O PERFIL DE UM CIDADÃO DO CÉU
FILIPENSES 3:17-21
17 Irmãos, sejam meus imitadores e aprendam com aqueles
que seguem nosso exemplo.
18 Pois, como lhes disse muitas vezes, e o digo novamente
com lágrimas nos olhos, há muitos cuja conduta mostra que são, na verdade,
inimigos da cruz de Cristo.
19 Estão rumando para a destruição. O deus deles é seu
próprio apetite. Vangloriam-se de coisas vergonhosas e pensam apenas na vida
terrena.
20 Nossa cidadania, no entanto, vem do céu, e de lá
aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
21 Ele tomará nosso frágil corpo mortal e o transformará
num corpo glorioso como o dele, usando o mesmo poder com o qual submeterá todas
as coisas a seu domínio.
Introdução:
Quando uma pessoa nasce, ela passa a ser cidadão ou cidadã daquele país onde
nasceu. Essa cidadania confere direitos e deveres a esta pessoa, e, portanto,
ela deve viver de acordo com as normas de sua nação.
Algumas
nações são mais desenvolvidas do que outras, o que implica que seus respectivos
cidadãos desfrutam de mais benefícios do que os das nações menos desenvolvidas.
Entretanto, há uma cidadania que supera todas as nacionalidades existentes, a
qual não é terrena.
Os filipenses eram cidadãos romanos, pois viviam na
cidade de Filipos
Filipos
foi uma cidade importante do Império Romano, considerada uma porta de entrada
da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia. Os cidadãos de Filipo
tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade.
Entretanto, o apóstolo chama a atenção de seus leitores
para o fato de que há uma cidadania mais importante do que a romana, uma
cidadania que não é terrena, mas sim, celestial, a cidadania do reino dos céus, “Nossa cidadania, no entanto, vem
do céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus
Cristo” (Fl 3.20).
SE VOCÊ ENTREGOU SUA VIDA A CRISTO, E FOI REGENERADO PELO
ESPÍRITO SANTO, VOCÊ TAMBÉM É UM CIDADÃO, OU UMA CIDADÃ DO CÉU.
E todos nós temos o desafio de vivermos de acordo com as normas
deste reino celeste!
Os versículos 18 e 19 nos leva a entender que alguns dos
cristãos que ali viviam não estavam demonstrando uma conduta compatível com os
valores de um cidadão do Reino dos Céus.
- Eles viviam uma vida egoísta, se vangloriavam de
coisas vergonhosas e pensavam apenas nas coisas terrenas.
Em outras palavras, eles não eram diferentes em
nada das pessoas que ali viviam.
É possível que tivessem a simpatia de algumas pessoas,
mas não eram aprovados por Jesus Cristo!
Na
oração de Jesus em João 17:14, Jesus afirmou dizendo: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do
mundo, como eu também não sou”.
Assim, Jesus deixou claro o ensinamento de que o cristão
está neste mundo, mas não mais pertence a ele. Assim, todo salvo é um estrangeiro.
A
Igreja se torna uma colônia do céu que está habitando na terra. Somos
forasteiros em terra estranha; somos cidadãos do céu na terra!
Neste
texto, Paulo chama a nossa atenção para uma conduta diferenciada.
O
apóstolo Pedro também enfatiza esta verdade quando diz: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos
absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.” 1 Pedro
2:11
A
pergunta que devemos fazer então é: Como
devem viver os cidadãos do céu enquanto estão nesta terra? Qual é o perfil
deste cidadão?
1- UM CIDADÃO DO CÉU É
UM EXEMPLO DE CRISTÃO
17 Irmãos, sejam meus imitadores e aprendam com aqueles
que seguem nosso exemplo.
Esta
não é a única vez que Paulo diz à igreja que poderia imitá-lo. Em 1 Cor. 11:1.
Quando
olhamos para o verso 17, alguns dentre nós poderia considerar que Paulo fosse
uma pessoa muito orgulhosa, mas, não, pois em Filipenses 3:12,13, ele já havia
confessado que não havia se tornado tudo que Deus esperava para ele. Mas que
estava neste processo.
12 Não estou dizendo que
já obtive tudo isso, que já alcancei a perfeição. Mas prossigo a fim de
conquistar essa perfeição para a qual Cristo Jesus me conquistou.
13 Não, irmãos, não a
alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado
e olhando para o que está adiante,
Quando
o apóstolo Paulo diz que os irmãos deviam ser seus imitadores esse é um
princípio do discipulado cristão, em que Cristo é o nosso mentor e exemplo
maior, seguido por Paulo e todos os discípulos.
Se
você está em Cristo, o Espírito Santo que habita em você será capaz de moldá-lo
e a cada dia lhe tornar semelhante a Ele. Isso refletirá nos seus atos e frutos
que produzirá.
“E todos nós, com o
rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito”. 2 Cor.
3:18
O
desafio de imitar a Jesus em tudo é o grande desafio para os discípulos de
Cristo!
