sexta-feira, 6 de julho de 2018

O VALOR DO SILÊNCIO (3ª Parte)



“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Tiago 1:19

Hoje vamos refletir sobre o valor do silêncio em nossos relacionamentos. Quando silenciamos nós temos a capacidade de aprender e motivar os outros a repartir o coração, por isso, ouvir é uma arte.

Na verdade, o silêncio é o equilíbrio dos diálogos. Uma pessoa sábia não interrompe quando outra pessoa está falando. Quantas vezes nós fizemos isto? Escutamos, mas não ouvimos de fato. Antes mesmo de o outro terminar de falar já articulamos a nossa réplica.

Aprender a silenciar no tempo certo é sinal de prudência, de sabedoria. Tiago já nos ensina: “O homem seja pronto para ouvir (silêncio), tardio para falar e tardio para se irar” (1.19).

Tenho percebido que na maioria das vezes invertemos totalmente esta ordem. Somos prontos para falar e irar e em último caso, ouvimos. Em razão disso a Palavra nos adverte: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente”. Prov 10:19

O silêncio sugere um tipo de comunicação eficiente que é a não verbal. Comunicamos com os olhos, a face e com as mãos. “A alegria do coração ilumina todo o rosto, mas a tristeza da alma abate todo o corpo”. Prov. 15:13

Como uma forma de comunicação temos que tomar o cuidado de não usar o silêncio de forma negativa, como aquele famoso “gelo” que damos a alguém que nos magoou. Usar o silêncio como uma forma de desprezar o outro não é a melhor atitude a ser tomada.

Use o silêncio de maneira positiva. Ele nos ajudará a não banalizar a palavra, nem tão pouco a ferir as pessoas com as famosas “alfinetadas”.

A palavra pode ser mal-usada, mascarada e empregada para a dissimulação. É por isso que os sábios sempre ensinaram que só devemos falar alguma coisa quando as nossas palavras forem mais valiosas que o nosso silêncio.

PARA PENSAR:
“Saber ouvir e saber calar: nisto consiste o supremo valor do silêncio. Ouvir, silenciar, pensar, falar, silenciar e pensar outra vez evitaria muita coisa dita em vão. Por falar apenas e pouco pensar, pessoas cometem erros difíceis de reparar depois. E por ouvir tanto menos do que pensam, piores erros cometem ainda…”  (Augusto Branco)

PARA ORAR:
”Senhor, ensina-nos a falar somente o necessário, somente o que edifica, somente o que traz vida. Que a nossa boca não seja tão somente uma fonte de bênçãos”


PARA PRATICAR:
Treine os seus ouvidos para ouvir. Assim como é preciso treinar os ouvidos para aprender a discernir timbres, tons e efeitos em uma música, também precisamos treinar para começar a realmente ouvir as pessoas. Comece treinando em sua própria casa.


Pr. Gilberto Oliveira Rehder
Igreja Metodista Catalão-GO.




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