segunda-feira, 17 de julho de 2017

O DESAFIO DE UMA VIDA DE ORAÇÃO


Textos: Daniel 2:17-23 ; Daniel 6:10; Daniel 9:1-4

17 Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia.
19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;
21 é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.
22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
23 A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me deste sabedoria e poder; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei.
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(Daniel 6:10) “ Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer”.

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(Daniel 9:1-4)
1- No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,
2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.
4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;

Introdução: Eu quero refletir hoje sobre o desafio de termos uma vida de oração. Entre tantos personagens que poderíamos usar como exemplo para falar disso, creio que o Profeta Daniel se encaixa bem.

Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele a manteve por toda a sua vida. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada.

No fim das contas, Daniel marcou a sua geração e também a história porque orava.

Trazendo um pouco do seu contexto histórico, O livro de Daniel começa no ano de 605 a.C. quando a Babilônia conquistou Jerusalém e levou para o exílio Daniel, seus três amigos e outros judeus. O livro cobre os 70 anos do cativeiro babilônico.

É importante que saibamos que Daniel não nasceu no cativeiro. Ele foi levado para a Babilônia possivelmente com quatorze ou quinze anos de idade.

Eu creio que ele cultivava uma vida de oração mesmo antes de ser levado para Babilônia e mesmo tendo sofrido todo tipo de pressões no cativeiro para forçá-lo abandonar a sua fé e assimilar a cultura ímpia da Babilônia diz a o texto em Daniel 1:8, que ele ”resolveu firmemente não se contaminar com as finas iguarias do rei”.

Daniel permaneceu firme durante os 70 anos de cativeiro. Foi provado, mas nunca sucumbiu ao pecado. Algumas vezes, preferiu a morte a pecar contra Deus, e Deus o honrou.

Deus sempre honra aqueles que têm uma postura firme diante da sociedade; pessoas que não negam o Senhor diante das ofertas deste mundo!

A Babilônia, com sua magnifica grandeza caiu, mas, Daniel permaneceu de pé. Daniel foi maior do que o próprio império babilônico.

Eu creio que o segredo de sua vitória, sua firmeza e integridade se deu ao fato de que ele era um homem de oração.

Há três momentos específicos que eu quero destacar nesta noite que nos mostram este fato:

1º MOMENTO:
POR OCASIÃO DO SONHO DE NABUCODONOSOR. (Daniel cap. 2).

1 No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho; o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono.
2 Então, o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei.
3 Disse-lhes o rei: Tive um sonho, e para sabê-lo está perturbado o meu espírito.
4 Os caldeus disseram ao rei em aramaico: Ó rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação.
5 Respondeu o rei e disse aos caldeus: Uma coisa é certa: se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas monturo;

No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu saber o que ele sonhou e nem explica-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros.

Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia.

Daniel e seus amigos seriam incluídos neste decreto porque eram tidos como sábios do reino.

Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo, mas Daniel chamou os seus amigos para orarem dentro de um mesmo propósito.

17 Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia.
19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;

A primeira lição que aprendemos com Daniel nesta ocasião é a de que precisamos ter amigos ou irmãos que orem com a gente nos momentos chaves de nossa vida!

O desafio era impossível humanamente falando, mas Daniel receberia a revelação daquele sonho porque eles oraram fervorosamente!

Existe poder na oração em concordância.

“Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”. Mt 18.18-20

A oração de concordância nos dá a dimensão de unidade, de se ter um só coração e um só propósito. Quando isso acontece, as orações são respondidas. A igreja recebe poder para ligar e desligar.

Quando oramos juntos, somos “contagiados” pela necessidade de oração; o amor pelos irmãos cresce e a unidade é intensificada; a fé é fortalecida e o poder espiritual se multiplica..

A palavra concordar, symphoneo no grego, significa soar juntos, fazer sinfonia. É como em uma orquestra, cada um toca um instrumento, todos entram no momento exato e o som é harmonioso. Quando concordamos em unidade estamos fazendo sinfonia, as nossas orações são respondidas e fazem o braço de Deus se mover.

Ao orar junto com outros irmãos, você aumenta seu “poder de fogo” contra o inimigo, pois no reino de Deus, quando dois ou três se reúnem em nome de Jesus, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. É sinérgico

Nós concordamos que vivemos momentos críticos em nossa nação.
Também concordamos que precisamos de um grande mover de Deus e que ele tem liberdade para operar em nós e no nosso meio. Aleluia!

A segunda lição que aprendemos com Daniel nesta ocasião é que devemos priorizar a oração de gratidão e louvor ao nosso Deus!

Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer.

Com Daniel era bem diferente. Antes de correr ao rei e lhe apresentar a revelação, ele primeiro agradeceu ao Senhor. Ele não deixou o louvor para mais tarde. Na vida de Daniel, Deus sempre estava em primeiro lugar e somente depois vinha o rei babilônico.

19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;


2º MOMENTO:
POR OCASIÃO DE UM DECRETO DO REI DARIO. (Daniel cap. 6).  

1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino;
2 e sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes sátrapas dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino.
4 Então, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.
5 Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
6 Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente!
7 Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei estabeleça um decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.
8 Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito e assina a escritura, para que não seja mudada, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.
9 Por esta causa, o rei Dario assinou a escritura e o interdito.

A primeira lição que aprendemos com Daniel nesta ocasião é que precisamos ter regularidade na oração.

Daniel não permitia que nada atrapalhasse a regularidade de seu tempo de oração.

Em Daniel 6 lemos que os altos funcionários inimigos dos judeus tentaram preparar uma armadilha para Daniel e impedi-lo de orar e tirar-lhe a vida (v.7).

Deus estava exaltando-o e neste momento Daniel era um dos presidentes do rei. Isso gerava inveja!

Nós também precisamos ter consciência de que o inimigo de Deus fará de tudo para nos afastar da oração. Mas Daniel reagiu a isso com mais oração:

“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (v. 10).

“Deseje ser uma pessoa de oração, na quantidade (no tempo) e na qualidade (no conteúdo: magnificação, gratidão, confissão, atenção), em função do prazer que dá conhecer mais e melhor a Deus, não em função do que Ele pode dar. Se oração é apenas um momento em que uma lista de pedidos é lida, ela jamais será parte de uma vida”. Israel Belo de Azevedo



3º MOMENTO:
POR OCASIÃO DO FINAL DO CATIVEIRO (Daniel cap. 9).
1 No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,
2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.
4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;

Daniel leu nos livros que o cativeiro do povo duraria setenta anos, mas ele se pôs na brecha da oração em favor do povo.

Essa oração de Daniel é uma das mais importantes da Bíblia. Temos aqui várias lições:

A primeira lição nesta ocasião é que Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar.

2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.

A falta de discernimento espiritual

Quando compreendeu o que eram os setenta anos de cativeiro de que Jeremias tinha falado, começou imediatamente a orar e a jejuar. Com isso, ele mesmo foi profundamente afetado.

3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.
4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei...

Daniel compreendeu que a dureza de coração do povo e o transbordamento de suas transgressões eram tão grandes que foram estes os motivos de serem levados cativos por todos aqueles anos no cativeiro.

Daniel discerniu que aquele momento era agora para interceder por um genuíno arrependimento para que a promessa do fim do cativeiro fosse finalmente cumprida!

Ele poderia simplesmente fazer o que muitos de nós fazemos; cruzar os braços. Ele poderia também dizer: “Deus cumprirá a sua promessa mesmo, porque orar?” Mas Daniel orou e recebeu a resposta! Aleluia!

23 “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão”.

CONCLUSÃO: “Deus nada faz a não ser em resposta a oração.” Com esta frase, John Wesley sintetizou a parceria de Deus com o homem.

Embora Deus seja suficiente para fazer todas as coisas, ele preferiu trabalhar com o homem na construção de seu Reino.

Quero te desafiar hoje a buscar com intensidade a ter uma vida de oração!

Para isso precisamos estabelecer alguns propósitos:

1- Se proponha a reservar todos os dias, um tempo pessoal para orar e meditar na Palavra de Deus! Não permita que nada e ninguém te roubem este tempo com Deus!

2- Tenha amigos (as) de oração para se reunir nos momentos importantes de sua vida para orar e buscar a direção e ação de Deus.

3- Ore intercedendo pelo Brasil! A solução para as nossas crises passam pelo altar da oração! Só a intervenção de Deus pode mudar a nossa sorte!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão-GO

Ministração: Último dia das sete noites de Oração

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