREPENDIMENTO.
 
Deus, através de Malaquias, nos fala que enviará profetas no espírito de Elias para que isso ocorra, ou seja, um espírito de arrependimento.
 
João Batista foi um profeta enviado por Deus nesse espírito para pregar uma mensagem específica: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino”. Mateus 3:2
 
A palavra grega para arrependimento é metanoia que é derivada de meta - "depois ", e neo - "compreender “, literalmente significa: "Reflexão posterior", ou "mudança de mente". Todavia o seu sentido bíblico vai além, significando uma mudança de rumo, mudança de direção, de atitude. Este é o significado da palavra.
 
A maneira característica do Antigo Testamento para expressar o arrependimento do ser humano para com Deus e dizer que houve uma volta, um retorno: o ser humano saiu do pecado e voltou-se para Deus.
 
A vida cristã está estritamente ligada ao ensino e à prática da verdade da Palavra de Deus; e a verdade é que, sem arrependimento, não haverá a conversão do coração das pessoas.
 
Esse arrependimento precisa acontecer também nas relações entre pais e filhos.
 
Muitos filhos têm se levantando em desobediência desonrando a seus pais e não estão aceitando a sua autoridade.
 
Mas também há muitos pais que não reconhecem a seus filhos como uma herança do Senhor! (Salmo 127: 3).
 
Nossos filhos são o nosso maior tesouro na terra, a nossa verdadeira riqueza, a nossa mais preciosa herança.
 
Os filhos são presentes de Deus aos pais. São confiados aos pais para serem criados na disciplina e admoestação do Senhor.
 
Como mordomos de Deus devemos cuidar deles para que sejam vasos de honra nas mãos do Senhor. Devemos prepará-los para a vida e não para viverem em nossa constante dependência. Devemos inculcar neles as verdades de Deus para que aprendam amar ao Senhor de todo o coração.
 
2- A SEGUNDA CHAVE PARA A CONVERSÃO ENTRE PAIS E FILHOS É O PERDÃO.
 
O arrependimento nos conduz ao perdão que arranca as raízes de amargura e de ódio produzidas por Satanás.
 
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. (Efésios 4.32
 
Se há alguém com autoridade para nos ensinar a perdoar é o Senhor Jesus!
 
Para perdoarmos, precisamos ter um retrato real de seu sacrifício na cruz e qual a Sua reação diante das agressões e ofensas sofridas e, com base Nele, estabelecer um padrão de perdão ideal para as nossas vidas.
 
PERDOAR NÃO IMPLICA DAR A RAZÃO AO OUTRO, SIGNIFICA LIBERTAR-SE DAS ATADURAS DA AMARGURA.
 
O perdão deve ser uma via de mão dupla, tanto dos pais para os filhos quanto dos filhos para os pais.
 
O perdão independe de sentimento, é uma ordem. O perdão pode ser em algumas situações até injusto e impagável, mas é prático e restaurador.
 
Por meio dele a posição perdida entre pais e filhos é restaurada.
 
Eu fui pai aos 22 anos, muito novo, inexperiente e achava que já era maduro, mas de fato não era; errei muito com meus filhos.
 
Todos que são pais provavelmente já erraram com seus filhos. Precisamos buscar não errar, mas se erramos, devemos nos arrepender, pois esse é um coração convertido.
 
Você já pediu perdão a seu filho(a) quando você errou com ele(a)?
 
Às vezes, você pensa: “não vou pedir perdão porque vou perder minha autoridade se eu mostrar que estou errado”. Não! Você tem que ir lá e pedir perdão.
 
3- A TERCEIRA CHAVE PARA A CONVERSÃO ENTRE PAIS E FILHOS É A HONRA.
 
Em linhas gerais precisamos aprender a tratar a todos com honra.
 
“Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei”. 1 Pe. 2.17
 
 “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra”. Rm. 13.7
 
Hora= Valorizar – estimar – ser grato – reconhecer – proteger – cuidar – homenagear – distinguir – reverenciar – respeitar – submeter-se.
 
O contrário de honra é a desonra: “tratar como comum ou ordinário”, “tratar com desprezo” e até mesmo “desrespeitar” ou “humilhar”.
 
Como filhos de Deus, nós precisamos aprender a exercitar o princípio da honra, por que Deus é um Deus de honra. Quantas vezes vemos isso na Bíblia?
 
