sábado, 22 de novembro de 2014

VENÇA A TENTAÇÃO - PARTE 1


TEXTO BASE: “  Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”. 1 Coríntios 10:13

Introdução: A juventude é uma fase onde as tentações são ainda mais agudas e nocivas. Visto que é nesta fase da vida que somos pressionados a dar resposta ou nos posicionarmos diante dos quatro maiores dilemas: (1) Quem seremos? (identidade); (2) O que faremos? (Vocação/Profissão); (3) Com quem nos relacionaremos? (família); (4) A quem serviremos (Quem será nosso “deus”). Na maioria das vezes nossos sonhos, projetos, carreira, reputação, relacionamentos podem estar em jogo diante de uma tentação.
O diabo fará de tudo para nos desviar do foco e nos impedir de fazer boas escolhas e para isso ele vai se valer de sua tríade infernal (Leia: I João 2:16) a saber:
A- Concupiscência dos olhos: É desejar o que Deus não quer que desejemos.
B- Concupiscência da  carne: É ter ou possuir o que Deus não quer que eu tenha.
C- A soberba da vida: É independência de Deus desejando ser o que Ele não quer que eu seja.
No texto em que lemos no verso 12, Paulo nos adverte sobre a necessidade constante da vigilância “quem julga estar em pé, olhe (examine com cuidado, pondere) para que não caia”. Não existe nenhum momento das nossas vidas onde podemos nos dar ao luxo de relaxarmos, porque o nosso adversário sempre esta buscando ocasião contra nós. Lembre-se do alerta de Pedro que “o nosso adversário anda ao derredor bramando como leão buscando a quem possa tragar” (I Pedro 5:7).
C.H. Spurgeon “ A verdadeira conversão dá segurança à pessoa, mas não lhe confere o direito de parar de vigiar"

Uma observação interessante é que na bíblia as palavras “provação” e tentação é a mesma palavra grega “peirasmos” – Toda a circunstância tem o potencial de ser uma provação ou uma tentação. Se servir para me derrubar, afastar de Deus e de seus propósitos é tentação; se porém, estas mesmas circunstancias me fizerem mais forte, se eu cresço por meio delas, se tornam provação. Assim, são dois lados da mesma moeda. O que define o que será não são portanto, as situações ou circunstancias, mas como eu encaro e o resultado delas.
      
No verso 13, quero pontuar duas lições que julgo serem fundamentais no que diz respeito a tentação:

1- AS TENTAÇÕES SÃO HUMANAS. (V.13 a “não veio sobre nós tentação senão humana...” A tentação explora nosso lado humano, a carne suas inclinações, paixões e vulnerabilidades. Em Tiago 1:13-14 fica claro que a tentação não vem de Deus, mas tem sua origem em nossas fraquezas, em nossas cobiças, em nosso caráter vacilante e corrompido.

Um detalhe desse texto me chama muita atenção.
As duas palavras gregas usadas por Thiago (Peirazo e Delear) são próprias da pescaria. A imagem usada não é de um pescador que lança rede, mas que prepara cuidadosamente a isca pensando no peixe que deseja fisgar.
A tentação de acordo com esse texto não é generalizada, mas especifica.
Nesse processo, o inimigo de nossas almas se vale de três princípios que formam uma espécie de padrão do tentador. Estes princípios são vistos claramente na tentação de Jesus em Mateus 4.  Ele nos tenta: a) Na nossa maior necessidade ou fraqueza; b) No lugar onde somos mais vulneráveis; c) No momento em que nos mostramos mais vulneráveis!
Há porém um aspecto importante que preciso ressaltar. Não somos apenas tentados nas áreas onde apresentamos fraquezas, também o seremos naqueles em que nos julgamos mais fortes. Veja no caso de Pedro, sua maior virtude era a coragem, a autoconfiança, foi nesse ponto em que caiu. Sua maior virtude o tornou vulnerável a queda.
Tome cuidado com as suas fraquezas e com o orgulho das tuas virtudes, pois o diabo pode usar ambas para te derrubar!

2- AS TENTAÇÕES NÃO TESTAM APENAS A NOSSA FIDELIDADE, MAS EXPÕE TAMBÉM A FIDELIDADE DO SENHOR.
Paulo enfatiza no texto que “fiel é Deus que não nos deixará....”. A fidelidade de Deus é exposta no tempo da tentação em dois aspectos:

2.1 – Não permitindo tentações acima de nossa capacidade de resistir – Não importa que tipo de tentação você enfrenta ou enfrentará você é capaz de resistir. Isso implica em uma conclusão lógica: Eu sou responsável pelas minhas quedas – Todas as tentações são resistíveis, não há espaço para desculpas. Em Deus podemos vencer todas elas.

2.2-  Nos providenciando o escape -  Pedro estava afirmando que para cada provação Deus tem um tipo especial de graça. Se as provações e tentações serão multiformes, a providência da graça a nós dispensada também o será!


Conclusão: “Bem aventurado o homem que suporta as tentações com perseverança, porque depois de ter sido provado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.” Tiago 1:12

Estudo para a Classe de Jovens
Igreja Metodista em Catalão
Pr. Gilberto Oliveira Rehder

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