quarta-feira, 22 de junho de 2011

CONFIANÇA X MEDO

Uns confiam em carros, e outros,  em  cavalos, mas  nós  faremos menção  do nome do Senhor, nosso Senhor, nosso Deus.” Sl 20:7

Um irmão tradicional e um avivado foram evangelizar de porta em porta. Chegando a uma das casas, um cachorro pit-bull veio em direção deles latindo  muito. O irmão avivado então gritou:  “Ta amarrado!” Já correndo o irmão tradicional respondeu imediatamente: -  “Ta  amarrado  nada  ele  tá  é sooooooooolto”.
Esta é uma história realmente engraçada, mas a realidade é que vivemos em um mundo muito perigoso. E diante dos perigos e desafios alguns preferem se esconder ou correr por conta do medo da violência, do diabo e outros bichos mais. O próprio apóstolo João já dizia: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”. 1 João 5.19.  No entanto, ainda que em algumas circunstâncias tenhamos medo o que é absolutamente natural, não podemos permitir que o medo nos paralise e nos impeça de aceitar desafios em um tempo marcado pela violência. Creio firmemente que podemos e devemos vencer o medo que paralisa por causa da presença do Espírito Santo em nós. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” Romanos 8.15.  Segundo esta palavra, somos livres da escravidão do medo! Devemos simplesmente tomar uma posição de fé na Palavra de Deus. “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”. 2 Timóteo1.7
Esta atitude de fé pode-se perceber em vários momentos na bíblia:
-Quando a vida é ameaçada: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”. Salmos 23.4  
-Quando somos perseguidos: “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”. Salmos 27.3
-Quando abalados fisicamente e emocionalmente: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.” Salmo 73.26  
-Quando passamos por perdas: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente...”.Habacuque 3.17-19
Eu poderia citar outros textos, pois são muitos; para dizer que a nossa confiança em Deus nos faz vencer o medo e a ter uma atitude positiva diante das várias circunstâncias que nos apresentam. Não sei o que você está enfrentando neste momento, mas haja o que houver: confie em Deus!                                                       
Pr. Gilberto Oliveira Rehder  


sexta-feira, 17 de junho de 2011

SE A CASCA NÃO FOR ABERTA


“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” João 12:24

A vida está no grão de trigo, mas há uma casca, muito dura. Enquanto a casca não for rachada e aberta, o trigo não pode brotar nem crescer. Uma vez que a casca é aberta, o trigo começa a crescer. Então a questão aqui não é se há vida dentro, mas, sim, se a casca externa for rachada. Quando aceitamos a Cristo, Ele entra em nós. “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” Gálatas 2:20. Se você já convidou Cristo para entrar na sua vida, não tenha dúvida, Ele está em você. Agora é preciso morrer para o pecado, para fazer com que a semente produza o fruto. Morrer para o pecado é ter um coração quebrantado. Enquanto isso não acontece na nossa vida, embora salvos, continuamos com os mesmos pecados, vícios e insatisfações comuns ao homem natural. Qualquer pessoa que serve a Deus descobrirá, mais cedo ou mais tarde, que o grande impedimento para o seu crescimento, não são as outras pessoas ou até mesmo o Diabo, mas, sim, ela mesma. Descobrirá que a sua carne e o Espírito Santo que nele habita não estão em harmonia, pois os dois tendem para direções opostas. “...a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si....” Gálatas 5:17
É por isso que a nossa casca precisa ser quebrada e aberta. Temos uma grande necessidade de sermos quebrantados. No Evangelho de Marcos 14:3, temos a história de uma mulher que quebrou um vaso de alabastro com um precioso perfume de nardo puro e o derramou sobre a cabeça de Jesus. Este acontecimento ilustra bem o quebrantamento de que precisamos. Por estranho que pareça, muitos de nós, ainda valorizam mais o vaso do que o perfume. Sem quebrar o exterior, o interior não surgirá.
A pergunta, então, não é como obter a vida, mas, sim, como permitir que esta vida apareça. É vital que sejamos quebrantados pelo Senhor. O Espírito Santo está trabalhando para que o “bom perfume de Cristo” se espalhe. Um evento após outro, uma coisa após outra. Cada operação disciplinar tem um propósito: quebrar nosso homem exterior a fim de que o nosso homem interior possa se manifestar. Quando isto acontecer, podemos ter a certeza de que os frutos serão produzidos em abundância.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder

terça-feira, 14 de junho de 2011

COMPRADOS POR ALTO PREÇO


 “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos de homens”.(I Coríntios 7:23)