Quando a Bíblia fala, A QUEM HONRA, HONRA, ela está dizendo que a HONRA é algo direcionado à PESSOAS, não a COISAS. Esse pronome relativo QUEM se refere a PESSOAS e não a COISAS.
 
Honrar é decidir atribuir valor e importância à outra pessoa, considerando-a digna de grande respeito, consideração e amor.
 
Infelizmente, vemos ao nosso redor como esse princípio tem sido abandonado. As pessoas têm perdido o respeito e o valor umas pelas outras. Hoje em dia as pessoas têm valorizado mais as coisas do que as pessoas.
 
Há um ditado que diz: “COISAS foram feitas para serem USADAS e PESSOAS para serem AMADAS”.
 
Mas o que nós vemos hoje é o contrário. Coisas são amadas e pessoas são usadas.
 
No relacionamento entre pais e filhos este princípio está presente.
 
“Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),
para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”. Efésios 6:2,3
 
Honre, ainda que seja a memória do seu pai ou da sua mãe.
 
O mundo ali fora se desestrutura cada vez mais, por que as pessoas não se honram mais. Ao contrário, todos se desonram entre si e assim todos acabam com seus tanques emocionais vazios.
 
Nós precisamos resgatar a honra na família, em nossos relacionamentos, no ambiente de Igreja e impactar o mundo com um comportamento que paga a todos a honra que é devida.
 
Conclusão:
 
Deus está convertendo o coração dos filhos aos pais e dos pais aos filhos e isso é uma resposta de oração da Igreja. Deus está levantando uma geração para obedecer a Sua Palavra, uma geração que se levanta para ser uma voz profética em um tempo muito complicado.
 
A conversão horizontal entre pais e filhos, é sem dúvida um caminho essencial para que a vida abundante se manifeste dentro de nós e no meio de nós, e ao redor de nós. É desta conversão que vem grande parte da restauração que necessitamos.


Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
 

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A VIDA QUE NASCE DA MORTE


TEXTO: João 12.24-27
24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.
25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.
26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.
27 Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora.
 
INTRODUÇÃO: O grão de trigo ilustra um dos princípios mais fundamentais do Novo Testamento: A VIDA NASCE DA MORTE.
 
Em primeiro lugar neste texto Jesus está se referindo à sua própria morte! O versículo 27 nos mostra isto claramente. Jesus veio a este mundo com este propósito: Dar a sua própria vida para que nós pudéssemos ter vida eterna!
 
Isaías 53:11 nos mostra claramente que Jesus cumpriu o seu propósito e nós somos o fruto de sua própria morte.
 
“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si”.
 
Todavia, este texto também se aplica a nós como discípulos de Jesus, embora com uma visão diferente. Jesus morreu pelos nossos pecados, mas nós devemos também morrer, não pelos nossos pecados, mas, para os nossos pecados!
 
Amados é preciso morrer para si. Se o grão de trigo não morrer, ele fica só, ou seja, ele não dá fruto. O Senhor deseja que possamos dar frutos, não somente frutos, mas “bons frutos”.
 
É preciso morrer para gerar, germinar e dar fruto. É preciso fazer morrer a nossa natureza pecaminosa, que muitas vezes está cheia da nossa carnalidade, os cuidados deste mundo e religiosidade.
 
Essa foi a mensagem que fez a Igreja passar quase trezentos anos de perseguição e ainda assim permanecer viva!
 
A Igreja primitiva floresceu sobre o sangue dos mártires.  Independentemente do que quer que se levantassem contra eles, eles olhavam para a cruz e prosseguiam.
 
Mas, parece que nos nossos dias a cruz perdeu sua força na mensagem cristã. Precisamos retornar ao cristianismo da cruz.
 
Por eu quero falar a respeito da cruz e do modo como precisamos aplica-la em nossa própria vida com discípulos de Jesus
 
I - EU PRECISO ENTENDER A CRUZ COMO UM PROJETO QUE SOMENTE PODE NASCER NO CÉU. (1 Pd. 1:18-20)
 
18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,
19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.
 
Antes mesmo da fundação do mundo o sacrifício de Jesus foi conhecido e só manifestado há dois mil anos, quando João Batista declarou que ele era o Cordeiro de Deus. Sua morte ocorreu exatamente quando os evangelhos a descrevem, não antes e nem depois.
 
A cruz, como mero castigo, nasceu no coração humano, mas como redenção, nasceu no coração de Deus.
 
Exatamente por causa da morte, estamos agarrados à vida com todas as forças.
 
