segunda-feira, 19 de julho de 2021

LAODICÉIA ONTEM E HOJE.

 TEXTO: Apocalipse 3:14-22


14 Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!
16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;
17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
18 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
19 Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
 
 
Introdução: Graça e Paz! O Texto que acabamos de ler, faz parte de uma mensagem específica do próprio Senhor Jesus endereçada às 7 Igrejas da Ásia . Esta Carta foi endereçada ao anjo da igreja em Laodicéia. O anjo (significa mensageiro), no caso aqui o pastor. Esta igreja recebe a sétima e última carta.
 
A cidade de Laodicéia
 
Laodiceia era uma cidade importante e muito rica. Fundada em 250 a.C., por Antíoco da Síria, ela era importante pela sua localização e riqueza.
 
Rev. Hernandes Dias Lopes relata que a cidade de Laodicéia se destacava por quatro características:
 
1) Centro bancário e financeiro – Era uma das cidades mais ricas do mundo. Lugar de muitos milionários. Em 61 d.C., foi devastada por um terremoto e reconstruída sem ajuda do imperador. Os habitantes eram muito orgulhosos de sua riqueza. A cidade (e a igreja) era tão rica que não sentia necessidade de Deus.
 
2) Centro de indústria de tecidos – Em Laodicéia produzia-se uma lã especial famosa no mundo inteiro. A cidade era orgulhosa da roupa que produzia. A aparência era melhor que a essência.
 
3) Centro médico de referência – Além de uma escola de medicina famosíssima, fabricava-se ali dois unguentos quase milagrosos para os ouvidos e os olhos. O pó utilizado para fabricar o colírio era o remédio mais importante produzido na cidade. Esse colírio era exportado para todos os centros populosos do mundo.
 
4) E conhecida por suas águas térmicas. A cidade de Laodicéia não possuía suprimento de água próprio, mas tinha que ser servida por aqueduto, que vinha de Hierápolis e Colossos. A água vinha de Colossos era muito gelada e a de Hierápolis era muito quente, mas como percorriam uma distância muito grande nem chegava fria e nem quente, mas chegava morna.
 
As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Mas as águas que Laodicéia oferecia eram mornas.
 
Um diagnóstico da Igreja de Laodicéia:
 
No início do versículo 15 Jesus faz um real diagnóstico da Igreja em Laodicéia destacando a sua identificação com a cidade.
 
A igreja tinha assumido a cara da cidade. Em vez de influenciarem a cidade. eram influenciados por ela. (crentes chuchu, eram os laodicenses).
 
Outra coisa importante a se dizer é que esta Igreja é a única das 7 igrejas a não receber de Jesus nenhum elogio. Esta igreja simplesmente ficava em cima do muro. Contentava-se em ser daquele jeito.
 
São três as características que Jesus ressalta nesta Igreja:
 
1- Mornidão espiritual
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!
16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;
 
Da mesma forma que a cidade só podia oferecer água morna os crentes desta igreja também em termos espirituais eram mornos.
 
As águas quentes de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. E as águas de Colossos eram frias, ótimas para beber.
 
Dessa forma, a igreja de Laodicéia não estava oferecendo nem refrigério para os cansados espirituais, nem a cura para os enfermos espirituais. Simplesmente eles estava ali sem utilidade, sem conhecer o seu propósito.
 
O problema da igreja de Laodicéia não era teológico nem moral. O problema desta igreja era a sua apatia espiritual; sua falta de zelo e fervor. A vida espiritual da igreja era acomodada.
 
Quando comecei a refletir mais neste texto, o Senhor me chamou atenção ao fato de que nós cristãos da atualidade somos muito parecidos com a igreja de Laodicéia.
 
Não queremos ser frios de jeito nenhum, mas não achamos problema nenhum em ficarmos na mornidão, no meio termo.
 
Por ser morna a igreja de Laodicéia estava a ponto de ser vomitada pelo Senhor. O termo vomitar no grego é emeo, cuspir ou vomitar.
 
Desse termo é que se deriva o vocábulo moderno emético, um agente que causa vômito.
 
A enérgica expressão de Cristo é de aversão. Ele repudiará totalmente aqueles cuja ligação com Ele é puramente nominal e superficial.
 
2- A autossuficiência espiritual
17a “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma,..
 
