quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

NOVOS DISCÍPULOS SE UNEM À FAMÍLIA METODISTA EM CATALÃO


Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.” 1 Cor. 3:7,8


Existe um lema em nossa cidade exposto próximo ao Parque do Povo que diz: “VIVER EM CATALÃO É BOM DEMAIS”.  Nestes três anos que aqui estou, tenho percebido que o catalano tem orgulho de sua cidade, principalmente com o seu crescimento urbano. Não vejo problema com este tipo de orgulho, pois devemos amar, orar e defender a cidade a que pertencemos. 

Como Igreja, povo de Deus, não podemos ser diferente. Devemos ter orgulho em pertencer à Família de Deus; e porque não dizer também, da Família Metodista! Devemos amar, orar e abençoar a igreja que nos acolheu e que nos apresentou o evangelho puro e simples de Jesus Cristo. Como discípulos de Jesus devemos também levar a Palavra de Salvação a outras pessoas e fazermos de tudo para que se tornem também discípulos comprometidos e multiplicadores. Por isso estamos investindo forte no discipulado em pequenos grupos e como conseqüência, temos colhido bons frutos.   
Neste ano tivemos três turmas de batismo e outras pessoas que assumiram os votos de membro da Igreja Metodista. Mas, o que mais me alegra, é que a maioria destes novos discípulos se uniu à nossa Família da Fé através da experiência de conversão. Algumas destas pessoas eram motivos de oração por parte de seus familiares. Outros foram evangelizados por alguns dos irmãos de nossa igreja e se entregaram ao Senhor em nossos cultos. Tivemos também pessoas que foram alcançadas em nossos Pontos Missionários. Neste último batismo, algo maravilhoso ocorreu. Uma família completa se rendeu a Jesus e foram batizados. Se cumpriu mais uma promessa: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa.." Atos 16:31. 
É bom demais ver o que Deus está fazendo em nosso meio. Somente a Ele, seja a glória, a honra e o louvor!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder




segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A IGREJINHA METODISTA EM CALDAS NOVAS?


Durante o mês de novembro a Igreja Metodista em Caldas Novas completou mais um ano de vida e missão. Era o seu 46º aniversário. Tive o privilégio de ser um dos convidados para ministrar nesta maravilhosa festa no dia 22 de novembro. 
O pastor Bruno Herculano e sua esposa Denilde receberam a mim e minha esposa Margarete com muito amor e alegria em sua casa.Compartilho aqui as minhas impressões sobre a Igreja em Caldas Novas e também as minhas expectativas à respeito desta igreja.Ao chegarmos à cidade, perguntamos em um estabelecimento comercial, onde fica a Igreja Metodista.  O comerciante, também evangélico nos respondeu: “Uma igrejinha pequena...?” a igreja metodista...? Depois de recebermos as informações em um tom de desdém, chegamos ali no domingo na parte da manhã, na Escola Dominical para ministrarmos uma Palavra para toda a igreja em classe única. Fomos recebidos pelos irmãos com simpatia e amor. O Templo não estava cheio, mas havia um bom grupo de irmãos e algumas crianças com muita disposição e alegria. Vi logo de cara uma igreja que está vivendo em um momento novo. Inclusive com um projeto de crescimento e expansão. Um baner estava exposto na entrada do templo: “Um Templo Novo, para um Novo Tempo”.  
O pastor abriu a Escola Dominical e logo começou um empolgante louvor. Cantaram-se alguns cânticos e um hino de nosso hinário. O pastor trouxe alguns avisos à igreja e um deles me chamou a atenção. Tratava-se de um trabalho para atrair os jovens e adolescentes da cidade para a igreja: “A Parada Obrigatória”.  A mocidade da igreja e alguns irmãos mais velhos saíram pelas ruas do centro da cidade, em um caminhão tipo trio elétrico, distribuindo panfletos, evangelizando e com um grupo de teatro com jovens de caras pintadas, chamando muito atenção de todos. Fiquei sabendo depois que esta não era a primeira vez que eles fizeram esta “parada”. Inclusive na igreja já havia alguns frutos desta parada integrados aos irmãos. 
Percebi que o pastor e sua esposa puxavam a igreja e estavam envolvidos nesta missão. Quantas vezes ouvimos falar: “a igreja não tem jovens, a igreja não cresce...”. Então, vamos buscá-los, vamos pregar a Palavra a tempo e a fora de tempo. Vamos buscar a Deus e também buscar as pessoas. Isso me lembrou da parábola das bodas que Jesus contou: “...Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa.” Lucas14:21-23. Depois do louvor e dos avisos, ministrei a Palavra em Isaías cap. 6, sobre visões de Deus para um tempo de crise. A Igreja foi chamada a ver a Deus como realmente Ele é, a nós como somos e principalmente a ter a visão missionária. Percebi também, que o Senhor tem restaurado nestes irmãos um avivamento espiritual que gera o amor pelas vidas perdidas. No domingo depois de um almoço maravilhoso e uma comunhão gostosa com o pastor, sua esposa e o irmão Fábio, visitamos o Acampamento Metodista e novamente ficamos impressionados com a estrutura e com o projeto de construção de estrutura de lazer incluindo as piscinas, vestuários, e etc.. 
À noite tivemos um culto maravilho. O Templo estava lotado. Mais uma vez, o louvor foi ministrado com muita unção. Podemos perceber o mover do Espírito Santo nos corações. A Palavra foi ministrada e muitas pessoas vieram à frente para orar. Não dá para relatar neste texto tudo o que vimos ali. Mas de uma coisa minha esposa e eu temos certeza: Não estávamos em uma igrejinha. Estávamos no meio de um povo ávido por Deus e pelas almas perdidas. Estávamos no meio de um povo que sonha em ser uma igreja relevante naquela cidade para a glória de Deus.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Chamado


“Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” 1 Cor.1:26-29
Ao falar sobre vocação, quero compartilhar um pouco de minha vida pessoal. Quando criança, fui criado livremente na rua como qualquer criança de minha época. Morava em uma casa localizada em uma praça onde havia um parquinho muito legal. Gostava de brincar com carrinho de rolemã, jogar bola, empinar pipa e de todas as brincadeiras de rua que aparecia. Neste período, meu lar vivia em crise pela separação de meus pais. Embora revoltado com a situação, não posso reclamar de que não tive infância.                                                
Em um certo dia apareceu na praça uma cachorra viralata sem dono. Logo, meus amigos e eu a adotamos e passamos a cuidar dela, dando banho, comida e carinho. O nome que demos a ela era Kely. Gostávamos muito de brincar com ela e até mesmo os pais da criançada nos ajudavam a cuidar dela. Até que um dia para a nossa tristeza, Kely foi atropelada e morreu. Lembro-me muito bem daquele momento: várias crianças chorando e revoltadas com o motorista. Diante disto resolvi fazer um enterro digno para a Kely. Preparamos um caixote de madeira para colocar o seu corpo e preparamos uma cruz. Em uma pequena prossição de crianças fomos enterrá-la em um terreno baldio. Naquele dia fiz o meu primeiro  oficio fúnebre. Todas as crianças deram as mãos e rezamos o Pai Nosso e uma Ave Maria. Foi tudo muito reverente e emocionante. Depois a enterramos e colocamos a cruz no local. Embora o funeral tivesse sido tipicamente católico, e alguns até pensassem que eu seria um padre,  creio que Deus já estava me preparando para que anos depois eu entregasse a minha vida a Jesus Cristo e atendesse ao seu chamado para o ministério pastoral. No texto acima o apóstolo Paulo nos motiva a reparar  na nossa vocação. Devemos nos lembrar de onde viemos e como Deus nos chamou. Quando estou abatido ou em crise por causa do ministério, nunca me esqueço de onde vim e de como o Senhor me resgatou e me chamou para o ministério.                                                                                    
 O chamado é para mim a motivação para prosseguir. O chamado é para mim a oportunidade de servir. Meu irmão e irmã em Cristo, nunca se esqueça de sua vocação (ou chamado)ela o manterá vivo e ativo na obra do Senhor!
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SE JESUS É O SENHOR...

“Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus.” 2 Cor.4:5

Imagine o que aconteceria se um torcedor do São Paulo em um jogo da decisão do Campeonato Paulista, gritasse o nome do seu time bem alto? Até ai tudo bem; mas, e se ele fizesse isso no meio da torcida do Corinthians em pleno estádio do Pacaembú, o que aconteceria?


