quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Irreverência! (1ª Parte)




“O Senhor, porém, está no Seu santo templo; cala-se diante Dele toda a terra”. Hc. 2. 20.

Vivemos um tempo em que a irreverência virou moda. Nada é sagrado nestes dias. Religião, sexo, fé, família. Tudo pode ser zombado, satirizado e distorcido. Na realidade, a irreverência para muitos é uma virtude. 
Lembro-me bem de uma humorista brasileira que era honrada por sua irreverência, principalmente pelos palavrões que falava. O pior de tudo é que a irreverência tem sido incorporada nos momentos de culto quando a Igreja se reúne.             
Conta-se que certa vez o príncipe Conde, em Paris, entrou numa igreja e se ajoelhou ao lado de um jovem seminarista, cuja atitude reverente e discreta lhe chamou a atenção. “Este seminarista” pensou, “deve ser muito sábio, pois em geral se juntam na mesma pessoa o saber e a piedade”. Dirigiu-lhe, pois, ali mesmo a palavra, perguntando: Que é que o senhor aprende no seminário? O interpelado nada respondeu. Julgando não ter sido compreendido, tornou a perguntar: Que aprende o senhor no seminário? Novamente silêncio! Mais uma vez perguntou, e nada de resposta. Só então o jovem erguendo a cabeça, respondeu: Aprendemos a ficar calados na igreja! “O Senhor, porém, está no Seu santo templo; cala-se diante Dele toda a terra”. Hc. 2. 20
Há uma urgente necessidade de resgatarmos o respeito e reverência para com Deus e Sua palavra. Sei que é difícil falar deste assunto para uma igreja que busca a alegria e a espontaneidade nos momentos de culto. Mas não podemos confundir alegria com distração, e espontaneidade com a falta de ordem. Aliás, a Palavra nos ensina: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Coríntios 14:40). Somos exortados a “servir a Deus com reverência e santo temor” (Hebreus 12.28).                                            
Temos que entender que o culto cristão é a reunião do povo de Deus para adorá-Lo. A razão de estarmos ali é o próprio Deus. Pode até ser um ambiente agradável e alegre onde nos encontramos com os irmãos também; mas não podemos esquecer que estamos diante da presença todo-poderosa do Deus Santo e Tremendo. Aliás, Culto a Deus não se assiste - se presta.                                                                                         
Não podemos nunca nos acostumar com a irreverência. Nadabe e Abiu morreram por falta de reverência. Deus feriu a Uzá por causa de irreverência (1Samuel 6.6-7). A irreverência pode matar um culto e, como conseqüência, impedir a ação do Espírito Santo. No próximo texto vamos aprender alguns princípios de reverência no culto. A Deus seja a Glória!
Pr. Gilberto Oliveira Rehder

Um comentário:

  1. Obrigado pelos esclarecimentos Pr. Gilberto!

    Sou um jovem pastor de uma denominação contemporânea e tenho notado que a minha geração de cristãos tem confundido liberdade com falta de respeito e descontração com falta de atenção.

    Em algumas igrejas contemporâneas as vezes o falatório é tanto que se torna difícil alguém conseguir orar minutos antes do inicio de um culto e se alguém se ajoelhar para orar, será visto com estranheza pelos demais... QUE POSSAMOS ENCONTRAR O EQUILÍBRIO ENTRE A LIBERDADE E O RESPEITO PARA COM DEUS DURANTE OS NOSSOS CULTOS!

    Aguardarei o próximo post com a continuação deste assunto. ;)

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