A autossuficiência espiritual é extremamente perigosa. Pessoas autossuficientes acham que têm tudo sob controle. Elas não têm consciência de nenhum problema. Acham que tudo está bem, quando não é bem assim. Esse é o problema de Laodicéia.
 
Por ser rica e de nada ter falta, achava-se acima das providências divinas.
 
O materialismo entorpeceu seus sentidos espirituais levando-os a um orgulho doentio.
 
“Um homem orgulhoso é um adorador de si mesmo”.
 
Jamais devemos nos esquecer de que o Senhor não vê como os homens veem, seus critérios e padrões são outros e são mais elevados que os nossos (Isaías 55:8-9).
 
A Bíblia nos adverte sobre o amor ao dinheiro de maneira enfática dizendo que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Timóteo 6:9-10).
 
Os crentes em Laodicéia não eram fervorosos para com Cristo, mas aprenderam amar ao dinheiro e depositaram sua confiança nas riquezas que possuíam.
 
A Igreja de Laodicéia se orgulhava de ter conseguido sua riqueza com esforço próprio. A acomodação espiritual estava acompanhada de orgulho espiritual.
 
3. Autoengano .
17b “...e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”.
 
O autoengano é um perigo. E o apóstolo João em 1 João 1.8 confrontou o autoengano ao dizer: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”
 
E o problema principal do autoengano é que você desenvolve um processo de mentir para si mesmo.
 
Fyodor Dostoyevsky asseverou: ” Não minta para si mesmo. O homem que mente para si mesmo e escuta sua própria mentira chega a um ponto em que ele não consegue mais distinguir a verdade dentro dele, ou em torno dele, e assim perde todo o respeito por si mesmo e para com os outros.”
 
O autoengano é uma grande tragédia. Laodicéia considerava-se rica, mas era infeliz, miserável, pobre, cega e nu.
 
a) São infelizes, porque a verdadeira felicidade não se encontra nas riquezas materiais, mas na vida abundante em Jesus. Felicidade não é resultado de abundância de bens, felicidade é fruto da abundância de vida que está em Jesus. O conceito bíblico de felicidade é completude em Deus.
 
b) São miseráveis e pobres, porque não repartiam suas riquezas com os irmãos das igrejas pobres.
 
Por isso Jesus chamou os crentes pobres de Esmirna de “ricos” (Ap 2.9), e os crentes ricos de Laodicéia de “pobres” (Ap 3.17).
 
c) São cegos, porque embora se negociasse em Laodicéia colírios para os olhos, não conseguiam enxergar as coisas espirituais.
 
d) São nus, porque embora se produzisse em Laodicéia muita lã para fabricação de roupas, não tinham vestes adequadas para se apresentarem diante de Deus
 
É muito interessante como Jesus conhece e mostra a realidade de cada Igreja na Ásia. Ele desmascara este autoengano:
 
Por ser a cidade de Laodicéia uma cidade muito rica e orgulhosa, os cristãos foram contaminados por este mesmo vírus.
 
Diante do diagnóstico que Jesus faz da Igreja em Laodicéia, parece que nós estamos diante de um paciente em estado terminal.
 
Será que há cura para esta Igreja? – Sim, há cura! E os remédios para curar esta igreja morna, autossuficiente e enganosa, foram prescritos pelo próprio Jesus! Eles se encontram nos versículos 18 a 20
 
18 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
19 Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
 
 
I- OURO REFINADO PELO FOGO PARA TE ENRIQUECERES.
18a “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres..”
 
O ouro representa as riquezas que Cristo oferece; os valores do Reino de Deus. E eles são mais valiosos do que o ouro de excelente qualidade que Laodicéia possuía.  
 
Na visão tradicional da economia da época, ouro refinado era riqueza garantida. Ouro refinado no fogo era o que não tinha nenhuma impureza.
 
Por meio do fogo, o Senhor vai retirando de nós aquilo que não condiz com a Sua vontade. São males que não fazem parte da nossa alma, ainda que estejam nela arraigados. A remoção dos corpos estranhos parece perda, mas é livramento.
 
O sofrimento que nos sobrevém é comparado ao fogo.
 
“Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;” 1 Pedro 1:6,7
 
II- VESTIDURAS BRANCAS PARA TE VESTIRES
18b “...vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez..”
 
Embora Laodicéia fosse um centro industrial que produzia tecidos e vestes da melhor qualidade, ainda assim a Igreja se apresentava em completa nudez diante do Senhor.
 
Só podemos receber a vestidura branca do próprio Senhor e isto é pura graça.
 
Apocalipse 22:14 – “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”.
 
Esta é uma questão crucial e urgente! Ser lavado pelo sangue do Cordeiro é de total importância para que tenhamos vestiduras brancas.
 
Após a experiência do novo nascimento, temos a responsabilidade de continuar usando as vestes brancas.
 
O Senhor Jesus espera que todo nascido de novo continue vivendo uma vida de santidade e permaneça com vestes brancas, sem se contaminarem neste mundo.
 
A igreja regenerada precisa continuar crucificada, liberta do pecado, sem a prática do pecado, até que o Senhor venha.
“(Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.)” Apocalipse 16:15
 
 
III-COLÍRIO PARA UNGIRES OS OLHOS
18c “...e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”.
 
A cegueira espiritual era o grande problema da igreja em Laodiceia: não conseguia ver a própria miséria nem podia perceber a sua nudez.
 
A visão é um dos bens mais preciosos que podemos ter, e os crentes laodicenses haviam perdido sua capacidade de enxergar.
 
O colírio que cristo tem é a própria Palavra de Deus que abre os olhos para o discernimento; para as coisas espirituais.  
 
Precisamos enxergar o mundo e as pessoas como os olhos de Deus.
 
 
IV- ARREPENDIMENTO SINCERO
19 “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”.
 
Precisamos de um arrependimento sincero.
 
Esse arrependimento sincero só é possível quando aceitamos a repreensão e a disciplina do Senhor e nossa vida!
 
A correção do Senhor não deve ser motivo para tristeza, pois ela revela nossa condição de filhos amados, pois “se estais em disciplina sois bastardos e não filhos” (Hebreus 12:8).
 
A severidade de Deus soa como um alerta e tem por objetivo o despertamento espiritual que nos conduz ao arrependimento, o qual, por sua vez, produz uma mudança de vida.  
 
Portanto, exorta o Senhor: “Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (3:19). Zelo e arrependimento são ações concretas e inseparáveis. Também devem ser atitudes constantes o abandono ao cristianismo superficial e de aparência.
 
V- COMUNHÃO REAL COM JESUS
20 “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.”
 
O ápice do arrependimento consiste em abrir a porta do coração e permitir que Jesus entre e tome lugar conosco à mesa.
 
Essa é a maior expressão de comunhão. O que Cristo deseja é exatamente isso: estabelecer a verdadeira comunhão com a Igreja.

Perceba que Jesus está do lado de fora da igreja. Este não é um chamado para a salvação, mas para a comunhão e intimidade.
 
Por isso ele bate, e seu bater pode ser silencioso, por meio da pregação de sua Palavra, na qual revela seu amor e misericórdia; mas pode também ser em um brado retumbante, quando as circunstâncias da vida nos sobrevêm.
 
Mas seja como for, a sua voz jamais deve ser ignorada, pois só sua presença pode colocar ordem no caos espiritual de uma Igreja (ou pessoa) cuja vida perdeu o sentido e cujo cristianismo nada produz a não ser náusea.
 
CONCLUSÃO:
 
21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
 
Um trono é símbolo de conquista e autoridade. Não pode haver honra maior que esta: a de reinar com Cristo .
 
Temos a promessa que excede em glória todas as outras promessas ao vencedor. Reinaremos com ele para todo o sempre. Assentaremos em tronos com ele.
 
“Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.” Apocalipse 22:5
 
 
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

segunda-feira, 12 de julho de 2021

NÃO PERCA TEMPO- VOLTE AO PRIMEIRO AMOR


TEXTO: Apocalipse 2:1-7
 
1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
3 e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
7Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.
 
Introdução: O Texto que acabamos de ler, faz parte de uma mensagem específica do próprio Senhor Jesus endereçada às 7 Igrejas da Ásia . Esta Carta foi endereçada ao  anjo da igreja de Éfeso (se refere ao Pastor) com o propósito de levar a igreja a enxergar sua verdadeira realidade espiritual.
 
