“Por este menino orava
eu; e o SENHOR me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago
como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E
eles adoraram ali o SENHOR”.
“Eu pedi esta criança
a Deus, o Senhor, e ele me deu o que pedi. Por isso agora eu estou dedicando
este menino ao Senhor. Enquanto ele viver, pertencerá ao SENHOR. Então eles
adoraram a Deus ali” (1 Samuel 1.27-28 – NTLH).
Introdução: O livro de Samuel começa com uma
linda história de fé e perseverança. Essa história vai nos ajudar a entender os
efeitos poderosos de uma genuína consagração do nosso melhor a Deus.
Ana era uma mulher
amada pelo seu marido e vivia em um ambiente de relativa prosperidade material. Pertencia a um povo, conhecia a
Deus, mas faltava-lhe a realização de um sonho: ter filhos.
Sem
muita explicação, o texto simplesmente diz que “o Senhor não permitiu que
tivesse filhos” (1 Samuel 1.5). Por conta disso, Ana estava muito triste.
·
Como se não bastasse sua luta
interior, enfrentava constantes provocações de Penina, sua rival (1 Samuel 1.6) “A sua rival a
provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a
madre.”
·
Elcana sua vez era tipicamente
aquele marido racional e insensível que lhe dizia: (1 Samuel 1.8)” Ana, por que choras? E por que não
comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez
filhos?”
Ao
invés de desistir, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (1 Samuel 1.10),
derramando a sua alma perante o Senhor (1 Samuel 1.15).
E mais uma vez Ana se
decepciona. Mas
agora é com o sacerdote Eli que a julgou severamente dizendo que ela estava
embriagada: (vs4 ) “Até quando estarás tu
embriagada? Aparta de ti esse vinho!”
Em
resposta a este julgamento Ana respondeu: “Não,
senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida
forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas,
pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e
da minha aflição é que tenho falado até agora”.
O Sacerdote Eli então
respondeu: “Vai-te em paz, e o Deus de Israel
te conceda a petição que lhe fizeste”.
A
adversidade gerou nessa mulher persistência. Aprendeu a buscar o que mais
desejava e necessitava diretamente na fonte, na presença do seu Deus.
Antes
mesmo de ter esta conversa com o sacerdote Eli, Ana fez uma oração votiva e
espontânea onde a consagração de seu filho que ainda haveria de nascer estava
envolvida:
“Se tu me deres um filho, prometo que o
dedicarei a ti (o trago como devolvido a ti) por toda a vida” (1 Samuel 1.11).
SUA
CONSAGRAÇÃO NASCEU QUANDO AINDA NÃO TINHA SEU FILHO, QUANDO ESTAVA EM MEIO AO
CHORO E AMARGURA.
Assim
também acontece muitas vezes conosco: quando nada temos e há algo que
profundamente desejamos, tudo prometemos.
O Senhor ouviu sua
oração e naquele mesmo ano
“ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a que chamou Samuel,
pois dizia: Do Senhor o pedi” (1 Samuel 1.20).
Seu
coração foi tomado de grande alegria. Sua desventura foi transformada e suas
lágrimas foram enxugadas.
A
VIDA NO MUNDO VISÍVEL TINHA SIDO GERADA NO MUNDO INVISÍVEL.
Mais
do que gerar um filho, foi gerada fé em seu interior. Mais do que experimentar
a bênção, Ana experimentou intimidade com o abençoador.
Ana aprendeu que o extraordinário
conquistado trouxe consigo algo maior:
a consciência da ação de Deus. Por isso, logo após ter desmamado o menino,
manteve-se fiel ao prometido e consagrou o menino exclusivamente ao Senhor.
CONSAGROU O SEU
MELHOR. Assim
também devemos ser fieis ao Senhor. Muitos prometem a Deus um monte de coisas
em meio à dor, mas se esquecem quando a bênção vem.