A cruz, como forma de entrega voluntária, jamais nasceria do coração humano.
 
Qual o homem, se não fosse pelo poder de Deus, aceitaria voluntariamente ser crucificado?
 
Por isso, precisamos compreender que ninguém vive a proposta da cruz pelo esforço próprio.
 
Na sua carne, Jesus também não queria: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora”. (Jo. 12:27)
 
Mas, por que a cruz foi concebida no céu, Jesus foi até o fim, até render o espírito.
 
Somente o Espírito Santo pode nos sustentar no caminho da cruz.
 
Por isso, a conversão é obra do Espírito Santo, por que se for uma mera decisão humana, ela irá passar ao largo da cruz. (João 16:8)
 
Não há conversão sem a compreensão da mensagem da cruz!
 
II – EU PRECISO ENTENDER A CRUZ COMO A ÚNICA FORMA DE REVERTER AS CONSEQUENCIAS DA QUEDA.
 
 
 
A cruz era o tipo de morte mais cruel que poderia ser impingida a um criminoso. Pois foi essa morte que Deus escolheu para expiar completamente os nossos pecados e rever todo esse processo de morte que nos envolve.
 
Foi pela morte de cruz que Deus escolheu para nos perdoar, limpar e remover completamente as nossas culpas e a ação do diabo contra nós.
 
(Colossenses 2:14,15)
14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;
15 e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.
 
Jesus derrotou o pecado em todas as suas dimensões e com todas as suas consequências.
 
A cruz é a antítese da queda, pois tudo aquilo que o homem quis agarrar ilicitamente no Jardim do Éden, Jesus possuía e o entregou voluntariamente no Calvário.
 
O Diabo incitou o homem com a proposta de que ele se tornaria semelhante a Deus, entretanto, Jesus estava nessa condição e abriu mão voluntariamente! (Fp. 2:5-11)
 
Jesus abriu mão sua identidade: Ele não se agarrou, nem no céu, nem na terra. Ele suportou as maiores ofensas.
 
Nas suas emoções: Nós nos melindramos por qualquer motivo. Jesus, não se importou em ser envergonhado, escarnecido, cuspido. Ele foi para a cruz como ovelha muda. (Is. 53:7)
 
No seu corpo físico: Sua vida es esvaiu completamente. Não sobrou absolutamente nada das suas forças. Não foi uma morte repentina não! Foi um martírio lento, onde toda a sua força foi sugada, gota a gota, até o fim.
 
No seu espírito: Ele teve que aguentar sozinho. Até o Pai voltou seu rosto para Ele. (Mt. 27:46)
 
*Por isso o Diabo fez tudo o que pôde para impedir que Jesus fosse à cruz....
 
E, ele fará tudo para impedir que eu e você vivamos a mensagem da cruz.
 
*Devemos olhar a nossa vida da perspectiva que ela já não nos pertence mais e que devemos glorificar a Deus com ela, em todas as dimensões do nosso ser.
 
(1 Co. 6:20) “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
 
Como vou glorificar a Deus buscando sempre a minha vontade; querendo sempre me defender? Querendo sempre fazer valer os meus direitos?
 
*Isso não é cruz! Isso é o nosso ego!
 
**É a cruz que vai inverter todos os efeitos da queda na nossa vida, em todo o nosso ser: No corpo, na alma e no espírito.
 
*Através da cruz precisamos matar concretamente nossa natureza pecaminosa.
 
(Colossenses 3:5,6)
5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
6 por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].
 
A cruz nos ensina a sofrer, a renunciar nossa própria vontade para herdar algo maior no futuro, a Vida Eterna! E isso é o cristianismo!
 
 
III– EU PRECISO ENTENDER A CRUZ COMO A ESSÊNCIDA
DA CONDUTA CRISTÃ:
 
A cruz de Cristo, é o nosso acesso ao Reino de Deus, mas o Evangelho nos diz algo mais. Jesus nos pede que também assumamos a cruz:
 
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24)
 
Paulo tinha esse princípio muito claro: “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.  (Gálatas 2:19-20)
 
-Duas coisas ocorrem se estarmos crucificados com Cristo:
 
1º) Nos sentiremos seguros: Se fomos para a cruz, nada mais pode nos atingir realmente:
 
(Rm. 8:31-19)
31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
 
2º) Renunciaremos o que for preciso: Aqui entra o princípio do grão de trigo.
 