Quantos de nós achamos que estamos muito bem espiritualmente, mas a nossa condição espiritual diante do Senhor é bem diferente. Ele nos conhece bem. Aquele que anda no meio dos candeeiros nos conhece bem. Ele sabe as nossas virtudes, mas conhece também as nossas mazelas, pecados e omissões.
 
Contexto histórico: Éfeso era a cidade mais importante da Ásia sendo uma província romana muito próspera, pois alí havia o principal porto de toda Ásia Menor. (atualmente, parte da Turquia).
 
Éfeso era um centro cultural e religioso: nesta cidade estava localizado o templo da deusa Diana, ou a “Diana dos efésios”, cultuada pelos gregos como “Ártemis” e Diana pelos romanos. Inclusive o templo dedicado a esta divindade era tido como uma das maravilhas do mundo antigo. O templo de Diana era 3 vezes maior que o panteão de Atenas.
 
Segundo alguns comentaristas, “Éfeso era o centro de todas as práticas supersticiosas e era conhecida no mundo todo por suas artes mágicas”. 
 
É digno de nota que a estátua de Diana foi esculpida de um meteorito que caiu do céu. Eles achavam que estas pedras tinham poderes mágicos, algumas pessoas colecionavam estes artefatos dizendo que eles tinham poderes sobrenaturais.
 
 
 
Nela estava também a igreja mais importante da província, pois se tornou uma base missionária estratégica, a partir de onde todos os habitantes da Ásia foram alcançados pela mensagem do Evangelho, e testemunharam dos milagres extraordinários que Deus operava pelas mãos de Paulo (At 19.11-12).  
 
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.” Atos 19:11,12
 
Em sua terceira viagem missionária Paulo retornou a Éfeso, onde se estabeleceu por um período de três anos formando ali uma liderança sólida de presbíteros, pastores e bispos (At 20:31).
 
(Veja: Atos 20:28-31)
 
28 Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.
29 Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.
30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.
31 Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.
 
Ao lermos um pouco da história da Igreja em Éfeso podemos perceber que ela nasceu através do avivamento espiritual e zelo missionário do apóstolo Paulo e outros de sua equipe.
 
Agora Éfeso recebe uma segunda carta, pois a primeira a igreja recebeu do apóstolo Paulo. Mas esta segunda carta eles a receberam do próprio Jesus.
 
Ao lermos esta pequena mensagem de Jesus a Igreja em Éfeso podemos dividi-la em quatro partes: (1) Elogios (2) A Censura (3) O caminho do Retorno (4) A Recompensa
 
1ª Parte:
JESUS ELOGIA A IGREJA PELAS VIRTUDES ESPIRITUAIS
QUE POSSUÍAM. (VS. 2, 3 E 6)
 
2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
3 e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
 
Este texto nos mostra pelo menos três virtudes:
 
a) Eles tinham boas obras – A igreja de Éfeso era ativa, ocupada no serviço de Deus e favor das pessoas.
 
b) Eles tinham perseverança–A Igreja em Éfeso tinha sido pressionada pela perseguição de homens maus e também pelos apóstatas que tentavam confundi-los, mas eles não se deixaram esmorecer!
 
c) Eles tinham firmeza doutrinária- No vs. 6 diz: “Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”.
 
Irineu, um dos Pais da Igreja, dizia que os nicolaítas eram seguidores de Nicolau de Antioquia, um dos sete diáconos eleitos em Atos 6.5, e que logo depois se apostatou da fé. Mesmo depois de ter se apostatado, ele ainda exercia grande influência por onde passava. Aliás, Nicolau significa “aquele que conquista o povo” (Nike, raiz do nome Nicolau, vem do grego “conquistar”).
 
Diz-se que Nicolau afirmava que sua missão era dar uma versão moderna ao cristianismo. Com lábia e carisma, ele dizia que o crente poderia viver como o pagão vivia, não precisava haver diferença de vida. Bastava crer e pronto.
 
2ª Parte:
JESUS OS CENSURA POR HAVEREM ABANDONADO O PRINCIPAL: O PRIMEIRO AMOR. (VS. 4)
 
Apesar destas virtudes eles haviam abandonando o seu primeiro amor.
 
4 “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor”.
 
A igreja em Éfeso, assim como muitas outras ao longo da história, não resistiu ao fator tempo. Com cerca de sessenta anos de fundação, se encontrava num estado de crise espiritual. Na verdade eles perderam a motivação do amor.
 
