quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O PERIGO DE NAUFRAGAR NA FÉ



“Ora, o intuito da presenta admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” (1 Timóteo 1.5).

“Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem.”  (1 Timóteo 1.19,20).

Introdução: Eu quero conversar contigo sobre um assunto bem sério que envolve a nossa fé. Por isso o tema da Palavra de hoje é: O Perigo de Naufragar na Fé.

Quando o apóstolo Paulo escreveu sua primeira Epístola a Timóteo, os naufrágios de embarcações eram muito comuns. O NT registra pelo menos quatro experiências de Paulo com naufrágios.

O quarto naufrágio sofrido por Paulo, conforme Atos cap.27,ocorreu quando ele era levado preso para ser julgado em Roma. No barco que afundou, havia além de cargas, 276 pessoas! E todas elas sobreviveram ao naufrágio (At 27.37).

Paulo usa então a metáfora de um naufrágio náutico para falar deste assunto.

Ele alerta a Timóteo dizendo que alguns rejeitariam a boa consciência e naufragariam na fé. (1 Timóteo 1:19).

O naufrágio náutico é uma das situações mais desesperadoras que uma tripulação e tripulantes podem enfrentar.

Por esses dias, um site de notícias apresentou uma fotos assustadoras e inéditas do Titanic tiradas no dia de seu naufrágio.

O Titanic, "o mais luxuoso transatlântico de sua época", afundou em sua primeira viagem, matando 1523 pessoas. A companhia inglesa White Star Line disse que o navio era impossível de afundar, mas a máquina, a negligencia de seus operadores assim como a força da natureza, tratou de mostrar que tudo que é construído pelo homem é passível de falha.

Muitos bens, ouros e joias, afundaram junto ao Titanic. Por 73 anos foram realizadas buscas, até que em 2 de setembro de 1985, o Titanic voltou a ser visto pelos olhos humanos.

O Titanic veio a pique em apenas 2 horas e 40 minutos após se chocar com um iceberg, levando para o fundo do mar, uma fortuna estimada em até US$ 1 milhão de dólares.

Existem várias situações que podem provocar um naufrágio em uma embarcação. Eu não vou apresentar todas elas, mas algumas situações.

Trazendo para o contexto de nossa fé eu quero ver contigo algumas situações que podem nos levar ao naufrágio da fé.

A primeira situação que pode levar ao naufrágio da fé:
1ª A PERFURAÇÃO DO CASCO.
Isaías 30:12,13
12 Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto que rejeitais esta palavra, confiais na opressão e na perversidade e sobre isso vos estribais,
13 portanto, esta maldade vos será como a brecha de um muro alto, que, formando uma barriga, está prestes a cair, e cuja queda vem de repente, num momento.

Uma perfuração no casco de um barco, ou como disse Isaías “uma brecha” é o que provoca a queda ou o naufrágio de uma embarcação.

Imaginemos um bote e alguém que vai remando e de repente percebe que se fez em seu barco um pequeno furo e que está entrando água.

Quando pecamos, se faz um furo em nosso bote e começa a entrar água.

Que temos que fazer? Consertar primeiro e só depois seguir em frente. Mas nem sempre é isso que fazemos.

A princípio, parece que tudo vai bem, e o bote flutua. Mas continua entrando água devagar.

Assim é quando pecamos: a nossa consciência nos adverte, e nós a rejeitamos. E seguimos pregando, cantando, orando e participando dos cultos. Parece que tudo segue igual, nada muda; mas sem percebermos a água entra lentamente no bote de nossa vida.

Mas de um momento a outro, o que acontece com esse bote? Quando o peso da água já é suficiente, em um instante o bote afunda.

É exatamente isso que ocorre conosco quando rejeitamos a boa consciência, como disse Paulo a Timóteo!

“Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé...”

Precisamos obedecer à voz da consciência, obedecer ao Senhor em Sua Palavra, confessar nossos pecados e abandoná-los!

“O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Pv 28.13

Para lidar com o pecado precisamos de uma consciência sensível.

A consciência será sensível dependendo da sua comunhão com o Senhor.

Se o nosso grau de comunhão com Deus for profundo, a sua consciência será aguçada e forte.