Nós nascemos para glorificar a Deus e não conseguiremos fazer isso, enquanto vivermos para nós mesmos.
 
A cruz é sempre sinônimo de morte. Jesus falou do grão de trigo ao referir-se à cruz. E, quando Ele diz que nós devemos tomar a nossa cruz, isso implica que precisamos morrer para nós mesmos.
 
*Hoje está sendo pregado outro Evangelho: O Evangelho da coroa no lugar da cruz.
 
Nós queremos a coroa, mas a cruz precede a glória. A coroa não é para este mundo, e sim para o Céu:
 
Tiago 1:12  “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.”
 
Enquanto não nos entregamos completamente, ficamos sempre lutando com nossos desejos, com nossas frustrações, com nossas amarguras, com nossos complexos, traumas.
 
A vida se torna pesada demais para quem não se entregou. É por isso que Jesus disse:
 
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” ( MT. 11:28)
 
A palavra “todos”, significa todos. Por isso:
 
CONCLUSÃO: A CRUZ É UM CAMINHO POSSÍVEL PARA TODOS NÓS:
 
*A Bíblia é uma só. Não existe uma Bíblia para crianças, outra para jovens, outra para adultos, outra para velhos.
 
**A Bíblia é um livro de princípios, não SIMPLESMENTE de regras.
 
**Todos nós em todas as idades, podemos viver o princípio da cruz, o princípio do grão de trigo.
 
1º) UMA CRIANÇA: Ensinada desde cedo a renunciar os próprios caprichos, as suas birras para obedecer a Deus. É assim que ela vai começar a produzir frutos ainda muito cedo;
 
2º) UM JOVEM: Aprender a tomar decisões com base na vontade de Deus e aprender a renunciar os seus desejos, para obedecer a Deus;
 
3º) UM ADULTO: Dedicar tempo para Deus. Um adulto precisa compreender que Deus precisa dele no tempo mais importante da sua vida. É o auge do seu potencial. Hoje não conseguimos mais fazer líderes, por que todo o mundo está correndo atrás dos próprios interesses.
 
4º) UM IDOSO: Precisa continuar produzindo frutos, ainda na velhice. Precisa terminar bem. (Salmo 92:12-15)
 
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão-GO

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

FAÇA UMA FAXINA EM SUA MENTE!

 

Texto: Romanos 12:1-2
1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
 
Como é bom estar em um ambiente limpo e organizado! Sempre que posso ajudo na limpeza de casa e a Margarete fica muito feliz quando por isso.  De vez em quando paramos também para organizar aquelas gavetas de armários onde existe de tudo; desde canetas sem tintas, pilhas sem energia e até aqueles papéis que guardamos que já não têm serventia alguma. 
 
Todos nós temos a tendência de ajuntar coisas, hábitos, costumes que ao longo do tempo se transformam em nossas montanhas de lixo pessoais.  Em nossa mente e em nosso coração também temos a tendência de ajuntarmos montanhas e montanhas de lixos emocionais.
 
Por isso, precisamos urgentemente de uma faxina para limpar os cantos mais recônditos do nosso coração, para eliminar o lixo que está apodrecendo nossa mente e cegando nossa visão.
 
Somente após esta faxina interna é que podemos experimentar a paz e o renovo de Deus em nós.
 
Para que esta faxina interna aconteça em nós teremos de assumir uma responsabilidade sobre os nossos pensamentos, a nossa mente.
 
Como? Através da Renovação da nossa mente!
 
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.2 
 
Temos que assumir a nossa responsabilidade de renovar a nossa mente diariamente pela Palavra de Deus. O que é a Palavra de Deus?  A Palavra de Deus são os Seus pensamentos.
 
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. Isaías 55.8,9
 
Martinho Lutero dizia algo interessante sobre as tentações que chegam à nossa mente: “Eu não posso impedir que os pássaros voem sobre minha cabeça, mas posso impedir que eles façam ninhos nela…”
 
Podemos dizer o mesmo também a respeito daqueles pensamentos que surgem em nosso pensamento que geram medo, raiva, ressentimento e culpa.
 
1- Pensamentos que geram sentimento de medo e raiva.
O medo e a raiva são emoções são opostas:
- O Medo paralisa e a raiva incita.
- O Medo nos impede de fazer o que é certo e a raiva nos leva a fazer o que é errado.
 
