segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

O QUE MOISES APRENDEU NO DESERTO? As lições que aprendemos no deserto


Texto: Êxodo 2:11-25
11 Certo dia, sendo Moisés já adulto, foi ao lugar onde estavam os seus irmãos hebreus e descobriu como era pesado o trabalho que realizavam. Viu também um egípcio espancar um dos hebreus.
12 Correu o olhar por todos os lados e, não vendo ninguém, matou o egípcio e o escondeu na areia.
13 No dia seguinte saiu e viu dois hebreus brigando. Então perguntou ao agressor: "Por que você está espancando o seu companheiro? "
14 O homem respondeu: "Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? Quer matar-me como matou o egípcio? " Moisés teve medo e pensou: "Com certeza tudo já foi descoberto! "
15 Quando o faraó soube disso, procurou matar Moisés, mas este fugiu e foi morar na terra de Midiã. Ali assentou-se à beira de um poço.
16 Ora, o sacerdote de Midiã tinha sete filhas. Elas foram buscar água para encher os bebedouros e dar de beber ao rebanho de seu pai.
17 Alguns pastores se aproximaram e começaram a expulsá-las dali; Moisés, porém, veio em auxílio delas e deu água ao rebanho.
18 Quando as moças voltaram a seu pai Reuel, este lhes perguntou: "Por que voltaram tão cedo hoje? "
19 Elas responderam: "Um egípcio defendeu-nos dos pastores e ainda tirou água do poço para nós e deu de beber ao rebanho".
20 Onde está ele? ", perguntou o pai a elas. "Por que o deixaram lá? Convidem-no para comer conosco. "
21 Moisés aceitou e concordou também em morar na casa daquele homem; este lhe deu por mulher sua filha Zípora.
22 Ela deu à luz um menino, a quem Moisés deu o nome de Gérson, dizendo: "Sou imigrante em terra estrangeira".
23 Muito tempo depois, morreu o rei do Egito. Os israelitas gemiam e clamavam debaixo da escravidão; e o seu clamor subiu até Deus.
24 Ouviu Deus o lamento deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaque e Jacó.
25 Deus olhou para os israelitas e viu qual era a situação deles.
 
 
Introdução: No domingo passado começamos uma série de ministrações baseada na vida de Moisés, o grande líder do povo Hebreu que Deus levantou para ser o libertador da nação.
 
Na primeira ministração, destacamos como Moisés lidou com o seu passado, deixando os tesouros do Egito para viver o propósito de Deus para ele. 
 
Moisés viveu 40 anos no palácio de faraó. Durante esse tempo ele foi treinado para ser príncipe e estudou toda ciência dos egípcios. Segundo o escritor Charles Swindoll Moisés durante quatro décadas aprendeu conhecimentos avançados em hieróglifos, ciência, literatura e táticas militares.
 
Do ponto de vista humano esse currículo o favorecia, mas esse não era o propósito que Deus tinha para a sua vida.
 
Ao final dos 40 anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel. Ao ver um egípcio maltratando um deles, Moisés se revolta e o mata escondendo-o na areia.
 
Esse fato é narrado não só aqui em Êxodo cap 2 como também em Atos 7:23-29 por Estevão, o primeiro mártir da igreja.
 
23 Ao completar quarenta anos, Moisés decidiu visitar seus irmãos israelitas.
24 Ao ver um deles sendo maltratado por um egípcio, saiu em defesa do oprimido e o vingou, matando o egípcio.
25 Ele pensava que seus irmãos compreenderiam que Deus o estava usando para salvá-los, mas eles não o compreenderam.
26 No dia seguinte, Moisés dirigiu-se a dois israelitas que estavam brigando, e tentou reconciliá-los, dizendo: ‘Homens, vocês são irmãos; por que ferem um ao outro? ’
27 Mas o homem que maltratava o outro empurrou Moisés e disse: ‘Quem o nomeou líder e juiz sobre nós?
28 Quer matar-me como matou o egípcio ontem? ’
29 Ouvindo isso, Moisés fugiu para Midiã, onde ficou morando como estrangeiro e teve dois filhos.
 
