“...por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio.”Ezequiel 47:9b
Durante o culto do domingo passado foi ministrado à igreja o texto de Ezequiel 47, que fala sobre a visão que o profeta recebeu sobre o Templo de onde fluíam as águas. Nesta visão, ele vê um rio que brota dos alicerces do templo, e por onde passa este rio, produz cura, vida e restauração. Esta passagem é uma metáfora a respeito do avivamento que Deus quer que experimentemos. E ele começa dentro de nós, e na medida que damos lugar a este mover do Espírito, outras pessoas são atingidas e contagiadas pela vida de Deus. Para que isto de fato ocorra, temos que conhecer algumas verdades sobre este fluir de avivamento.
A primeira verdade é de que o avivamento começa dentro de nós, porque somos o templo do Espírito Santo (1 Cor.3:16). No Antigo Testamento Deus tinha um templo para o seu povo. No Novo Testamento, ele tem um povo para o seu templo. O Espírito Santo foi dado a nós, não só para que tivéssemos vida, mas também para sermos um canal por onde a vida de Deus flui para outras pessoas.
A segunda verdade é de que avivamento é uma experiência gradativa, crescente e profunda. Na medida que Ezequiel avançava e media as águas, elas se tornavam cada vez mais profundas. Isso nos dá a entender que existem níveis de intimidade espiritual em Deus. Neste texto eu percebo quatro níveis de intimidade com Deus.
1- As águas nos tornozelos (vs3) nos falam de uma experiência inicial com Deus. É quando começamos a andar com Jesus. Neste nível temos pouco conhecimento da Palavra de Deus e poucas experiências com Deus. As águas pelos tornozelos representa a idade infantil do crente, a fé daquele que se entrega a Cristo e entra no rio da vida divina.
2- As águas que lhe davam pelos joelhos (V.4). Na vida espiritual, isso significa que, tendo vencido as primeiras lutas, já temos uma vida saudável de comunhão com Deus porque o Rio de Vida molha/santifica nossos “joelhos” e somos convertidos à oração. Neste nível eu entendo que o poder da oração não é privilégio dos “mais ungidos”. Mas é um privilégio disponível a todos que querem se aprofundar neste rio.
3- As águas que lhe davam pelos lombos (V.4).O lombo é a parte inferior do abdômen, junto a cintura. Representa o mistério da força e é uma imagem do serviço. Depois da oração vem o trabalho. O crente que chega nesse níveo no Rio de Deus começa a trabalhar para o Reino de Deus, começa a dar fruto para o Senhor. Ele entende que a sua experiência de avivamento não é simplesmente subjetiva e mística. Ser avivado é também servir com a força que o Espírito nos dá.
4- As águas pelo qual não se podia passar (V.5).
Nesse ponto, o Rio é que nos tem. Chegou-se a um ponto, onde não dava mais para andar, porque as águas eram profundas, agora teria que nadar. Já não dominamos o Rio, mas o Rio nos controla. Quando estamos totalmente entregues na presença de Deus, podemos dizer como Paulo: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;” Gl 2.20 Este nível do rio representa a plenitude do Espírito Santo em nós e revela o auge da vida de fé. Não é o quanto eu tenho do Espírito, mas o quanto Ele tem de mim!
CONCLUSÃO: O rio que Ezequiel viu, produzia vida em todo o lugar que passava. Tudo era transformado através do toque deste rio. Deus deseja que este rio em nós transborde onde há morte e á partir daí, tudo seja transformado. Não devemos impedir o transbordar desta vida de Deus em nós e através de nós. Se você quer avivamento esteja pronto para ser um canal de bênção. Sejamos cheios do Espírito Santo para uma vida transbordante!
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Nenhum comentário:
Postar um comentário