“Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”. ( Gálatas 5:22-23)
Quebra Gelo: Qual é a sua comida preferida?
Introdução: Hoje estaremos encerrando o estudo
sobre o Fruto do Espírito. O último gomo do fruto é o domínio próprio. Toda vez
que penso sobre este assunto, logo me vem na memória a história de Daniel e
seus amigos que ao serem levados para a Babilônia se recusaram a comer as finas
iguarias do rei Nabucodonosor passando um por um período experimental de dez
dias (Daniel 1:10), comendo apenas legumes e bebendo água. Ao fim deste prazo,
eles estavam com melhor aparência e estavam mais robustos do que todos os
outros jovens que comiam o cardápio real. Talvez você diga; isso é que é
domínio próprio! Na realidade este foi apenas o teste inicial; a verdade é que
eles ficaram sem comer destas iguarias por três anos (vs 5). Com certeza para
se manterem fieis a Deus eles tiveram que ter muito domínio próprio.
1- O QUE É DOMÍNIO
PRÓPRIO?
O
termo grego é “egkrateia”, cuja raiz “kratos” significa “ter domínio sobre”,
“exercer poder sobre”, “ter autoridade sobre”. O termo se relaciona à autoridade
sobre os desejos carnais, como o sexo impuro, a glutonaria, a bebedeira e a
conversa vã. Remete à pessoa que sabe conter-se, que sabe controlar a língua,
olhos, mãos, ouvidos, pés e o corpo como um todo. Trata-se de alguém que não é
vencido pelo pecado, pois “de quem alguém é vencido, do tal se torna escravo”
(2 Pedro 2.19). Quem é vencido pelo pecado se torna escravo do pecado. Nós,
porém, libertos do pecado por meio do sacrifício de Jesus, devemos viver em
santidade, como pessoas que têm domínio sobre o corpo e sobre as vontades. Esse
fruto exige de nós uma autodisciplina, um vigiar constante principalmente nos
momentos em que somos tentados a agir no calor da emoção; vem da atuação direta
do Espirito Santo na alma do cristão, e é impossível ao ser humano por si só,
obtê-lo e exercê-lo permanentemente.
2- TRÊS TÁREAS
ESPECÍFICAS PARA DOMINAR.
“porque tudo que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”. 1 João 2: 6
Amar
as coisas do mundo (sistema) é um perigo constante que cerca os cristãos. Isso
significa que o cristão não pode amar o sistema moralmente corrupto desse
mundo, ou seja: gostar, querer, praticar, se igualar e fazer o que a sociedade,
que está sob o domínio Satanás faz. Por isso, João declarou: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo
inteiro jaz no Maligno” 1 João 5:19. Estas três áreas que vamos abordar
fazem parte deste sistema maligno. Em um sentido amplo a palavra concupiscência
significa qualquer desejo, ou cobiça, ou anseio por fazer ou ter coisas que são
pecado e desagradam a Deus, se enquadram no significado dessa palavra.
2.1- A Concupiscência
da Carne - Refere-se
a qualquer desejo que incita alguém a alimentar a natureza sensual da carne (imoralidade,
embriaguez, glutonaria, etc.). O fruto deu "água na boca" de Eva,
mesmo sendo ele um fruto proibido. Ela nos incita a procurarmos satisfação no
prazer do pecado, e não no Senhor.
2.4- A Concupiscência
dos olhos- diz
respeito àquelas tentações que apelam para os desejos ambiciosos dos homens de
obter e possuir (roubo, avareza, etc.) O indivíduo corre desenfreadamente atrás
daquilo que ele não trouxe para este mundo e nem vai levar. “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos
levar dele”. (1 Tm 6. 7).
2.5- A Soberba da Vida-
A soberba é o
desejo de posição. É querer estar acima de todos. O orgulho fica latente no
coração humano de tal forma que o derruba fatalmente, pois a bíblia diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez
do espírito, a queda." Prov. 16:18. Alguém disse certa vez que uma
grande virtude em nossas vidas é "quando sentimos que somos o maior de
todos os pecadores e o menor de todos os santos". A soberba da vida afeta
as seguintes áreas de nossas vidas:
(a)
As nossas emoções- Como Caim que
matou o seu irmão por inveja e não dominou a sua raiva. Deus chegou a
adverti-lo: “Então, lhe disse o SENHOR:
Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não
é certo que serás aceito! Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à
porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” Gn 4:6,7
(b)
As nossas palavras- Um aspecto
específico do domínio próprio é o controle da língua. Tiago disse: “Se alguém
não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo”
(Tiago 3:2). Como é difícil dominar a língua! Quantos casamentos são destruídos
por palavras não refletidas? Quantas pessoas sofrem sequelas a vida toda por
causa das palavras que os pais soltaram sem pensar? Quantas guerras começam por
causa das línguas soltas de líderes de nações? Deus ensina a importância do
controle das nossas línguas para evitar estes e outros estragos. “O que guarda a boca conserva a sua alma,
mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína” (Prov. 13:3)
Que
possamos orar como o Salmista: “Também da
soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível
e ficarei livre de grande transgressão”. Sl 19:13
CONCLUSÃO: Devemos estender
este domínio próprio a todos os aspectos das nossas vidas. Num mundo que
incentiva a sensualidade, as coisas materiais e o orgulho, o discípulo de
Cristo precisa exercer controle dos seus desejos e impulsos. Não devemos ceder
às tentações da carne, nem devemos ser pessoas impetuosas ou inclinadas à
raiva.
Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO
Excelente material, que o Senhor o continue usando como um instrumento para a capacitação de líderes, pastores e professores da bíblia. Muito me auxiliou na ministração de estudos bíblicos ao povo da nossa igreja. Que Deus o abençoe.
ResponderExcluirGlórias ao nosso Deus! Que o Senhor continue te usando no ministério de ensino! Abraços!
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