As emoções são um dom de Deus. Às vezes elas nos levam à extrema felicidade, outras vezes nos atiram nas profundezas do desespero.
 
Por isso é importante entendermos o seguinte princípio: você não pode impedir o sentimento de medo ou de raiva, mas pode decidir o que fazer com o medo e com a raiva quando estes chegarem!
 
A Bíblia nos ensina que sentir raiva, ou ira não é pecado: “Irai-vos, e não pequeis” (Efésios 4:26); mas não podemos ficar apenas com a primeira parte do versículo, precisamos ver como ele termina: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo" (Efésios 4:26).
 
A Bíblia também tem muito a dizer sobre o medo. Na verdade, ela menciona dois tipos de medo.
 
O primeiro tipo é benéfico e deve ser encorajado. O primeiro tipo de medo é o temor de Deus. Esse tipo de medo é um temor respeitoso de Deus; uma reverência pelo Seu poder e glória. Provérbios 1:7 diz: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução”
 
No entanto, o segundo tipo de medo mencionado na Bíblia não é bom e deve ser superado. Esse é o “espírito de medo” mencionado em 2 Timóteo 1:7, onde diz: “Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”.
 
Podemos ver desde o início que esse tipo de medo não vem de Deus; através da Palavra da fé e da oração perseverante podemos ter o domínio sobre a raiva e o medo.
 
2- Pensamentos que geram sentimento de culpa e ressentimento.
 
Todos nós sofremos com a culpa. Desde a queda, o homem sofre com a culpa (Gn 3:8-12). Embora haja a culpa procedente ou real, grande parte das pessoas sofre de sentimento de culpa improcedente, ou seja, quando na realidade ela não fez nada, mas sente que fez e se sente culpada - como no caso de filhos que se culpam pela separação dos pais; pessoas que se sentem culpadas por terem sido abusadas sexualmente quando eram crianças; mulheres que se sentem culpadas por terem sofrido estupro, etc.
 
Existem outras causas não legitimas para a culpa. São elas: (1) Desejo de agradar a todos. A pessoa sente culpa por ter que contrariar alguém ou por dizer "não". (2) Perfeccionismo. Muitas vezes a pessoa estabelece um padrão moral ou espiritual de vida que nem o próprio Deus exige dele.
 
O ressentimento também é gerado por pensamentos de autodefesa contra as ofensas. Ressentimento é sentir de novo todas as emoções ruins provocadas por uma mágoa guardada no coração e enraizada pelo tempo. É sentir-se profundamente ofendido, ferido, afligido, triste, desgostoso, angustiado. A bíblia chama o ressentimento de raiz de amargura. 
 
A verdade é que sentimos culpa quando pecamos e sentimos amargura quando alguém peca contra nós. Na realidade o que as pessoas dizem de nós ou até mesmo para nós pode fazer com que sintamos extremamente ofendidos.
 
(Provérbios 15:1) “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
 
Seja qual for a palavra que vem a nossa mente. De acusação, de raiva, de medo ou de ansiedade não podemos aceita-la passivamente. Precisamos assumir a responsabilidade sobre o que pensamos. Vamos reagir aos maus pensamentos!
 
Saiba que Deus não prometeu arrancar de sua mente os maus pensamentos e colocar outros bons. Isso é de sua responsabilidade.
 
Você decide que tipo de pensamento vai te influenciar, é você quem proíbe ou permite. Se você fizer a opção de pensar de acordo com a Palavra de Deus, verá os resultados da Palavra de Deus em sua vida.
 
Dos 100% do que pensamos durante o nosso dia, grande parte são bobagens, são coisas fúteis, são maldades, discórdias, intrigas, medos, porcarias, impurezas, ou seja, são coisas negativas.
 
“O Salmista no Salmo 94:11 diz que Deus conhece os nossos pensamentos e que são fúteis”
 
Há um ditado popular bem conhecido que diz: “Mente vazia é oficina do diabo”,
 
 
Além de nos esvaziarmos dos pensamentos ruins, devemos substituí-los por pensamentos construtivos.
 
Veja a recomendação de Paulo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Filipenses 4.8.
 
Renovar a mente implica em mudança de padrões, de pensamentos, de estilo de vida contrário aos princípios de Deus e, consequentemente, implica em disciplina e ao mesmo tempo perseverança.
Outra confusão que muitos têm é em relação a ação do diabo na nossa mente.
 
O diabo não é onisciente, nem tão pouco pode decidir o que você deva pensar, Ele não sabe o que você e eu pensamos, todavia ele se utiliza de nossas fraquezas de nossas falhas de nossas brechas quando alimentamos e enchemos a mente de porcaria.
 
Por essa razão o apóstolo Paulo advertiu: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.”  2 Coríntios 11:3.
 
A forma como conduzimos os nossos pensamentos e aquilo que colocamos dentro da nossa mente pode nos trazer bem ou mal, pode nos levar à saúde ou à doença, por isso cuidar dos nossos pensamentos é algo muito importante.
 
“Porque, como imagina em sua alma, assim ele é..”. Provérbios 23:7a
 
A Bíblia diz em Isaías 55.8, que os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos...E é aí que está o nosso desafio. Tornar os nossos pensamentos alinhados com os pensamentos de Deus!
 
CONCLUSÃO: Sendo assim, não nos conformemos com pensamentos indisciplinados. Consagremos nossa mente a Cristo, não permitindo que pensamentos outros ocupem o espaço que pertence de direito ao nosso soberano Senhor.
 
Sua mente foi criada por Deus para o seu bem e não para o mal. Então recuse todo mau pensamento em sua vida. Lute para ocupar seu tempo com coisas que edificam você.
 
“Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim procede, diz o SENHOR.” Isaías 54:17
 
Em tempos de ameaça, não fique desorientado e nem aja motivado pelo desespero. O diabo pode dizer que você está perdido, que você corre perigo, que sua família vai se quebrar ou qualquer outra mentira.
 
Aja tomando posse de Isaías 54:17 e peça a sabedoria de Deus para tomar qualquer atitude.
 
Diga com autoridade que nenhum intento maligno prevalecerá contra você porque, como filho do Deus Todo-poderoso, você tem uma proteção sem igual!
 
O primeiro casal da humanidade deu espaço ao engano. Aquele pensamento lançado pela serpente fez sentido para eles, foi convincente, e eles trocaram a ordem de Deus por uma voz externa do mal.
 
A estratégia do inferno continua sendo a mesma. O inimigo ainda investe em pensamentos distorcidos, pois atitudes são apenas tomadas quando a nossa mente já está convencida de algo. Você precisa aprender a proteger a Verdade no seu coração, pois o inferno vai tentar deturpá-la e contradizê-la sempre.
 
No que você tem pensado? Se você tem dado lugar a ideias como: “Será que Deus está mesmo comigo?”; “Nem tudo que está escrito na Bíblia é para todos”; ou “Isso que a Bíblia diz não é bem assim”, a sua mente já está contaminada!
 
Fique atento! Todo e qualquer pensamento deve ser confrontado com a Palavra de Deus! Você será um vencedor em todas as áreas se escolher se alimentar permanentemente apenas da Verdade pura e genuína!
 
Oração:  "Pai celestial, eu te agradeço por teres me dado a mente de Cristo. Eu reafirmo a minha liberdade e declaro que não serei preso (a) por pensamentos enganosos. Eu lanço fora de minha mente todo raciocínio, todo pensamento, toda imagem que se levanta contra a verdade de Deus. Eu levo cativo todo pensamento à obediência de Cristo. Eu faço a escolha de encher minha mente com a verdade e ordeno aos meus pensamentos que se alinhem à palavra de Deus. Eu rejeito toda fortaleza de mentira em minha alma, principalmente os pensamentos que tentam impedir que eu experimente o amor de Deus de uma forma plena”
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

terça-feira, 21 de setembro de 2021

AVIVAMENTO NA ILHA DE MALTA

 

Texto: Atos 28:1-10


1 Uma vez em terra, verificamos que a ilha se chamava Malta.

2 Os bárbaros trataram-nos com singular humanidade, porque, acendendo uma fogueira, acolheram-nos a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio.

3 Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão.

4 Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver.

5 Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum;

6 mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus.

7 Perto daquele lugar, havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.

8 Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o curou.

9 À vista deste acontecimento, os demais enfermos da ilha vieram e foram curados,

10 os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e, tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário.

 

Introdução: Graça e Paz irmãs e irmãos! No sábado, dia 18 de setembro, a Igreja Metodista a nível nacional realizou o Encontro Nacional de Avivamento Missionário online, onde fomos desafiados através das ministrações de nossa liderança pastoral e episcopal a buscarmos um avivamento espiritual que nos leve a um compromisso missionário; um avivamento que nos capacite a sermos uma igreja relevante neste tempo de dificuldades que estamos enfrentando.