Ao matar aquele Egípcio, Moisés experimenta o maior fracasso de sua vida. Ele é agora conhecido como um assassino e é desacreditado entre o seu povo.  
 
Ele sai do topo da pirâmide e desce à condição de um fugitivo com suas mãos sujas de sangue e sem dinheiro.
 
Em Êxodo 2:15 diz que Moisés se sentou junto a um poço no deserto de Midiã. Creio que naquele momento ele se sentiu como se tivesse no fundo de um poço. Aquele com certeza foi o nível mais baixo que ele chegou em sua vida!
 
A dura realidade de ter fracassado naquele momento de sua vida, o fez fugir.
 
Isso também pode acontecer conosco! Quando fracassamos, podemos passar nossas vidas fugindo como se isso fosse uma solução, mas não é! Na verdade, devemos aprender com os nossos fracassos e saber que com a ajuda de Deus podemos superá-los. 
 
Houve uma lição que Moisés teve que aprender antes de poder cumprir o potencial de Deus para sua vida. Esta lição foi a base para todas as outras. Você não pode semear na carne e esperar uma colheita espiritual.
 
“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.” Gálatas 6:7,8
 
Se você tiver que matar alguém (ainda que não seja literalmente), mentir, conspirar e desobedecer para chegar ao topo, não agradeça a Deus por essa promoção. Essa promoção não vem de Deus!!!!
 
Moisés ao matar o Egípcio não foi promovido por Deus. Nesta altura de sua vida, Moisés teve que passar pela escola do deserto. Ali ele deveria ser preparado e treinado por Deus para uma missão especial: conduzir seu povo à Terra Prometida. Esta missão não seria possível se Deus não lhe moldasse o caráter.
 
Quais foram as lições que Moisés teve de aprender na escola do deserto?
 
1- NO DESERTO MOISÉS APRENDEU A OUVIR A DEUS.
 
A palavra hebraica para deserto é midbaar e tem a mesma raiz da palavra dabaar, que é “falar”.
 
Isso é muito interessante, porque o deserto é um lugar em que Deus fala.
 
Muitas vezes tomamos decisões precipitadas em nossa vida, porque queremos fazer as coisas da nossa maneira! Queremos na verdade ouvir o nosso coração. Mas ele é enganoso!
 
Se não buscamos a Deus em nossas decisões, nos tornamos tardios em ouvir o Espírito Santo e como Moisés somos levados ao deserto para ouvirmos o Senhor!
 
O povo de Deus sempre teve este tipo de problema. E não foram poucas as ocasiões em que Deus os levou ao deserto para ouvi-lo.
 
"Portanto, agora vou atraí-la; vou levá-la para o deserto e vou falar-lhe com carinho.” Oséias 2:14
 
Quando Moisés tentou se estabelecer na própria força como um líder entre os Hebreus ele perdeu o controle emocional e matou um Egípcio. Em momento algum ele parou para buscar a direção de Deus.
 
Agora, estando no silêncio do deserto Moisés ouvirá a Deus!
 
No deserto, o silêncio é tão profundo que somos capazes de ouvir a própria respiração. Ali, Deus consegue cativar nossa atenção. Lá você aprende a se calar, a ficar a sós e a esperar para ouvir o que Deus quer falar. Todas as distrações são eliminadas!
 
O deserto é o megafone de Deus, a dizer tudo aquilo que sempre relutamos em ouvir.
 
"Se o meu povo apenas me ouvisse, se Israel seguisse os meus caminhos,
com rapidez eu subjugaria os seus inimigos e voltaria a minha mão contra os seus adversários!” Salmos 81:13,14
 
2- NO DESERTO MOISÉS APRENDEU A SERVIR
 
16 Ora, o sacerdote de Midiã tinha sete filhas. Elas foram buscar água para encher os bebedouros e dar de beber ao rebanho de seu pai.
17 Alguns pastores se aproximaram e começaram a expulsá-las dali; Moisés, porém, veio em auxílio delas e deu água ao rebanho.
 
Imaginem irmãos, Moisés, o príncipe do Egito, dando água para o rebanho das filhas do sacerdote de Midiã?
 