Assim era a situação dos cristãos primitivos em uma época bem conturbada. Naqueles dias, o império Romano tinha o domínio sobre várias nações e César era reverenciado como uma divindade, ou Senhor. Os cristão,no entanto resolveram gritar: “Jesus Cristo é o Senhor!” Por conta disso, muitos foram presos, perseguidos e até mesmo mortos.
Hoje em dia, gritar que Jesus Cristo é o Senhor não dói nada. Carregar o nome de Jesus no peito também não. Difícil é ter peito para seguir a Jesus, para ser um discípulo comprometido e verdadeiro, carregar a cruz e negar a si mesmo.
Usar a camisa de um time de futebol ou com o nome de Jesus para muita gente tem o mesmo significado. Há pessoas que colocam adesivos no carro dizendo que Jesus é o Senhor, mas dirige de uma forma que o Senhor não aprovaria. Há aqueles que professam o nome do Senhor, mas o negam com a sua maneira de viver. Vivemos então a síndrome do cristianismo nominal.  Por isso há uma pergunta que julgo importante para os cristãos da atualidade: Quem é Jesus para nós? 
Muitos pensam que Jesus é um “gênio da lâmpada”, ao qual se leva até Ele pedidos para a pura satisfação pessoal. Outros crucificam Jesus até hoje, e o exibem pendurado no madeiro, com seu corpo totalmente dilacerado e prostrado. Jesus é simplesmente visto como uma vitima dos homens. No entanto, sendo Jesus o Senhor da vida e da morte ele deixou claro: “Ninguém a tira de mim (sua vida); pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai”.(João 10:18) Outros sabem que Jesus é o Filho do Deus Vivo, que morreu em uma cruz para nos purificar e redimir de nossos pecados. Jesus é entendido apenas como um Salvador e não como Senhor.
Jesus é o Senhor e não podemos abrir mão disso. Sendo Ele o Senhor, nós somos seus servos. E quais os direitos de servos, se não obedecê-lo?
Quando formos tomar uma decisão devemos sempre perguntar: O Senhor aprovaria isto? Ele agiria desta forma?
Se Jesus é o Senhor de nossas vidas vivamos intensamente em submissão em um relacionamento profundo e comprometido com Ele.
Se Jesus é o Senhor de nossas vidas assumamos os riscos de viver o discipulado diante de todos, ainda que tenhamos que sofrer por isso.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Orgulho Espiritual Oculto

Quero compartilhar um texto de Jonathan Edwards que considero bem apropriado para todos aqueles que militam na obra do Senhor. Seja você um pastor ou um líder na igreja esta palavra é de alerta. Vale a pena ler.Trata-se das armadilhas do orgulho espiritual. 

De: Jonathan Edwards 
“Quanto ao soberbo e presumido, zombador é o seu nome; ele procede com insolente orgulho.” 