Na sociedade imediatista moderna, as pessoas são tentadas a obter êxito rapidamente e, por isto, elas vendem suas almas a um preço muito baixo. As pessoas se vendem na política, se vendem no futebol, se vendem na religião. Se vendem para ganhar e se vendem para perder. Como disse o diretor de um time de futebol brasileiro para mostrar que a “mala branca” é tão suja quanto a “mala preta”: “A corrupção sempre tem dois lados: Quem se vende para ganhar, também se vende para perder”.
O problema é que, muitas vezes, quando uma pessoa percebe que caiu em tentação para obter êxito e fez um “mau negócio” se vendendo, ela não encontra mais a forma de se comprar novamente, ou então, mesmo encontrando, não consegue pagar o alto preço que tinha, mas que não considerou quando se vendeu muito barato. Isto é bem claro na Palavra de Deus quando está escrito: “Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mateus 16:26).
Depois a palavra de Deus adverte: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (I Coríntios 10:12), e completa mostrando que o cristão não será tentado além de suas forças, mas juntamente com a tentação, Deus nos dará o livramento.
Devemos nos valorizar porque fomos comprados por um alto preço e já não pertencemos mais a nós mesmos: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (I Coríntios 6:20). Desta forma, seremos templos do Espírito Santo de Deus e não nos colocaremos a venda simplesmente para alcançar algum objetivo na vida.

           
Para o sucesso obter
Quase tudo eu fazia
E se fosse para vencer
Até minha alma vendia

Encontrei-me com Jesus
E voltei a me dar valor
Ele pagou minha alma na cruz
E eu beijei seus pés com amor

Voltemos a nos ver com um preço que só pôde ser pago pelo Senhor Jesus na cruz!

Alessandro R.Faria – Professor do CESUC,e Doutorando em Engenharia Mecânica pela UFU ; Membro da Igreja Metodista em Catalão-GO

terça-feira, 7 de junho de 2011

A FIGUEIRA SEM FRUTO


“No dia seguinte, quando eles estavam voltando de Betânia, Jesus teve fome. Viu de longe uma figueira cheia de folhas e foi até lá para ver se havia figos. Quando chegou perto, encontrou somente folhas porque não era tempo de figos. Então disse à figueira: —Que nunca mais ninguém coma das suas frutas! E os seus discípulos ouviram isso”. Marcos 11.12-14

Há somente dois registros nos Evangelhos de que Jesus teve fome:O primeiro foi depois dos 40 dias de jejum e oração no deserto; o segundo, quando voltava de Betânia para Jerusalém. Na primeira vez, Jesus foi servido pelos anjos (Mt 4.11). Podemos imaginar que banquete foi aquele. Mas aqui em Betânia, Jesus queria um lanche rápido só pra forrar o estômago.
 Jesus está diante de uma figueira, cheia de folhas verdinhas, promissora, bem à mão, como que dizendo – chegue mais perto, pegue o que precisa, mate a sua fome.
 De repente, o inesperado acontece. Jesus chega à figueira, olha de um lado, olha de outro, bate num galho aqui, noutro acolá e...nada, não acha nada, nenhum fruto.
Jesus reage com uma estranha indignação e ali mesmo pronuncia o seu julgamento: —Que nunca mais ninguém coma de seus frutos!
Na mesma hora a figueira secou.