O mundo define grandeza em termos de poder, posses, prestígio e posição. É certo que Moisés como o filho da princesa do Egito era acostumado a ser servido. Ele desfrutava de poder e prestígio e tinha servos e servas a seu dispor, mas agora ele estava servindo.
 
Em nossa cultura egoísta, com a mentalidade do “eu primeiro”, agir como servo não é uma noção apreciada. Mas não é assim que Deus avalia nossa grandeza.
 
“Quem quiser ser o maior deve se tornar servo”. Mc 10.43
 
Servos verdadeiros servem o Senhor com três atitudes em mente:
 
1. Focalizam os outros e não a si mesmos. Jesus “esvaziou-se a si mesmo por tomar a forma de servo”. Quando foi a última vez que você se esvaziou em benefício dos outros? Você não pode ser um servo se estiver cheio de si mesmo.
 
2. Pensam como mordomos e não como donos. Os servos se lembram que Deus é o dono de tudo. Na Bíblia, um mordomo era o servo de confiança que gerenciava uma determinada área. José foi um tipo de servo como prisioneiro no Egito. Agora, Moisés estava aprendendo a servir!
 
3. Pensam no ministério como uma oportunidade, e não como uma obrigação.
 
Servos amam ajudar as pessoas, suprir suas necessidades e cumprir o ministério. Eles “servem ao Senhor com alegria”. Por que servimos com alegria? Porque amamos o Senhor, somos agradecidos pela sua graça, sabemos que o serviço é a forma do mais alto nível da vida!
 
Pensamento: “se você não puder fazer o bem que deseja, faça o bem que pode”
 
Hoje é o tempo que temos para nos gastar no propósito de tornar nossa vida útil e significativa.
 
1 Pedro 4.10   "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus".
 
3- NO DESERTO MOISÉS APRENDEU A ACEITAR SUA NOVA CONDIÇÃO.
 
18 Quando as moças voltaram a seu pai Reuel, este lhes perguntou: "Por que voltaram tão cedo hoje? "
19 Elas responderam: "Um egípcio defendeu-nos dos pastores e ainda tirou água do poço para nós e deu de beber ao rebanho".
20 Onde está ele? ", perguntou o pai a elas. "Por que o deixaram lá? Convidem-no para comer conosco. "
21 Moisés aceitou e concordou também em morar na casa daquele homem; este lhe deu por mulher sua filha Zípora.
22 Ela deu à luz um menino, a quem Moisés deu o nome de Gérson, dizendo: "Sou imigrante em terra estrangeira".
 
Moisés passa a ter uma nova condição de vida longe dos holofotes do Palácio. No deserto ele é tratado por Deus no anonimato e se torna um peregrino numa terra distante e esquecido pelo povo do Egito. 
 
Ø  Quanto à sua moradia: Ali em Midiã ele passa a morar na casa de seu sogro Reuel que também é chamado de Jetro (conforme Êxodo 3:1).
 
Alguns leitores da bíblia ficam com uma dúvida, afinal, qual é o verdadeiro nome do sogro de Moisés? Reuel ou Jetro?
 
O nome Reuel significa ‘amigo de Deus’. O nome Jetro por sua vez significa “excelência, abundância”, e só aparece no livro do Êxodo dez vezes.
 
O sogro de Moisés, portanto, possuía dois nomes com ricos significados, pois isso acontecia nos tempos bíblicos. O nome de alguém era a “expressão de seu caráter”.
 
Deus o coloca junto a Moisés um homem que tinha caráter, comunhão e excelência em Deus (Ele era monoteísta).
 
 
Ø  Quando ao seu trabalho: Moisés cuidava das ovelhas e das cabras de Jetro, o seu sogro, o sacerdote de Midiã (cap. 3).  
 
Imagine alguém do Egito passando em Midiã e reconhecendo Moisés
 
“E aí Moisés? Fiquei sabendo que você é um pecuarista bem sucedido em Midiã, é verdade?
 
Moisés naquele momento estava quebrado em seu orgulho e teve de admitir que morava em uma casa que não era sua e pastoreava um rebanho de ovelhas e cabras que também não era seu.
 
Mas tudo isso, fazia parte de um plano maior! Moisés estava sendo treinado para apascentar uma multidão de vidas!
 