Por outro lado, se a comunhão é superficial e permanecermos no pecado contínuo e impenitente, a nossa consciência poderá ser cauterizada.  Esse é o maior perigo na vida de um cristão!

Ter a mente cauterizada significa um estado de impenitência e incredulidade tão profundo em que não há mais nenhuma sensibilidade moral e a consciência se torna inoperante. A “mente cauterizada” ou “consciência cauterizada” está diretamente ligada à apostasia.

Paulo usa este termo para falar da apostasia da fé presente nestes últimos dias: (1 Timóteo 4:1,2)

1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,
2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,

A cauterização se dá pela aplicação do cautério, que basicamente é um instrumento utilizado para queimar tecidos orgânicos. O cautério pode ser, por exemplo, um ferro em brasa ou determinados agentes químicos.

A cauterização torna a carne dura e insensível. Então com isso o apóstolo indica que o mesmo pode ocorrer com a consciência do homem. Essa consciência se torna dura, insensível e adormecida.

O inimigo de nossa alma, luta para cauterizar as nossas mentes e a Palavra de Deus é sem dúvida um escudo poderoso para nos proteger desta terrível artimanha maligna.


A segunda situação que pode levar ao naufrágio da fé:
2ª A INSTABILIDADE DA EMBARCAÇÃO.
É quando há uma inclinação da embarcação. O peso que embarcação transporta também deve ser cuidadosamente organizado e equilibrado para que o navio possa navegar com estabilidade.

Semelhantemente à instabilidade de uma embarcação que pode leva-la a um naufrágio, uma fé instável pode também ser a nossa própria ruína. 

Tiago 1:5-8
5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.
6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.
7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa;
8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.

Na NVI diz: ”Homem de mente dividida e é instável em tudo o que faz”.

Muitas pessoas apresentam uma preocupante instabilidade em suas vidas. Não se firmam no emprego, na igreja, na profissão, na escola, no casamento etc.

- Um dia elas creem no poder de Deus, outro dia descreem!
- Um dia elas se comprometem e assumem responsabilidades na obra de Deus, mas em outro dia elas abandonam a obra.
- Pessoas assim são como Pedro antes de experimentar uma real conversão: Elas dizem: “Senhor estou pronto para morrer por ti; mas depois negam a Jesus diante da pressão”

A nossa fé precisa estar bem firmada! Precisamos que a nossa fé seja enraizada!

a) Precisamos ter raízes em Cristo. (Colos. 2:6-7)
“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças”.

b) Precisamos ter raízes na Palavra de Deus. (Efésios 4:14)
“para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”. (R.A)

“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”.(outra versão)

b) Precisamos ter raízes na igreja. (Hebreus 10:25)
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.  Hebreus 10.25.   

A fé e o amor são vínculos que nos unem a Cristo e aos irmãos, mas isso não acontece automaticamente.

Paulo escrevendo aos Coríntios em sua segunda carta no cap.13:5  nos deixa uma pergunta para uma auto reflexão:

“Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós?”

Aqui somos confrontados com o estado da nossa fé, examinando-nos se realmente ainda permanecemos firmes, ou se estamos apenas vivendo de emoções!

Essa fé é instável, volúvel, passageira, assim como são os sentimentos e as emoções.

A terceira situação que pode levar ao naufrágio da fé:
3ª DANOS PROVOCADOS POR UMA GUERRA.

Não é incomum para nós sabermos que em uma guerra naval muitos navios são afundados quando atingidos por um torpedo.

No início da Segunda Guerra Mundial, o Governo Brasileiro, rapidamente, declarou-se neutro em relação ao conflito.

Mas quando os navios da Marinha mercante brasileira foram atacados causando a morte de centenas de brasileiros, o Brasil entrou para a guerra.

Como cristãos nós também estamos em guerra.

Na carta do apóstolo Paulo aos Efésios, no capítulo 6:11,12, vemos que a Bíblia não deixa dúvidas de que existe sim, uma guerra espiritual na qual estamos envolvidos:

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

Nós como cristãos não podemos ficar neutros em se tratando da nossa guerra contra o Maligno.

O reverendo Hernandes Dias Lopes em uma de suas pregações sobre o tema diz o seguinte:

“Certamente você tem plena consciência de que vida cristã não é uma colônia de férias, não é um parque de diversões. Não é uma estufa espiritual, nem mesmo uma redoma de vidro. Não existe essa ideia de estar blindado espiritualmente, imune aos ataques sutis, e as vezes intensos do inimigo. Vida cristã é luta. Vida cristã é guerra. É batalha sem pausa e sem trégua. Nessa luta não existe campo neutro, ou você é um guerreiro ou você é uma vítima. ”

Precisamos tomar toda a armadura de Deus e guerrearmos com coragem e ousadia! 

Em 2 Coríntios, Paulo diz o seguinte:

“Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; ”

Perceba que nesta guerra os demônios querem o domínio de nossa mente!

O Diabo é um manipulador de mentes! Através do espírito do engano ele fará de tudo para você desistir do caminho!

É por isso que Paulo fala a Timóteo que a apostasia, é produzida pelos ensinos de demônios:

1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,

CONCLUSÃO: São três situações que levam ao naufrágio da fé:

1- A perfuração no casco – o pecado contínuo e aceito naturalmente em nossa vida nos leva aos poucos à cauterização da mente e ao naufrágio na fé (que é a apostasia)

2- A Instabilidade do barco- a falta de estabilidade e firmeza em Cristo, na Palavra e na Igreja pode também levar ao naufrágio da fé.

3- Os danos causados pela guerra- estamos numa guerra espiritual e não podemos brincar de ser crente, pois o diabo não brinca de ser diabo. Uma atitude neutra nesta guerra pode ser fatal.

Quando uma embarcação está em risco de naufrágio, a carga é lançada em alto mar primeiro, este é um princípio de sobrevivência. 

Quem sabe se na sua vida, não há algumas cargas que precisam ser lançadas ao mar para que você não venha a naufragar em sua fé?   

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão/GO

sábado, 24 de novembro de 2018

A IMPORTÂNCIA DA AÇÃO DE GRAÇAS



Texto: Salmo 136

Introdução: As ações de graças talvez sejam o tipo de oração mais negligenciado pelos crentes. Possivelmente, muitos pensam que elas não são orações poderosas para mudar as circunstâncias da vida ou para tocar o coração de Deus, mas nós veremos nesta noite que esse é um tremendo equívoco. 

Em 1 Tess.5:18 a Palavra nos exorta: “Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco.”

“Dar graças “em tudo” é reconhecer, em meio a quaisquer circunstâncias a soberania de Deus. É crer, ainda que sem entender, que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28)”.

Se formos gratos por tudo o que Deus fez por nós, seremos capazes de agradecer a Deus em todas as circunstâncias!

A oração de ação de graças nos ajuda também a permanecermos perseverantes na oração sem desanimarmos.

“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças”. Coloss.4:2

Além  disso, a  base  de  toda  gratidão  está  na  compreensão  de  que em nós  não  habita  bem  nenhum  e  que  não  temos  justiça  própria  para  merecer  algo  de  Deus.

O Salmo 136 nos ensina que tudo o que Deus faz em nossas vidas é por causa de suas misericórdias! Aprendemos também com base nas Escrituras que a nossa salvação é pela graça de Deus! Não há nada em nós que nos faça merecedores da vida eterna!

O  ingrato, porém, tem dificuldades de entender a graça e a misericórdia de Deus! Ele destrói  completamente toda a verdade da justificação pela fé.

Deus somente pode abençoar aquele que não possui justiça própria.  Se presumirmos que merecemos algo então nos desqualificamos para recebermos da graça de Deus.  

Essa é a triste verdade sobre o ingrato: ele se acha tão maravilhoso, tão justo, tão bom que presume que é merecedor de algo melhor na vida. Seu orgulho o leva para a ingratidão e esta, por sua vez, o afasta  ainda  mais  das  bênção  da  graça  de  Deus.

Ação de graças é uma atitude a ser desenvolvida.  Quanto mais você é grato, mais contentamento haverá em você; da mesma forma, o ingrato é  sempre  descontente.  Uma pessoa descontente está sempre aborrecida, contrariada, desgostosa, infeliz, mal-humorada, pois sempre está desejando algo que não possui e, como é ingrata não consegue perceber o valor daquilo que já possui. Ninguém consegue desfrutar da vida sem gratidão. A gratidão faz com que as pequenas coisas da vida ganhem nova dimensão, os pequenos prazeres se transformam em grandes deleites.

Além do contentamento qual a importância, então, da ação de graças? O que mais a gratidão produz em nossas vidas?

1. AÇÕES DE GRAÇAS MULTIPLICAM O PÃO. ( João 6:11)
 “Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam”. João 6:11

Se você fosse orar por um milagre você começaria com ações de graças?

Talvez em nosso conceito essa não fosse a mais apropriada oração da fé!

Mas Jesus deu graças para nos ensinar o poder de um coração grato e contente diante de Deus! 

Se não há em nós um contentamento pelo que temos, Ele não pode multiplicar! Seria incoerente com a natureza de Deus!

O descontente deprecia a bênção recebida, mas o contentamento que vem da gratidão gera multiplicação!

A ação de graças tem o poder de produzir a abundância em nossa vida! Sabe por quê? Porque um coração grato toca o coração de Deus.

Seja grato para ser abençoado por Deus! A primeira oração do dia é de Ação de Graças!

2- AÇÕES DE GRAÇAS PRODUZ VIDA. ( João 11:41-44)
41 Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste.
42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.
43 E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!
44 Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.

Que coisa interessante. Em mais um evento extraordinário a oração que o Senhor fez foi de ação de graças. 

Novamente, quando seria de se esperar que o Senhor fizesse uma oração forte, retumbante, e impactante, Ele fez apenas uma oração de ação de graças.

Assim como o Senhor gerou vida no meio da morte, apenas dizendo “graças te dou”, você também pode trazer vida em sua casa tendo um coração grato. Já observou como a murmuração gera morte, torna o ambiente  pesado  e morto?

Se você tem vivido em um ambiente de morte experimente dar graças ao Senhor!

3- AÇÕES DE GRAÇAS DESTROEM O EXTERMINADOR (1 Cor.10:10)
“Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador”. 1 Cor.10:10

Muitos demônios são mencionados pelo nome na Bíblia, como o anjo da morte, o devorador, apolion, mamom, etc..

É importante que se saiba que cada um deles está relacionado com algum tipo de pecado.

O demônio específico que está relacionado com a ingratidão e a murmuração. Paulo o chama de exterminador. 1 Cor.10:10

Se a maneira de você vencer o devorador é contribuindo, dando dízimos e ofertas, então a maneira de você vencer o exterminador é com a ação de graças.

Quando você começa a reclamar, você abre a porta para o exterminador e,
quanto mais você reclama, mais você abre portas para ele destruir tua vida e teus sonhos.  

Foi exatamente isso que ocorreu com a nação de Israel em Números cap. 14. Nos versículos 22 a 30 diz o texto:

22 nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz,
23 nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me desprezaram a verá.
24 Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá.
30 não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

O versículo 22 diz claramente que este povo (1) viu a glória de Deus, (2) eles viram os prodígios do Senhor no Egito e no deserto (3) Eles tinham a promessa de Deus sob juramento...

No entanto eles esqueceram de todo agir do Senhor a seu favor, o livramento do julgo egípcio, a travessia em seco do mar vermelho e a providencia física e espiritual no deserto.

E como consequência da murmuração, não possuíram a terra que Deus lhes havia prometido (vs 30). Os seus sonhos foram exterminados!

Temos que buscar o ideal de Calebe: (vs.24) “Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá”.

Quanto mais você reclama, pior as coisas ficam!

4- AÇÕES DE GRAÇAS NOS PROTEGEM (1 Tm 4:4,5)
4 pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável,
5 porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.

Eu sei que muitos fazem uma oração de ações graças antes de uma refeição como uma mera formalidade religiosa, mas as ações de graças têm o poder de santificar até o que comemos.

Nossa comida pode ser santificada e até purificada quando a recebemos com ações de graças!

Agradeça a Deus antes de comer seja na sua casa, em uma lanchonete ou restaurante, porque você nem sempre sabe quem a preparou ou como a preparou; se essa pessoa serve a Deus ou consagrou o seu negocio aos ídolos.

Quando damos graças, estamos também proclamando que o que comemos  é para a glória de Deus:

1 Cor. 10:31 “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.

5- AÇÕES DE GRAÇAS NOS ENCHEM DO ESPÍRITO (Efésios 5:18-20)
18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
19 falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

Há muitas formas de sermos cheios do Espírito. Podemos orar, louvar,  adorar, cantar, falar a Palavra, obedecer e viver em santidade e assim por diante.

Mas o que muitos não sabem é que também  a gratidão nos enche do Espírito!

20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

Isto acontece porque a gratidão atrai a glória de Deus!

CONCLUSÃO:

Peça ao Senhor que lhe dê um coração grato. Tenha atitudes que demonstrem sua gratidão a Deus.

O que você seria capaz de fazer para agradecer a Deus por tudo que tem feito em sua vida?

Faça como puder, mas agradeça a Jesus!

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão/GO

terça-feira, 20 de novembro de 2018

COMO AMAR PLENAMENTE O PRÓXIMO? 2ª Parte




“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. Marcos 12:30,31

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. João 13:34

Introdução: No domingo passado fomos desafiados pela palavra de Jesus a manifestarmos um amor Pleno para com Deus.

E este amor pleno por Deus é aquele que envolve a totalidade de nosso ser, ou seja: todo o nosso coração, toda a alma, todo o nosso entendimento e todas as nossas forças.

AMAR A DEUS TEM QUE ENVOLVER TODO O NOSSO SER!

- Se amamos a Deus de todo o coração, mas só com metade do entendimento, não o estamos amando plenamente.

- Se amamos a Deus com toda a nossa alma, mas não com todas as nossas forças, não o estamos amando plenamente.

Hoje, vamos falar do segundo mandamento. O mandamento de amar o nosso próximo.

Por isso eu quero destacar nesta noite algumas lições do amor ao próximo.

1- O AMOR AO PRÓXIMO ESTÁ EM CONEXÃO COM O AMOR A DEUS.

O mandamento de amar o próximo está profundamente em conexão com o primeiro mandamento.

Isso significa que se o nosso amor a Deus for verdadeiro, iremos amar também o nosso próximo. O amor ao próximo é consequência de nosso amor a Deus porque ele é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

1 João 2:9-11
9 Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.
10 Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço.
11 Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.

1 João 4:20,21
20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.

Quanto mais estivermos em comunhão e intimidade com Deus teremos mais possibilidades de amar o nosso próximo. Este amor vai atestar se estamos na luz ou não.

2- O AMOR AO PRÓXIMO TEM COMO PADRÃO O AMOR PRÓPRIO.

Aqui é importante que se diga que amor próprio não tem nada haver com o egoísmo ou o narcisismo presente na vida de muitas pessoas.

O amor próprio não é uma desculpa para você se achar melhor do que os outros. O amor próprio destacado aqui tem haver com uma imagem positiva e equilibrada que temos de nós mesmos.

“Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”. Romanos 12:3

Você não deve pensar de si nem mais nem menos. Não deve gerar em seu coração orgulho, auto exaltação e nem depreciação!

Se a nossa atitude para conosco mesmo é de depreciação e desvalorização, teremos muitas dificuldades de amar o nosso próximo.

Jesus disse que aquele que ama a Deus, deve amar ao próximo como a si mesmo.

O Senhor Jesus respondendo à pergunta do escriba disse o seguinte: “O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. Marcos 12:31

Vemos este mesmo princípio na chamada “lei áurea” em Mateus 7:12:

“tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.”

Isso significa que todo o bem que você quer para si próprio, você deve querer também para seu próximo; e todo o mal que você não quer para si mesmo não deseje para o seu próximo.

Exemplo:
Se você vai doar roupas usadas, por exemplo, não doe algo que você mesmo não usaria! Com buracos, roído por traças e etc…

Pergunte a você mesmo: eu usaria esta roupa? Se a resposta for sim, então doe!

- Se você não gosta de ser julgado, não julgue!
- Se você quer ser perdoado, perdoe!
- Se você quer ser amado, ame!

- Se você quer ser valorizado, valorize! 

No entanto ao ensinar aos seus discípulos o Senhor estabelece um novo padrão ou modelo de amor ao próximo:

3- O AMOR AO PRÓXIMO TEM COMO PADRÃO O AMOR DE CRISTO.

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. João 13:34

A Lei dizia: Ame o próximo do jeito que você se ama. Mas e agora que estamos na graça?

O que a graça diz é que devemos amar uns aos outros como Cristo nos amou! Perceba que agora é um novo padrão de amor; um padrão mais elevado!

O mundo sem Jesus tem um jeito diferente de demonstrar amor.

- As pessoas geralmente amam aqueles que as tratam bem, aqueles que se identificam com a sua causa ou que podem lhe dar alguma coisa em troca.

- Em nossos dias, a palavra amor foi desfigurada de sua verdadeira essência, por motivo do homem tirar Deus do centro de sua vida.

Por isso há pessoas por ai defendendo uma ideia de que “toda forma de amor vale a pena” se referindo a aceitação de todo tipo de relacionamentos desaprovados por Deus. 

Mas aquele que é um discípulo de Cristo deve amar ao próximo de um jeito totalmente diferente.

Mas se amar o próximo como nós nos amamos já é difícil, e quanto amar como Cristo nos amou?

Para amar como Jesus, devemos antes descobrir como Jesus nos amou. O texto de 1 João 3:16 diz assim:

“Nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (I João 3:16).

Amar como Cristo amou é extraordinário! 

- É amar sem ser amado! 
- É combater o mal com o bem!
- É orar por aqueles que te perseguem!
- É abençoar aqueles que te amaldiçoam!

Pessoalmente creio que dar a nossa vida pelos nossos irmãos é fazermos de tudo para que recebam de nossa parte apoio e encorajamento!

Esse tipo de amor nos leva segundo a doutrina de João Wesley à Perfeição Cristã, que segundo ele é a Perfeição em Amor!

Há dois tipos de perfeição: absoluta e relativa. É absolutamente perfeito aquilo que não pode ser melhorado; isso pertence unicamente a Deus. E relativamente perfeito aquilo que cumpre o fim para o qual foi designado; essa perfeição é possível ao homem. “O ser humano tem sempre necessidade de crescer em graça e avançar diariamente no conhecimento e no amor de Deus". (Sermões de Wesley, vol. 2, pg 286) 

CONCLUSÃO:

O amor ao próximo se aplica a três grupos de pessoas, pelo menos:

DEVEMOS AMAR O PRÓXIMO CONHECIDO.
A nossa família, irmãos na fé, amigos e colegas...

Engolimos muitos sapos fora de casa, mas, com os mais íntimos, muitas vezes somos intolerantes, impacientes e nada agradáveis.

DEVEMOS AMAR O PRÓXIMO DESCONHECIDO.
Vemos esse ensino em Lucas 10, na parábola do “Bom Samaritano”, em que o personagem se dispôs de tempo, materiais de primeiros socorros e recursos financeiros para custear as despesas de uma pensão para cuidado do homem que achara caído no caminho.

3) DEVEMOS AMAR O PRÓXIMO, AINDA QUE SEJA UM INIMIGO. Aprendemos isso no “Sermão do Monte”, quando Jesus ensinou que deveríamos falar bem dos que falam mal de nós, fazer o bem aos que nos odeiam e orar por quem viesse nos maltratar e perseguir.

Amar ao próximo não é um pedido, mas um mandamento.

A Bíblia chega a dizer que isso é mais importante que holocausto e sacrifícios.

Relacionamentos cheios de vida só acontecem quando o mandamento de amar o próximo é obedecido, porque a vida verdadeira só experimentada na interação e na reciprocidade e nenhum vínculo é mais poderoso, duradouro e prazeroso do que o amor.

Por isso, ame quem você conhece, ame quem você não conhece e ame até mesmo quem te tem por inimigo. Revista-se de amor, ele é o vínculo da perfeição (Cl 3.14).

Para aprender sobre o amor, estude a Bíblia e observe Jesus. Ele é o maior exemplo de amor ao próximo. Amou a mim e a você de tal maneira que morreu em nosso lugar para que pudéssemos ter vida e vida de verdade.

Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão/GO



segunda-feira, 19 de novembro de 2018

COMO POSSO AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO? 1ª Parte



Texto: Marcos 12:28-34
28 Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos?
29 Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.
31 O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
32 Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele,
33 e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.
34 Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo.

Introdução: Eu quero compartilhar contigo nesta noite uma palavra que tem sido em primeiro lugar, um verdadeiro desafio pra mim. O desafio de amar a Deus e ao meu próximo de maneira Plena. hoje vamos focar o primeiro mandamento! 

Essa história em Marcos 12 nos mostra o caso de um homem (como muitos hoje) que sabia o que precisava ser feito, ele sabia que a única maneira de viver era agradar a Deus através de um relacionamento de amor, mas ele percebeu que este mandamento era duro demais para ser obedecido, e assim como muitos hoje, a sua história termina como alguém que está perto do Reino de Deus, mas não dentro.

34 Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo.

A verdade é amados, que esse homem não está buscando de Jesus uma resposta sincera para que ele possa colocar em prática.

De acordo com o contexto de Marcos, e também do relato de Lucas (Lucas 19:47). Todos os dias ele ensinava no templo. Mas os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo procuravam matá-lo.

Eles faziam então algumas perguntas para pegar a Jesus em alguma transgressão da lei de Moisés.

Este escriba pergunta então a Jesus: Qual é o principal de todos os mandamentos?

Havia muitas interpretações sobre quais eram os maiores mandamentos.

Eles esperavam que Jesus fosse contra os grandes rabinos da época. Mas Ele responde ao escriba citando a passagem mais importante para os judeus – A de Deuteronômio 6, conhecida como a shema.

“Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”.

Ao responder citando Moisés as expectativas desses líderes religiosos vão por água abaixo.

A resposta de Jesus deve ter toda a nossa atenção, pois Jesus está dizendo que o maior de todos os mandamentos – o mandamento que é alicerce para todos os outros mandamentos é: ‘AME O SENHOR, O SEU DEUS DE TODO O SEU CORAÇÃO, DE TODA A SUA ALMA, DE TODO O SEU ENTENDIMENTO E DE TODAS AS SUAS FORÇAS’.

No entanto esta não é uma tarefa fácil. E vou mais além ainda: Este mandamento é impossível de cumprirmos humanamente falando.

Sabe por quê? Porque o nosso coração é inclinado ao pecado. Há uma tendência no nosso coração que nos faz errar o alvo.

Nosso coração está fora do compasso. As artérias de nosso coração estão entupidas pelo pecado!

Jesus disse: Marcos 15.19  - “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”.

A VERDADE É QUE ALGO TEM QUE ACONTECER NO NOSSO CORAÇÃO PARA QUE POSSAMOS AMAR A DEUS E AS PESSOAS.

E A ÚNICA COISA CAPAZ DE RESOLVER ESSE PROBLEMA É UM TRANSPLANTE. Precisamos de um coração novo.

Se você vai fazer um transplante de um órgão, você precisa de um doador.

Alguns doam a medula óssea, outros doam um rim e continuam vivos, mas ninguém consegue doar o coração e permanecer vivo.

Quantos aqui poderiam dizer?: “Você precisa de um coração? Toma o meu”. Eu não sei de ninguém que tenha feito isso!!!

Na verdade eu sei de um!!

Quando Deus olhou dos céus para a humanidade ele percebeu que somente um transplante de coração resolveria o problema.

E essa pessoa é Jesus Cristo!  E Deus tomou o coração de Jesus.

Na mesa de cirurgia que tinha o formato da Cruz do Calvário, Deus, o Grande Cirurgião, ergueu o coração da natureza de Jesus e o doou ao mundo. Ele nos doou o seu coração porque ele sabia da nossa incapacidade de amá-lo.

Na mesa de cirurgia da Cruz do Calvário, Deus nos doou o coração do seu Filho. Ali nós recebemos um coração transplantado.

Apesar de nossas imperfeições recebemos a capacidade de amar a Deus e ao próximo que antes não tínhamos.

E ESTA CAPACIDADE VEM DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS QUANDO ESTE É DERRAMADO EM NOSSOS CORAÇÕES!

Romanos 5:5 “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado”.

Como o amor Pleno pode ser manifestado em nós e através de nós?

Manifestamos o amor Pleno de Deus...
1- QUANDO TODO O NOSSO CORAÇÃO ESTÁ ENVOLVIDO!

Precisamos amar a Deus de todo o coração!

O coração é geralmente usado na Bíblia para apontar para os nossos sentimentos e desejos.

Na cultura hebraica o coração era o centro das vontades, da vida. O coração Representa todo o interior do homem, a fonte de pensamento e inclinação.

Pv 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Aqui Deus está dizendo que todo o nosso coração deve estar convertido a Ele.

Sentimentos e desejos devem andar na direção de Deus, de amá-Lo, de busca-Lo e não na direção do pecado e do mal.

Manifestamos o amor Pleno de Deus...
2- QUANDO TODA A NOSSA ALMA ESTÁ ENVOLVIDA.

Precisamos amar a Deus de toda a nossa alma!

A alma na Bíblia geralmente é utilizada para designar nossa identidade, nosso ser, quem somos. Com nossa forma de ser, nossa identidade única, devemos amar a Deus.

A alma representa as emoções do homem, “todo o ser interior com as emoções, desejos, e características pessoais que fazem cada um de nós um ser humano único”

É por isso que precisamos experimentar a cura em nossas almas! Uma alma doente não consegue dar e nem desfrutar amor!

É preciso fazermos as mudanças necessárias em nossa alma, à medida que vamos aprendendo de Deus.

A Bíblia nos compara com o barro exatamente por isso. Nossa alma deve ser moldada por Deus e pelo desejo de andar nos caminhos Dele. Amar a Deus sobre todas as coisas inclui essas transformações em nossa alma.


Manifestamos o amor Pleno de Deus...
3- QUANDO TODO O NOSSO ENTENDIMENTO ESTÁ ENVOLVIDO

Precisamos amar a Deus de todo o nosso entendimento!

Hoje em dia as pessoas desprezam esse aspecto tão fundamental que é entender – ter entendimento sobre Deus e amar a Deus com a sua razão!

Jeremias 9:23,24:
23 Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas;
24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.

Os cultos nas igrejas apelam para todo tipo de emocionalismo e abandonam o uso da mente no louvor e na pregação.

Nossa mente (ou razão) deve sempre ser usada para glorificar a Deus, pois todo conhecimento vem Dele.

Não devem usar a nossa sabedoria para louvar a nós mesmos, mas para a grandeza do Pai.

Manifestamos o amor Pleno de Deus...
4- QUANDO TODA A FORÇA ESTÁ ENVOLVIDA.

Precisamos amar a Deus com toda a força!

A força é a energia de vida que Deus nos dá. É a nossa melhor disposição!

O trabalhar, o comer, o correr, andar, praticar esportes, conversar – tudo o que fazemos deve ser baseado e alicerçado no amor a Deus.

Muitos comentários judaicos definem a ‘força’ como sendo os bens materiais.

Você demonstra o quanto você ama a Deus como você usa os seus bens e o seu salário.

Devemos usá-la em favor do reino de Deus, para fazer àquilo que O agrada.

Nosso corpo e nossas atitudes devem estar voltadas ao Senhor e não ao pecado e aos caminhos que não conduzem a Deus.
É interessante que a palavra que Marcos usa para “força” também significa “capacidade.”

“Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus” 2 Coríntios 3:5

CONCLUSÃO:

Jesus está falando sobre a totalidade do ser! É impossível separar um do outro.

- É impossível um cristão amar a Deus com todo o coração, mas só com metade do entendimento.

- É impossível um cristão amar a Deus com toda a alma, mas não com todas as forças.

O amar a Deus envolve TODO o nosso ser. Isso é um chamado para fora da mediocridade e superficialidade!

Jesus está falando de um amor e devoção que são indivisíveis!

Como pode alguém se dizer cristão, alguém que foi comprado por tamanho amor e continuar vivendo de forma medíocre e superficial?

Como pode alguém dizer que conhece o amor de Deus e viver como vive o mundo?

O segundo mandamento é uma consequência do primeiro, ele flui naturalmente da obediência ao primeiro mandamento.

Na próxima ministração vamos falar sobre o amor ao próximo. Aguardem!


Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão/GO