"Aquele que me traz ofertas de gratidão, esse me honra. E eu salvarei todos os que andam nos meus caminhos" (Sl 50:23)
Certa vez um rapaz estava com o pé preso na linha do trem, quando este se aproximava rapidamente para atropelá-lo, desesperado, começou a orar e prometer um monte de coisas para Deus, de pecados que abandonaria às bondades que faria. Prometeu ser um santo e coisa e tal, até que, em meio ao pânico, seu pé, milagrosamente, se solta dos trilhos. Quando ele se vê livre, sai correndo da linha do trem, olha pra cima e diz: “Pode deixar, Deus, não se preocupe mais, pois eu já consegui me soltar sozinho!” As pessoas ingratas têm sempre a mania de pensar que conseguem tudo sozinhas.
A ingratidão é uma característica própria do ser humano. No entanto, como cristãos não podemos aceitá-la como normal, pois todos nós somos dependentes de outros, sobretudo, dependentes de Deus. Há pessoas que obtém sucesso em suas vidas e se tornam vaidosas, soberbas ou arrogantes, eliminando espaço para a humildade e para a gratidão. O incrédulo usufrui de tudo o que Deus criou e ainda diz: “Não há Deus!”
Ser grato parece simples, pois estamos sempre agradecendo alguém por alguma gentileza. Mas fazemos isso de uma forma quase que mecânica mais como norma de comportamento social, que gratidão.
Quando eu digo "obrigado" estou assumindo um compromisso. Estou me obrigando a retribuir o favor que me foi prestado. Não se trata apenas de cortesia, mas de obrigação realmente.
Para ser grato a Deus não basta dizer, "muito obrigado Senhor". A gratidão que honra a Deus é a que envolve compromisso de vida. Quando digo ao Senhor "obrigado”, estou me obrigando a retribuir Àquele que é o doador da vida todo bem que me tem feito. Isso através de adoração e serviço. Gratidão mecânica não tem valor para Deus.
Pai, faça-me grato a Ti! Que não sejam simplesmente palavras vazias proferidas em momentos de emoção. Mas que sejam palavras encarnadas numa vida de oração e serviço. Amém!
Pr. Gilberto O. Rehder
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