TEXTO
BÁSE: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir...”
João 10:10
INTRODUÇÃO:
No
estudo de hoje aprenderemos que Satanás é um estrategista organizado e cruel
cujo objetivo é roubar matar e destruir (João 10:10). Como ele anda em nosso
derredor (1 Pedro 5:8) conhece nossos pontos fracos e sabe a hora certa de
atacar; por isso, não podemos ser ignorantes quanto às suas estratégias. Creio
que este ataque à igreja tem como principal objetivo leva-la ao comodismo e
desviá-la de seu foco principal que é ganhar almas para Cristo. Em relação
àqueles que ainda não conhecem a Cristo, o seu objetivo principal é mantê-las
na ignorância espiritual (2 Cor. 4:4). Neste estudo vamos analisar duas de suas
estratégias: A opressão e possessão demoníaca.
I –
OPRESSÃO
A palavra opressão no dicionário português
significa: sobrecarregar com peso, apertar, comprimir, pressão que esmaga,
sufocar e sugestionar ao erro. Podemos ver e sentir os reflexos da opressão por
toda parte, porque essa é a função dos demônios, oprimir a humanidade. A
opressão é um nível de ação satânica a qual todos estamos sujeitos – cristãos e
não cristãos, em graus de intensidade diferentes. Vários personagens bíblicos passaram
por opressão demoníaca: 1. Adão e Eva (Gn. 3:17); 2. Saul (I Sam 16:14-15); 3.
Judas (João 13:2); 4. Paulo ( II Co 12:7-10 ; I Tess. 2:18); 5. Pedro (Mateus
16: 21-23).
Não
podemos ser afligidos pela opressão e desanimar. Temos que
enfrentá-la e não descansar enquanto ela não cair por terra. A opressão não
combatida abre portas para a depressão e em alguns casos para a possessão
demoníaca.
É preciso combater o problema na sua causa. São
várias situações em que a opressão ocorre: (1) Através de Brechas (2) Oposição
à obra de Deus. Vamos nos deter na questão das brechas.
COMBATENDO
A OPRESSÃO
1- FECHANDO
AS BRECHAS.
Qualquer abertura que damos ao diabo para
agir em nossa vida se constitui em uma brecha. “... não deis lugar (espaço, ocasião,
oportunidade) ao diabo” Efésios 4:27 (lembre-se que Paulo está falando para
crentes, “aos SANTOS que vivem em Éfeso” – 1:13, 15). Veja também (1 Coríntios 10:13)
1.1 - A BRECHA DO PECADO
Em primeiro lugar a brecha pode ser um pecado
em nossas vidas que nos domina. Alguém disse que o diabo é como um rato, não
precisa de uma porta inteira para passar, basta uma fresta bem pequena que ele
entra. Ele também não vive em lugares limpos e iluminados, prefere sujeira e
escuridão. ( Veja João 3:19,20)
É importante sabermos que somos responsáveis
pelas nossas quedas e não o diabo. Todas as tentações são resistíveis, não há
espaço para desculpas. Em Deus podemos vencer todas elas. Em Tiago 1:13-14 fica
claro que a tentação não vem de Deus, mas tem sua origem em nossas fraquezas,
em nossas cobiças, em nosso caráter vacilante e corrompido.
Para fechar a brecha do pecado precisamos
confessar os nossos pecados. A palavra de Deus nos diz que “aquele que confessa
o seu pecado e o deixa alcança misericórdia” (Pv 28.13). Veja também: 1 João
1:9; Tiago 5:16.
1.2 - A
BRECHA DAS FERIDAS NA ALMA
Em segundo lugar a brecha pode ser uma ou
mais feridas na alma. Há pessoas que são extremamente doentes na sua alma e por
isto tornam-se oprimidas por espíritos malignos. Problemas como
autocomiseração, ódio, rejeição, traumas e tantos outros residentes na alma podem ser a
brecha para a opressão e em alguns casos também para a possessão. Quando isto
acontece, não adiantará expulsá-los muitas vezes porque as brechas permanecerão
abertas e eles voltarão. O que deve ser feito é um trabalho de cura interior
com a pessoa, levando-a a conquistar o território de suas próprias emoções.
A questão do perdão, por exemplo, é muito
séria, pois aquele que não perdoa, vive em uma prisão espiritual, até que
libere o perdão de verdade. ( Mt 18:34).Temos que entender que o único que
ganha com a falta de perdão é o diabo, como Paulo aborda em 2 Co 2.10,11 “E a quem perdoardes alguma coisa, também
eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o
fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; Porque
não ignoramos os seus ardis”.
2- RESISTINDO
AO ATAQUE À OBRA DE DEUS.
Sabemos que nem toda opressão é uma brecha. Aqueles
que estão envolvidos na obra de Deus são muitas vezes atacados com a finalidade
de parar o que estão fazendo. Satanás tem acusado, assediado e perseguido os
cristãos no esforço de impedi-los de viver para a glória de Deus. Ele tenta
arrancar a mensagem do Evangelho do coração de uma pessoa até mesmo antes dela
ser salva (Mateus 13:19). Ele bombardeia os crentes com falsas doutrinas,
tentando confundi-los e distraí-los da verdade bíblica (Efésios 4:14).
Martinho
Lutero
relata que o conflito dele com Satanás se tornou tão intenso em determinado
momento de sua vida, que parecia que ele podia ver o inimigo em pessoa. Num
destes conflitos, ele chegou a atirar seu tinteiro contra a parede como se
Satanás estivesse ali pessoalmente. Isso ilustra como o combate espiritual pode
se tornar vívido e intenso.
Provavelmente você nunca experimentou o
conflito espiritual de maneira tão intensa quanto Martinho Lutero, mas a guerra
é tão real para você quanto foi para ele.
É dito em 1 Tess. 2.18 que Satanás impediu o apóstolo
Paulo de rever os irmãos em Tessalônica. Os esforços missionários de Paulo
foram às vezes frustrados pelo adversário. No contexto de sua prisão e
julgamento Paulo declarou: “Na minha
primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto
não lhes seja posto em conta! Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu
forças, para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada e todos os
gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão”. 2 Timóteo 4:17
Deus
permite que o adversário possa guerrear contra os crentes a fim de tentar
impedi-los de realizarem aquilo que desejam fazer para Cristo.
Esta permissão de Deus tem dois
propósitos.
Em primeiro lugar, mostrar ao adversário que
mesmo que o crente fiel passe por lutas e oposições ferrenhas, jamais
abandonará a sua fé em Cristo, sempre terá a esperança que certamente as lutas
passarão e a vitória chegará.
Em segundo lugar, nos ensinar a guerrear.
Gosto muito da expressão que Davi usa no Salmo 144:1,2 que diz: “Bendito seja o Senhor, a minha Rocha, que
treina as minhas mãos para a guerra e os meus dedos para a batalha. Ele é o meu
aliado fiel, a minha fortaleza, a minha torre de proteção e o meu libertador, é
o meu escudo, aquele em quem me refugio. Ele subjuga a mim os povos”.
A grande verdade que devemos tomar posse é: Nenhuma oposição de Satanás pode derrubar
para sempre o verdadeiro crente em Jesus Cristo.
“Filhinhos,
sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o
que está no mundo”. 1 João 4:4
CONCLUSÃO: A oposição do adversário, não é
algo permanente. Por isso, devemos sempre orar com confiança no Senhor para que
Ele nos livre dos ardis de Satanás e resistir-lhe firmes na fé.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
SÉRIE LUTA ESPIRITUAL
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