domingo, 15 de dezembro de 2024

O PERFIL DE UM CIDADÃO DO CÉU


FILIPENSES 3:17-21
 
17 Irmãos, sejam meus imitadores e aprendam com aqueles que seguem nosso exemplo.
18 Pois, como lhes disse muitas vezes, e o digo novamente com lágrimas nos olhos, há muitos cuja conduta mostra que são, na verdade, inimigos da cruz de Cristo.
19 Estão rumando para a destruição. O deus deles é seu próprio apetite. Vangloriam-se de coisas vergonhosas e pensam apenas na vida terrena.
20 Nossa cidadania, no entanto, vem do céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
21 Ele tomará nosso frágil corpo mortal e o transformará num corpo glorioso como o dele, usando o mesmo poder com o qual submeterá todas as coisas a seu domínio.
 
Introdução: Quando uma pessoa nasce, ela passa a ser cidadão ou cidadã daquele país onde nasceu. Essa cidadania confere direitos e deveres a esta pessoa, e, portanto, ela deve viver de acordo com as normas de sua nação.
 
Algumas nações são mais desenvolvidas do que outras, o que implica que seus respectivos cidadãos desfrutam de mais benefícios do que os das nações menos desenvolvidas. Entretanto, há uma cidadania que supera todas as nacionalidades existentes, a qual não é terrena.
 
Os filipenses eram cidadãos romanos, pois viviam na cidade de Filipos
 
Filipos foi uma cidade importante do Império Romano, considerada uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia. Os cidadãos de Filipo tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade.
 
Entretanto, o apóstolo chama a atenção de seus leitores para o fato de que há uma cidadania mais importante do que a romana, uma cidadania que não é terrena, mas sim, celestial, a cidadania do reino dos céus, “Nossa cidadania, no entanto, vem do céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fl 3.20).
 
SE VOCÊ ENTREGOU SUA VIDA A CRISTO, E FOI REGENERADO PELO ESPÍRITO SANTO, VOCÊ TAMBÉM É UM CIDADÃO, OU UMA CIDADÃ DO CÉU.
 
E todos nós temos o desafio de vivermos de acordo com as normas deste reino celeste!
 
Os versículos 18 e 19 nos leva a entender que alguns dos cristãos que ali viviam não estavam demonstrando uma conduta compatível com os valores de um cidadão do Reino dos Céus.
 
- Eles viviam uma vida egoísta, se vangloriavam de coisas vergonhosas e pensavam apenas nas coisas terrenas.
 
Em outras palavras, eles não eram diferentes em nada das pessoas que ali viviam.
 
É possível que tivessem a simpatia de algumas pessoas, mas não eram aprovados por Jesus Cristo!
 
Na oração de Jesus em João 17:14, Jesus afirmou dizendo: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou”.
 
Assim, Jesus deixou claro o ensinamento de que o cristão está neste mundo, mas não mais pertence a ele. Assim, todo salvo é um estrangeiro.
 
A Igreja se torna uma colônia do céu que está habitando na terra. Somos forasteiros em terra estranha; somos cidadãos do céu na terra!
 
Neste texto, Paulo chama a nossa atenção para uma conduta diferenciada.
 
O apóstolo Pedro também enfatiza esta verdade quando diz: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.” 1 Pedro 2:11
 
A pergunta que devemos fazer então é: Como devem viver os cidadãos do céu enquanto estão nesta terra? Qual é o perfil deste cidadão?
 
1- UM CIDADÃO DO CÉU É UM EXEMPLO DE CRISTÃO
17 Irmãos, sejam meus imitadores e aprendam com aqueles que seguem nosso exemplo.
 
Esta não é a única vez que Paulo diz à igreja que poderia imitá-lo. Em 1 Cor. 11:1.
 
Quando olhamos para o verso 17, alguns dentre nós poderia considerar que Paulo fosse uma pessoa muito orgulhosa, mas, não, pois em Filipenses 3:12,13, ele já havia confessado que não havia se tornado tudo que Deus esperava para ele. Mas que estava neste processo.
 
12 Não estou dizendo que já obtive tudo isso, que já alcancei a perfeição. Mas prossigo a fim de conquistar essa perfeição para a qual Cristo Jesus me conquistou.
13 Não, irmãos, não a alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está adiante,
 
Quando o apóstolo Paulo diz que os irmãos deviam ser seus imitadores esse é um princípio do discipulado cristão, em que Cristo é o nosso mentor e exemplo maior, seguido por Paulo e todos os discípulos.
 
Se você está em Cristo, o Espírito Santo que habita em você será capaz de moldá-lo e a cada dia lhe tornar semelhante a Ele. Isso refletirá nos seus atos e frutos que produzirá.
 
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. 2 Cor. 3:18
 
O desafio de imitar a Jesus em tudo é o grande desafio para os discípulos de Cristo!
 
São muitos aqueles que nunca entrarão em uma igreja ou lerão alguma bíblia, por isso devemos ser capazes também de dizer: ”Vejam Jesus em mim”.  Como diz uma frase que ouvi: “Você é a única bíblia que muitos vão ler”
 
2- UM CIDAÇÃO DO CÉU PRIORIZA O QUE É ETERNO.
18 Pois, como lhes disse muitas vezes, e o digo novamente com lágrimas nos olhos, há muitos cuja conduta mostra que são, na verdade, inimigos da cruz de Cristo.
19 Estão rumando para a destruição. O deus deles é seu próprio apetite. Vangloriam-se de coisas vergonhosas e pensam apenas na vida terrena.
 
Na época de Paulo, por ocasião quando escreve a carta aos irmãos em Filipos já haviam os chamados “cristãos nominais”, pessoas que se diziam cristãs, mas suas práticas diárias demonstravam nitidamente o contrário.
 
Paulo chama estas pessoas de “inimigos da cruz de Cristo”. Creio que os inimigos da cruz de Cristo são todos aqueles que rejeitam a suficiência e a eficácia da morte de Jesus na cruz para a nossa redenção!
 
Uma característica contundente de que alguém está em Cristo, de que alguém é salvo, é que seus interesses estão voltados para as coisas espirituais e eternas. 
 
Havia na igreja dois grupos bem definidos que se enquadram na descrição de Paulo.
 
O primeiro grupo que já conhecemos são os judaizantes que eram legalistas desprovidos de amor cristão, mais apegado às leis do que ao Deus da lei.
 
Esse grupo rejeitava abertamente o evangelho da graça e exigia as práticas da lei de Moisés como a da circuncisão para que as pessoas fossem salvas.
 
O segundo grupo são os antinomianistas que eram de outro extremo; pois eram libertinos, que criam que tudo é permitido. 
 
A palavra antinomianismo vem de duas palavras gregas, anti, que significa "contra", e nomos, que significa "lei". Sendo assim, antinomianismo significa “contra a lei.” Teologicamente, o antinomianismo é a crença de que não há leis morais que Deus espera que os cristãos obedeçam.
 
O apóstolo Paulo tratou da questão do antinomianismo também em Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?"
O próprio Senhor Jesus ao falar sobre a sua volta, advertiu os seus discípulos para tomar cuidado para não se deixar influenciar por tais atitudes:
 
“Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço”. Lucas 21:34
 
3- UM CIDADÃO DO CÉU AGUARDA A VOLTA DE JESUS.
20 Nossa cidadania (Nossa pátria), no entanto, vem do céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
 
O verdadeiro cristão tem no retorno de Jesus a sua grande esperança.
 
O ensino sobre a segunda vinda de Cristo é uma das mais importantes doutrinas da Bíblia. Jesus e os apóstolos falaram muito frequentemente sobre o assunto. Todos os principais credos, confissões e declarações de fé dos cristãos, produzidos no decorrer da história, fazem menção desta doutrina.
 
O Novo Testamento menciona a volta de Cristo trezentos e dezenove vezes, além das centenas de referências no Antigo Testamento. Capítulos inteiros foram dedicados ao tema, como Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21; e livros inteiros foram escritos para tratar deste assunto, como I e II Tessalonicenses.
 
Jesus disse: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14:3).
 
O céu é um lugar e um Estado. Ele é o lugar da morada de Deus e da sua Igreja resgatada e também um estado de bem-aventurança eterna, onde jamais entrarão a dor, a lágrima, o luto e a morte.
 
Independentemente de nossa posição escatológica, como cidadãos dos céus devemos estar sempre preparados para este dia, pois Jesus disse:
 
"Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:42-44).
 
Com a esperança do retorno de Jesus, temos também a promessa de que o nosso corpo de humilhação será também transformado em um corpo de glória na ressurreição.
 
21 “o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”.
 
CONCLUSÃO:
 
Em Cristo somos feitos filhos de Deus e cidadãos dos céus. Como cidadãos dos céus na terra, devemos focar sempre nas coisas eternas, vivendo como Cristo viveu.
 
- Os cidadãos dos céus estão interessados nos valores espirituais e não em valores terrenos. Os valores terrenos são passageiros, os valores espirituais são para a eternidade.
 
- Os cidadãos dos céus estão interessados em ganhar almas, levar a Palavra aos que não conhecem o Senhor Jesus, visitar os enfermos levando-lhes uma palavra de conforto, apoiar o fraco, estender as mãos para o aflito e necessitado, enfim, estão no mesmo propósito de Jesus quando aqui viveu.
 
- Os cidadãos dos céus não estão interessados em coisas que lhe promovam diante dos homens, mas o seu interesse é promover o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, JESUS!
 
 
 
Igreja Metodista em Catalão-GO
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
    

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