Voltando um pouquinho, Jesus é aquele que conhecia as obras deles, eles eram zelosos, perseverantes, mas Jesus sabia exatamente aquilo que os motivava a serem tudo isso, não era mais o amor e sim apenas a religiosidade.
 
Paulo diz em sua carta aos Coríntios, que podemos fazer várias coisas, até mesmo coisas extraordinárias (vide 1Coríntos 13), até mesmo entregar o corpo a ser queimado como um mártir, mas se não tiver amor isso de nada vale.
 
O cristianismo sem amor é uma mera religião qualquer, com seu ritos, dogmas, templos, e apelos. O que nos faz diferentes diante da religiosidade aí fora, é o amor, ele deve ser nossa motivação, para sermos zelosos, perseverantes e doutrinariamente corretos.
 
Voltar ao primeiro amor não significa tão somente voltar ao entusiasmo inicial de nossa caminhada com Jesus. Não é uma empolgação!
 
A palavra grega para “primeiro” é “protos”, se referindo à importância qualitativa e não cronológica.
 
Assim, o “primeiro” significa o “melhor” amor. É dar a Jesus em sua vida um “lugar de honra”, é deixar “que Ele assuma o lugar principal”.
 
Que Jesus ocupe o primeiro lugar em nossas vidas, que Ele ocupe a posição de principal, a posição de prioridade em nós!
 
Quando a nossa paixão e a devoção a Jesus diminuem, o primeiro amor por Ele já foi abandonado.
 
O Senhor encontrou muitas coisas boas entre os cristãos da igreja em Éfeso (cf. Ap 2.2-3), mas Ele em si não era mais o Melhor e Primeiro entre eles.
 
3ª Parte:
JESUS APONTA O CAMINHO DE VOLTA AO PRIMEIRO AMOR. (VS. 5)
 
O caminho de volta é proposto pelo próprio Jesus: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.5)
 
Cristo falou de três passos práticos que devemos dar a fim de voltarmos ao primeiro amor: 1) “Lembra-te” de onde caíste; 2) “Arrepende-te”; 3) “Volta à prática das primeiras obras”.
 
A- O PRIMEIRO CONSELHO É UM ATO DE RECORDAÇÃO, “Lembra-te de onde caíste”. Precisamos lembrar-nos de onde nós caímos!
 
Existem algumas situações que podem nos levar a cair. E quando nós identificamos estas situações ou tomamos consciência delas, estamos dando o primeiro passo para voltarmos ao primeiro amor:
 
1- Distrações: O verbo distrair significa “desviar atenção de um ponto”. Lucas 21:34-36
 
34 Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.
35 Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra.
36 Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.
 
Nesses últimos dias, as pessoas têm andado muito distraídas com a ilusão das riquezas, com a bebedice, a imoralidade e outros pecados e até mesmo com as preocupações da vida.
 
Tais pessoas, se não acordarem das suas distrações a tempo, serão pegas de surpresa naquele grande dia do arrebatamento.
 
2- Orgulho: Orgulho é uma declaração aberta de independência e de autonomia em relação à Deus.
 
“Orgulho é um afastamento de Deus, especificamente para obter satisfação em si mesmo” John Piper
 
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.” Provérbios 16:18
 
O orgulho já impediu que muitas pessoas se entregassem a Jesus como seu Salvador e Senhor pessoal como também muitos crentes de retornar aos caminhos do Senhor!
 
3- Amarguras: A amargura conforme o texto aos Hebreus 12:15, tem uma singularidade. Ela é como uma raiz que não fica exposta aos olhos humanos, pois ela é interna.
 
 “atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” Hebreus 12.15
 
A amargura é aquele sentimento escondido de raiva, de indignação, tristeza e desejo de vingança. Ela pode ser direcionada tanto a pessoas quanto para com Deus.
 
Quando nos deparamos com pessoas críticas, maliciosas, pessimistas e duras, estamos apenas enxergando a árvore, a raiz disso tudo pode ter a origem na amargura.
    
B- O SEGUNDO CONSELHO É PARA ARREPENDER-SE.
“Arrepende-te”
 
Não basta reconhecer o que nos levou a cair, é preciso sentir dor por ter perdido o primeiro amor; lamentar, chorar e clamar o perdão de Deus e reconhecer que isto é mais do que desânimo, ou qualquer outra crise emocional. É um pecado de desamor, de desinteresse para com Deus.
 