Ø  Quanto à sua família: Casou-se com Zípora e teve um filho de nome Gerson (que significa peregrino ou imigrante em terra estrangeira)
 
Nessa nova condição no deserto, Moisés realmente aprende a dar valor aquilo que realmente importa. Uma vida de simplicidade, mas abençoada!!!
 
CONCLUSÃO: O deserto é como uma lixa de Deus que remove essa espessa e dura camada de orgulho com a qual nos vestimos nos momentos de prosperidade.
 
O deserto nos ensina que não precisamos dos “tapinhas nas costas”, dos aplausos, do reconhecimento, dos holofotes da glória humana. Precisamos apenas de Deus.
 
É no deserto que descobrimos o nosso propósito e caminhamos em direção a ele.
 
 
Igreja Metodista em Catalão-GO
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
 
 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

COMO MOISÉS LIDOU COM O SEU PASSADO? Lidando com o passado para avançar no futuro.


Texto: Hebreus 11:24-27
 
24 Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó,
25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a aproveitar os prazeres transitórios do pecado.
26 Considerou melhor sofrer por causa do Cristo do que possuir os tesouros do Egito, pois tinha em vista sua grande recompensa.
27 Pela fé, saiu do Egito sem medo da ira do rei e prosseguiu sem vacilar, como quem vê aquele que é invisível.
 
Introdução: Todos nós temos uma tendência natural de projetar o nosso futuro a partir do que já vivemos. Isso é uma armadilha, porque Deus é um Deus de novidade! Ele deseja que tenhamos uma nova vida e um coração novo!
 
O propósito de Deus pra nós que cremos no Senhor sempre é vivermos em novidade de vida! Isso significa que podemos não só superar um passado de dor, traumas e ressentimentos, mas também um passado de pecados!
 
Quando nos entregamos a Jesus pela fé e fazemos uma aliança com ele através do batismo morremos para o pecado e nosso velho homem é sepultado. A partir de então começamos a andar em novidade de vida!
 
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. (vida nova)” Romanos 6:4
 
Contudo, viver esta nova vida não é automático. Precisamos tomar uma posição quanto ao nosso passado. Porque?
 
O passado pode nos aprisionar de tal maneira que achamos que o nosso amanhã será apenas uma repetição do que foi ontem. Na verdade, o passado pode nos paralisar ao ponto de acharmos que não há mais nada que podemos fazer para muda-lo.
 
SE NÃO SOUBERMOS LIDAR COM O NOSSO PASSADO, NÃO PODEMOS AVANÇAR PARA O NOSSO FUTURO!
 
Tendo isso em mente eu gostaria de usar como exemplo o grande líder do povo Hebreu, Moisés.
 
Moisés, era um levita e nasceu numa época em que os hebreus eram mantidos escravos no Egito; e sob o temor do crescimento do povo hebreu, o faraó ordenou que toda criança do sexo masculino deveria ser sacrificada. As parteiras hebreias não obedeceram a ordem de Faraó, então ele deu ordem a todo povo que jogassem os meninos no rio Nilo. (Êxodo 1:22)
 
Todavia, os pais de Moisés desafiaram esse decreto e esconderam o menino. Mais tarde, eles o colocaram no rio dentro de um cesto de junco vedado com piche (Êxodo 2:3).
 
Quando a filha de Faraó foi ao rio se banhar, viu o cesto que flutuava e se afeiçoou ao menino. A irmã de Moisés que vigiava o cesto, Miriã, viu quando a princesa o pegou. Então rapidamente ela se ofereceu para arrumar alguém que pudesse criá-lo como ama. Nesse caso, a mulher escolhida foi sua própria mãe biológica.
 
Quando o menino alcançou certa idade, ele foi levado à filha de Faraó, e passou a viver na corte egípcia. Não se sabe muita coisa sobre como foi a vida de Moisés no Egito. Tudo o que se sabe é que à partir de então, ele foi “instruído em toda a ciência dos egípcios” (Atos 7:22).
 
Mas o que eu quero destacar nesta palavra é a maneira como Moisés lidou com o seu passado, como ele deixou os tesouros do Egito para viver o propósito de Deus para ele. 
 
