sábado, 16 de janeiro de 2016

O mesmo sentimento de Jesus


“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, tendo plenamente a natureza de Deus, não reivindicou o ser igual a Deus.”
Filipenses 2:5,6

Nesta semana em nosso Grupo Vida Devocional, nos deparamos com a leitura de Filipenses 2:5-11. Este texto de maneira especial foi o alvo de vários comentários e creio que tocou a todos nós.
Lendo o texto pensei comigo mesmo: Como posso ter o mesmo sentimento de Jesus? Pensei, pensei... E cheguei à conclusão que somente o Espírito Santo tem poder para incutir em nós a mesma maneira de sentir e agir de Jesus. Sabe por quê?
Porque o sentimento que havia em Jesus contraria plenamente a nossa natureza humana que busca por todos os meios se sobressair, reivindicando e exigindo direitos.
Qual foi então o sentimento que houve em Jesus? Esvaziou-se a si mesmo voluntariamente por amor, renunciou usar seus atributos divinos em seu benefício assumindo a forma a de servo, semelhante aos homens. Este sentimento é o que tem que prevalecer em nossas vidas. Embora o nosso esvaziamento não se compare ao de Cristo, pois Nele não havia pecado algum, temos que nos esvaziar de todo sentimento de superioridade. Por isso, o verso três nos diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo..”  
O esvaziar tem consequência em nossas vidas que é muito salutar; todas as vezes que nos esvaziarmos seremos levados ao serviço. Repare: Esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo. Quem se esvazia, toma a forma de servo!
É justamente isso que o Senhor espera de nós como seus discípulos, que sejamos servos! Apesar de Jesus ser Deus, não veio para ser servido, mas para servir. Em várias ocasiões ele mostrou os sentimentos que havia nele como: compaixão, misericórdia, perdão, humildade, obediência e amor.
Que tenhamos o mesmo sentimento de Jesus! Este é o chamado de Deus para nós, hoje, agora.


Pr. Gilberto Oliveira Rehder

sábado, 9 de janeiro de 2016

CONSAGRANDO O SEU MELHOR AO SENHOR!

“Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali o SENHOR”.

“Eu pedi esta criança a Deus, o Senhor, e ele me deu o que pedi. Por isso agora eu estou dedicando este menino ao Senhor. Enquanto ele viver, pertencerá ao SENHOR. Então eles adoraram a Deus ali” (1 Samuel 1.27-28 – NTLH).

Introdução: O livro de Samuel começa com uma linda história de fé e perseverança. Essa história vai nos ajudar a entender os efeitos poderosos de uma genuína consagração do nosso melhor a Deus.

Ana era uma mulher amada pelo seu marido e vivia em um ambiente de relativa prosperidade material. Pertencia a um povo, conhecia a Deus, mas faltava-lhe a realização de um sonho: ter filhos.

Sem muita explicação, o texto simplesmente diz que “o Senhor não permitiu que tivesse filhos” (1 Samuel 1.5). Por conta disso, Ana estava muito triste.

·         Como se não bastasse sua luta interior, enfrentava constantes provocações de Penina, sua rival (1 Samuel 1.6) “A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre.”

·         Elcana sua vez era tipicamente aquele marido racional e insensível que lhe dizia: (1 Samuel 1.8)” Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?”

Ao invés de desistir, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (1 Samuel 1.10), derramando a sua alma perante o Senhor (1 Samuel 1.15).

E mais uma vez Ana se decepciona. Mas agora é com o sacerdote Eli que a julgou severamente dizendo que ela estava embriagada: (vs4 ) “Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho!”

Em resposta a este julgamento Ana respondeu: “Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora”.

O Sacerdote Eli então respondeu: “Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste”.

A adversidade gerou nessa mulher persistência. Aprendeu a buscar o que mais desejava e necessitava diretamente na fonte, na presença do seu Deus.
Antes mesmo de ter esta conversa com o sacerdote Eli, Ana fez uma oração votiva e espontânea onde a consagração de seu filho que ainda haveria de nascer estava envolvida:

 “Se tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a ti (o trago como devolvido a ti) por toda a vida” (1 Samuel 1.11).

SUA CONSAGRAÇÃO NASCEU QUANDO AINDA NÃO TINHA SEU FILHO, QUANDO ESTAVA EM MEIO AO CHORO E AMARGURA.

Assim também acontece muitas vezes conosco: quando nada temos e há algo que profundamente desejamos, tudo prometemos.

O Senhor ouviu sua oração e naquele mesmo ano “ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a que chamou Samuel, pois dizia: Do Senhor o pedi” (1 Samuel 1.20).

