segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A IGREJINHA METODISTA EM CALDAS NOVAS?


Durante o mês de novembro a Igreja Metodista em Caldas Novas completou mais um ano de vida e missão. Era o seu 46º aniversário. Tive o privilégio de ser um dos convidados para ministrar nesta maravilhosa festa no dia 22 de novembro. 
O pastor Bruno Herculano e sua esposa Denilde receberam a mim e minha esposa Margarete com muito amor e alegria em sua casa.Compartilho aqui as minhas impressões sobre a Igreja em Caldas Novas e também as minhas expectativas à respeito desta igreja.Ao chegarmos à cidade, perguntamos em um estabelecimento comercial, onde fica a Igreja Metodista.  O comerciante, também evangélico nos respondeu: “Uma igrejinha pequena...?” a igreja metodista...? Depois de recebermos as informações em um tom de desdém, chegamos ali no domingo na parte da manhã, na Escola Dominical para ministrarmos uma Palavra para toda a igreja em classe única. Fomos recebidos pelos irmãos com simpatia e amor. O Templo não estava cheio, mas havia um bom grupo de irmãos e algumas crianças com muita disposição e alegria. Vi logo de cara uma igreja que está vivendo em um momento novo. Inclusive com um projeto de crescimento e expansão. Um baner estava exposto na entrada do templo: “Um Templo Novo, para um Novo Tempo”.  
O pastor abriu a Escola Dominical e logo começou um empolgante louvor. Cantaram-se alguns cânticos e um hino de nosso hinário. O pastor trouxe alguns avisos à igreja e um deles me chamou a atenção. Tratava-se de um trabalho para atrair os jovens e adolescentes da cidade para a igreja: “A Parada Obrigatória”.  A mocidade da igreja e alguns irmãos mais velhos saíram pelas ruas do centro da cidade, em um caminhão tipo trio elétrico, distribuindo panfletos, evangelizando e com um grupo de teatro com jovens de caras pintadas, chamando muito atenção de todos. Fiquei sabendo depois que esta não era a primeira vez que eles fizeram esta “parada”. Inclusive na igreja já havia alguns frutos desta parada integrados aos irmãos. 
Percebi que o pastor e sua esposa puxavam a igreja e estavam envolvidos nesta missão. Quantas vezes ouvimos falar: “a igreja não tem jovens, a igreja não cresce...”. Então, vamos buscá-los, vamos pregar a Palavra a tempo e a fora de tempo. Vamos buscar a Deus e também buscar as pessoas. Isso me lembrou da parábola das bodas que Jesus contou: “...Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa.” Lucas14:21-23. Depois do louvor e dos avisos, ministrei a Palavra em Isaías cap. 6, sobre visões de Deus para um tempo de crise. A Igreja foi chamada a ver a Deus como realmente Ele é, a nós como somos e principalmente a ter a visão missionária. Percebi também, que o Senhor tem restaurado nestes irmãos um avivamento espiritual que gera o amor pelas vidas perdidas. No domingo depois de um almoço maravilhoso e uma comunhão gostosa com o pastor, sua esposa e o irmão Fábio, visitamos o Acampamento Metodista e novamente ficamos impressionados com a estrutura e com o projeto de construção de estrutura de lazer incluindo as piscinas, vestuários, e etc.. 
À noite tivemos um culto maravilho. O Templo estava lotado. Mais uma vez, o louvor foi ministrado com muita unção. Podemos perceber o mover do Espírito Santo nos corações. A Palavra foi ministrada e muitas pessoas vieram à frente para orar. Não dá para relatar neste texto tudo o que vimos ali. Mas de uma coisa minha esposa e eu temos certeza: Não estávamos em uma igrejinha. Estávamos no meio de um povo ávido por Deus e pelas almas perdidas. Estávamos no meio de um povo que sonha em ser uma igreja relevante naquela cidade para a glória de Deus.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Chamado


“Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” 1 Cor.1:26-29
Ao falar sobre vocação, quero compartilhar um pouco de minha vida pessoal. Quando criança, fui criado livremente na rua como qualquer criança de minha época. Morava em uma casa localizada em uma praça onde havia um parquinho muito legal. Gostava de brincar com carrinho de rolemã, jogar bola, empinar pipa e de todas as brincadeiras de rua que aparecia. Neste período, meu lar vivia em crise pela separação de meus pais. Embora revoltado com a situação, não posso reclamar de que não tive infância.                                                
Em um certo dia apareceu na praça uma cachorra viralata sem dono. Logo, meus amigos e eu a adotamos e passamos a cuidar dela, dando banho, comida e carinho. O nome que demos a ela era Kely. Gostávamos muito de brincar com ela e até mesmo os pais da criançada nos ajudavam a cuidar dela. Até que um dia para a nossa tristeza, Kely foi atropelada e morreu. Lembro-me muito bem daquele momento: várias crianças chorando e revoltadas com o motorista. Diante disto resolvi fazer um enterro digno para a Kely. Preparamos um caixote de madeira para colocar o seu corpo e preparamos uma cruz. Em uma pequena prossição de crianças fomos enterrá-la em um terreno baldio. Naquele dia fiz o meu primeiro  oficio fúnebre. Todas as crianças deram as mãos e rezamos o Pai Nosso e uma Ave Maria. Foi tudo muito reverente e emocionante. Depois a enterramos e colocamos a cruz no local. Embora o funeral tivesse sido tipicamente católico, e alguns até pensassem que eu seria um padre,  creio que Deus já estava me preparando para que anos depois eu entregasse a minha vida a Jesus Cristo e atendesse ao seu chamado para o ministério pastoral. No texto acima o apóstolo Paulo nos motiva a reparar  na nossa vocação. Devemos nos lembrar de onde viemos e como Deus nos chamou. Quando estou abatido ou em crise por causa do ministério, nunca me esqueço de onde vim e de como o Senhor me resgatou e me chamou para o ministério.                                                                                    
 O chamado é para mim a motivação para prosseguir. O chamado é para mim a oportunidade de servir. Meu irmão e irmã em Cristo, nunca se esqueça de sua vocação (ou chamado)ela o manterá vivo e ativo na obra do Senhor!
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
                .                                               

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SE JESUS É O SENHOR...

“Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus.” 2 Cor.4:5

Imagine o que aconteceria se um torcedor do São Paulo em um jogo da decisão do Campeonato Paulista, gritasse o nome do seu time bem alto? Até ai tudo bem; mas, e se ele fizesse isso no meio da torcida do Corinthians em pleno estádio do Pacaembú, o que aconteceria?


Assim era a situação dos cristãos primitivos em uma época bem conturbada. Naqueles dias, o império Romano tinha o domínio sobre várias nações e César era reverenciado como uma divindade, ou Senhor. Os cristão,no entanto resolveram gritar: “Jesus Cristo é o Senhor!” Por conta disso, muitos foram presos, perseguidos e até mesmo mortos.
Hoje em dia, gritar que Jesus Cristo é o Senhor não dói nada. Carregar o nome de Jesus no peito também não. Difícil é ter peito para seguir a Jesus, para ser um discípulo comprometido e verdadeiro, carregar a cruz e negar a si mesmo.
Usar a camisa de um time de futebol ou com o nome de Jesus para muita gente tem o mesmo significado. Há pessoas que colocam adesivos no carro dizendo que Jesus é o Senhor, mas dirige de uma forma que o Senhor não aprovaria. Há aqueles que professam o nome do Senhor, mas o negam com a sua maneira de viver. Vivemos então a síndrome do cristianismo nominal.  Por isso há uma pergunta que julgo importante para os cristãos da atualidade: Quem é Jesus para nós? 
Muitos pensam que Jesus é um “gênio da lâmpada”, ao qual se leva até Ele pedidos para a pura satisfação pessoal. Outros crucificam Jesus até hoje, e o exibem pendurado no madeiro, com seu corpo totalmente dilacerado e prostrado. Jesus é simplesmente visto como uma vitima dos homens. No entanto, sendo Jesus o Senhor da vida e da morte ele deixou claro: “Ninguém a tira de mim (sua vida); pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai”.(João 10:18) Outros sabem que Jesus é o Filho do Deus Vivo, que morreu em uma cruz para nos purificar e redimir de nossos pecados. Jesus é entendido apenas como um Salvador e não como Senhor.
Jesus é o Senhor e não podemos abrir mão disso. Sendo Ele o Senhor, nós somos seus servos. E quais os direitos de servos, se não obedecê-lo?
Quando formos tomar uma decisão devemos sempre perguntar: O Senhor aprovaria isto? Ele agiria desta forma?
Se Jesus é o Senhor de nossas vidas vivamos intensamente em submissão em um relacionamento profundo e comprometido com Ele.
Se Jesus é o Senhor de nossas vidas assumamos os riscos de viver o discipulado diante de todos, ainda que tenhamos que sofrer por isso.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder