sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A SEXTA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

INTIMIDADE

 “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança”. Salmos 25.14.

A intimidade é o elemento espiritual fundamental que todo o cristão deve buscar, pois se trata de um relacionamento profundo com Deus.
É interessante observar a definição da palavra “intimidade”, segundo o Dicionário Aurélio: “Vida íntima; vida particular”; “Que está muito dentro; que atua no interior”...
Intimidade implica em uma ação afetiva e proximidade entre as pessoas. Da mesma forma como temos pessoas com quem temos afinidade e liberdade para abrir o coração e compartilhar dos nossos sonhos, conquistas e fracassos. Deus espera que nos acheguemos a ele com confiança e liberdade para compartilhar tudo o que somos a fim de sermos ajudados por ele. Deus deseja comunhão e intimidade conosco.
Intimidade com Deus não se encontra nas grandes reuniões ou em um “show gospel”, mas na privacidade e no silêncio do quarto.
A Intimidade do Senhor é um privilégio de poucos. Ela é apenas para aqueles que temem ao Senhor. Temer a Deus não é ter medo dEle e sim honra-lo e respeita-lo como nosso Senhor, aquele que governa sobre nós. Para esses ele dará a conhecer a sua aliança.
Quando temos uma vida de intimidade com Deus somos renovados.
Para conhecermos melhor este tema, abra a sua bíblia no Salmo 63.
Neste, Davi nos dá uma preciosa lição de como podemos desenvolver a intimidade com Deus. Quando Davi escreveu este Salmo ele estava em uma fase de sua vida de grande solidão e angústia. Ele não estava em um ambiente de paz, ou no palácio, mas, no deserto de Judá, fugindo dos seus ferozes inimigos.
É interessante notarmos neste texto que é exatamente em meio a tais circunstâncias tão desfavoráveis e opressivas que Davi desenvolve a intimidade com Deus.
Logo no início do Salmo ele coloca um princípio fundamental para o exercício da intimidade com Deus. Ele afirma no versículo 1, “Ó Deus, tu és o meu Deus forte“.
O princípio fundamental para o exercício de nossa intimidade com Deus é a convicção de que ele pertencia a Deus. Nós precisamos ter esta convicção bem forte em nossos corações. A convicção de que pertencemos ao Senhor.
Há um texto lindo de Isaías 44:5 que nos mostra a convicção de um povo que receberia em suas vidas o derramar do Espírito Santo. Este povo tinha esta convicção e orgulho de pertencer ao Senhor. “Um dirá: Eu sou do SENHOR; outro se chamará do nome de Jacó; o outro ainda escreverá na própria mão: Eu sou do SENHOR, e por sobrenome tomará o nome de Israel”. Isaías 44:5.  

A- NESTE TEXTO VAMOS APRENDER QUE A INTIMIDADE COM DEUS SE DESENVOLVE POR MEIO DE UM PROCESSO.

1. BUSCAR A DEUS COMO UMA NECESSIDADE VITAL.
 “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água ” (VS 1).
Assim como não podemos viver sem água, não podemos ter vida espiritual se não buscarmos a Deus. De que forma Davi buscou ao Senhor? R: ANSIOSAMENTE “eu te busco ansiosamente”.
Ansiosamente nos dá a ideia de algo que não se pode esperar. A única ansiedade que o Senhor permite a seus filhos é a ansiedade por Ele. Ansiedade por Deus é uma expectativa por sua presença.
Salmos 130.6   “A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã.” Salmos 42.2 “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?”
Davi confessa a sua tremenda carência de intimidade com Deus ao afirmar que a sua alma tinha sede, estando em terra seca e sem água.
Quantas vezes nos sentimos assim, como num deserto e ainda assim não o buscamos.
É como aquela pessoa que tem acesso à agua, mas não bebe. Ela pode chegar a um estado de desidratação e até ser internada por isso.
A solução para esse desesperador estado de alma é “buscar” o Senhor. São muitas as passagens bíblicas que nos levam a essa atitude essencial para vivermos em intimidade com Deus, tão necessária para o sucesso de nossa vida espiritual (Jeremias 29:13). Como afirma Davi essa busca permanente deve ser intensa (ansiosamente).

2. CONTEMPLAR A DEUS PARA MUDAR NOSSA VISÃO.
Diz Davi nos vs. 2 e 3... “Assim eu te contemplo no santuário para ver a tua força e a tua gloria. Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam”.
Que belo texto! Não há intimidade profunda com o Senhor sem o exercício constante da Sua contemplação! Não se trata de nos valermos de imagens, representações ou figuras. A “contemplação” se dá pelos olhos da fé e deve ser pessoal e direta.
2 Coríntios 3.18 “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”.
A palavra "contemplando" em grego neste versículo é uma expressão muito forte. Ela não fala de "dar uma olhada", mas de "fixando o olhar". Significa decidir o seguinte: "Não vou sair dessa posição. Antes de fazer qualquer outra coisa, antes de tentar seja o que for, preciso estar na presença de Deus".
Através da contemplação, Davi transformou o deserto em santuário!
Salmo 27.4 Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo”.
Há quatro experiências que vivemos nessa contemplação:
1) A experiência do poder de Deus (“para ver a tua força”);
2) A experiência da glória de Deus (“e a tua glória")
3) A experiência da graça de Deus (“porque a tua graça é melhor do que a vida”);
4) A experiência do autêntico louvor a Deus (“os meus lábios te louvam”).

A Contemplação muda a nossa visão de Deus e de nossas circunstâncias.

3. MEDITAR EM DEUS PARA CONHECÊ-LO MELHOR.
Diz mais Davi no v. 6... “no meu leito, quando de ti me recordo e em ti medito, durante a vigília da noite”.
A “meditação” é fundamental para termos intimidade com Deus.
Através da meditação na Palavra do Senhor Davi tem um encontro com Deus na vigília da noite. E neste encontro ele é renovado.
O que é meditar? Meditar é o ato ou efeito de ponderar, refletir, estudar...É o ato voluntário de refletir sobre a Palavra de Deus, expondo-se a Ela para receber os seus benefícios.
A Meditação Bíblica é bem diferente das práticas orientais e do “Movimento Nova Era”.
Meditação para essas religiões é esvaziar a mente, deixando-a à mercê da atuação de espíritos demoníacos. Este tipo de meditação é nociva. 
A meditação bíblica parte da Palavra de Deus
Meditação é ouvir Deus falar através da sua Palavra. Esse exercício nos encoraja, nos estimula, nos fortalece e nos abençoa, pois nos faz conscientes de que temos um Deus real, sempre presente para nos lembrar de suas preciosas promessas.  
“Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar”. (Isaías 48:17)

B. A INTIMIDADE COM DEUS TRAZ OS SEGUINTES BENEFÍCIOS.

1. QUEM TEM INTIMIDADE COM DEUS RECEBE SUPRIMENTO – No v. 5 Davi faz uma declaração que põe em destaque um excelente resultado da intimidade com Deus: “como de banha e de gordura farta-se a minha alma”.  A expressão “farta-se” significa satisfação plena. As expressões “banha” e “gordura” falam do alimento que satisfaz plenamente. Em Cristo temos plena satisfação em todas as áreas de nossa vida. Ele é pão da vida, a água viva, o bom Pastor, nEle temos vida abundante e sabemos que sem Ele nada podemos fazer (João 15:5).

2. QUEM TEM INTIMIDADE COM O SENHOR RECEBE AUXÍLIO– No v. 7 Davi declara: “Porque tu me tens sido auxílio; a sombra das tuas asas eu canto jubiloso”. Davi canta em seu lindo hino afirmando a certeza do amplo “auxílio” ou ajuda do Senhor em qualquer circunstância da sua vida.

3. QUEM TEM INTIMIDADE COM O SENHOR RECEBE VITÓRIA – Os vs. 9 e 10 trazem a descrição da segurança de “vitória” que tem aquele que mantém intimidade com o Senhor. Como já afirmei, Davi foi um constante perseguido pelos inúmeros inimigos que teve pela frente. Mas veja o que ele afirma: “Os que me procuram a vida para a destruir abismar-se-ão nas profundezas da terra. Serão entregues ao poder da espada e virão a ser chacais”. O inimigo de nossas almas não dá tréguas e constante procura nos derrotar (1 Pedro 5:8). Mas podemos ter a certeza da vitória. “Em todas essas coisas, somos mais  que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37).

4. QUEM TEM INTIMIDADE COM O SENHOR RECEBE A SUA ALEGRIA.
A nota marcante deste lindo hino de Davi é a menção que faz da experiência da verdadeira “alegria” como resultado da intimidade com Deus, mesmo em meio às circunstâncias tão adversas. Ele proclama: “O rei, porém, se alegra em Deus”. Já no Salmo 16:11 afirmara: “Na tua presença há plenitude de alegria”. Essa alegria, fruto do Espírito, só é experimentada pelos que são cheios do Espírito. O Senhor Jesus afirmou que vai converter a nossa tristeza em alegria, que essa alegria, ninguém tirará, não importam as circunstâncias que ocorram, e que será alegria completa. (João 16:20, 22 e 24).

Conclusão:  Antes de buscar as bênçãos busque intimidade com Deus. 

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista em Catalão-GO

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A QUINTA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

O PERDÃO

“..e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Mateus 6.12.

Quando recebemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, passamos a fazer parte do Reino de Deus e nesse Reino, há princípios básicos que renovam a nossa vida.  
O perdão é um dos princípios mais importantes do Reino de Deus. “Jesus o ensinou em sua oração dominical: ”...e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Mateus 6.12.
Nosso bem espiritual e emocional depende da disposição de perdoarmos aqueles que nos magoaram. Na realidade, o perdão é a única dádiva que o Senhor nos oferece, que não podemos receber a não ser que o ofereçamos.
O que significa perdoar? Perdoar significa parar de culpar alguém por alguma ofensa; é cancelar ou anular alguma dívida. Biblicamente falando o perdão traz as seguintes ideias: cobrir, levar para longe, usar da graça com alguém, cancelar, remir. "Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões" (Sl 103:12)
O Perdão é um ato de obediência; é mandamento e não sentimento. “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. Mateus 18.35
O Perdão é dar ao ofensor aquilo que ele precisa e não o que ele merece. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Rm 5:8
O Perdão é assumir o compromisso de não mais levantar o assunto depois que foi acertado. É preciso virar a página e começar a escrever uma nova história. “...esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão.” Fp.3:13.
Quando perdoamos verdadeiramente somos libertos da dor e das feridas da experiência; podemos até nos lembrar da situação, mas não a utilizamos contra a pessoa; é como a cicatriz na pele: é visível, mas não dói.
Quero destacar uma história interessante sobre perdão entre dois irmãos; trata-se dos irmãos Jacó e Esaú. Como acontece em muitas famílias, esses irmãos disputavam entre si desde o ventre de Rebeca (Gn 25:22-23). Segundo a narrativa de Gênesis, Jacó teria recebido a bênção da primogenitura no lugar de Esaú fazendo-se passar por este e se aproveitando do estado de enfermidade do pai. Por isso, o irmão mais velho tentou matá-lo e Rebeca mandou então o filho fugir para as terras do tio Labão (irmão da mãe), no norte da Mesopotâmia. Jacó viveu muitos anos temendo a Esaú que, em amargura, havia ameaçado matá-lo. Em várias ocasiões Jacó havia trapaceado a Esaú. Ele havia mentido, fraudado e roubado. Esaú prometia vingança! Finalmente Jacó teve um encontro com Deus que mudou a sua vida. Na sequência deste evento então houve a cura. O primeiro e mais importante passo num processo de cura sempre é o encontro pessoal com Deus.
Quando Jacó, pela intervenção de Deus, foi quebrantado interiormente e reagiu em humildade, ele então estava apto a reconciliar-se com Esaú.
A história de sua reconciliação (Gn 33) mostra-nos os seguintes passos:

1- O ESPÍRITO QUEBRANTADO E HUMILDE DE JACÓ PERANTE ESAÚ.
“E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão”. Gn 33.3 
 Jacó toma a iniciativa de procurar o seu irmão, não com ar de superioridade, mas com humildade que é fruto de um coração quebrantado. Quando estamos dispostos a pedir perdão ou a perdoar rompemos com a barreira de nosso orgulho pessoal. Foi justamente isso que ocorreu no coração de Jacó.

2- O CORDIAL ABRAÇO DANDO EXPRESSÃO DE UM NOVO VÍNCULO.
“Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se lhe ao pescoço e o beijou; e choraram”. Gn 33.4  
Esaú correspondeu a atitude humilde de seu irmão expressando o seu perdão com um abraço e beijo. O perdão é a expressão de um amor genuíno.

3- O ARREPENDIMENTO.
“Perguntou Esaú: Qual é o teu propósito com todos esses bandos que encontrei? Respondeu Jacó: Para lograr mercê na presença de meu senhor”. Gn 33.8.  
Jacó chama o seu irmão de “meu senhor”, mudando totalmente a sua postura arrogante. Existem que aqueles que buscam o perdão de alguém, mas não estão dispostos a mudar suas atitudes. O arrependimento sincero é o solo fértil para reconquistar a confiança perdida.

4- O PERDÃO.
 “Mas Jacó insistiu: Não recuses; se logrei mercê diante de ti, peço-te que aceites o meu presente, porquanto vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus; e te agradaste de mim. Peço-te, pois, recebe o meu presente, que eu te trouxe; porque Deus tem sido generoso para comigo, e tenho fartura. E instou com ele, até que o aceitou”. Gn 33:10,11.
Jacó insiste em seu pedido de perdão trazendo-lhe presentes. Isso nos  lembra da Graça de Deus, a qual não merecemos. Perdoar é manifestar a graça e a misericórdia; características estas do nosso Deus.


Conclusão: O restabelecimento, a cura que experimentaram, foi um milagre da graça de Deus. Assim também a cura em nossas famílias é impossível sem a graça de Deus. Creio no poder renovador que o perdão tem sobre qualquer situação. Não importa o tamanho da ferida e da dor, o perdão sempre será o melhor remédio.

Texto: Pr. Gilberto Oliveira Rehder.

Ministração: Margarete da Silva Rehder.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A QUARTA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

RESPONSABILIDADE

“Porque cada um levará o seu próprio fardo”. Gálatas 6:5.

A quarta chave que vamos aprender a usar hoje é a chave da RESPONSABILIDADE. Uma vez que reconhecemos as nossas culpas e as confessamos diante do Senhor devemos aprender a assumir nossas responsabilidades em Deus.
Mas o que é responsabilidade? - habilidade de atender obrigações; ato de ser responsável; dever de confiança. É a habilidade de fazer e conservar comprometimentos. - John C. Maxwell.
Uma das maiores dificuldades que temos como ser humano é de assumir responsabilidades. Temos vários exemplos na bíblia de pessoas que não assumiram, fugiram ou transferiram suas responsabilidades a outros. E a lista não é pequena: Adão transferiu suas culpas a Eva e também a Deus; Jonas fugiu da missão que Deus lhe confiou; Moisés pediu ao Senhor que mandasse outro em seu lugar...
Não assumir responsabilidades é a característica principal de pessoas imaturas. Muitos filhos têm medo de amadurecer, pelo fato de terem que assumir responsabilidades. Se acomodar é fácil; o conforto é gostoso, mas chega um momento em que precisaremos aprender a nos virar, a termos iniciativas e obrigações. A maioria dos crentes querem tudo de Deus, desde que não tenham de assumir responsabilidades, pois isto implica em comprometimento. Quando Deus começa um trabalho de renovação em nossas vidas, é intenção e interesse Dele que sejamos transformados e usados em Sua obra.
Imagine você se Jesus desistisse de sua missão de salvar o mundo? O que seria de nós? A responsabilidade que ele assumiu foi radical, pois no seu propósito e chamado havia a cruz. Apesar de saber o que o aguardava era a sua própria morte, podemos ouvi-lo dizer: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora”. João 12:27
A verdadeira responsabilidade se revela diante de uma situação que coloca a vida da pessoa em jogo. Necessariamente não significa que seja um caso de morte física, mas poderá ser uma decisão determinante para sua vida. 
No momento em que nos comprometemos Deus começa a agir e toda uma série de acontecimentos começa a fluir. Assumir responsabilidade exigirá sacrifício, mas sempre haverá recompensa. Você está disposto a assumir responsabilidades em Deus?
Existem algumas áreas onde precisamos aprender a assumir responsabilidades:
1- ASSUMINDO RESPONSABILIDADE PELAS NOSSAS EMOÇÕES.
Existem duas emoções fortes que temos que aprender a lidar com elas: o medo e a raiva. Essas emoções são opostas:
- O Medo paralisa e a raiva incita.
- O Medo nos impede de fazer o que é certo e a raiva nos leva a fazer o que é errado.
As emoções são um dom de Deus. Às vezes elas nos levam à extrema felicidade, outras vezes nos atiram nas profundezas do desespero.
Por isso é importante entendermos o seguinte princípio: você não pode impedir o sentimento de medo ou de raiva, mas pode decidir o que fazer com o medo e com a raiva quando estes chegarem!
A Bíblia nos ensina que sentir raiva, ou ira não é pecado: “Irai-vos, e não pequeis” (Efésios 4:26); mas não podemos ficar apenas com a primeira parte do versículo, precisamos ver como ele termina: "Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo" (Efésios 4:26).
A Bíblia também tem muito a dizer sobre o medo. Na verdade, ela menciona dois tipos de medo. O primeiro tipo é benéfico e deve ser encorajado. O primeiro tipo de medo é o temor de Deus. Esse tipo de medo é um temor respeitoso de Deus; uma reverência pelo Seu poder e glória. Provérbios 1:7 diz: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução”
No entanto, o segundo tipo de medo mencionado na Bíblia não é bom e deve ser superado. Esse é o “espírito de medo” mencionado em 2 Timóteo 1:7, onde diz: “Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”. Podemos ver desde o início que esse tipo de medo não vem de Deus; através da Palavra da fé e da oração perseverante podemos ter o domínio sobre a raiva e o medo.
2- ASSUMINDO RESPONSABILIDADE POR NOSSOS PENSAMENTOS.
 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.2  
Temos que aceitar a nossa responsabilidade de renovar a nossa mente diariamente pela Palavra de Deus. O que é a Palavra de Deus?  A Palavra de Deus são os seus pensamentos.
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. Isaías 55.8,9
Martinho Lutero dizia algo interessante sobre as tentações que chegam à nossa mente: “Eu não posso impedir que os pássaros voem sobre minha cabeça, mas posso impedir que eles façam ninhos nela…”
Além de rechaçarmos os pensamentos ruins, devemos substituí-los por pensamentos construtivos. Veja a recomendação de Paulo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Filipenses 4.8.  
3- ASSUMINDO RESPONSABILIDADES PELO NOSSO CORPO.
"Não sabei vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós é santo" (1 Co 3.16, 17).
No mundo ocidental, poucas coisas são tão mal tratadas quanto o corpo humano. Ele sofre todo tipo de abuso. Fica obeso, por causa da alimentação excessiva; fica frágil, como resultado do sedentarismo e adoece por conta de vícios adquiridos.
Cuidar da saúde física é tão importante que a Bíblia nos manda glorificar a Deus com o nosso corpo. ''Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo''.(1Coríntios 6:20).

4- ASSUMINDO RESPONSABILIDADE PELO NOSSO ESPÍRITO.
Assim como o nosso corpo físico precisa de cuidado para não adoecermos o nosso espírito também precisa de cuidados
Assumir a responsabilidade pelo nosso espírito é se comprometer a crescer espiritualmente.
“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. 2 Pedro 3:18
Crescer espiritualmente significa aprender constantemente a Palavra de Deus.  Romanos 10.17: "... a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo".
Crescer espiritualmente significa buscar e viver a comunhão. A fé vivida em isolamento atrofia. Muitas vezes ouço pessoas que dizem: "Pastor, eu não preciso ir à igreja, eu faço minhas orações em casa.” O salmista nos diz: "Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido..” (Sl. 133.1)
Crescer espiritualmente significa viver uma vida dedicada à oração. 1 Tss 5.17  “Orai sem cessar”.
Crescer espiritualmente significa se tornar um adorador, 24 horas por dia. João 4.23 “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”.
Conclusão: Deus está nos ensinando a usar cada chave para a nossa renovação espiritual; faça a sua parte e assuma as responsabilidades que o Senhor colocar em tuas mãos. Lembre-se: Jesus tinha seus olhos fixos em sua cruz. Ele sabia muito bem o que Deus queria que Ele fizesse naquela hora, e não era consertar erros ou castigar falhas – era ir até a cruz.
Será que há uma cruz na sua vida, na sua frente que você está evitando? “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Lucas 9:23

Em Cristo e Por Cristo,

Pr. Gilberto Oliveira Rehder.

  



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A TERCEIRA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

A CONFISSÃO

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 João 1:9

Ao estudarmos sobre a importância da confissão para a nossa renovação espiritual é importante que se diga que o pecado é o principal problema do ser humano; além de nos separar de Deus, ele tem levado muitos crentes à frieza espiritual, insensibilidade, cauterização da mente, exaustão espiritual e destruição. Lembro-me certa vez em que confrontei um membro de uma das igrejas em que pastoreei que estava traindo a sua esposa; o mesmo estava endurecido e justificava o seu ato dizendo: “Tenho feito isso porque minha esposa não me trata bem, é tudo culpa dela”. Tive então que chama-lo à responsabilidade lendo para ele o texto de Provérbios 6.32 que diz: “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa”.
Infelizmente o referido irmão não se arrependeu e continuou no seu pecado sofrendo posteriormente as consequências de suas escolhas.
Além da problemática do pecado, há uma questão ainda pior que envolve aqueles que cedem às tentações; a do pecado oculto.
Pecados ocultos são aqueles pecados que nós achamos que ninguém sabe; ele é guardado a sete chaves como um segredo de estado. Pode ser um adultério, uma fornicação, um roubo, uma mentira, um uma falsidade, uma malícia e até mesmo uma simples fofoca.
Sabemos que Davi ao cair em pecado com Bate-Seba escondeu o seu pecado por um tempo. Para encobrir o seu pecado, ele cometeu outro pecado mais grave ainda: ele planejou a morte de Urias, o marido de Bate Seba, um de seus soldados mais destacado. Davi experimentou então, o sofrimento e a dor de um pecado não confessado. No Salmo 32.3,4 ele mesmo relata o seu drama dizendo: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio”.
Podemos entender deste texto que Davi chegou a adoecer de tal maneira pelo peso da culpa que chegou a sentir dor em seus ossos e exaustão extrema. A única saída para ser renovado e restaurado por Deus seria por meio da confissão e arrependimento sincero; e foi o que ele fez depois de ser confrontado pelo profeta Natã. No versículo 5 do Salmo 32 ele disse: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado”.
Se você tem pecado diante do Senhor e por conta disso tem sido atormentado pela culpa e sua vida tem se tornado seca, a CONFISSÃO é a chave para a sua renovação e restauração espiritual.
A palavra grega traduzida por “confessar” no novo testamento é “Homologeo” , que significa: “falar a mesma coisa”. Confissão significa que tudo o que Deus considera como pecado, eu também considero como pecado.
Existem dois aspectos da confissão bíblica que eu quero destacar:
O primeiro aspecto é que devemos confessar os nossos pecados para sermos perdoados. 
Neste sentido, somente Deus é quem pode nos perdoar e nos absolver da culpa do pecado. Salmo 130.3,4 “Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam”. 
Em Marcos 2:1-12, relata que um homem paralítico foi trazido a Jesus e descido até o salão por um buraco no teto. Cristo viu que sua primeira necessidade era espiritual, não física, e disse-lhe: "Filho, os teus pecados te são perdoados" (v. 5); e então o curou. Não há necessidade de outros mediadores; e a bíblia é clara em dizer: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” 1 Tm 2:5; “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”. Hb 4:15,16.
É bom lembrar que a confissão deve ser acompanhada de arrependimento. O arrependimento pode ser definido como: "Afastar-se do pecado, da desobediência ou rebelião e voltar-se para Deus. Em um sentido mais geral, o arrependimento significa uma mudança de mente e de atitudes. É justamente isso que diz o texto de  Pv 28:13: “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas aquele que as confessa e deixa alcançará misericórdia”. À partir daí podemos desfrutar de uma vida de paz e comunhão com Deus.
O segundo aspecto é que podemos confessar nossos pecados para sermos curados. Neste sentido, a participação de outro crente se faz necessária. “Confessai, pois, os vossos pecados (as vossas culpas) uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Tiago 5.16
No contexto desse mandamento, no verso 4 ,Tiago diz que se houver um doente entre os membros da igreja, o mesmo deverá chamar os presbíteros, para que, em resposta à oração e unção com óleo, o enfermo seja curado.
É importante que se diga que nem toda doença resulta diretamente de um pecado específico, mas, devido ao fato que o nosso corpo, alma e espírito são intimamente interligados, muitas vezes um mal físico ou enfermidade é causada pelo sentimento de culpa ou pecado que não conseguimos nos libertar. Neste caso, diz Tiago, a pessoa doente precisa confessar o seu pecado, ou culpas, a um irmão que vai ouvi-la e também orar por ela. 
O propósito dessa confissão é que o irmão doente, que tenha cometido o pecado seja curado e restaurado. Em momento algum Tiago sugere a confissão auricular, onde o sacerdote somente ouvirá a confissão e depois irá declarar o perdão; o texto é claro quando diz: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros...
Isso não significa que devemos sair por aí e nos expor a qualquer irmão sem nenhum critério. Creio que este critério está bem definido em Gálatas 6:1 que diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado”.
Creio que os “irmãos espirituais” são aqueles cristãos amadurecidos na fé em Cristo, de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria que prezam pela discrição acima de tudo. Deus quer levantar no meio do Corpo de Cristo pessoas que estão dispostas a erguer o irmão caído. 
O irmão que não consegue se livrar do peso da culpa ou do pecado que o domina, deve procurar um irmão (ã) idôneo para confessar o suas culpas com o objetivo de receber cura e apoio em oração. Tiago chega a afirmar: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”.
Por meio da confissão e abandono do pecado podemos ser renovados e desfrutar novamente de comunhão com Deus. Abrir o coração e falar pode ser um santo remédio para nos libertarmos do pecado e da culpa.

Em Cristo e Por Cristo!


Pr. Gilberto Oliveira Rehder

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A SEGUNDA CHAVE PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

A VERDADE

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8.32

Neste texto aprendemos que o plano de Deus para cada um de nós é que enxerguemos a verdade para que desfrutemos de liberdade. Precisamos tomar posse da liberdade que Jesus nos oferece.
Os fariseus ouviram esta Palavra de Jesus, mas não a aceitaram por estarem presos a uma religiosidade cega; por isso não puderam receber o novo de Deus em suas vidas.  
As Escrituras dizem em Oseias 4.6 que “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”.
E a estratégia do inimigo é exatamente roubar de nós o conhecimento da verdade que liberta; imprimir em nossa mente que precisamos continuar como prisioneiros, sendo que Jesus a dois mil anos despojou os principados e potestades, nos dando livre acesso às promessas de Deus.
Deus quer que saiamos da terra do cativeiro. A vontade dele é dissipar toda cegueira espiritual em nós, para experimentarmos este renovo espiritual.
Para que isso aconteça, precisamos enxergar a verdade sob dois aspectos diferente em Isaías 6:1-8.
Em primeiro lugar, precisamos enxergar a verdade sobre Deus. Se tivermos uma visão distorcida de Deus jamais alcançaremos uma renovação em nossas vidas.
Creio irmãos que um bom exemplo sobre o enxergar a verdade sobre Deus, encontramos na experiência do Profeta Isaías quando este viu ao Senhor.
Deus se revelou a Isaías e ele pôde vê-lo como ele realmente é. Talvez muitas visões equivocadas a respeito de Deus que estavam na cabeça de Isaías caíram por terra. 
Isaías viu um Deus assentado num alto e sublime trono. (V.1) Ele pôde ver qual é o lugar que o Senhor deve ocupar. Não somos nós que ordenamos a Ele, mas sim, é Ele que em Sua soberania que deve reinar em nós e ocupar o trono de nossa existência.
Isaías viu um Deus que através da sua presença, preenche os espaços vazios.Suas vestes enchiam o templo. Sua glória enche toda terra. Sua fumaça, seu perfume, enchia toda a casa. Você já pôde ver Deus como o único que pode preencher todos os vazios da sua existência?
Isaías viu um Deus que é digno de toda honra e adoração. Seres angelicais o reverenciavam, submetiam-se a Ele e o adoravam. Você já pôde ver Deus como o único digno da sua adoração, da sua veneração e do seu louvor?
Isaías viu um Deus que é completamente puro em santidade. (V. 3) Os Serafins louvavam na beleza da Sua santidade. Você já pôde ver um Deus que é santo e te convida à santidade?
O Renovo na vida de Isaías começou a partir do momento que pôde ver Deus como Ele realmente é, e não simplesmente como sua mente imaginava, ou que os outros lhe falavam.
Se você permitir e abrir o seu coração, Deus vai se revelar a você, e você poderá vê-lo como ele realmente é através de Jesus, e isso mudará a sua vida. (Hebreus 1:1-4)
Em segundo lugar, precisamos enxergar a verdade sobre nós mesmos.
Precisamos ver a nós mesmos como realmente somos. Isaías teve uma visão correta de quem ele realmente era.
No v.5 lemos: “Então disse eu: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos”.v.5
Somente depois que Isaías teve uma visão correta a respeito de quem era Deus, é que ele pode enxergar a si mesmo como ele realmente era.
Enquanto tivermos uma visão distorcida de Deus, da sua pessoa, propósito e vontade, também teremos uma visão distorcida a respeito de nós mesmos. Isso em todos os níveis.
Qual é a verdade sobre nós? A verdade sobre nós é que somos pecadores diante de Deus e carentes da sua graça e perdão.
Isaías viu-se desnudado, e reconheceu: “Ai de mim!” Ele não viu mérito próprio em si, mas ele pôde ver o quanto estava em condenação diante do Senhor; ele reconheceu que estava perdido, que necessitava da misericórdia do Senhor.
Isaías também reconheceu o seu pecado específico, como um homem de lábios impuros.
Precisamos aprender a nos desnudar diante de Deus ao invés de nos camuflar. E a melhor maneira de fazer isso é nos colocando debaixo da luz reveladora do Espírito Santo: Precisamos orar como o salmista: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”. Salmos 139.23,24
Somente quando confessamos nossa verdadeira natureza diante do Senhor é que poderemos alcançar o seu favor a nos purificar, transformar, renovar e nos encher com o seu Espírito.
Jesus é a brasa viva que foi oferecida no altar de Deus pelos nossos pecados. Ele, na cruz, providenciou perdão e purificação para nós pelo seu sangue. O que estamos vendo ao olharmos para dentro de nós?
Depois que Isaías foi purificado e renovado pelo Senhor, teve uma visão da obra que o Senhor queria realizar através da sua vida podendo então dizer: “Eis-me aqui, envia-me a mim.”.

Em Cristo e Por Cristo!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder.




sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SETE CHAVES PARA A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

PRIMEIRA CHAVE:  A ENTREGA
"Entregue sua vida a Deus sem reservas"

Nesta semana começamos uma nova campanha em nossa igreja cujo tema é: Sete chaves para a Renovação Espiritual. Assim como você usa uma chave específica (para dar acesso) para entrar em sua casa, ou em seu carro, o Senhor nos disponibiliza em Sua Palavra chaves para que experimentemos uma RENOVAÇÃO ESPIRITUAL. Eu creio, que Jesus ao dizer “Eu te darei as chaves do reino dos Céus; tudo o que ligares na Terra, será ligado nos Céus e tudo o que desligares na Terra, será desligado nos Céus" (Mateus 16:19), ele estava literalmente disponibilizando as chaves espirituais para o Reino do Céu, ou seja, permitindo aos seus seguidores pleno acesso a todo poder de Deus. Sem esse poder, jamais conseguiremos viver segundo os ensinos de Jesus. Seremos como um defunto bem arrumado, de boa aparência, mas sem vida.
A Renovação que buscamos é aquela que é gerada em nós pelo Espírito Santo trazendo consigo vários significados: é “tornar novo”, mudar ou modificar para melhor; restaurar, reformar, melhorar em todos os aspectos; refazer, reparar, rejuvenescer, revigorar.
Uma figura importante desta renovação é a do vaso novo em Jeremias 18:4: "Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu".
Muitas vezes a nossa vida está estragada pelo pecado, pelas decisões erradas que tomamos e também pelas atitudes que deveríamos tomar e não tomamos. Por isso sofremos e gememos em nosso íntimo. No entanto o Senhor pode e quer nos renovar; aquilo se estraga normalmente jogamos fora, descartamos, mas o nosso Deus não age assim; daquilo que se estragou ele faz tudo novo, aleluia!
Para que isto aconteça, a primeira chave a ser usada é a CHAVE DA ENTREGA. Certamente quando estamos cansados e desanimados exclamamos: "Não sei por onde começar" - Que tal começar se entregando sem reservas ao Senhor? "Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará". Salmo 37:5.
Tenho que lhe entregar o meu coração, o meu tempo, meus problemas, meus questionamentos, minha ansiedade, meus bens, meus filhos, minha esposa, meus sonhos,... Como diz aquele “velho” hino: “Tudo entregarei, tudo deixarei...”
A nossa entrega ao Senhor não pode ser uma ferramenta de barganha que usamos para conseguir o que queremos de Deus. Entregar-se é dar-nos a Ele; não é tentar fazer um acordo com Deus.
Existem pessoas que dizem assim: “Se Deus me dar o que eu desejo, irei à igreja e doarei a metade dos meus bens para a caridade.” - Amados isso é barganha e manipulação!
A verdadeira entrega respeita as condições determinadas por Deus e não por nós. Por isso entendamos o que significa esta entrega:

- Entregar-se é confiar a nossa vida a Ele, para que ele a dirija e trace o rumo de sua vontade. “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho”. Salmo 32.8.

- Entregar-se é um compromisso de servir a Deus não se importando se arranjemos emprego ou não, se nossos filhos vivam ou morram; quer moremos numa casa alugada ou em uma mansão; quer tenhamos saúde ou não. “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre”. Salmo 73:26; “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas”. Habacuque 3.17-19 

- Entregar-se não é um acontecimento único, que ocorre uma só vez. A entrega é um comportamento constante. “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Lucas 9.23.  

- Entregar-se é admitir que não podemos lidar com a vida sem Deus. Paramos de fingir ser Deus e renunciamos o trono da nossa vida permitindo que o SENHOR reine. “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. João 5.5.

- Entregar-se é humilhar-se diante de Deus e até dos homens. É abrir mão do direito de vingar-se. Por isso o orgulhoso tem muita dificuldade em entregar-se. “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.”1 Pd 2.21-23
Entregue-se ao Senhor sem reservas e certamente o renovo virá para você.

Em Cristo e Por Cristo,

Pr. Gilberto Oliveira Rehder

  




 




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A PRIMAVERA DE DEUS JÁ CHEGOU!

"Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o SENHOR Deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações". Isaias 61.11  

No dia 21 de setembro começou a mais linda estação do ano, a primavera. Esta é a estação do ano aonde os frios oceanos vão aos poucos se aquecendo, mantendo a temperatura amena ao longo da estação. Um período muito bonito e cheio de cores. Deus, na Sua sabedoria, estabeleceu as quatro estações, gerando um equilíbrio perfeito na natureza. Iniciando pelo verão, estação quente, passando pelo outono, momento em que a natureza inicia o processo de sono, com as folhas caindo, pelo inverno, quando a natureza parece que dorme por três meses, para renascer na primavera, sinal de nova vida, flores, frutos, pássaros se reproduzindo e cantando, para explodir com sinais de vida no verão, e daí, o ciclo iniciar-se novamente.
Em Gênesis 1.14, lemos: “Então disse Deus: que haja luzes no céu para separarem o dia da noite e para marcarem os dias, anos e estações”!  As estações foram estabelecidas antes da entrada do pecado na história da criação, assim, elas foram projetadas desde o ato criador de Deus.
Em Atos 14.17, Paulo, pregando em Listra, usa as estações como argumento da providência de Deus: “contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo os vossos corações de fartura e de alegria”.
Paulo, o apóstolo, relaciona o momento em que a natureza entra no seu ciclo produtivo, com a própria alegria da vida.
Se no inverno ficarmos mais encolhidos por causa do frio, na primavera, nos soltamos para experimentar o momento novo. Assim, a primavera pode ser utilizada como símbolo da nova vida em Cristo.
O missionário metodista Stanley Jones, no seu livro “O Cristo de Todos os Caminhos”, fazendo uma análise do Pentecoste, diz: “O que me pode fazer o inverno, se nas minhas veias corre o sangue da primavera de Deus!” Quando é que celebramos a primavera de Deus?
Celebramos a Primavera de Deus, quando experimentamos a nova vida em Jesus Cristo ( 2 Cor. 5:17),
Celebramos a Primavera de Deus, quando crescemos em amor, produzindo o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22,23),
Celebramos a Primavera de Deus, quando nos abrimos para as novidades de Deus, que sempre tem algo novo à nos ensinar (Isaías 43.19),
Celebramos a Primavera de Deus, quando permitimos que outros irmãos nos abençoem, assim como abelhas e aves, levam polens de uma planta para outra (Hebreus 11:20),
Celebramos a Primavera de Deus, quando deixamos para trás as “coisas” do inverno e partimos para as “coisas” da primavera que estão diante de nós (Fp. 3:13)
Celebramos a Primavera de Deus, quando aprendemos a aplicar em nossas vidas as  quatro estações, sabendo tirar de cada uma delas as lições preciosas que cada uma tem.
Além de darmos as boas vindas à primavera, vamos celebrar a primavera de Deus em nossas vidas!

Pr. Gilberto O.Rehder