Seu coração foi tomado de grande alegria. Sua desventura foi transformada e suas lágrimas foram enxugadas.

A VIDA NO MUNDO VISÍVEL TINHA SIDO GERADA NO MUNDO INVISÍVEL.

Mais do que gerar um filho, foi gerada fé em seu interior. Mais do que experimentar a bênção, Ana experimentou intimidade com o abençoador.

Ana aprendeu que o extraordinário conquistado trouxe consigo algo maior: a consciência da ação de Deus. Por isso, logo após ter desmamado o menino, manteve-se fiel ao prometido e consagrou o menino exclusivamente ao Senhor.

CONSAGROU O SEU MELHOR. Assim também devemos ser fieis ao Senhor. Muitos prometem a Deus um monte de coisas em meio à dor, mas se esquecem quando a bênção vem.

Quando consagramos ao Senhor o nosso melhor, (o que é importante para nós) os efeitos são tremendos e poderosos.

Os sonhos de Deus para o pequeno Samuel eram maiores que os sonhos de sua mãe.

Ana não simplesmente teve um filho, mas gerou um homem íntegro, capaz, cheio do Espírito Santo, íntimo de Deus, que se tornou o maior juiz de seu tempo e um grande líder para todo o país.

Além disso, Ana teve outros cinco filhos (1 Samuel 2.21).

Essa linda história de Samuel aponta para os seguintes ensinamentos a respeito da CONSAGRAÇÃO QUE DEVEMOS FAZER AO SENHOR:

1º SOMENTE UM CORAÇÃO QUEBRANTADO NÃO TEME CONSAGRAR O SEU MELHOR A DEUS.
Ana, antes de ser abençoada, foi quebrantada! Ela passou pela escola da rejeição, da humilhação, mas não perdeu a sua fé.

(Ilustração) Certa ocasião um jovem entrou na forja de um ferreiro e passou a observar o seu trabalho.  Ele viu o ferreiro batendo nos ferros e separando-os em duas pilhas: a pilha dos úteis e a pilha dos inúteis. 

-Então perguntou ao ferreiro: Quem é que vai para a pilha dos inúteis?  Ao que o ferreiro respondeu: “os ferros duros, resistentes são aqueles que não prestam. Eu só fico com os moldáveis e maleáveis. Os que são duros demais não servem para o trabalho”.

Os que vão para a pilha dos inúteis são os fortes, que resistem à operação de Deus no coração.  DEUS ESTÁ À PROCURA DE HOMENS E MULHERES  FRACOS!  HOMENS MALEÁVEIS, QUE SE DEIXAM MOLDAR PELAS SUAS MÃOS!

Deus coloca as pessoas na sua forja de provações e dali saem os úteis (OS CONSAGRADOS AO SENHOR e os inúteis (QUE NÃO SE CONSAGRAM).


NÃO ADIANTA CONSAGRARMOS TUDO QUE TEMOS SE NÃO CONSAGRARMOS ANTES TUDO QUE SOMOS.
Ana antes de consagrar o seu filho ao Senhor, se consagrou ao Senhor em oração.

Deus espera que lhe dediquemos voluntariamente tudo o que temos, o tempo, talentos e até mesmo os bens materiais.

No entanto, o nível mais profundo de consagração ocorre justamente quando consagramos a Deus todo o nosso ser:

Romanos 12:1 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

“Pensamentos, palavras e procedimento”, esse é o verdadeiro culto racional, o sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor.

3º NÃO EXISTE PROJETO (OU TAREFA) PEQUENO DEMAIS QUE NÃO DEVA SER CONSAGRADO AO SENHOR.

Tudo o que Deus colocar em seu coração para fazer deve ser colocado diante dele como oferta desde o seu início.

O apóstolo Paulo reiterou esta ideia ao afirmar (Colossenses 3:17) “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”

Eu entendo irmãos, que tudo o que dissermos e o que fizermos realmente for Nome do Senhor Jesus, dando por ele graças, abriremos mão de muitos melindres e orgulhos em nosso meio.
CONCLUSÃO:

Tudo aquilo que consagramos de coração ao Senhor será multiplicado em nosso próprio favor, e em favor de muitas outras pessoas. Foi o que ocorreu com Ana.

A consagração que Ana teve no Senhor trouxe o seu milagre! Ela teve um filho no qual colocou o nome de Samuel e foi fiel no que havia prometido a Deus. Ela preparou o menino para servir ao Senhor por toda a vida. Mais tarde, ele se tornou um dos mais exemplares líderes da história do povo de Deus.


Vamos, pois, consagrar o nosso melhor a Deus.