A primeira e a pior causa de erro que prevalece nos nossos dias é o orgulho espiritual. Essa é a principal porta que o diabo usa para entrar nos corações daqueles que têm zelo pelo avanço da causa de Cristo. É a principal via de entrada de fumaça venenosa que vem do abismo para escurecer a mente e desviar o juízo. É o meio que Satanás usa para controlar cristãos e obstruir uma obra de Deus. Até que essa doença seja curada, em vão se aplicarão remédios para resolver quaisquer outras enfermidades.
O orgulho é muito mais difícil de ser discernido do que qualquer outra fonte de corrupção porque, por sua própria natureza, leva a pessoa a ter um conceito alto demais de si própria. É alguma surpresa, então, verificar que a pessoa que pensa de si acima do que deve está totalmente inconsciente desse fato? Ela pensa, pelo contrário, que a opinião que tem de si está bem fundamentada e que, portanto, não é um conceito elevado demais. Como resultado, não existe outro assunto no qual o coração esteja mais enganado e mais difícil de ser sondado. A própria natureza do orgulho é criar autoconfiança e expulsar qualquer suspeita de mal em relação a si próprio.
O orgulho toma muitas formas e manifestações e envolve o coração como as camadas de uma cebola – ao se arrancar uma camada, existe outra por baixo dela. Por isto, precisamos ter a maior vigilância imaginável sobre nossos corações com respeito a essa questão e clamar àquele que sonda as profundezas do coração para que nos auxilie. Quem confia em seu próprio coração é insensato.
Como o orgulho espiritual é mascarado por natureza, geralmente não pode ser detectado por intuição imediata como aquilo que é mesmo. É mais fácil ser identificado por seus frutos e efeitos, alguns dos quais quero mencionar junto com os frutos opostos da humildade cristã.
A pessoa espiritualmente orgulhosa sente que já está cheia de luz, não necessitando assim de instrução. Assim, terá a tendência de prontamente rejeitar a oferta de ajuda nesse sentido. Por outro lado, a pessoa humilde é como uma pequena criança que facilmente recebe instrução. É cautelosa no seu conceito de si mesma, sensível à sua grande facilidade em se desviar. Se alguém lhe sugere que está, de fato, saindo do caminho reto, mostra pronta disposição em examinar a questão e ouvir as advertências.
As pessoas orgulhosas tendem a falar dos pecados dos outros: o terrível engano dos hipócritas, a falta de vida daqueles irmãos que têm amargura, a resistência de alguns crentes à santidade. A pura humildade cristã, porém, se cala sobre os pecados dos outros ou, no máximo, fala a respeito deles com tristeza e compaixão.
A pessoa espiritualmente orgulhosa critica os outros cristãos por sua falta de crescimento na graça, enquanto o crente humilde vê tanta maldade em seu próprio coração, e se preocupa tanto com isso, que não tem muita atenção para dar aos corações dos outros. Queixa-se mais de si próprio e da sua própria frieza espiritual; sua esperança genuína é que todos os outros tenham mais amor e gratidão a Deus do que ele.
As pessoas espiritualmente orgulhosas falam freqüentemente de quase tudo que percebem nos outros em termos extremamente severos e ásperos. É comum dizerem que a opinião, conduta ou atitude de outra pessoa é do diabo ou do inferno. Muitas vezes, sua crítica é direcionada não só a pessoas ímpias, mas a verdadeiros filhos de Deus e a pessoas que são seus superiores.
Os humildes, entretanto, mesmo quando recebem extraordinárias descobertas da glória de Deus, sentem-se esmagados pela sua própria indignidade e impureza. Suas exortações a outros cristãos são transmitidas de forma amorosa e humilde e, ao lidar com seus irmãos e companheiros, eles procuram tratá-los com a mesma humildade e mansidão com que Cristo, que está infinitamente superior a eles, os trata.
O orgulho espiritual comumente leva as pessoas a se comportarem de modo diferente na sua aparência exterior, a assumirem um jeito diferente de falar, de se expressar ou de agir. Por outro lado, o cristão humilde – mesmo sendo firme no seu dever, permanecendo sozinho no caminho do céu ainda que o mundo inteiro o abandone – não sente prazer em ser diferente só para ser diferente. Não procura se colocar numa posição onde possa ser visto e observado como uma pessoa distinta ou especial; muito pelo contrário, dispõe-se a ser todas as coisas a todas as pessoas, a ceder aos outros, a se adaptar aos outros e a agradá-los em tudo menos no pecado.
Pessoas orgulhosas dão muita atenção à oposição e a injúrias; tendem a falar dessas coisas freqüentemente com um ar de amargura ou desprezo. A humildade cristã, em contraste, leva a pessoa a ser mais semelhante ao seu bendito Senhor, o qual, quando foi maltratado não abriu sua boca, mas se entregou em silêncio àquele que julga retamente. Para o cristão humilde, quanto mais clamoroso e furioso o mundo se manifestar contra ele, mais silencioso e quieto ficará, com exceção de quando estiver no seu quarto de oração: lá ele não ficará calado.
Outro padrão de pessoas espiritualmente orgulhosas é comportar-se de forma a torná-las o foco de atenção. É natural que a pessoa sob a influência do orgulho tome todo o respeito que lhe é oferecido. Se outros demonstram disposição de se submeterem a ela e a cederem em deferência a ela, esta pessoa receberá tais atitudes sem constrangimento. Na verdade, ela se habituou a esperar tal tratamento e a formar uma má opinião de quem não lhe oferece aquilo que pensa merecer.
Uma pessoa sob a influência de orgulho espiritual tende mais a instruir aos outros do que a fazer perguntas. Tal pessoa naturalmente assume ar de mestre. O cristão eminentemente humilde pensa que precisa de ajuda e todo o mundo, enquanto a pessoa espiritualmente orgulhosa acha que todos precisam do que ela tem para oferecer. A humildade cristã, sentindo o peso da miséria dos outros, suplica e implora; o orgulho espiritual, em contraste, ordena e adverte com autoridade.
Assim como o orgulho espiritual leva as pessoas a assumirem muitas coisas para si mesmas, de forma semelhante as induz a tratar os outros com negligência. Por outro lado, a pura humildade cristã traz a disposição de honrar a todas as pessoas.
Entrar em contendas a respeito do cristianismo por vezes é desaconselhável; no entanto, devemos tomar muito cuidado para não nos recusarmos a discutir com pessoas carnais por as acharmos indignas de nossa consideração. Pelo contrário, devemos condescender a pessoas carnais da mesma forma como Cristo condescendeu a nós – a fim de estar presente conosco na nossa indocilidade e estupidez.
 