São
muitos aqueles que nunca entrarão em uma igreja ou lerão alguma bíblia, por
isso devemos ser capazes também de dizer: ”Vejam Jesus em mim”. Como diz uma frase que ouvi: “Você é a única
bíblia que muitos vão ler”
2- UM CIDAÇÃO DO CÉU
PRIORIZA O QUE É ETERNO.
18 Pois, como lhes disse muitas vezes, e o digo novamente
com lágrimas nos olhos, há muitos cuja conduta mostra que são, na verdade,
inimigos da cruz de Cristo.
19 Estão rumando para a destruição. O deus deles é seu
próprio apetite. Vangloriam-se de coisas vergonhosas e pensam apenas na vida
terrena.
Na
época de Paulo, por ocasião quando escreve a carta aos irmãos em Filipos já
haviam os chamados “cristãos nominais”, pessoas que se diziam cristãs, mas suas
práticas diárias demonstravam nitidamente o contrário.
Paulo
chama estas pessoas de “inimigos da cruz de Cristo”. Creio que os inimigos da
cruz de Cristo são todos aqueles que rejeitam a suficiência e a eficácia da
morte de Jesus na cruz para a nossa redenção!
Uma característica contundente de que alguém está em
Cristo, de que alguém é salvo, é que seus interesses estão voltados para as
coisas espirituais e eternas.
Havia
na igreja dois grupos bem definidos que se enquadram na descrição de Paulo.
O primeiro grupo que
já conhecemos são os judaizantes que eram legalistas desprovidos de amor
cristão, mais apegado às leis do que ao Deus da lei.
Esse
grupo rejeitava abertamente o evangelho da graça e exigia as práticas da lei de
Moisés como a da circuncisão para que as pessoas fossem salvas.
O segundo grupo são os antinomianistas
que eram de outro extremo; pois eram libertinos, que criam que tudo é
permitido.
A
palavra antinomianismo vem de duas palavras gregas, anti, que significa
"contra", e nomos, que significa "lei". Sendo assim, antinomianismo
significa “contra a lei.” Teologicamente, o antinomianismo é a crença de que
não há leis morais que Deus espera que os cristãos obedeçam.
O
apóstolo Paulo tratou da questão do antinomianismo também em Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o
pecado, como viveremos ainda nele?"
O próprio Senhor Jesus ao falar sobre a sua volta,
advertiu os seus discípulos para tomar cuidado para não se deixar influenciar
por tais atitudes:
“Acautelai-vos por vós
mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com
as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para
que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço”. Lucas 21:34
3- UM CIDADÃO DO CÉU
AGUARDA A VOLTA DE JESUS.
20 Nossa cidadania (Nossa pátria), no entanto, vem do
céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus
Cristo.
O
verdadeiro cristão tem no retorno de Jesus a sua grande esperança.
O ensino sobre a segunda vinda de Cristo é uma das mais
importantes doutrinas da Bíblia.
Jesus e os apóstolos falaram muito frequentemente sobre o assunto. Todos os
principais credos, confissões e declarações de fé dos cristãos, produzidos no
decorrer da história, fazem menção desta doutrina.
O
Novo Testamento menciona a volta de Cristo trezentos e dezenove vezes, além das
centenas de referências no Antigo Testamento. Capítulos inteiros foram
dedicados ao tema, como Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21; e livros inteiros
foram escritos para tratar deste assunto, como I e II Tessalonicenses.
Jesus
disse: "E, quando eu for e vos
preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu
estou, estejais vós também" (João 14:3).
O
céu é um lugar e um Estado. Ele é o lugar da morada de Deus e da sua Igreja
resgatada e também um estado de bem-aventurança eterna, onde jamais entrarão a
dor, a lágrima, o luto e a morte.
Independentemente
de nossa posição escatológica, como cidadãos dos céus devemos estar sempre
preparados para este dia, pois Jesus disse:
"Portanto, vigiai,
porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai
de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que
fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à
hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:42-44).
Com a esperança do retorno de Jesus, temos também a
promessa de que o nosso corpo de humilhação será também transformado em um
corpo de glória na ressurreição.
21 “o qual transformará
o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a
eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”.
CONCLUSÃO:
Em
Cristo somos feitos filhos de Deus e cidadãos dos céus. Como cidadãos dos céus
na terra, devemos focar sempre nas coisas eternas, vivendo como Cristo viveu.
-
Os cidadãos dos céus estão interessados nos valores espirituais e não em
valores terrenos. Os valores terrenos são passageiros, os valores espirituais
são para a eternidade.
-
Os cidadãos dos céus estão interessados em ganhar almas, levar a Palavra aos
que não conhecem o Senhor Jesus, visitar os enfermos levando-lhes uma palavra
de conforto, apoiar o fraco, estender as mãos para o aflito e necessitado,
enfim, estão no mesmo propósito de Jesus quando aqui viveu.
-
Os cidadãos dos céus não estão interessados em coisas que lhe promovam diante
dos homens, mas o seu interesse é promover o Rei dos Reis, o Senhor dos
Senhores, JESUS!
Igreja Metodista em Catalão-GO
Pr.
Gilberto Oliveira Rehder
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