Arrependimento é entender que eu estou errado e Deus está certo e agir diante desta realidade. O que marca o arrependimento genuíno não é o choro, e sim a mudança de postura e de conduta.
 
C- MAS O TERCEIRO CONSELHO É PARA VOLTAR.
“volta à prática das primeiras obras”
 
Seria o mesmo que dizer: confirma o teu arrependimento.
 
Portanto, não basta apenas lembrar o que nos fez cair, temos que voltar a fazer aquilo que abandonamos.
 
Estas primeiras obras não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas à ele.
 
- As primeiras obras é uma forma de expressar o nosso amor a Deus,
 
- As primeiras obras é uma forma de alimentar o nosso amor por Deus,
 
- As primeiras obras têm haver com a forma como o buscávamos e também a maneira como o servíamos.
 
Note que Jesus não protestou dizendo que os efésios não o amavam mais, e sim que já não amavam como o faziam antes.
 
Precisamos mais do que reconhecer nossa perda, precisamos voltar a agir como no início da caminhada com Cristo.
 
É tempo de resgatar nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada menos que amor total.
 
Precisamos refazer o caminho feito pelo Filho pródigo. Arrependimento, confissão, Perdão, Restituição. Volte ao primeiro amor.
 
4ª Parte:
JESUS PROMETE RECOMPENSAR AOS VENCEDORES (VS. 7)
 
7Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.
 
O Senhor tem promessa para aqueles que voltam ao primeiro amor! Estes são chamados de vencedores!
 
Não adianta nada sermos vencedores aos olhos humanos em nossa carreira profissional, se não vencermos em nossa caminha com Jesus!
 
Vencer deve ser o alvo de todo o sincero cristão. O povo de Deus é encorajado a vencer todos os males do pecado, para que, ao final, na vinda gloriosa do Senhor, receber a vida eterna e a recompensa!
 
CONCLUSÃO: Voltar ao primeiro amor não é tão simples assim! Creio que esta volta não é instantânea e nem tão pouco fácil. Ela faz parte de um processo gradativo. 
 
Por várias vezes na bíblia encontramos um anseio de Deus pela nossa volta! Pelo nosso arrependimento!
 
Oséias 14:1,2
 
1 Volta, ó Israel, para o SENHOR, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído.
2 Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Perdoa toda iniquidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios
 
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

segunda-feira, 5 de julho de 2021

SE A SUA PRESENÇA NÃO FOR COMIGO...


Texto:
“Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar”. Êxodo 33:15

Introdução: O livro de Êxodo não destaca somente um tempo quando Deus livra os Israelitas cativos da escravidão no Egito; mas em todo o livro vemos de forma distinta a presença de Deus.

No texto base desta palavra, Moisés estava em um período de crise. Ele subira ao monte a fim de estar com o Senhor, e recebera as tábuas da lei.

Ao voltar para o povo, este havia levantado um bezerro de ouro para adorar. Com a saída de Moisés, eles não conseguiam mais buscar o Deus Invisível , queriam algo que pudessem tocar, ver.

Ele vê aquele bezerro e o destrói. Naquele momento, o Senhor diz a Moisés que faria que eles subissem em paz para a terra que prometera àquele povo, porém O Senhor não estaria mais no meio deles.

Então Moisés faz essa oração: “Se a Tua presença não vai comigo, não me faça subir deste lugar”.

Sabe o que isto significava? Moisés estava dizendo: “Se o Senhor não estiver comigo, não quero terra que mana leite e mel, não quero a prosperidade deste lugar. Se o Senhor não estiver no nosso meio, de nada vale nada disto”.

 E o Senhor atendeu a oração de Moisés. Esteve com ele, e mostrou toda a sua bondade a Moisés.

Qual tem sido a nossa postura? Queremos a terra que mana leite e mel ou queremos o Senhor? Deseja as bênçãos que Deus pode nos dar ou desejamos o Senhor das bênçãos?

A presença de Deus é essencial em nossa vida. Ela é uma realidade que devemos cantar e crer de todo o nosso coração. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento há pelo menos três sentidos básicos e essenciais utilizados para indicar a presença de Deus na Bíblia.

 Em primeiro lugar, temos a presença geral e inescapável de Deus, (conhecida como a Sua Onipresença) como aquela que é descrita no Salmo 139.7-12

 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá. Se eu digo: As trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma cousa”.

 Um segundo sentido é o que podemos chamar de presença celestial de Deus. Em Eclesiastes 5.2 lemos:

“Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras”.

 "Céus" aqui é o lugar da habitação de Deus, às vezes denominado "alturas", "alturas dos céus" ou "céus dos céus". Este é o lugar onde habita a glória de Deus. A glória que há neste lugar, às vezes se manifesta em nosso meio!

 Um exemplo disso é quando há pessoas sendo curadas ou salvas por Jesus! Ou quando nós os crentes somos cheios do Espírito Santo.

 O terceiro sentido da presença de Deus refere-se àquela presença especial do Senhor com o seu povo para abençoá-lo à medida que temos comunhão com Deus e vivemos no centro da vontade de Deus!

Existe uma diferença marcante entre a presença de Deus propriamente dita e o estar na presença de Deus. Que Deus está no meio do seu povo para abençoá-lo é indiscutível. Entretanto, estar na presença de Deus é outra coisa.

 Eu posso afirmar com sinceridade e inteireza de coração que "Deus está aqui", mas isso não significa que necessariamente eu esteja na presença de Deus.

Isaías 29:13 “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu.”

Viver na presença de Deus dia-a-dia e fazer a Sua Vontade deve ser o ideal de todo cristão.

 O próprio Deus havia ordenado a Abraão: "Anda na minha presença e sê perfeito". (Gn.17:1). Aqui Deus revela a Abrão qual é o caminho da perfeição passa pelo andar na Sua Presença.

E, todo o que crê em Jesus e está buscando conhecê-lo mais, também recebe esta verdade, ou seja, a perfeição está em andar na presença de Deus!

 E ao estudarmos o livro do Êxodo como um todo, podemos destacar três benefícios da presença de DEUS na vida do seu povo.

 1- O PRIMEIRO BENEFÍCIO DA PRESENÇA DE DEUS É A LIBERDADE

Quando DEUS manifestou sua presença para seu povo no começo do livro seu objetivo era liberta-los da escravidão e da opressão do Faraó.

- A manifestação da presença de Deus para libertar o povo hebreu se deu em resposta ao seu clamor.

 Êxodo 3:7-9 diz:

7 Disse ainda o Senhor: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento;

8 por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu.

9 Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo.

 - O que significava o Egito para os filhos de Israel?

 O Egito é usado na Bíblia como símbolo de escravidão, jugo e cativeiro deste mundo pecaminoso.

Existe tanta opressão e escravidão neste mundo, mais do que imaginamos.

Quantos são escravos do pecado, de seus instintos, de suas paixões e vícios. Pela sua própria força não conseguem se livrar dessas amarras.

Só mesmo a presença poderosa de Deus é que pode libertar as pessoas da escravidão do pecado, do diabo e do mundo.

O processo de retirada do povo israelita do Egito foi complicado, em vista da resistência do Faraó em autorizar a saída do povo.

Entenda algo importante aqui! O Egito (símbolo deste mundo) opera contra Deus sob as ordens de Faraó (símbolo de Satanás). É por isso que nós não podemos amar o mundo!

“É melhor ter o mundo inteiro contra você do que trocar a presença de Deus pelo amor do mundo”.

“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:4

Ser amigo do mundo significa comportar-se da maneira que o mundo se comporta e ter os mesmos valores distorcidos que ele tem. O cristão precisa posicionar-se como servo de Deus e viver para Sua glória.

Deus enviou um total de 10 pragas ao Egito para que o povo fosse livre culminando com a morte dos primogênitos.

O ápice dessa trajetória ocorre diante do Mar Vermelho, quando Senhor fala com Moisés para tocar com o cajado no mar e ele se abre, para o povo passar, já que Faraó, mais uma vez, havia se arrependido e estava com seus soldados atrás, tentando alcança-los para fazê-los voltar escravizados.

“Assim, o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. E viu Israel o grande poder que o Senhor exercitara contra os egípcios; e o povo temeu ao Senhor e confiou no Senhor e em Moisés, seu servo”. Êxodo 14:30,31

E assim também quando DEUS manifesta sua presença em nossas vidas, quando recebemos a JESUS o CRISTO, o filho de DEUS, Sua presença em nossa vida traz a libertação do domínio do pecado. Em CRISTO você é livre!

 2- O SEGUNDO BENEFÍCIO DA PRESENÇA DE DEUS É A DIREÇÃO

A presença de DEUS na vida do seu povo lá no Êxodo era uma presença que guiava, que dava propósito e direção, afinal, eles estavam caminhando para a terra que DEUS havia prometido para seus antepassados.

 Êxodo 13:21,22

21 O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.

22 Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.

A Bíblia diz que uma nuvem estava sobre o povo. A nuvem é um símbolo da presença de Deus. A ordem era clara: a nuvem se movia, o povo tinha que se mover também, a nuvem parava, o povo tem que parar também.

 Aquela geração aprendeu a ser dirigida pela nuvem da glória do Senhor.

Mas essa certamente não seria uma prática simples. Ser dirigido pela nuvem exigiria abrir mão de coisas, pessoas, situações.

A geração da nuvem, que é aquela que quer ser dirigida pelo Espírito Santo aprende que precisa estar onde Deus quer que ela esteja.

O que faz um lugar bom ou ruim é a presença de Deus.

Lugares lindos podem se tornar terríveis sem a presença de Deus. Mas também lugares que aos olhos dos homens são terríveis podem se tornar o lugar da nossa maior bênção- A Presença de Deus!!!

Quando estamos fora da direção criamos problemas para nós, para nossa família, para nossa igreja e etc.

Foi exatamente isso que aconteceu com o Profeta Jonas quando tomou uma direção oposta à vontade de Deus para a sua vida.

 “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti. O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no Senhor a misericórdia o cercará” (Salmos 32.8-10)

 As colunas de fogo e de nuvem de Deus hoje são diferentes hoje.

As colunas de fogo e de nuvem de Deus hoje podem ser vistas hoje nas páginas da Bíblia sob a orientação do Espírito Santo.

Como você tem relacionado seu dia-a-dia ao novo propósito e direção de vida que DEUS lhe tem dado através de JESUS?

3- TERCEIRO BENEFÍCIO DA PRESENÇA DE DEUS É O COMPROMISSO

A presença de DEUS que se manifesta na parte final do livro é a presença exigente.

DEUS liberta seu povo, dá direção e exige compromisso, isso fica claro através das leis e mandamentos que fazem parte da aliança que foi firmada entre DEUS e seu povo.

Êxodo 34:1,2

1 Então, disse o Senhor a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste.

2 E prepara-te para amanhã, para que subas, pela manhã, ao monte Sinai e ali te apresentes a mim no cimo do monte.

Deus exige de seu povo uma aliança: Êxodo 34:10-15

 

10 Então, disse: Eis que faço uma aliança; diante de todo o teu povo farei maravilhas que nunca se fizeram em toda a terra, nem entre nação alguma, de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor; porque coisa terrível é o que faço contigo.

11 Guarda o que eu te ordeno hoje: eis que lançarei fora da sua presença os amorreus, os cananeus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus.

12 Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais, para que te não sejam por cilada.

13 Mas derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e cortareis os seus postes-ídolos

14 (porque não adorarás outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele);

15 para que não faças aliança com os moradores da terra; não suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes sacrificando, alguém te convide, e comas dos seus sacrifícios

A glória de Deus brilhava no rosto de Moisés! Êxodo 34:29

“Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele”.

E do mesmo modo você que tem a salvação por meio de JESUS necessita viver de maneira compromissada com ELE, através da obediência e dedicação à Sua palavra.

Quanto você tem comprometido da sua vida a JESUS?

CONCLUSÃO:

Hoje o Senhor te convida através da Ceia que Ele mesmo instituiu a renovar a sua aliança com Ele.

Jesus ao instituir a Ceia do Senhor disse (Mateus 26:28) “porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.”

O "Novo Testamento" significa literalmente a Nova Aliança, que se cumpre apenas na pessoa e obra de Jesus Cristo.

Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou segui-lo  pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue.

 

Pr. Gilberto Oliveira Rehder

Igreja Metodista Catalão-