 
1-   MOISÉS RECUSOU SER CHAMADO FILHO DA FILHA DE FARAÓ
24 “Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó”
 
Assim como ocorreu com Moisés se quisermos vencer o nosso passado de traumas e pecados, devemos também ter uma recusa radical.
 
"recusou". Isso literalmente significa "repudiar", “abandonar”
 
A questão da recusa de Moisés estava ligada à sua identidade.
 
A sua identidade determina quem você é, o que envolve muitos aspectos da sua vida, como a forma de agir e gostos pessoais. Envolve características fisiológicas, psicológicas, valores éticos e morais, os quais nos tornam seres únicos.
 
Na doutrina cristã, nossa identidade diz respeito aquilo que nos tornamos pela fé em Cristo Jesus!
 
“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus”.     (Romanos 8.16).
 
Uma das piores coisas que Adão e Eva fizeram foi esquecer tudo o que eles eram em Deus! Nós precisamos todos os dias nos lembrar do que somes em Cristo! Filhos de Deus!!
 
Creio que Moisés deve ter pensado: “Quem sou eu realmente? Sou um escravo hebreu? Ou sou um membro da família real egípcia?
 
A recusa de Moisés era enorme, pois segundo alguns estudiosos, ele seria um provável substituto de Faraó no Egito, ainda que filho adotivo da filha de Faraó.
 
Sucesso é ser o que Deus me fez para ser. Ser o que Deus fez-me para ser, não tentar ser alguém que não sou.
 
2-   MOISÉS ESCOLHEU SER MALTRATADO COM O POVO DE DEUS
25 “preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a aproveitar os prazeres transitórios do pecado”.
 
Eu li uma frase do reverendo Hernandes Dias Lopes essa semana que reflete bem esta questão:
 
A Frase é: A AMIZADE DO MUNDO É PIOR DO QUE A PERSEGUIÇÃO DO MUNDO.
 
A atitude de Moisés foi a de preferir ser perseguido pelos poderes do Egito junto com o povo de Deus, do que ser amigo e desfrutar dos prazeres transitórios do pecado.
 
Então eu me pergunto: O que tenho preferido? A amizade do mundo ou a perseguição do mundo?
 
“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”  Tiago 4:4
 
Sua motivação para a sua escolha está no verso 26:
“Considerou melhor sofrer por causa do Cristo do que possuir os tesouros do Egito, pois tinha em vista sua grande recompensa”.
Moisés passou muitos anos da sua vida sendo estimulado a adquirir os valores da cultura egípcia.
A visão de mundo a que estava acostumado oferecia acesso aos melhores desfrutes que sua era poderia oferecer. O poder que possuía era o “passaporte” para uma vida que invejaria os maiores bilionários de nossa época.
No entanto, entendeu que tudo aquilo era apenas uma ilusão. Ainda que tenha tido muitas possibilidades, compreendeu que aquela “alegria” seria pequena e passageira e que existia algo melhor.
3-   MOISÉS SAIU DO EGITO CORAJOSAMENTE SEM VACILAR
27a “Pela fé, saiu do Egito sem medo da ira do rei e prosseguiu sem vacilar, como quem vê aquele que é invisível”.
 
Na primeira parte deste versículo diz a Palavra: “Pela fé ele saiu do Egito sem medo da ira do rei”.  
 
A sua saída do Egito se tornou possível devido a sua coragem! Moisés foi escolhido por Deus para tirar os israelitas da terra do Egito. No início, ele estava hesitante em fazer isso, mas ele enfrentou seus medos!
 
Coragem segundo o dicionário significa, bravura; intrepidez ;moral forte perante o perigo ;ou ainda firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil”.¹
 
Alguns motivos pelas quais precisou coragem para ele tirar o povo do Egito:
 
Moisés não aspirava liderar. Algumas pessoas são líderes naturais. Outros simplesmente querem liderar. Moisés não era assim. Quando Deus o chamou para liderar, ele tentou inventar desculpas para não ter que fazê-lo. Ele se via incapaz de enfrentar Faraó (Êxodo 3:11). Temia que os israelitas não o escutassem (Êxodo 4:1). Ele afirmou ser um orador pobre (Êxodo 4:10). Finalmente ele disse: " Ah! Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim.” Êxodo 4:13
 
O povo era difícil de se conduzir. Quando Faraó os perseguiu, eles disseram: "Foi porque não havia sepulcros no Egito que de lá nos tiraste para morrermos neste deserto? Por que nos fizeste isto, tirando-nos do Egito? Não é isto o que te dissemos no Egito: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto" (Êxodo 14:11-12) Em vários momentos da jornada rumo a terra prometida esse povo agiu assim.
 
Moisés teve de guiar o povo sem conforto, segurança e prosperidade. Moisés estava tirando-os da escravidão para um estado de liberdade e bênçãos de Deus. Isso pode parecer que não seria difícil convencer as pessoas a seguir para isso, mas foi. Sabe porquê?
 
As pessoas muitas vezes aceitam a opressão e a escravidão se essa lhes permite vantagens e prazeres pessoais. Foi o que aconteceu com os israelitas. Apesar de serem duramente oprimidos pelo Faraó, preferiram "servir os egípcios" (Êxodo 14: 2), se isso significava que eles podiam comer "pão em abundância" (Êxodo 16:3, Números 11:4-6).
 
O combustível para que Moises demonstrasse tanta coragem está na segunda parte deste versículo:
 
O versículo ainda diz: 27b “e prosseguiu sem vacilar, como quem vê aquele que é invisível”.
 
Chamo este versículo de “o combustível de Fé” Uma fé que nos faz prosseguir sem vacilar, como quem vê aquele que é invisível.
 
Você sabe como Moisés desenvolveu essa fé como quem vê aquele que é invisível? R: Moisés a desenvolveu no deserto.
 
Depois de uma experiência desastrosa de assassinato de um Egípcio relatada em Êxodo 2:15, Moisés vai para o deserto de Midiã.
 
“Informado desse caso, procurou Faraó matar a Moisés; porém Moisés fugiu da presença de Faraó e se deteve na terra de Midiã; e assentou-se junto a um poço.” Êxodo 2:15
 
Ele ficou no deserto por quarenta anos. Distante das riquezas do Egito, seus companheiros eram ovelhas durante o dia, e estrelas à noite. Por fim, ele sobreviveu aos quarenta anos difíceis confiando em Deus.
 
Para que Moisés pudesse aprender essa lição valiosa foi necessário que passasse pela escola do deserto. Havia nele confiança demais em sua própria força, o que o desqualificava para servir aos propósitos do Senhor.
 
É ali no deserto de Midiã que Moisés tem a sua experiência com Deus!
 
“Uma fé que vê o invisível não se move pelas circunstâncias, mas pelas promessas de Deus.”
 
À semelhança de Moisés e do povo hebreu, Deus não se esqueceu de nós!
 
CONCLUSÃO: Não sei como você tem vivido neste tempo, se tem experimentado o propósito de Deus ou se tem estado preso ao seu passado. Mas uma coisa posso lhe afirmar com certeza, Deus nos dá sempre a oportunidade de vivermos o novo Dele. Se Deus perdoa e esquece de nosso passado e nos purifica com o precioso sangue de Jesus, porque ficar preso a ele? O teu passado você não pode mudar, mas o teu futuro é uma página em branco que Deus quer escrever! Avance para o futuro, deixando o passado!
 
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A MATEMÁTICA DO PERDÃO

Nestes dias o Senhor tem me levado a refletir sobre as questões que envolvem o perdão. Uma delas seja talvez a mais difícil de entender e praticar. É a matemática do perdão! Você sabe qual é? “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Mateus 18:21-22

Quando Pedro perguntou para Jesus se deveria perdoar sete vezes, ele pensava que estava sendo generoso, pois sete vezes é um bom número para perdoar alguém e tem um significado de totalidade, plenitude, complementação. 

No entanto, Jesus disse: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” 490 vezes! Jesus disse isso para nos mostrar que devemos perdoar sempre. Mas vamos ser francos, do ponto de vista do ofendido, aquilo que Jesus espera de nós parece ser um absurdo! Mas se pensarmos bem não é! Sabe por quê?

QUANDO VOCÊ PENSA QUE NÃO PODE PERDOAR MAIS SEU IRMÃO, PENSE NAS MILHARES DE VEZES QUE DEUS O PERDOOU E PERDOARÁ VOCÊ.

Certa vez um cristão estava orando indignado com Deus sobre as atitudes repetitivas de um irmão. Ele dizia:

- “Senhor, isto acontece repetidamente. Não posso suportar isso”. Então, surpreendentemente, a seguinte resposta veio à sua mente:

- "Filho, Você repetidamente comete os mesmos pecados, novamente e novamente, e eu perdoo você".

Esse cristão então disse: “Claro” Senhor! E calou-se imediatamente. Não levou tempo para que me viessem à mente os mesmos pecados, repetidos sempre através dos anos! Com Deus não funciona o "faça como eu digo, mas não como eu faço”. Em Deus há perdão sem fim. Eu creio que esta é uma das notícias mais maravilhosas na fé cristã! 

Sei o quanto é humilhante ter de perdoar de novo. É humilhante para o meu ego, para o meu senso de justiça própria!

Mas aí me vejo pecando de novo e novamente clamo por misericórdia e perdão...

Igreja Metodista Catalão-GO


Pr. Gilberto Rehder

domingo, 8 de janeiro de 2023

APRENDA A ESPERAR EM DEUS


“Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR.” Salmo 27:14
 
Quando Jesus foi traído por Judas, o Senhor ficou em de pé simplesmente esperando. Então vieram os soldados e colocaram as mãos em Jesus e o prenderam.
 
Pedro, pronto para defender Jesus, desembainhou a espada, e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote.  O valentão Pedro estava cheio de zelo carnal. Sabem no que Pedro pensava?
 
“Meu Deus, não precisamos aguentar este tipo de coisa! Vocês estão mexendo com o ungido do Senhor!”.
 
Nós em muitas circunstâncias somos como Pedro. Não aguentamos esperar e logo tiramos também a nossa espada para ferir e atacar as pessoas.
 
Mas Jesus disse a Pedro: “Basta!”.  E tocando na orelha do homem, ele o curou” (Lucas 22.51).
 
Se você estudar bem a vida do apóstolo Pedro você vai perceber que ele estava sempre abrindo a boca quando não era a hora de falar, fazendo coisas quando não era hora de fazê-las.  Pedro era o típico pavio curto e precisava aprender a esperar em Deus; ele precisava aprender a humildade e mansidão.
 
Sabe Por quê? Porque Deus queria usá-lo poderosamente; mas se Pedro queria pregar as Boas Novas do evangelho, não poderia fazê-lo desembainhando espadas e cortando orelhas toda vez que ficasse zangado.
 
A bíblia diz que as nossas Palavras são como espadas: Em Provérbios 12:18 diz: “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura.”
 
As nossas palavras ásperas podem cortar o coração das pessoas, da mesma forma como a espada de Pedro cortou a orelha do servo.
 
Não podemos abordar as pessoas apenas no momento em que achamos que é preciso fazer justiça. Devemos evitar a todo custo resolver um problema na hora da ira, da raiva! A bíblia chama isto de domínio próprio!
 
Quantas vezes impedimos as bênçãos do Senhor em nossas vidas, apenas por não sabermos esperar? 
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão-GO
 

 

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

EBENÉZER!


“Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR.” (1 Samuel 7:12 RA).

Ebenézer era o nome de uma aldeia de Efraim onde os filisteus derrotaram os israelitas. Aquele lugar de derrota foi transformado por Deus em um lugar de vitória para o Seu povo. Creio também que Deus pode transformar nossas derrotas e fracassos se nos posicionarmos firmemente Nele!

A palavra hebraica “Ebenézer” literalmente significa “pedra de ajuda” e aparece três vezes na Bíblia. Esta pedra foi um memorial erigido por Samuel para marcar o local onde Deus ajudou Israel a derrotar os filisteus ao norte de Jerusalém.

Deus é também a nossa “pedra de ajuda”. Não é à toa que Jesus é chamado de Rocha. Para sermos ajudados por Deus é necessário que nos firmemos Nele em todos os momentos de nossa vida!

É isso que desejo para sua vida neste novo ano!

Pr. Gilberto Rehder