Uma das ministrações que me chamou a atenção, foi a do Pr. Edinei Reolon, que ministrou a Palavra neste texto de Atos 28:1-10 que eu estarei ministrando também. No contexto de Atos 28 temos como personagem principal o apóstolo Paulo que estava sendo levado junto com outros prisioneiros a Roma por meio de uma viagem pelo mar.

Conforme o relato de Atos 27 esta viagem não foi nada agradável, pois, eles tiveram ventos contrários, foram assolados por uma forte tempestade por 14 dias e ficaram totalmente à deriva.

 “E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento.” Atos 27:20

Conforme o versículo 33, todos os que estavam naquela embarcação ficaram sem comer por 14 dias. Com o apelo de Paulo todos as 276 pessoas que estavam no navio se alimentam e prosseguiram na viagem ainda com muitas dificuldades.

No dia seguinte, não teve jeito, o navio ficou preso em algumas rochas, mas o mar estava muito violento e começou a quebrar-se totalmente. Não tinha jeito, todos teriam que se jogar no mar. Jogando-se no mar, alguns começavam a nadar, outros se seguravam nas tábuas até que chegaram a uma ilha chamada Malta. Nenhum deles perderam a vida naquele naufrágio como havia predito o apóstolo Paulo no verso 34.

 

O navio se quebrou por inteiro, mas a vida foi preservada. Em alguns momentos Deus vai permitir que algumas coisas se percam em sua vida, para que você não se perca.
 
Amados este contexto tem muito a nos ensinar, pois quando olhamos para os grandes avivamentos que ocorreram na história percebemos que os mesmos se deram em tempos de crise, de dificuldade, enfim, num cenário caótico e de fragilidade como este cenário de tempestade.
 
O Rev. Hernandes Dias Lopes diz que “A crise é o prelúdio do avivamento” Creio irmãos que hoje é o tempo de buscarmos este avivamento. Hoje o que mais precisamos é do sopro do Espírito Santo sobre nós. Deus quer nos conduzir a este avivamento assim como ele o conduziu na ilha de malta. Nos versículos 1 e 2 do cap. 28 diz:
 
1 Uma vez em terra, verificamos que a ilha se chamava Malta.
2 Os bárbaros trataram-nos com singular humanidade, porque, acendendo uma fogueira, acolheram-nos a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio.
 
Depois de uma jornada angustiante, os passageiros e a tripulação conseguiram descobrir onde estavam. Deus os havia conduzido à ilha de Malta (que significa “refúgio”).

Os tripulantes e passageiros descobriram também que não apenas a ilha era um paraíso de refúgio contra a tempestade, mas os habitantes também se mostraram amigáveis embora fossem conhecidos como bárbaros. (uma classificação preconceituosa)

Nos tempos antigos, os sobreviventes de um naufrágio que conseguiam chegar à terra esperavam enfrentar a morte ou a escravidão. Na providência de Deus, eles foram ajudados pelos habitantes da ilha a quem Lucas chama de “bárbaros”.

Estes bárbaros os acolhem e acendem uma grande fogueira para aquece-los por conta do frio presente na ilha.

Através então deste acontecimento na ilha de malta podemos aprender sobre algumas atitudes que geram o avivamento espiritual.

 

1-   APROXIME-SE DA FOGUEIRA. (vs. 2)

Todos que quisessem se manter aquecidos deveriam estar próximos e juntos a fogueira.

Sei que atualmente, você não precisa ir à igreja para assistir a um culto de adoração. Você pode apenas ficar em casa e vê-lo online. Você pode ficar no seu pijama e preparar a janta enquanto assiste o culto.

No entanto, isso me preocupa e tem preocupado também pastores que são sérios!

Sabe porquê? Porque ser um cristão online não é o propósito de Deus para o seu povo. A ordem de congregarmos é insubstituível.

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” Hebreus 10:25

Você não pode pegar uma circunstância temporária e transformá-la em uma atitude definitiva e constante. [Paul Tournier]. “Existem duas coisas que não podemos fazer sozinhos: uma é casar e a outra é ser cristão”

A Igreja é como esta grande fogueira e cada um de nós somos como brasas vivas desta fogueira.

Se você remover uma única brasa para longe, ela vai esfriar em questão de minutos. O fogo se apaga, e o carvão fica escuro. Mas, se você pegar um carvão que perdeu seu fogo e colocá-lo de volta na fogueira, ele acende novamente. Esse é o poder da comunhão.

