TEXTO BASE: “ Não vos
sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que
sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”. 1 Coríntios
10:13
Introdução: A juventude é uma fase onde as tentações são
ainda mais agudas e nocivas. Visto que é nesta fase da vida que somos
pressionados a dar resposta ou nos posicionarmos diante dos quatro maiores
dilemas: (1) Quem seremos? (identidade); (2) O que faremos?
(Vocação/Profissão); (3) Com quem nos relacionaremos? (família); (4) A quem
serviremos (Quem será nosso “deus”). Na maioria das vezes nossos sonhos,
projetos, carreira, reputação, relacionamentos podem estar em jogo diante de
uma tentação.
O diabo fará de tudo para nos desviar do foco e nos impedir
de fazer boas escolhas e para isso ele vai se valer de sua tríade infernal (Leia:
I João 2:16) a saber:
A- Concupiscência dos olhos: É desejar o que Deus não quer
que desejemos.
B- Concupiscência da
carne: É ter ou possuir o que Deus não quer que eu tenha.
C- A soberba da vida: É independência de Deus desejando ser
o que Ele não quer que eu seja.
No texto em que lemos no verso 12, Paulo nos adverte sobre a
necessidade constante da vigilância “quem julga estar em pé, olhe (examine com
cuidado, pondere) para que não caia”. Não existe nenhum momento das nossas
vidas onde podemos nos dar ao luxo de relaxarmos, porque o nosso adversário
sempre esta buscando ocasião contra nós. Lembre-se do alerta de Pedro que “o
nosso adversário anda ao derredor bramando como leão buscando a quem possa
tragar” (I Pedro 5:7).
C.H. Spurgeon “ A verdadeira conversão dá segurança à
pessoa, mas não lhe confere o direito de parar de vigiar"
Uma observação interessante é que na bíblia as palavras
“provação” e tentação é a mesma palavra grega “peirasmos” – Toda a
circunstância tem o potencial de ser uma provação ou uma tentação. Se servir
para me derrubar, afastar de Deus e de seus propósitos é tentação; se porém,
estas mesmas circunstancias me fizerem mais forte, se eu cresço por meio
delas, se tornam provação. Assim, são dois lados da mesma moeda. O que define
o que será não são portanto, as situações ou circunstancias, mas como eu encaro
e o resultado delas.
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No verso 13, quero pontuar duas lições que julgo serem
fundamentais no que diz respeito a tentação:
1- AS TENTAÇÕES SÃO HUMANAS. (V.13 a “não veio sobre nós
tentação senão humana...” A tentação explora nosso lado humano, a carne suas
inclinações, paixões e vulnerabilidades. Em Tiago 1:13-14 fica claro que a
tentação não vem de Deus, mas tem sua origem em nossas fraquezas, em nossas cobiças,
em nosso caráter vacilante e corrompido.
Um detalhe desse texto me chama muita atenção.
As duas palavras
gregas usadas por Thiago (Peirazo e Delear) são próprias da pescaria. A imagem
usada não é de um pescador que lança rede, mas que prepara cuidadosamente a
isca pensando no peixe que deseja fisgar.
A tentação de acordo com esse texto não é generalizada, mas
especifica.
Nesse processo, o inimigo de nossas almas se vale de três
princípios que formam uma espécie de padrão do tentador. Estes princípios são
vistos claramente na tentação de Jesus em Mateus 4. Ele nos tenta: a) Na nossa maior necessidade
ou fraqueza; b) No lugar onde somos mais vulneráveis; c) No momento em que nos
mostramos mais vulneráveis!
Há porém um aspecto importante que preciso ressaltar. Não
somos apenas tentados nas áreas onde apresentamos fraquezas, também o seremos
naqueles em que nos julgamos mais fortes. Veja no caso de Pedro, sua maior
virtude era a coragem, a autoconfiança, foi nesse ponto em que caiu. Sua maior
virtude o tornou vulnerável a queda.
Tome cuidado com as suas fraquezas e com o orgulho das tuas
virtudes, pois o diabo pode usar ambas para te derrubar!
2- AS TENTAÇÕES NÃO TESTAM APENAS A NOSSA FIDELIDADE, MAS
EXPÕE TAMBÉM A FIDELIDADE DO SENHOR.
Paulo enfatiza no texto que “fiel é Deus que não nos
deixará....”. A fidelidade de Deus é exposta no tempo da tentação em dois
aspectos:
2.1 – Não permitindo tentações acima de nossa capacidade de
resistir – Não importa que tipo de tentação você enfrenta ou enfrentará você é
capaz de resistir. Isso implica em uma conclusão lógica: Eu sou responsável
pelas minhas quedas – Todas as tentações são resistíveis, não há espaço para
desculpas. Em Deus podemos vencer todas elas.
2.2- Nos
providenciando o escape - Pedro estava
afirmando que para cada provação Deus tem um tipo especial de graça. Se as
provações e tentações serão multiformes, a providência da graça a nós
dispensada também o será!
Conclusão: “Bem aventurado o homem que suporta as tentações
com perseverança, porque depois de ter sido provado receberá a coroa da vida
que Deus prometeu aos que o amam.” Tiago 1:12
Estudo para a Classe de Jovens
Igreja Metodista em Catalão
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
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