Quando
consagramos ao Senhor o nosso melhor, (o que é importante para nós) os efeitos
são tremendos e poderosos.
Os sonhos de Deus para
o pequeno Samuel eram maiores que os sonhos de sua mãe.
Ana
não simplesmente teve um filho, mas gerou um homem íntegro, capaz, cheio do
Espírito Santo, íntimo de Deus, que se tornou o maior juiz de seu tempo e um
grande líder para todo o país.
Além
disso, Ana teve outros cinco filhos (1 Samuel 2.21).
Essa
linda história de Samuel aponta para os seguintes ensinamentos a respeito da CONSAGRAÇÃO
QUE DEVEMOS FAZER AO SENHOR:
1º SOMENTE UM CORAÇÃO
QUEBRANTADO NÃO TEME CONSAGRAR O SEU MELHOR A DEUS.
Ana,
antes de ser abençoada, foi quebrantada! Ela passou pela escola da rejeição, da
humilhação, mas não perdeu a sua fé.
(Ilustração)
Certa ocasião um jovem entrou na forja de um
ferreiro e passou a observar o seu trabalho.
Ele viu o ferreiro batendo nos ferros e separando-os em duas pilhas: a pilha dos úteis e a pilha dos inúteis.
-Então perguntou ao ferreiro: Quem é que vai para a pilha dos inúteis? Ao que o ferreiro respondeu: “os ferros
duros, resistentes são aqueles que não prestam. Eu só fico com os moldáveis e
maleáveis. Os que são duros demais não servem para o trabalho”.
Os que vão para a pilha dos inúteis são os fortes, que
resistem à operação de Deus no coração.
DEUS ESTÁ À PROCURA DE HOMENS E MULHERES FRACOS!
HOMENS MALEÁVEIS, QUE SE DEIXAM MOLDAR PELAS SUAS MÃOS!
Deus coloca as pessoas na sua forja de provações e dali saem
os úteis (OS CONSAGRADOS AO SENHOR e os inúteis (QUE NÃO SE CONSAGRAM).
2º NÃO ADIANTA CONSAGRARMOS TUDO QUE TEMOS SE NÃO CONSAGRARMOS ANTES TUDO
QUE SOMOS.
Ana
antes de consagrar o seu filho ao Senhor, se consagrou ao Senhor em oração.
Deus
espera que lhe dediquemos voluntariamente tudo o que temos, o tempo, talentos e
até mesmo os bens materiais.
No entanto, o nível
mais profundo de consagração ocorre justamente quando consagramos a Deus todo o
nosso ser:
Romanos 12:1 “Rogo-vos,
pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
“Pensamentos,
palavras e procedimento”, esse é o verdadeiro culto racional, o sacrifício
vivo, santo e agradável ao Senhor.
3º NÃO EXISTE PROJETO
(OU TAREFA) PEQUENO DEMAIS QUE NÃO DEVA SER CONSAGRADO AO SENHOR.
Tudo o que Deus colocar em seu coração para fazer deve ser
colocado diante dele como oferta desde o seu início.
O apóstolo
Paulo reiterou esta ideia ao afirmar (Colossenses 3:17) “E
tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor
Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”
Eu entendo irmãos, que tudo o que dissermos e o que fizermos
realmente for Nome do Senhor Jesus, dando por ele graças, abriremos mão de
muitos melindres e orgulhos em nosso meio.
CONCLUSÃO:
Tudo
aquilo que consagramos de coração ao Senhor será multiplicado em nosso próprio
favor, e em favor de muitas outras pessoas. Foi o que ocorreu com Ana.
A
consagração que Ana teve no Senhor trouxe o seu milagre! Ela teve um filho no
qual colocou o nome de Samuel e foi fiel no que havia prometido a Deus. Ela
preparou o menino para servir ao Senhor por toda a vida. Mais tarde, ele se
tornou um dos mais exemplares líderes da história do povo de Deus.
Vamos,
pois, consagrar o nosso melhor a Deus.
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