Não há avivamento sem comunhão!!!

Jesus nos diz em Mateus 18: 20: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”.

Quando o carvão está na fogueira ele é uma brasa que aquece e ilumina o ambiente.

Estamos nós apagados como um carvão ou acesos como uma brasa?

Longe da igreja sou “uma brasa fora do braseiro”. Sem a proximidade das outras brasas, meu fogo se apaga, me torno inoperante, infrutífero, frio; sem comunhão, sem amor, sem calor, sem proteção.

Ser fogo abrasador é ser um com Jesus e com o Seu povo. Eu não entendo um avivamento espiritual como uma busca solitária. 

2-   PONHA GRAVETOS NA FOGUEIRA.

O clima frio fez com que Paulo se preocupasse em ajuntar gravetos para alimentar o fogo, para que este não se apagasse. (vs. 3)

Observemos que a fogueira já estava acesa e Paulo conduzia gravetos secos para adicioná-los ao fogo, para este aumentar.

Quando você e eu chegamos na igreja o fogo já estava acesso. Outros irmãos antes de nós alimentaram este fogo. Agora é a nossa vez!

Traçando aqui um paralelo da vida espiritual.

 - Entendemos que a frieza espiritual não deve permanecer em nossa vida.

- A frieza espiritual não deve permanecer na Igreja.

- Todos nós precisamos manter o fogo do Espírito acesso.

 Paulo podia simplesmente permanecer quieto na sua posição com os outros diante da fogueira, mas não, ele foi apanhar os gravetos para alimentar o fogo.

Todos nós precisamos alimentar fogo do avivamento com os gravetos da oração, da consagração, da santidade, do jejum e da leitura e prática da Palavra de Deus.

Precisamos alimentar o fogo participando das reuniões de oração e da Escola Dominical. Precisamos alimentar o fogo do Espírito através de um verdadeiro arrependimento em nossas vidas!

Deus está à procura de homens e mulheres que estejam dispostos a juntar gravetos para alimentar o fogo do Espírito e extinguir a frieza espiritual do meio do povo de Deus e da sua Igreja.

Como você tem se comportado nesse tempo de pandemia?

Em Lv 6:13, diz que o fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.

Por isso, faça a sua parte, junte os seus gravetos e o fogo de Deus permanecerá acesso na sua vida.

3-   SACUDA A SERPENTE NO FOGO.

“Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão”.

Tinha 276 Homens e a víbora foi logo morder logo a PAULO? Porque será?

Será que Paulo estava em pecado? Não! Pelo contrário! O inimigo sempre tentará intimidar aqueles que buscam o avivamento e que se comprometem nesta busca.

A serpente entre os gravetos secos é um símbolo da ação de Satanás, numa tentativa de se esconder e atacar de surpresa os servos de Deus.

A serpente injetou o seu veneno mortal em Paulo. Os bárbaros olhando para isso disseram: “Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver”. (vs.4)

5 Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum;

6 mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus.

Creio que a maioria de nós aqui nunca foi picado por uma serpente venenosa, mas com certeza a maioria de nós já fomos envenenados por línguas maldosas e mentirosas que o diabo usa para te desanimar e derrotar.

Tiago 3:7,8: “Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.”

Quando você enfrentar a serpente faça como Paulo, sacuda a serpente no fogo!!!

A serpente não resiste ao calor do fogo do Espírito Santo. Então fique perto do fogo!

As víboras não podem ficar grudadas em nossas mãos, nos impedindo de orar, nos impedindo de erguer as mãos e de fazer a obra de Deus.

A unção que estava sobre a vida de Paulo era mais forte que o veneno da serpente, e assim também, acontece com TODOS aqueles que estão cheios do poder do Espírito Santo.

CONCLUSÃO:

7 Perto daquele lugar, havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.

8 Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o curou.

9 À vista deste acontecimento, os demais enfermos da ilha vieram e foram curados

Como resultado destas atitudes de Paulo ocorreu um grande avivamento naquela Ilha. Todos os habitantes daquela igreja ouviram o evangelho e receberam a cura.O avivamento que Deus quer realizar entre nós vai atrair muita gente pra Jesus. Muitos serão salvos e restaurados! Não fique de fora deste mover de Deus! Seja você uma pessoa avivada!

 

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
Mensagem adaptada do Pr. Edinei Reolon IMCG