quarta-feira, 16 de março de 2011

A igreja e as mudanças climáticas


Quero compartilhar com os irmãos uma relfexão do Pastor Josias Novais da Igreja Batista, que creio ser interessante sobre a nossa postura como cristãos diante das mudanças climáticas que ocorrem atualmente no mundo. 
Embora eu creia no Arrebatamento da Igreja do Senhor, não posso ficar simplesmente passivo diante dos sinais da volta de Jesus.
Acredito que como igreja, devemos nos esforçar mais e investir melhor os nossos recursos para alcançarmos mais vidas para Jesus. Veja este artigo e reflita.

Temos assistido e ouvido nos noticiários televisivos o drama do nosso planeta com relação às mudanças climáticas. Mais do que nunca a questão ambiental deve ser inserida na agenda da igreja protestante contemporânea.  Infelizmente, a semelhança do ex-presidente dos EUA, George W. Bush, muitas pessoas (cristãos até) acreditam que “o efeito estufa é conversa de cientistas que não acreditam em Deus”.
A conferência em Copenhag/Dinamarca (07/12/09) aponta para o fato que “devemos reconhecer que as mudanças climáticas podem causar sofrimentos e danos indizíveis, podem cortar o desenvolvimento humano integral e prejudicar a criação. Devemos apoiar, portanto, o desenvolvimento de novos instrumentos financeiros, que permitam enfrentar estes problemas. Precisamos de compromisso na oração comum, na solidariedade com quem sofre os efeitos negativos das mudanças climáticas, numa busca comum de sabedoria e perseverança para mudar os nossos estilos de vida desadequados”.
Diante de tudo isso, indago-me: É possível sonhar com um mundo melhor? Creio que sim!  Entretanto, precisamos resgatar alguns valores, a saber:
1) PRECISAMOS RESGATAR A ESPIRITUALIDADE DO CUIDADO. Cuidado com o nosso semelhante e também com o mundo que Deus nos deu. Segundo Boff, “o cuidado é mais fundamental que a razão e a vontade. Se não colocamos cuidado naquilo que fazemos, as coisas se desmantelam e desaparecem”.
2) PRECISAMOS RESGATAR O SENTIMENTO DA COMPAIXÃO. Compaixão pelo planeta, pois na nossa estrutura consta o barro da ‘mãe-terra’! Conforme o apóstolo Paulo: “a criação aguarda a manifestação dos filhos de Deus”. Até quando ficaremos parados ante aos gemidos da criação?
3) PRECISAMOS RESGATAR A ARTE DE AMAR. No mundo do interesse pelo lucro, precisamos de pessoas que sejam cultivadoras da arte quase extinta de amar. Afinal de contas, “Deus amou o mundo” e isso significa que Ele não amou apenas o ser humano, mas toda a realidade criacional.
4) PRECISAMOS RESGATAR A LUZ  DA ESPERANÇA. A esperança pode vencer o medo, mobilizando-nos pela transformação do nosso mundo. Mas de onde ela virá? Virá de Deus que é o Senhor da história e a governa segundo seu projeto. Atinemos para as palavras de Rubem Alves: “Não lutamos para ter esperança, temos esperança por isso lutamos”. Saíamos, pois, da nossa postura passiva e indiferente à realidade circulante e façamos a diferença hoje, transformando o planeta em que vivemos e, sobretudo, mudando radicalmente o nosso jeito consumista e egoísta de viver neste mundo.
Por conseguinte, a nossa teimosa esperança nos impulsiona a lutar pelas transformações do nosso mundo mesmo sabendo que o fim é inevitável! Esse é o nosso apocalipse!

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