Jonathan Edwards era pastor congregacional nas colônias inglesas da América do Norte no século XVIII. Acompanhou e participou do Grande Despertamento, um grande avivamento que atingiu as colônias norte-americanas, a Inglaterra e outros países, no qual George Whitefield e John Wesley também foram instrumentos. Foi autor e um dos maiores teólogos da sua geração. Este artigo foi traduzido e adaptado da sua obra: Some Thoughts concerning the Present Revival of Religion in New England ("Alguns Pensamentos a Respeito do Atual Avivamento Religioso na Nova Inglaterra").

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desencapetamento?


"Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens." Gálatas 1:11

Em um dia desses, navegando pela net, encontrei uma propaganda em uma determinada igreja evangélica anunciando uma nova campanha um tanto curiosa. A campanha do “Desencapetamento Total”. Se o dirigente desta igreja queria chamar a atenção das pessoas, certamente conseguiu. A promessa de libertação do olho gordo, da inveja, de doenças incuráveis, vícios, dívidas e outros males é o ponto alto desta campanha.
A libertação sempre foi um tema que despertou várias interpretações teológicas dentro do meio cristão.
Temos então, a Teologia da libertação como uma corrente teológica desenvolvida no Terceiro Mundo ou nas periferias pobres do Primeiro Mundo a partir dos anos 70 do século XX, baseadas na opção preferencial pelos pobres contra a pobreza e pela sua libertação.
Temos também a Teologia da prosperidade, também conhecida como confissão positiva, palavra da fé, movimento da fé e evangelho da saúde e da prosperidade, como um movimento religioso surgido nas primeiras décadas do Século XX nos Estados Unidos da América. Sua doutrina afirma, a partir da interpretação de alguns textos bíblicos, que os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira, saúde, etc.
Em ambas as teologias, percebemos um exagero e desequilíbrio com o ensino total das Escrituras,principalmente dos evangelhos. Uma pregando a miserabilidade, embora a maioria de seus defensores, nunca colocaram os pés em uma favela. O outro pregando a prosperidade, embora a maioria de seus adeptos continuam pobres e sofrem os mesmos problemas que todo ser humano sofre. Seus líderes sim, estes enriquecem, estão na mídia e constroem grandes catedrais.
Diante de toda esta miscelânea teológica prefiro ficar com o Evangelho simples de Jesus Cristo que liberta o ser humano de seus pecados e também de todo poder de Satanás. Do evangelho que transforma o ser humano por dentro e conseqüentemente uma sociedade.
O evangelho é que transforma, mas existem pessoas tentando transformar o evangelho do Reino. Tentar “desencapetar” as pessoas sem o conhecimento da verdade (que é Jesus Cristo) é impossível. Conheço pessoas que há anos fazem cura interior, quebra de maldições, mas ainda permanecem no “velho homem” no “velho pecado”, nos “velhos hábitos” na “velha mentira”... Por essas razões Jesus Cristo não veio trazer libertação dos “sistemas”, mas sim do pecado que o escraviza. Em ambas as teologias, se esquece do principal: que Jesus Cristo veio buscar e salvar o perdido (não apenas o pobre,mas a todos). O que precisamos é de Jesus Cristo. Que sejamos libertos das teologias e modismos que nos afastam de Cristo.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder