segunda-feira, 13 de agosto de 2018

DEUS PAI- UM EXEMPLO DE PATERNIDADE



Lucas 15.11-32
11 Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16 Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
25 Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26 Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
27 E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
28 Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo.
29 Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
30 vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
31 Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.
32 Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado

Introdução: Uma das mais sublimes mensagens da Bíblia diz respeito à paternidade de Deus.

Os povos falavam de Deus como o Deus dos Patriarcas (Deus de Isaque, Jacó, Abraão) , o Criador, o Sustentador, o Juiz, o Senhor dos Exércitos e outros títulos semelhantes a esses.

Tais revelações de Deus gerava no ser humano temor, respeito, submissão, reverência, mas não criava proximidade e comunhão entre a criatura e o Criador.

Na verdade, poucas pessoas tinham um relacionamento de comunhão com Deus.

A experiência do pecado com suas consequências levou a humanidade a sentir-se tão separada de Deus e tão indigna, que a ideia daquela intimidade e comunhão original que havia entre o ser humano e Deus no Éden, deixou de existir.

Quando Israel recebeu os 10 mandamentos em Êxodo capítulo 20 versículo 19, expressou um sentimento que existe em alguns filhos com seus pais. Um sentimento de puro medo.

Êxodo 20:19 “Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos”.

A história Bíblica revela que Deus vai se revelando de forma progressiva como Alguém que é mais que um ser supremo e poderoso! E nessa revelação vamos encontrando a Paternidade de Deus!

Há alguns lampejos desta revelação no Antigo Testamento. Um deles se encontra em Oséias 11:1-4

Oséias 11:1-4;
1 Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho.
2 Quanto mais eu os chamava, tanto mais se iam da minha presença; sacrificavam a baalins e queimavam incenso às imagens de escultura.
3 Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava.
4 Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e me inclinei para dar-lhes de comer.

Na bíblia N.T.L.H nos diz:
1 A respeito do povo de Israel, o Senhor Deus diz: “Quando Israel era criança, eu já o amava e chamei o meu filho, que estava na terra do Egito.
2 Porém, quanto mais eu o chamava, mais ele se afastava de mim.O meu povo ofereceu sacrifícios ao deus Baal e queimou incenso em honra dos ídolos.
3 Mas fui eu que ensinei o meu povo a andar; eu os segurei nos meus braços, porém eles não sabiam que era eu que cuidava deles.
4 Com laços de amor e de carinho, eu os trouxe para perto de mim; eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo. Eu me inclinei e lhes dei de comer.”

Nenhum capítulo do Antigo Testamento demonstra de tal forma o amor sofrido de Deus por Seu povo. Deus é apresentado aqui como um Pai amoroso, que cuida de seus filhos, e os ensina a caminhar com todo carinho. Esse pai amoroso, segura seus filhos em seus braços e lhes dá de comer... Que imagem linda de Deus!

Mas o ponto mais alto dessa revelação foi mostrado por Jesus quando nos ensinou a oração do Pai Nosso. (Mt 9) e também aqui nesta parábola do Filho Pródigo que bem poderia ser chamada de A Parábola do Pai Amoroso.


É por isso que Lucas capítulo 15 é tão importante para a nossa reflexão hoje:

O pai de Lucas 15 é geralmente lido como um pai no modelo de Deus, como sabiamente orienta o teólogo Karl Barth em A analogia da fé.

Neste texto vamos aprender que o modelo de paternidade não pode ser humano, mas divino.

Aqui veremos as características de Deus como um Pai amoroso que devem estar presente também em nós como Pais.

1. DEUS É UM PAI QUE RESPEITA AS DECISÕES DE SEUS FILHOS

11 Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.

Como pais, devemos ensinar os nossos filhos nos caminho do Senhor. Devemos também alertá-los sobre os perigos de uma escolha errada e fazer o possível para que eles acertem nas suas decisões. E devemos fazer isto principalmente quando são crianças! Isso tem a ver com todas as áreas da nossa vida!

Porém chegará o tempo em que os filhos irão tomar suas próprias decisões. E muitas delas serão erradas como aconteceu com este filho.

O rapaz não conversou com o pai antes de tomar a decisão. Não pediu conselhos. Já chegou contando o que ia fazer. Foi o que ocorreu nesta parábola!

Quando o moço recebeu a sua parte, pegou o dinheiro e foi-se embora... O texto relata que o pai presenciou tudo, mas não disse uma palavra. E não disse nada, porque nada do que dissesse iria convencê-lo.

Pense em como este Pai deve ter ficado triste! O fato do filho mais novo pedir a herança com o pai ainda vivo é uma forma de desejar a morte do pai. Mesmo assim o pai graciosamente dividiu com os dois filhos a herança.

Em nenhum momento ele se importou por ter partido o coração do seu pai. Em hora alguma ele se preocupou com o pai, mas apenas consigo mesmo.

A primeira pergunta que chega é: Quem era esse pai? Pelo início do relato podemos observar que se tratava de um homem muito rico, homem de posses e que tinha vários servos trabalhando para ele.

Ele deixou o filho ir embora não porque era um Pai irresponsável. Por certo ele não queria que o filho estivesse com ele por imposição, mas por amor!

O Pai da parábola permitiu ao filho escolher, e aquele filho precisava aprender algumas lições que só a vida poderia ensinar, e muitas vezes de forma cruel.

Esta atitude de deixar o filho escolher é muito difícil para os pais, principalmente porque há caminhos que podem levar os nossos filhos à morte.

No entanto devemos confiar que se a nossa influência em suas vidas foi positiva e marcante eles retornarão para os caminhos do Senhor!

2- DEUS É UM PAI QUE TEM UMA BONDADE INIGUALÁVEL.
A extensão do caráter deste pai começa a refletir e a impactar o filho rebelde, quando ele destrói tudo que possuía e vai trabalhar de empregado cuidando dos porcos.

Vivendo uma experiência que jamais imaginaria passar, longe de tudo e de todos, começou a passar por necessidades. E com muita fome ele cai em si e lembra do seu velho pai como um homem de grande bondade!

17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.

Perceba que ele não lembra de seu pai como patrão e senhor.

A primeira grande lembrança que lhe chega do pai era de que era um homem de bom coração, tão bom, que seus servos tinham fartura de pão.

Aquele Pai não era ranzinza e nem mesquinho. O filho sabia que ele travava os seus empregados com respeito, bondade e dignidade!  

Eu pessoalmente creio que na memória deste filho estava também os momentos de afetividade com o seu pai...

A lembrança da bondade de seu Pai o fez refletir e querer voltar! Aleluia!

Romanos 2:4 nos diz que é a “Bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento”

Romanos 2:4 - KJA - King James Atualizada
“Ou, porventura, desprezas a imensa riqueza da bondade, tolerância e paciência, não percebendo que é a própria misericórdia de Deus que te conduz ao arrependimento?”

DEUS É BOM O TEMPO TODO, O TEMPO TODO DEUS É BOM!

“Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre.” Salmo 136:1

3- DEUS É UM PAI QUE ESPRESSA UM AMOR INCONDICIONAL.

20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.

Aquela cena chocante contrariava todas as tradições do patriarcado. O filho que antecipasse a sua herança deveria ser tratado com desprezo.
Provérbios 20:21  “A posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada”

Para voltar à casa do pai, ele precisava passar pela sua aldeia. E se voltasse, teria que mendigar. É muito provável que a comunidade estava muito aborrecida com este jovem. Ele era considerado morto e toda a aldeia da família também trataria o filho com severidade.

O pródigo seria escarnecido por uma multidão a hora que ficassem sabendo que o filho voltou.

Porém, o Pai revela amor e sua disposição em até mesmo contrariar as leis e costumes daquele tempo, recebendo de volta um filho gastador. 

Este texto é bem interessante porque não temos a mãe na história! Então me perguntei; Porque Jesus não incluiu uma mãe nesta história?

- A resposta mais obvia é porque aquela sociedade era patriarcal. Mas me surgiu um outro pensamento em minha mente.

Talvez Jesus tenha omitido a mãe nesta história para mostrar a nós pais (HOMENS) que podemos também expressar a afetividade aos nossos filhos.

É muito comum as mães expressar o amor aos seus filhos, mas não é muito comum os pais fazerem isso, principalmente em nossa sociedade machista.

Jesus estava neste texto quebrando vários paradigmas tanto culturais como comportamentais. O Pai demonstra um amor incondicional! Esse é o amor de Deus!

Como ele faz isso?   

Primeiro ele corre. (Quantos de nós ficaríamos imóveis, de braços cruzados, um olhar sério, exigindo que um filho deste chegasse até nós). O pai corre.

Segundo, o pai dá um beijo, mas vejamos aonde ele beija. Dá um beijo no rosto e assim impede que o filho se curve devidamente para beijar a mão ou o pé do pai, o que seria apropriado da sua parte. O pai não deixa o filho se humilhar. Dá um beijo no rosto. Para um pai oriental, um beijo no rosto é sinal de perdão e é um sinal público. A palavra usada para “beijar”, neste caso, significa “beijar repetidamente”.

Finalmente, O amor do pai era um amor incondicional, sem lembrança de maldade, afetivo, carinhoso, humilde e perdoador.

Nada de palavras tipo, “eu te avisei”, “tú foste burro mesmo”, “espero que tenha aprendido a sua lição”. Nada disto.

Nem sequer esperou o filho falar. O pai deu um beijo no rosto, coisa gostosa até os dias de hoje.

Pais, às vezes não há o que falar para seu filho. Não o humilhe. Deem o belo beijo no rosto e espera em Deus por cura divina.

22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.

4. DEUS É UM PAI CONCILIADOR.

À partir do versículo 25 entra em cena o filho mais velho. Neste texto vemos que o mesmo Pai que saiu para abraçar o filho pródigo arrependido, sai para conciliar este filho revoltado.

O filho mais velho voltou do seu trabalho no campo, onde servia fielmente seu pai, ouviu a festança e ficou sabendo do motivo. Ele fica então furioso e ressentido e se recusa a participar das festividades.

O filho mais velho irrita-se com a misericórdia e a bondade do Pai. Ele não se alegra com a restauração do seu irmão caído e ainda justifica a sua atitude dizendo:

“Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado” (15:29-30).

Note o desdém na voz do irmão mais velho. Ele nem mesmo se referiu ao que retornou como seu irmão. Ele disse: “Esse teu filho”. Na verdade ele estava seguindo a tradição das famílias na época.

Ele também era um grande hipócrita, pois havia também recebido a herança antecipada de seu pai. O fato de ter dito que “nunca transgrediu uma ordem do pai” mostra também uma grande arrogância. Será que nunca transgrediu mesmo?

Como este pai agiu diante da revolta do filho mais velho?

1- Ele permite a seu filho de falar: pois havia sentimentos negativos na alma do rapaz que precisavam ser confessados e colocados para fora. Ele revelou o que havia no seu coração: inveja, egoísmo e ciúmes. Esta é uma atitude terapêutica que devemos permitir em nosso lar.

2- Ele dá uma resposta positiva e libertadora: “Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, ( lembra-lhe sua filiação)  tu sempre estás comigo; ( lembra-lhe a sua amizade, comunhão e companhia) tudo o que é meu é teu ( Lembra-lhe a herança) . Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lembra-lhe que a festa tem um motivo especial para estar acontecendo)

CONCLUSÃO:  A paternidade de Deus nos traz segurança. Jesus se referia ao Pai com muita ternura: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).  A paternidade de Deus foi perdida no Éden, mas reconquistada na cruz e na ressurreição pela Pessoa de Jesus Cristo.

Como Pai, Deus tomou a iniciativa de aproximar-se dos seus filhos. O evangelho de João no capítulo 1:11,12 diz: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” 

Você pode imaginar o que aconteceria nos lares onde se os pais oferecessem esse tipo de amor aos filhos?

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

sábado, 4 de agosto de 2018

OS TRÊS TEMPOS DA SALVAÇÃO



“como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram.” Hebreus 2:3

Introdução: Precisamos lembrar sempre que a coisa mais preciosa que Deus nos tem dado é a nossa salvação.  Além do mais, toda atividade e todo esforço da igreja tem como objetivo final, levar pessoas à salvação.

O apóstolo Paulo encarava esta tarefa com tanta paixão que chegou a declarar:

“Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns”. 1 Cor. 9:22

A minha pergunta nesta noite então é? Será que nós temos a mesma paixão? Ou se já tivemos, e hoje não temos mais, onde foi parar esta paixão?

Se você entrar no site nacional da Igreja Metodista você verá que a nossa declaração de Missão é: “Participar da ação de Deus no Seu propósito de salvar o mundo”.

O autor de Hebreus nos diz neste texto: Como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação?

Negligência significa pouco caso, desprezo, relaxamento, descuido, não dar a devida atenção.

Existem coisas na vida que não podem ser negligenciadas nunca. (criança, trânsito, saúde.) A Salvação é a principal delas!

Nós como discípulos de Cristo, não evangelizamos apenas para ver as pessoas congregando conosco. Nós evangelizamos para ver as pessoas salvas por Cristo Jesus!

Não podemos negligenciar a nossa salvação e nem tão pouco negligenciar a nossa missão de salvar vidas com o evangelho de Cristo!

A salvação requer de nós uma atenção permanente. Por isso nesta noite vamos aprender que a Salvação não pode ser identificada por uma decisão única na vida.

A salvação é um estilo de vida que você entra nela no momento que você confia em Jesus como o teu Salvador pessoal. Mas como veremos, a salvação precisa ser desenvolvida! 

"Assim, pois, amados meus, [...] desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor" Filipenses 2:12.

A salvação não afeta apenas o nosso passado e futuro. Ela afeta também o nosso presente.

Por isso o tema de hoje é: Os três tempos da salvação: passado, presente e futuro.

1- NO PASSADO: FOMOS SALVOS DA PENALIDADE DO PECADO.

Quando falamos de sermos salvos da penalidade do pecado estamos falando de JUSTIFICAÇÃO.

A justificação é uma declaração legal de que eu fui perdoado do meu pecado diante de Deus, porque Cristo pagou a penalidade por mim, houve uma imputação de justiça judicial por parte de Cristo para mim, portando revertendo o efeito do pecado de Adão.

Deus me olha como um justo por causa do sangue de Jesus sobre minha vida!

Nossa dívida é paga, nossa culpa é cancelada, nossos pecados são cobertos e, por estarmos em Cristo, somos declarados justos, com base na obediência perfeita de Cristo e sua morte substitutiva.

Pela morte substitutiva de Jesus somos salvos de toda a penalidade do pecado.

“Justificados pela fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” – Romanos 5:1.

“Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” – Romanos 3:24.

Gratuitamente, pela sua graça, descreve a salvação como presente, e não como algo merecido por alguém pelas suas boas obras.

Romanos 6:23 afirma que “o (DOM GRATUITO DE DEUS) presente de Deus é a vida eterna por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor”.

A graça é de graça. “Pela graça dois salvos por meio da fé. Isto não vem de vós, é presente de Deus. Não vem das obras...” – Efésios 2:8-9.

As obras vêm depois da salvação, assim como os frutos vem depois da árvore. As obras acompanham a salvação, assim como a sombra acompanha o corpo.

É por isso que em Romanos 8.1 e 2 o apóstolo Paulo prorrompe em cântico de júbilo e de triunfo: “Agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que vivem não segundo a natureza humana, mas segundo o Espírito”.

Esse cântico vai em ritmo crescente, até atingir um clímax grandioso a partir do versículo 33:

“Quem acusará o povo escolhido de Deus? É o próprio Deus quem declara que eles não têm culpa. Poderá alguém condená-los? Foi Cristo quem morreu, ou melhor, quem foi ressuscitado e está à direita de Deus. Ele pede a Deus em nosso favor. Então, quem pode nos separar de Cristo? Em todo o universo não há nada que nos possa separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor”.

Esse cântico triunfante reflete o ensino de Jesus em João 5.24: “Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”.

2- NO PRESENTE: SOMOS SALVOS DO PODER DO PECADO.

A palavra que define a salvação do poder (ou domínio) do pecado é a palavra SANTIFICAÇÃO.

“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação, e que vos separeis de toda a imoralidade, porque Deus não vos chamou para a imundície, mas para a santificação” – I Tessalonicenses 4:3 e 7.

“Como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” – I Pedro 1:15.

Santificação, santidade ou santo, tem dois sentidos bíblicos: separado e dedicado, separado do mal e dedicado ao bem. Isso acontece na conversão, em que o ser humano se separa do pecado e dedica a sua vida ao Deus Santo.

- Santos não são aqueles que já morreram, são pessoas de carne e osso como eu e você, que se separaram do pecado e passaram a viver a nova vida, como descrita em II Coríntios 5.17 “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura...” 

- Santos não são também uma elite da Igreja. O apóstolo Paulo escreve assim: “Aos santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo” – Efésios 1:1. Os santos da Igreja de Éfeso e de qualquer Igreja não são os que formam uma elite, ou uma classe de pessoas especiais, são todos os salvos por Jesus. São aqueles sobre cujas vidas o pecado não tem mais o seu domínio e poder.

Romanos 6:12-14 descreve bem que o pecado não precisa nos dominar mais!

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;
13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.
14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

Muitas vezes enfatizamos como a salvação afeta a vida após a morte, mas deixamos de considerar como deve impactar nossas vidas agora.

Aproximar-se de Cristo pela fé é de tantas formas a linha divisória da vida - uma vez que somos salvos, somos libertos da penalidade do pecado e recebemos uma nova vida e uma nova perspectiva. Estamos sendo salvos do domínio do pecado!

John Newton: Tendo vivido antes de sua conversão à fé cristã como um traficante de escravos, Newton tornou-se um grande defensor na Inglaterra do fim da escravidão, influenciando o abolicionista William Wilberforce. 

Veja o que ele disse: "Eu estava perdido, mas agora fui encontrado, / Era cego, mas agora eu vejo." Depois da salvação, tudo muda.

Você vem a Cristo como está, mas jamais irá permanecer como está!

“Aquele que é nascido de Deus não vive na pratica do pecado, porque a semente de Deus permanece nele, não pode continua pecado porque é nascido de Deus” –  I João 3.9

Agora algo importante! Buscar Santidade, não quer dizer "tornar-se isento" da possibilidade de pecar! Deus deixou aos Seus filhos a missão de LUTAR contra o pecado, enquanto estiverem vivos.

Gosto muito de ilustrar esta verdade com a metáfora do porco e do passarinho:

Antes de nossa Salvação em Cristo, a nossa natureza era como a do porco.

 A natureza do porco é SEMPRE VOLTAR À LAMA. Por mais que você dê banho, coloque perfume e coloque "traje de gala" no porco, ele correrá para a lama quando menos se esperar. Assim éramos nós, voltando com muito gosto para a lama do pecado, quando estávamos longe do amor de Deus.

Porém, quando Jesus entrou em nossa vida, nossa natureza mudou à semelhança do PASSARINHO. O pássaro também pode se sujar, MAS FICA INCOMODADO e rapidamente busca se limpar, quando isto acontece. Dá um voo rasante em algum lago, ou tenta limpar suas asas com o bico, pois NÃO AGÜENTA FICAR SUJO POR MUITO TEMPO.

Assim é a vida de quem tem a Salvação em Cristo: quando peca, isto o incomoda, pois o Espírito Santo o convence do erro. Ele busca se "limpar", através da confissão do pecado e volta à prática do que Deus quer. (veja 1 João 1:9)

Este é o segundo tempo da salvação, a santificação! Ela é um processo da vida cristã em que o pecado não tem mais domínio sobre nós.

Em 2 Timóteo 2:19 e 2 Coríntios 13:5 há uma advertência para aqueles que professam conhecer o Senhor!
“Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor”. 2 Timóteo 2:19

“Examinai, portanto, a vós mesmos, a fim de verificar se estais realmente na fé. Provai a vós mesmos. Ou não percebeis que Jesus Cristo está em vós? A não ser que já estejais reprovados”. 2 Coríntios 13:5


3- NO FUTURO- SEREMOS SALVOS DA PRESENÇA DO PECADO.

A palavra que define a salvação da presença do pecado é a palavra GLORIFICAÇÃO.

 O Termo "glorificação" é quando Deus remove por completo o pecado da vida dos santos (isto é, todos os que são salvos) no estado eterno.

O dia da glorificação do crente será um dia de grande vitória porque naquele dia o último inimigo, a morte, será destruído.

Quando nosso corpo for levantado dentre os mortos, então nossa redenção estará completa.

1 Cor. 15:50,55

50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?

De acordo com Filipenses 3:20-21, a nossa pátria está nos céus, e quando o nosso Salvador retornar, Ele vai transformar os nossos corpos de humilhação para serem iguais "ao corpo da sua glória." ALELUIA!!!

20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.

Conforme Romanos 13:11-12 esse futuro está mesmo muito mais perto do que quando cremos no passado.

11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.
12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.

Em Apocalipse 7:9-17 descreve os mais diferentes tipos de pessoas que povoam o céu, mas todos só estão ali porque têm um ponto em comum: foram salvos por Jesus Cristo, ali descrito como o Cordeiro de Deus, cujo sangue os purificou de todo o pecado.

9 Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;
10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
11 Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus,
12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!
13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?
14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,
15 razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo.
16 Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,
17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

CONCLUSÃO:

Só Jesus Cristo tem a solução espiritual para o passado, o presente e o futuro. Noutras palavras: passado redimido, presente transformado e futuro glorificado.

O Deus que justifica, também santifica e finalmente glorifica. Valorize esta tão grande Salvação! Ela não custou nada a você, mas custou tudo a Jesus! 

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

LIDANDO COM A ADVERSIDADE E COM A PROSPERIDADE. (2ª Parte)



Texto: Fp. 4:11-13
“Não estou dizendo isso por me sentir abandonado, pois aprendi a estar satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá posso enfrentar qualquer situação.” (Filipenses 4:11-13 BLH).

Introdução: Na semana passada aprendemos que com a força do Senhor em nós, podemos aprender a lidar com as diversas circunstâncias da vida assim com o apóstolo Paulo também aprendeu. 

Aprendemos especificamente as três maneiras de lidarmos com a Adversidade e com a Prosperidade! Vamos lembra-las?

1-Na adversidade olhe para aquele que tudo tem, na prosperidade olhe para aqueles que nada têm.

2-Na adversidade não despreze o que você tem, na prosperidade não desperdice o que você tem.

3- Na adversidade não fique ansioso, na prosperidade cuide para não ficar ambicioso.

Hoje vamos aprender mais três formas de lidarmos com a adversidade e a prosperidade:

1.   NA ADVERSIDADE NÃO INVEJE QUEM TEM O QUE VOCÊ NÃO TEM, NA PROSPERIDADE NÃO SE ORGULHE PELO QUE VOCÊ TEM.

Quando estamos indo mal temos a tendência de olharmos para aqueles que estão indo bem financeiramente e profissionalmente, principalmente para aquelas pessoas que não têm nenhum temor a Deus!

Vocês se lembram de Asafe, o regente do coral de Jerusalém, um homem com anos de comunhão com DEUS?  Ele cometeu esse erro invejando a prosperidade alheia e por isso quase desviou da fé!

Ele não entendia porque coisas boas aconteciam a pessoas ruins e nem por que coisas ruins aconteciam a pessoas boas!!!

( Abra a sua bíblia no Salmo 73:1-3)
1 Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.
2 Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.
3 Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.

Deus revela ao salmista o destino final dos ímpios. Devemos olhar a vida na perspectiva da eternidade e não da transitoriedade. (Versos 16,17,23-26)

16 Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado;
17 até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles.
23 Todavia, estou de contínuo contigo; tu me seguraste pela mão direita.
24 Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória.
25 A quem tenho deu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.
26 A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração e a minha porção para sempre.

Este mesmo questionamento teve também o povo de Deus no tempo do Profeta Malaquias: (Malaquias 3:13- 18)

13 As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti?
14 Vós dizeis: inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos?
15 Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam (prosperam); sim, eles tentam ao SENHOR e escapam.
16 Então, aqueles que temem ao SENHOR falavam cada um com o seu companheiro; e o SENHOR atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome.
17 E eles serão meus , diz o SENHOR dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.
18 Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve.

Na adversidade não precisamos ter inveja de ninguém! Pois estamos olhando a vida na perspectiva da eternidade e não do que é transitório!

Mas se você está gozando de uma condição financeira privilegiada, tome cuidado com o orgulho! O orgulho foi capaz de transformar um anjo de luz no príncipe das trevas e transformar um rei em um jumento!

"Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." Tiago 4:6

“Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR, que faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.” Jeremias 9:23-24
                        

2.   NA ADVERSIDADE TENHA FÉ PARA ALCANÇAR TUDO O QUE VOCÊ NÃO TEM, NA PROSPERIDADE TENHA FÉ PARA DEIXAR TUDO O QUE VOCÊ TEM.

Você está lembrado da pesca maravilhosa? Pois é, ela esclarece bem essas duas atitudes apresentadas nesse item.(abra a sua bíblia em Lucas 5:1-11).

Pedro estava decepcionado com uma noite cansativa e nada proveitosa em sua empresa de pesca. Eles tentaram, trabalharam, se esforçaram e nada de peixe; no outro dia Jesus entra no barco, e o que acontece?   

- Uma grande pesca!! Aleluia!!!!

Experimente colocar Jesus na sua empresa, no seu trabalho! Deixe que ele te oriente em tudo e as coisas para você irão começar a melhorar!

Não faça de Deus apenas o seu sócio, mas o dono!!!

Quando alguém começa a conhecer a Jesus, no principio, o busca apenas como um abençoador; depois, um sócio. Mas quando ele passa a ter a verdadeira revelação de quem é Jesus o reconhecerá como o seu dono absoluto, Seu Senhor!!!

Esta é a fé que Deus quer ver em nós! Uma fé capaz de reconhecê-lo como o DONO DE NOSSA VIDA!

"Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque é ele o que te dá forças para adquirires riquezas" (Dt 8:12).

Ao chegarem à praia e puxarem as redes repletas de peixes, eles não retornam felizes para as suas casas. (Veja Lucas 5:9-11)

9 Pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros,
10 bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens.
11 E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram.

Agora Jesus os chama para se tornarem pescadores de vidas!

Eles usaram a fé para alcançar aquilo que buscavam no tempo da adversidade, mas agora eles deveriam usar a fé para deixar tudo e servir a Deus no tempo da prosperidade!

Imaginem que ironia! Agora que as coisas estavam indo tão bem? Eles deixaram tudo pra seguir a Jesus?  

A maior fé não é aquela capaz de realizar tudo, mas aquela capaz de deixar tudo!

6- NA ADVERSIDADE NÃO QUEIRA VIVER COMO SE TIVESSE MAIS DO QUE TEM, NA PROSPERIDADE NÃO VIVA COMO SE TIVESSE MENOS DO QUE TEM.

Num mundo desequilibrado em seus princípios, é preciso agir com discernimento para não partir para os excessos, principalmente quando se trata de gastar dinheiro. Por isso ter moderação em gastar é ser prudente!

Moderação é uma palavra que deve fazer parte de nossa vida. Podemos defini-la como qualidade que consiste em evitar exageros.

Devemos comer com moderação, trabalhar com moderação, falar com moderação, fazer tudo com moderação.

2 Timóteo 1:7 “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”.

Filipenses 4:5 “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor”.

Muitos quando saem de uma situação confortável para uma condição de desconforto, não conseguem se ajustar, passam a querer viver como se ainda ganhassem a fortuna de antes e acabam por se atolar em dívidas e a comprometer o Evangelho com um mau testemunho diante dos credores.

Se você está ganhando R$ 800,00, viva com os oitocentos e não como se ganhasse R$3.000,00 encare a sua realidade!

Se não dá pra comprar um tênis da Nike, compra uma conga, se não dá pra pagar um colégio particular, coloca os filhos no colégio público!!!

Agora temos o avesso disso que é quando a pessoa ganha R$ 8.000,00 e vive como se ganhasse R$ 800,00, isso é um absurdo, ele pode comprar um vestido bom pra esposa, mas compra um trapo pra ela, pode fazer uma boa viajem nas férias, mas prefere ficar em casa para não ter que gastar!

Este é um verdadeiro MUQUIRANA. Este termo é utilizado para uma pessoa sovina, mesquinha, avarenta, pão duro e unha-de-fome.

Um personagem infantil que ilustra bem a pessoa assim é o Tio Patinhas. Ele só se preocupa em economizar e ter mais dinheiro. Por isso, ele mora sozinho dentro do seu cofre e quase não tem amigos. Ele não sabe desfrutar do que tem.
                                        
Seja moderado no processo de economia. Você não precisa parar de fazer tudo o que lhe agrada, ou que um dia lhe agradou, somente para economizar dinheiro.

Deus quer que você desfrute também do fruto de teu trabalho.  Deus quer que gozemos a vida de uma maneira responsável!

Eclesiastes 5:18,19

18 Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção.
19 Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus.

Eclesiastes 9:7-9

7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão se agrada das tuas obras.
8 Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua cabeça.
9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo do sol.

"O pouco com DEUS vira muito, mas o muito sem DEUS vira nada!"

CONCLUSÃO

Há muitos outros princípios que a Palavra de Deus nos apresenta para lidarmos com a adversidade e a prosperidade, mas vamos nos limitar a esses!

O mais importante é que independente do que venha nos acontecer, jamais abandonemos a nossa comunhão com Deus! Coloquemos a Ele em primeiro lugar em nossas vidas acima das bênçãos que venha nos dar!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão-GO.