sexta-feira, 28 de agosto de 2020

APRENDENDO A ORAR COM JESUS (2ª Parte)

 


Mateus 6:9-13

9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;

11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;

12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;

13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!

 

Hoje eu quero falar contigo sobre a Oração do Senhor, conhecida como a Oração do Pai Nosso. Lendo os Evangelhos descobrimos que esta oração nasceu de um desejo dos discípulos de Jesus. Eles queriam “aprender a orar”.

 Essa necessidade provavelmente surgiu da percepção de que Cristo orava continuamente. A vida de Jesus e seu ministério são marcados pela oração.

 “De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos.” Lucas 11:1

Não há registro de nenhum deles pedindo que Cristo os ensinasse a pregar, a operar milagres, curar, expulsar demônios ,etc.

 Influenciados pela vida de oração de Jesus, o que queriam aprender era a orar como Ele orava, pois eles viam nele um homem de oração.

 Jesus também deixou-nos uma oração modelo, que chamamos de “Pai Nosso” (Mt 6.9-13), não para que meramente a recitemos, mas a fim de que aprendamos quais são os elementos que devem fazer parte das nossas orações.

 1) “Pai Nosso Que Estais no Céu…”

O Senhor Jesus Cristo começa a oração do Pai nosso promovendo uma revolução no relacionamento com Deus, principalmente em seus dias.

Em seu contexto, as pessoas estavam acostumadas a chamar Deus de Senhor, Rei, Santo, Justo, Eterno, Soberano. Mas Pai? Com certeza não!

Jesus então aproxima: “Pai nosso…” (Mateus 6:9). Deus é o nosso Pai. Em Cristo somos feitos filhos de Deus, por meio da fé e da redenção em seu sangue.

Com isso, Jesus nos mostra que a oração é uma conversa íntima com Deus, que é nosso Pai. A partir deste ponto, devemos seguir nossas palavras com confiança.

 Não estamos conversando com um estranho, alguém que não se interesse por nós. Estamos conversando com o nosso Pai, que é amor, consolação e graça.

 2) “Santificado Seja o Teu Nome!”

O termo “santificado”, que aparece em Mateus 6:9, tem como base o original grego hagiazo, que significa: reconhecer, ou ser respeitado ou santificado.

 Isto quer dizer, que enquanto oramos devemos adorar a Deus e reconhecer Sua grandeza, Santidade e Glória.

Na cultura moderna infelizmente é muito comum que os filhos tratem mal a seus pais. Muitos são desrespeitosos, arrogantes e até agressivos.Na oração do Pai nosso, Jesus nos ensina que embora seja nosso Pai, Deus deve ser adorado, respeitado e reverenciado.

 Enquanto oramos, temos a oportunidade de dizer ao nosso Pai, tudo quanto Ele é. Isto gera em nós fé, confiança e além disso temos o privilégio de nos unir ao grande número de seres celestiais que o adoram na beleza da Sua santidade.

 A primeira petição refere-se ao nosso desejo de que Deus seja exaltado em nossas vidas e através dela. Deve haver em nós o anelo sincero de que outras pessoas o conheçam; conheçam a Sua bondade e sejam transformados por Sua santidade.

 

3) “Venha o Teu Reino”

À medida que o tempo passa a humanidade se torna cada vez mais egoísta, egocêntrica. Cada vez mais elas gostam deste mundo e das “coisas” deste mundo.

Na oração do Pai nosso, o Senhor nos leva para um nível mais intenso de desejar a vida, algo maior e mais profundo. Ele ora: “Venha o Teu Reino…” (Mateus 6:10).

Ao orarmos “Venha o Teu Reino”, estamos pedindo que o Senhor Deus se manifeste à humanidade. Que Ele venha governar o coração dos homens.

Que todos conheçam Sua Palavra e seu amor. É um pedido evangelístico.

Somos embaixadores de Jesus Cristo. Isso nos torna responsáveis pela expansão e conhecimento do Reino dos Céus. Precisamos orar pelas nações. Por seus problemas. Pela pobreza. Pelos governantes. Devemos pedir a Deus que tão logo, Seu Reino se manifeste entre nós.

 Embora o Reino possa ser uma realidade presente no coração das pessoas que creem em Jesus, ele é também uma promessa futura.

Há algo muito maior no Reino de Deus preparado para nós. É certo que há paz infinita, alegria eterna, não haverá mais a morte, nem dor, nem tristeza, não haverá injustiça!

 

4) “Seja Feita a Tua Vontade”

Ao orar pedindo: “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10). Estamos dizendo a Deus que sobretudo, que Sua vontade é o mais importante para nós.

Jesus nos ensina aqui que a vontade do Senhor seja manifesta e respeitada, na Terra, tanto quanto ela é no céu.

 Ou seja, o Senhor se aflige ao ver a humanidade caminhando cada vez mais para longe de Sua vontade. A vontade de Deus é preciosa. O apóstolo Paulo a descreve como “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2)

Quando o Senhor nos incentiva a orar sobre a vontade de Deus, ele está nos orientando a viver o melhor desta vida. Uma vida abundante!

A vontade de Deus é pela salvação de toda a humanidade: “o qual deseja que todas as pessoas sejam salvas e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. 1 Tim. 2:4

 5) “O Pão Nosso de cada dia nos dai hoje”

Começamos a oração do Pai nosso glorificando a Deus e pedindo a manifestação do Seu Reino e da Sua vontade. Ou seja, o lado espiritual da nossa vida.

 Agora o Senhor Jesus coloca diante de Deus as questões do ser humano.

 Ele ora pedindo o pão de cada dia (Mateus 6:11). Não é algo sem importância, não é qualquer comida. É pão! Significa alimento bom, saudável e suficiente para a nossa vida diária.

 O pão refere-se as nossas demandas naturais.

 Perceba, porém que não é uma oração de ostentação. Jesus não pede os reinos da Terra ou todos os tesouros dela. Ele pede o suficiente, dentro daquilo que Deus projetou para sua vida.

Cada um de nós temos necessidades diferentes. O Senhor conhece cada uma delas. Portanto, se você tem muitas ou poucas necessidades diárias, Deus cuida de todas elas, desde que sejam necessárias.

6) “Perdoa as nossas Dívidas assim como perdoamos...”

 Como seres humanos, somos falhos, pecadores. Herdamos o pecado de Adão e com isso, nos tornamos falhos não só com Deus, mas também com as pessoas. Jesus concerta isso através da sua morte na cruz. Ele dá a todos os que creem em seu nome o perdão e a redenção.

Nesta oração, Jesus nos incentiva a demonstrar arrependimento de forma constante, diante de Deus. Assim, nossas palavras devem seguir este caminho: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12).

 O perdão é uma via de mão dupla. Devemos pedir perdão a Deus todos os dias, e também devemos liberar perdão todos os dias para quem nos magoar. Não haverá perdão para nós, se não perdoarmos.

Com essa prática, desenvolvemos parte do caráter de Deus como perdoador. Este deve ser um dos nossos objetivos.

A vida é muito curta. Não há tempo para nutrir rancor, ódio, mágoa ou ressentimentos. Através da oração, devemos pedir que o Senhor gere em nós um coração perdoador.

7) “Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal”

Como já vimos, somos frágeis. Isto é, o pecado se encontra em nossa humanidade.

Na oração do Pai nosso Jesus então nos incentiva a orar: “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mateus 6:13). De toda forma do mal.

Além da nossa luta contra o pecado, há o Diabo, nosso adversário que deseja nos destruir e nos usar para a destruição.

Neste pedido, suplicamos a Deus que nos fortaleça, para que a nossa natureza carnal não nos vença e sejamos levados a fazer aquilo que o desagrada. Além disso, pedimos ao Senhor que nos livre de Satanás, nosso adversário. Ele nos odeia e fará o que for necessário para nos destruir.

(1 Pedro 5:8). “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;”

 Devemos reconhecer em oração, a nossa fragilidade e suplicar a força de Deus. A força que Ele nos concede através do Espírito Santo.

8) “porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’”

 O Senhor Jesus encerra a oração do Pai nosso, com estas palavras.

 a) O reino é dEle.

Deus é o Senhor da história: o Rei dos reis. Reina agora sobre todos e mantém uma posição superior a qualquer autoridade espiritual e terrena.

 Jesus ensinou nessa oração a pedir: venha o teu reino. Tal pedido é um ato de rendição ao Senhorio de Deus.

 b) O poder é dEle.

A Deus pertence toda a autoridade sobre o universo físico e sobre o reino espiritual. Ele criou o universo físico e também o espiritual, não havendo nada, em nossa vida ou nas circunstâncias, que escape do poder de Deus.

 Nós devemos depender do poder divino em todos os detalhes de nossa vida!

 c) A glória é dEle.

Deus é glorioso, digno de Glória e louvor. Toda a honra e a glória pertencem a Deus.

É por isso que Ele não reparte a sua glória com ninguém. Nenhum outro deus se compara a Ele e nenhuma imagem de escultura pode ser adorada.

Jesus aqui reforça o reconhecimento da majestade, do poder e da glória de Deus.

O Senhor Deus é exaltado sobre todas as coisas. Não podemos pressioná-lo. Antes, devemos com atitude submissa e humilde orar incessantemente, com fé e perseverança, suplicando que Ele nos atenda.

 

CONCLUSÃO:

A vida de oração de Jesus nos inspira também na busca de uma intimidade maior com o Pai. Espero que esta seja a nossa motivação na busca da oração!

 

 

Igreja Metodista Catalão-GO

Pr. Gilberto Oliveira Rehder

 

 

 

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