quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

INCOERÊNCIA

`Por que clamas a Mim? Dize aos filhos de Israel que marchem" Êxodo 14.15

Se há uma coisa que sempre me incomodou em questão de fé; é a incoerência. Segundo o dicionário a incoerência significa discrepância, falta de lógica ou contradição. A incoerência é uma atitude horrível na vida de fé de uma pessoa. Afirmar aparentemente uma coisa e viver outra realidade é um absurdo. Jesus chamou isso de hipocrisia religiosa.
Os doutores da lei e fariseus tinham este comportamento e eram duramente censurados por Jesus que os comparava aos sepulcros caiados. Mateus 23.27 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!”
A incoerência também pode ser percebida no “conflito” entre oração e atitude. Na maioria das vezes, queremos apenas que as coisas se resolvam, mas não fazemos nada para que elas aconteçam. Ou melhor; queremos que Deus resolva tudo por nós, mas não fazemos a nossa parte. Foi justamente isso que ocorreu quando o povo de Deus estava deixando o Egito. A experiência do “deixar o Egito” que simboliza o “deixar este mundo” com os seus pecados e vícios nunca é fácil. Pelo contrário; o povo teve que sair do Egito em meio a uma perseguição cruel de Faraó e seus exércitos. Naquele momento orar apenas não foi o suficiente. Deus estava dizendo a Moisés: “Diga aos filhos de Israel que marchem”.
O dependente que deseja deixar o vício, mas não toma nenhuma atitude para que isso aconteça e continua “flertando” com aquilo que o aprisiona, precisa buscar ajuda e tratamento para sair desta escravidão.
O desempregado que afirma ter enviado alguns currículos, mas não sai, diariamente, para procurar um trabalho precisa mudar a sua atitude.
O adolescente que pede oração para passar no vestibular, mas que a todo o momento, desde a manhã até a madrugada vive nas redes sociais, precisa se disciplinar para se dedicar mais aos seus estudos.
O cristão que ora pelos necessitados, para que a pobreza acabe em seu pais; mas não faz nada para ajudar e não colabora de forma alguma, precisa mudar a sua postura.
Pode ser que nenhuma das atitudes mencionadas marque a sua vida, mas pode ser que haja outra, semelhante. Nesse caso, convide o Espírito Santo para sondar a sua vida e mostrar o caminho por onde andar. Cruzar os braços em lugar de movimentá-los não o levará a nenhum lugar. Precisamos orar sim, e muito; mas não podemos parar! Sejamos coerentes entre fé e razão; oração e atitude; crença e prática.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder

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