Mas há um detalhe. O evangelista Marcos disse que não era tempo de figos.
Então por que Jesus foi tão radical com aquela pobre figueira?
 Para respondermos a esta pergunta precisamos entender algumas coisas sobre a figura:
A figueira tem um processo diferente do comum à maioria das árvores frutíferas: enquanto que na maioria das árvores as folhas aparecem primeiro e depois o fruto, na figueira os frutos aparecem primeiro e depois as folhas.
Pelo contexto, no final de março início de abril aconteceu este episódio (a vinda de Jesus de Betânia) à caminho de Jerusalém. Neste período todas as figueiras estavas peladas (sem folhas e sem frutos). Somente no mês de junho elas começariam a dar os seus frutos e posteriormente as folhas. Quando chegava o mês de agosto os figos ficavam doces e saborosos.
O problema dessa figueira não era o de não ter figos, mas dar a aparência de tê-los. Ela atraía pessoas com uma imagem bonita, folhas verdes, parecendo saudável, mas o que parecia ser uma promessa acabou numa frustração. Todas as suas energias eram usadas para alimentar a sua beleza exterior, mas era uma figueira estéril.
 A figueira enganou Jesus? A Ele não. Jesus sabe todas as coisas. Mas havia um princípio que Jesus queria ensinar aos seus apóstolos.
 O princípio é esse: você não precisa ser o que não é, não precisa dar o que não tem, mas não pode mostrar a outros o que você não é, não pode prometer o que não pode cumprir. Você não pode viver de aparências.
 Quando Jesus amaldiçoa a figueira ele estava ensinando aos seus discípulos que há um tipo de religiosidade que Deus não aprova, que não é bênção. É a religiosidade aparente. E essa religiosidade aparente, representada pela figueira estéril nos fala da situação espiritual de um povo religioso (a nação de Israel) que vivia de sacrifícios, do farisaísmo que valorizava regras humanas em detrimento do amor e da misericórdia, de um povo que usava o nome de Deus para buscar vantagens materiais.  (Os versículos 15 a 18 comprovam isto)

“E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo. E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões. E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina”.(Mc. 11:15-18)

O que aconteceu àquela figueira é um alerta a cada um de nós. Através deste texto vamos aprender o que precisamos para não vivermos uma vida de aparência.

1-DEVEMOS SABER VIVER EM SINCERIDADE E VERDADE.

Estudando este texto eu entendi porque Jesus foi tão radical com aquela figueira. Há neste texto um simbolismo sobre a figueira para ilustrar o estado de repugnância divina para com a nossa tentativa de mascarar o nosso ser.

Quando Adão e Eva pecaram a bíblia nos diz que eles apanharam folhas de figo para cobrir a sua nudez.
No seu estado de pureza e inocência diante de Deus eles estavam totalmente nus e não se envergonhavam.
Agora as folhas de figueira estão de volta neste texto, dando uma aparência de que há frutos, mas não há.
Deus chega para nós nesta noite e diz: “Tira as folhas de figueira, eu te prefiro nu”
“Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”. 1 Coríntios 5:8

2- DEVEMOS BUSCAR DISCERNIMENTO ESPIRITUAL.
Jesus estava ensinando os seus discípulos a não se impressionarem com as aparências. E para isso é necessário o discernimento espiritual.
Discernimento é a habilidade conferida pelo Espírito Santo ao cristão para distinguir o real do aparente e a verdade da mentira.
Deus descreveu os habitantes de Nínive como pessoas que “não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda” (Jonas 4:11). O discernimento é uma característica de maturidade. Crianças não têm a mesma capacidade de distinguir que os adultos têm.
Espiritualmente, também, o discernimento é uma característica de maturidade. Adultos na fé são “aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para dicernir não somente o bem, mas também o mal” (Hebreus 5:14). Atitudes carnais impedem o crescimento e impossibilitam o discernimento espiritual (1 Coríntios 3:1).
O discernimento que vem pelo estudo e pela aplicação prática da palavra nos capacita para escolher bem. Escolhemos entre alvos celestiais e prazeres terrestres. Escolhemos entre a santidade e a imundícia. Decidimos obedecer e amar, ao invés de sermos rebeldes e teimosos. Buscamos entendimento da vontade de Deus, e fazemos questão de praticar o que o Senhor pede. Por isso, doutrinas e práticas que vêm dos homens não servem. Insistimos na pureza da palavra de Deus.
A Palavra de Deus diz que nos últimos dias surgirão muitos enganadores e falsos profetas e mestres que falarão em seu nome. Que haveria um grande aumento de erros doutrinários propagados por demônios que afastariam a humanidade do evangelho puro de Cristo e ao mesmo tempo, causariam confusão, divisão e desarmonia no corpo de Cristo. 
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Oséias 4:6

3-DEVEMOS VIVER E NOS MANTER EM HUMILDADE.
Jesus estava ensinando os seus discípulos que aqueles que os que vivem de aparência não conseguem perceber a sua real condição. E o pior correm o risco de se tornarem arrogantes.
“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.”Lucas 18:9-14

CONCLUSÃO:

Somos desafiados pela Palavra de Deus a vivermos uma vida cristã de tal maneira que manifestemos frutos genuínos. Devemos ter como ponto de partida uma auto-análise do que temos sido e partirmos então para uma busca coerente de uma nova vida.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
(Ministração no Culto na IMECA)