segunda-feira, 10 de novembro de 2025

LIBERTE-SE DO COMODISMO ESPIRITUAL.

 

Texto Base: Lucas 19:11-27
 
¹¹ Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente.
¹² Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar.
¹³ Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte.
¹⁴ Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.
¹⁵ Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido.
¹⁶ Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez.
¹⁷ Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.
¹⁸ Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco.
¹⁹ A este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades.
²⁰ Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei embrulhada num lenço.
²¹ Pois tive medo de ti, que és homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.
²² Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei;
²³ por que não puseste o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, o receberia com juros.
²⁴ E disse aos que o assistiam: Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem as dez.
²⁵ Eles ponderaram: Senhor, ele já tem dez.
²⁶ Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe-á; mas ao que não tem, o que tem lhe será tirado.
²⁷ Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença.
 
Introdução: Graça e Paz irmãos! Já faz alguns domingos que temos aprendido da Palavra de Deus que estamos em um combate espiritual muito intenso. O diabo não está brincando de ser diabo. Ele veio para matar, roubar e destruir.
 
E eu pessoalmente acredito que quanto mais o tempo passa, estamos mais próximos da volta de Jesus e as lutas também se tornam mais fortes.
 
Em apocalipse 12:12 há uma palavra que confirma que o diabo virá com toda a sua fúria contra a humanidade à medida que o tempo profético vai se cumprindo, sabendo que pouco tempo lhe resta.
 
“Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta”. Apocalipse 12:12
 
Embora muitos de nós estejamos cientes desta verdade, me parece que os alertas de Deus e os sinas evidentes da volta de Jesus não têm sido suficientes para nos tirar da nossa acomodação espiritual.
 
Creio que esta acomodação e sonolência espiritual em que muitos cristãos estão vivendo também seja uma estratégia eficiente de Satanás. Ele fará de tudo para nos manter assim.
 
Pesquisas feitas por diversas organizações cristãs, dentre elas o reconhecido Barna Group (EUA), apontam que aproximadamente 80% dos membros de igrejas evangélicas estão entregues ao comodismo. A grande maioria apenas aprecia os cultos e nada fazem pelo evangelho e pela igreja que frequentam.
 
Enquanto isso, o restante, os 20% dos membros, estão carregando nas costas todo o trabalho e, sem querer, muitas vezes caem no ativismo e ficam esgotados.
 
Por isso creio que precisamos nos libertar do comodismo. Como já falei em outra ministração: o diabo fará de tudo para nos aprisionar em uma espécie de sonolência espiritual. Tanto a sonolência quanto o comodismo fazem parte de sua estratégia.
 
O comodismo é um mal que atinge os cristãos, mas como podemos nos livrar dele e nos tornarmos uma igreja que serve a Deus com alegria?
 
Creio que nesta parábola das dez minas temos uma resposta.
 
Nesta parábola temos uma analogia de como Deus deseja que nós como cristãos e discípulos de Jesus encaremos o nosso propósito, a nossa missão neste mundo.
 
A parábola das dez minas é muito familiar para nós porque soa como a parábola dos talentos (Mt 25:14-30).
 
Mas é uma ocasião diferente, um local diferente, uma história diferente com uma aplicação diferente, embora haja algumas semelhanças.
 
Jesus falou a parábola das dez minas (moedas de ouro) na estrada de Jericó para Jerusalém. Alguns dias depois, no meio da semana santa, Jesus contou a parábola dos talentos. Não podemos misturar essas histórias.
 
Na parábola das dez minas, Jesus diz que um nobre partiu para um lugar distante para tomar posse de um reino, ou seja, para que uma autoridade maior que ele lhe concedesse um reino. Esse reino será o próprio país de onde ele está partindo.
 
Ao partir deu aos seus servos uma quantia de dez minas (moedas de ouro) e esperava que eles fizessem bons negócios e tivessem lucros com seus esforços. Esses servos poderiam demonstrar amor e respeito por seu senhor, provando que eram dignos de sua confiança. Quando o nobre voltasse já como rei, ele avaliaria o que todos fizeram.
 
Havia também entre eles os cidadãos daquela terra que o odiavam e não o queriam como rei, não reconheciam a sua autoridade. Eles enviaram uma delegação implorando ao rei superior para não fazer daquele nobre um rei sobre eles. E, então, quando o nobre retornou, ele encontra três grupos de pessoas:
 
1) Aqueles que fizeram o que deveriam fazer: Eles multiplicaram o que receberam.
 
Esses foram recompensados. Esse grupo é representado pelos dois primeiros servos: Um multiplicou mais dez minas e o outro cinco.
 
2) Aqueles que não fizeram o que deveriam fazer: Jesus chama esse de servo mau.
 
Esses foram rejeitados: Esse grupo é representado pelo que devolveu apenas o que recebeu (uma mina envolta em um lenço) Até o que ele tinha lhe foi tirado e dado ao que multiplicou as dez minas.  
 
3) Aqueles que o odiavam: esses foram executados na presença do rei.
 

Todos nós estamos nessa história. Existem apenas três possibilidades:

 
Ou você é um verdadeiro servo do Rei- alguém que multiplica o que tem recebido. Alguém que serve a Jesus com o seu melhor; com os seus dons, talentos e recursos pessoais.
 
A disposição para servir nos tira do comodismo, nos desperta para o serviço a Deus e ao próximo e não nos permite ficar acomodados.
 
ou um falso servo do Rei- alguém que vive no comodismo e indiferença religiosa. Que não faz nada pelo reino e que não entendeu o seu lugar e importância no reino.
 
ou você é um inimigo do Rei- alguém que não reconhece a autoridade de Jesus como o Senhor de sua vida.
 
Não há outras categorias.
 
Essa é uma parábola que abrange toda a humanidade.
 
Dessa parábola vamos extrair algumas lições para nos libertar do comodismo espiritual.
 
EU VENÇO A ACOMODAÇÃO:
 
1º) SENDO INCONFORMADO NO ESPÍRITO.
 
“ Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava (ficou indignado) em face da idolatria dominante na cidade.” Atos 17:16
 
Creio aqui irmãos que todos nós se quisermos vencer a acomodação precisamos sentir esse inconformismo em nosso espírito, assim como Paulo o sentiu diante da imensa idolatria que ele viu em Atenas.
 
Estamos vivendo um tempo em que as pessoas estão aceitando passivamente as piores situações na sua vida e não lutam para melhorar os seus relacionamentos, sua vida financeira, seu ministério...
 
O que é Comodismo? O comodismo é uma atitude de quem só se preocupa com seu próprio bem-estar. Pessoas que só se preocupam consigo mesmas, não ligam para os outros.
 
O comodismo é aquela fase da vida em que parece que não queremos envolvimento com nada que possa nos tirar do nosso conforto.
 
Nós vemos que aquele servo que devolveu a sua mina envolta em um lenço ao seu Senhor, não se preocupou com aquilo que foi colocado em suas mãos, com a responsabilidade que o Senhor o havia dado.
 
O inconformismo pode ser desagradável de sentir, mas a consciência de que não se está bem pode ser o resultado do trabalho do Espírito Santo na pessoa que está sendo convencida a ter uma mudança de vida.
 
ALGUMAS VERDADES SOBRE A VIDA CRISTÃ:
 
1.Ninguém foi chamado por Deus para ficar de braços cruzados;
 
2.Ninguém foi chamado por Deus para ser servido;
 
3.O chamado de Deus em nossas vidas tem relação com aquilo que Ele deseja realizar em nós e através de nós para benefício daqueles que estão a nossa volta.
 
DESÇA DA ARQUIBANCADA....
 
A expressão descer da arquibancada é um desafio para que a pessoa saia do comodismo. É muito bom ser torcedor. É divertido. A gente pula, vibra, critica, e aborrece. Come uma pipoquinha, come um churrasquinho..
 
Desça da arquibancada porque somos chamados para uma missão. E para cumprir esta missão Deus fez de cada cristão um ministro, de cada membro da igreja um soldado valoroso para esta batalha espiritual
EU VENÇO A ACOMODAÇÃO:
 
2º) ENFRENTANDO OS MEUS TEMORES
 
Lucas 19:21 “Porque tive medo de ti, que és homem rigoroso, que tomas o que não puseste, e segas o que não semeaste.”
 
Aquele homem teve medo e isso foi tão maligno que o paralisou de tal forma que ele não conseguiu agir para multiplicar o que lhe foi confiado.
 
 II Timóteo 1:7 “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.”
 
Precisamos vencer uma das malignidades, que mais impedem os homens de conquistar: O MEDO.
 
Hoje as pessoas têm medo de casar, medo de ter uma empresa, medo de falar em público, medo de assumir novos desafios (principalmente espirituais) e até medo do amanhã.
 
Nesta noite o Senhor vai te libertar deste espírito maligno a sua vida não vai ficar paralisada, Deus não te deu espírito de covardia, caminhe pela fé, porque não vai acontecer o que o diabo quer e sim a benção de Deus que vai se manifestar na sua vida.
 
EU VENÇO A ACOMODAÇÃO:
 
3º) SAINDO DO UNIVERSO DAS DESCULPAS.
 
“Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei; por que não puseste o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, o receberia com juros”. Lucas 19:22,23
 
Este texto é incrível porque aquele homem deu uma desculpa, porque ele estava acomodado colocou a culpa da sua passividade no seu senhor, e este é o cenário da vida de muitas pessoas.
 
Pessoas que colocam a culpa dos seus erros, fraquezas e deformações em outras pessoas e isto é apenas para encobrir a sua acomodação.
 
E ele era tão acostumado a viver desta forma, que ele se esqueceu de uma ação bem simples que poderia trazer a benção da multiplicação colocando o dinheiro no banco.
 
CONCLUSÃO:
 
 
 
SOLTANDO O QUE NOS PRENDE
 
 Certa vez foi realizada uma expedição de cientistas com a missão de capturar uma espécie rara de macacos nas selvas africanas, para que estes macacos pudessem contribuir em um importante estudo biológico. Seria uma missão difícil, pois os macacos deveriam ser capturados vivos e ilesos, sem nenhum tipo de ferimento. Por isso a utilização de dardos tranquilizantes foi completamente descartada.
 
Para o experimento desenvolveram uma armadilha muito engenhosa e, ao mesmo tempo, extremamente simples. Foram fabricados frascos de vidro com um gargalo longo e estreito, suficiente apenas para que passasse a mão aberta de um macaco.
 
Dentro do frasco foram colocadas nozes, a comida preferida desta espécie. Vários destes frascos foram fixados na terra, enquanto uma pequena quantidade de nozes também foi espalhada em volta dos frascos como forma de atrair os macacos para a armadilha. Depois disso os cientistas continuaram acompanhando, à distância, o comportamento dos macacos.
 
Como a armadilha funcionava? Quando o macaco sentia o cheiro das nozes dentro do frasco, ele enfiava a mão através da estreita abertura e pegava um punhado de nozes. Mas quando tentava tirar a braço com a mão fechada, ficava preso, pois a mão aberta passava pelo gargalo estreito, mas a mão fechada não.
 
Mas por que os macacos ficavam presos? Era só abrir a mão e eles estariam livres! O mais incrível foi perceber que os macacos desejavam tanto as nozes que, mesmo vendo os cientistas se aproximando para capturá-los, não conseguiam abrir a mão e deixar as sonhadas nozes para trás. Assim os macacos foram facilmente capturados, sem a necessidade de causar nenhum tipo de ferimento neles.
 
Podemos rir dos macacos, pensando que são muito tolos. Mas em alguns aspectos nos comportamos como eles. Apegamo-nos tanto a algumas coisas materiais que, mesmo sabendo que elas nos prendem e não nos deixam crescer espiritualmente, não conseguimos nos soltar.
 
Talvez uma dessas coisas em que mais nos apeguemos seja o "COMODISMO".
 
 
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO